Abordagem familiar Gurpo I – Gapara Camilla Miranda

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
ESCOLA DE EDUCAÇÃO BASICA
Advertisements

Método Clínico Centrado no Paciente
Habilidades de comunicação Estratégias práticas de abordagem para facilitar a comunicação profissional de saúde-paciente com foco na saúde do homem Marcela.
Educação Permanente como estratégia de gestão
TRATAMENTO DE CASAIS E ENVOLVIMENTO FAMILIAR
Psicologia da Saúde e Psicologia Positiva
PLANO DIRETOR DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
A SAÚDE DO TRABALHADOR PELA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE
A regulamentação de visitas e a dificuldade de separação dos casais.
Saúde Mental Comunitária e Atenção Primária
MÓDULO 3 – SAÚDE MENTAL E ESPIRITUALIDADE
Políticas Públicas e Álcool
ESCOLA DE EDUCAÇÃO BASICA
A PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL EDUCACIONAL
TAP lll Professora: Camila
PSICOLOGIA DA SAÚDE José A. Carvalho Teixeira
TERAPIA FAMILIAR SISTÊMICA
Contexto Atual e Visão Futura do Hoje Novas Perspectivas de Atuação
VIII Congresso Mineiro de Nefrologia
Prática Médica na Comunidade 1º Período – 2011/1
A Rede Social.
Abordagem individual/grupal centrada na pessoa
REVELAÇÃO DIAGNÓSTICA DO HIV – A ARTE DE COMUNICAR MÁS NOTÍCIAS
Transmissão Mãe – Filho
POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL, ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS
ISCS-N CURSO INSTITUTO SUPERIOR CIÊNCIAS SAÚDE-NORTE
ACONSELHAMENTO EM DST, HIV AIDS E HEPATITES VIRAIS
Política Nacional de Humanização
TECNOLOGIAS DE GESTÃO DO CUIDADO EM SAÚDE
Ricardo Zaslavsky Médico de Família e Comunidade Novembro, 2012
Alguns conceitos sobre o Projeto Terapêutico Singular
Utilidade Pública Municipal – Lei 6868/07
Curso de saúde mental para equipes da atenção primária (2) - Módulo II
Alexandre de Araújo Pereira
A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Agrupamento de Escolas de Mértola Ano Letivo
ESF Integralidade da assistência
O PACIENTE ONCOLÓGICO FRENTE A ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL: UMA VISÃO GLOBALIZADORA.
Metodologias de Intervenção Psicológica
Programa Ligue-se na Vida Programa de manejo de álcool e outras drogas Mônica Lupion Pezzi Michele Indianara Mendes Gramado, Abril de 2011.
Como ajudar as pessoas a mudar de comportamento
Universidade Paulista Instituto Ciências da Saúde Curso de Graduação em Enfermagem Campus Jundiaí Prof.ª Filomena Coser Gabriela Aleixo A0129C-0.
VISITA DOMICILIAR Teve seu marco no Brasil em
ESTRATÉGIA DA SAÚDE DA FAMILÍA
Genograma Fábio Silva de Azevedo João de Brito Raposo Neto
Identidade da Pastoral
CUIDADOS PALIATIVOS PROF. LUCIA.
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
Psicologia da Saúde e Psicologia Positiva
CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL INFANTO – JUVENIL CAPSi
NEGOCIAÇÃO E GESTÃO DE CONFLITOS.
Reforma Psiquiátrica: novas diretrizes.
Avaliação de Risco: Comportamento Suicida
Modelos da prática Psiquiátrica e de Saúde Mental
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE INTERVENÇÃO EM SAÚDE
Ciclo de Aperfeiçoamento da Prática Profissional
O OLHAR DO VISITADOR NO DIAGNÓSTICO PRECOCE DAS DEFICIÊNCIAS.
ESQUIZOFRENIA.
Uma Abordagem Interdisciplinar no Tratamento à Dependência Química:
Terapia Familiar.
A Relação Terapêutica Empirismo colaborativo
Revisão Luciane De Rossi. Breve Histórico Século XIX: – Emergiram conceitos de medicina social e saúde coletiva: relação entre saúde e condições de vida;
Alguns Conceitos sobre o Projeto Terapêutico Singular
Entrevista Motivacional
Programando o Atendimento das Pessoas com Diabetes Mellitus
APRESENTAÇÃO DO PROJETO LIBELINHA Câmara Municipal de Valpaços.
Proposta de implantação de um Projeto Piloto na comunidade com elevado índice de uso de drogas, criminalidade.
Apoio matricial em Saúde Mental
Serviço Social no IPQ Implantado em 1971; Atualmente: 7 Assistentes Sociais; (16 em 1985). Atividades: Entrevistas na Triagem; Grupos de Admissão; Grupos.
INTERVENÇÃO BREVE. ABORDAGEM MOTIVACIONAL (Miller, 1985) CONSELHOS REMOVER BARREIRAS DIMINUIR VONTADE PRATICAR EMPATIA DAR FEEDBACK CLARIFICAR OBJETIVOS.
Transcrição da apresentação:

Abordagem familiar Gurpo I – Gapara Camilla Miranda Carlos Eduardo Soares Danielle Guimarães Fernanda Fonseca Nádia Carenina

Abordagem familiar Remete ao conhecimento pela equipe de saúde dos membros da família e dos seus problemas de saúde. A família é, ao mesmo tempo, objeto e sujeito do processo de cuidado e de promoção da saúde.

O conceito de família Para o Ministério da Saúde (2001): “A família é o conjunto de pessoas, ligadas por laços de parentesco, dependência doméstica ou normas de convivência, que residem na mesma unidade domiciliar. Inclui empregado (a) doméstico (a) que reside no domicílio, pensionista e agregados.”

O conceito de família Sistema aberto e interconectado com a sociedade Um grupo de pessoas que compartilham uma relação de cuidado, estabelecem vínculos afetivos, de convivência, de parentesco consanguíneo ou não Condicionados pelos valores socioeconômicos e culturais predominantes em um dado contexto geográfico, histórico e cultural

Abordagem familiar No Brasil, a centralização na família é implementada a partir da estratégia de Saúde da Família, desde 1994, como uma reorientação do modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes multiprofissionais em UBS.

TIPOS DE FAMÍLIA Estrutura e dinâmica global Relação Conjugal Relação Parental

Estrutura e dinâmica global Nuclear Extendida Unitária Monoparental Reconstituída Instituição Família de coabitação Homossexual Famílias com constituição funcional

Relação Conjugal Tradicional Moderna Fortaleza Companheirismo Paralela

Relação Parental Equilibrada Rígida Super-protetora Permissiva Centrada nos filhos Centrada nos pais Sem objetivos

Competências do profissional de saúde Conceituar família e considerar sua complexidade. Cuidar com base na experiência da família ao longo do tempo, ou seja, sua história pregressa, atual e perspectivas futuras. Trabalhar com todos da família, tanto doentes como sadios. Compreender que a família enquanto um sistema é afetada pela mudança de qualquer um de seus membros.

Competências do profissional de saúde Reconhecer que a pessoa mais sintomática (doente) da família também pode mudar com o tempo. Promover apoio mútuo e compreensão entre os membros da família sempre que possível. Levar em conta o contexto social e cultural da família na facilitação de suas relações com a comunidade

Competências do profissional de saúde Conhecer o nível de intervenção familiar que é da competência do profissional de APS e reconhecer as situações que deverão ser referenciadas. Selecionar instrumentos adequados que permitam fazer entrevista específica e dirigida à família. Aperfeiçoar em si mesmo os seguintes aspectos fundamentais: uma existência sem preconceitos, a disponibilidade para os outros e a capacidade de se desfocar do problema.

Níveis de envolvimento familiar pelo médico Quais os objetivos? Como conduzir? Quando procurar ajuda?

Fonte: Adaptado de Doherty e Baird OBJETIVOS SITUAÇÃO DE SAÚDE INTERVENÇÕES Mínimo contato com a família Patologias individuais Contato familiar se necessário, por questões médico-legais Troca de informações e colaborações com a família sobre o paciente e aconselhamento.Ouvir preocupações Tabagismo, sobrepeso, cuidados de saúde Terapia de apoio, entrevista motivacional, grupos de prevenção e promoção à saúde Contenção emocional, apoio, suporte e resolução de conflitos Uso de drogas, depressão, ansiedade, comportamento de risco 1ª abordagem com situações de drogas,visita domiciliar, grupos de auto-ajuda Aconselhamentos, manejo sistêmico de famílias e relações, com avaliações continuadas Famílias com vários problemas, doença terminal, álcool e drogas Terapia familiar, intervenção psicossocial, grupal ou familiar Terapia de família Problemas relacionais Terapia familiar Fonte: Adaptado de Doherty e Baird

Indicações clínicas para a avaliação familiar Saúde Materna (1º trimestre) Saúde Infantil Problemas de Desenvolvimento Infantil Caso de desemprego ou de perda recente de posto de trabalho num elemento da família Diagnóstico recente de doença crônica num elemento da família Doença mental num elemento da família Morte de um elemento da família ou luto na família Consumo de drogas ilícitas num elemento da família Suspeita de violência na família Depressão ou ansiedade crônica num elemento da família Falta de adesão aos planos terapêuticos

Algumas vantagens de envolver a família Ser mais um recurso para o bem estar das pessoas. Ajuda a elucidar problemas. Traz dados que modificam a visão que se tem do problema. Determina o impacto da doença na família. Negociar o plano de tratamento que influencie na solução. Ser o primeiro momento para, alguns membros da família, perceberem que estão sofrendo, assim como a pessoa. Oportuniza à pessoa o suporte e a validação de alguns membros da família.

Como convocar a família ? Envolver a família nos cuidados o mais cedo possível. Perguntar aos pacientes se algum membro da família viria à consulta e convidando-os em algum momento. Ser positivo e direto acerca da necessidade de ver a família e explicando a rotina de atendimento. Enfatizar a importância da família como um recurso no cuidado do paciente, dizendo à família que você precisa da sua ajuda ou opinião. Expressar os benefícios da presença da família para o paciente e para a própria família.

Lidando com a Resistência da Família para um Encontro Não aceitar a primeira resposta negativa para o encontro. Perguntar como o convite foi feito. Tirar os medos da pessoa em relação a como sua família responderá ao pedido de discutir o problema. Afirmar que você está convencido de que não pode ajudar sem ver o resto da família. Não argumentar. Tentar usar as explicações da própria pessoa para a recusa da família. Fazer uma visita domiciliar.

Instrumentos de abordagem familiar Muitas técnicas estão disponíveis para ajudar os profissionais de saúde a considerar o contexto da família como uma parte de sua atenção clínica. Dentre os instrumentos de Abordagem Familiar os mais utilizados são: o Genograma, o Ciclo de Vida da Família, o PRACTICE, APGAR familiar...

Obrigada!

Referências SOUZA, Alex Sander Ribas de; MENDES, Artur Oliveira. Grupo de Estudos em Saúde da Família -Associação Mineira de Medicina de Família e Comunidade, 2007 CANIÇO, Hernâni; BAIRRADA, Pedro; RODRÍGUEZ, Esther; CARVALHO, Armando. Novos Tipos de Família. Imprensa da Universidade de Coimbra, Junho 2010 Caderno de Atenção Básica nº 34, Saúde Mental. Brasília- Brasil: Ministério da Saúde, 2013 PROMEF – Porto Alegre, Ciclo1, Modulo 3, 2006 – Ferramentas de Abordagem Familiar, de Carmen Lucia C. Fernandes e Lêda Chaves. D. Curra. Ed Artmed