Association Between Physical Performance and Sense of Autonomy in Outdoor Activities and Life- Space Mobility in Community-Dwelling Older People J Am Geriatr.

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Transcrição da apresentação:

Association Between Physical Performance and Sense of Autonomy in Outdoor Activities and Life- Space Mobility in Community-Dwelling Older People J Am Geriatr Soc 2014 Apr;62(4): Momento Científico Reunião Geral da Geriatria – 15/05/2014 Residente: Luís Fernando Rangel Orientadores: Dr. José Marcelo Farfel e Dr. Marcos Saraiva Editorial: Dr. Marcel Hiratsuka

Introdução Mobilidade – sentido amplo: desde sustentação do peso até uso de veículo automotor Mobilidade no espaço cotidiano (“life-space mobility”): Área em que uma pessoa se move em sua vida diária e a frequência de percursos em um dado tempo, levando em conta necessidade de assistência

Introdução atividades externas Restrição na percepção de participação em idosos  atividades externas Senso de autonomia em atividades externas  para onde, quando e como sair Recursos disponíveis podem compensar déficits funcionais enquanto barreiras no ambiente físico ou psicológico podem limitar mesmo indivíduos com boa capacidade física

Introdução A habilidade física é um componente importante para a mobilidade Habilidade física e senso de autonomia são correlacionados, mas não são superpostos A relação entre mobilidade e senso de autonomia não foi estudada ainda, embora outros fatores psicossociais como depressão já tenham sido associados a mobilidade

Introdução Estudos prévios mostraram menor mobilidade associada a sexo feminino e maior idade – Diferenças quanto a funcionalidade, acesso a veículos – Menor senso de autonomia nesses grupos? O objetivo do estudo foi determinar se a bateria de força de membros inferiores e suas subescalas e o senso de autonomia em atividades externas têm relação independente com mobilidade em idosos de comunidade A hipótese é de que essas relações existem e diferem de acordo com idade e sexo

Métodos Análise transversal de dados do estudo LISPE (life-space mobility in old age) – estudo de coorte de idosos de anos de dois municípios da Finlândia Amostra aleatória de 2550 pessoas: – Indivíduos independentes – Capazes de se comunicar – Residentes na área de recrutamento – Aceitaram participar  848 indivíduos

Métodos Variáveis consideradas: idade, sexo, escolaridade, residência urbana ou rural, tipo de moradia, uso de tipos diferentes de transporte, número de doenças crônicas, dificuldade percebida em caminhar 2km, sintomas depressivos 15-item University of Alabama at Birmingham Study of Aging Life-Space Assessment Mobilidade no espaço quotidiano SPPB (Guralnik) Performance física de membros inferiores Impact on Participation and Autonomy Questionaire – faceta atividades externas Senso de autonomia

Métodos Pacientes sem avaliação do SPPB (n=9) foram excluídos Análise inicial de toda amostra e depois separadamente de acordo com sexo e grupos de idade Diferenças de grupos: Mann-Whitney U, Kruskal-Wallis, Qui-quadrado Coeficiente de correlação de Spearman: relações entre mobilidade, autonomia, SPPB, potenciais confundidores Path analysis model: força e direção de associações de fatores de influência da mobilidade Análise de regressão linear: estudar efeito de variáveis de confusão e explicar variação da mobilidade (4 modelos) Programas utilizados: LISREL 8.72 e SPSS 20

Resultados Medianas: Mobilidade do espaço quotidiano: 64 (0 a 120) SPPB: 10 (0 a 12) Senso de autonomia: 6 (0 a 20) Idade: 80,4 anos Número de doenças: 4,0 62% de mulheres Mulheres tiveram idade significativamente maior: 80,8 vs 76,6 (p=.003)

Resultados P<0,001

Território máximo indepedente Performance Física Restrição no Senso de Autonomia

Resultados

Resultados – Análise de Subgrupo Modelos de regressão linear para os subgrupos mostraram resultado paralelo em relação àqueles da amostra completa A contribuição do senso de autonomia para mobilidade deixou de ser significativo no grupo de menor idade, mas manteve significância nos demais subgrupos As subescalas do SPPB contribuíram de maneira diferente para a mobilidade de acordo com subgrupos de sexo e idade: – Homens  teste de levantar da cadeira - menor influência * – Idade intermediária  teste de caminhada - maior influência – Idade maior  teste de equilíbrio - maior influência ** * Quando se adicionou autonomia, tornou-se não significativo ** Teste de caminhada não foi significativo

Discussão Performance física e senso de autonomia em atividades externas  1/3 da variação na mobilidade Performance física  efeito direto e indireto (por meio do senso de autonomia) na mobilidade Senso de autonomia  efeito independente na mobilidade. Quando outras variáveis foram levadas em conta  explicou menos a variação na mobilidade (homens e no grupo de menor idade) A importância da performance física e do senso de autonomia  maior em grupos de idade maior e em mulheres, nos quais incapacidade e doenças foram mais prevalentes

Discussão A associação entre senso de autonomia e mobillidade  mais fraca em homens e no grupo de idade menor. Nestes grupos o senso de autonomia foi maior, e a variação desta medida, menor. O maior uso de veículos, principalmente como condutor, pode ter exercido um papel no resultado Os indivíduos da pesquisa são idosos funcionais da comunidade. É possível que em populações mais frágeis as relações entre as variáveis sejam mais fortes Limitações  Uma avaliação mais discriminativa tanto do senso de autonomia como da performance física poderia aumentar a variabilidade nas medidas Vantagens  poder para fazer análise de subgrupo e análise de regressão multivariada. Qualidade dos dados com baixa porcentagem de dados incompletos

Conclusões Aspectos físicos e psicológicos são importantes para manutenção da mobilidade do espaço cotidiano em idosos de comunidade saudáveis Importância do senso de autonomia  maior quando há limitações funcionais Novos estudos  populações de idosos mais limitados Estudos longitudinais  determinar relações de causa e efeito

Editorial Em idosos mais robustos a associação de mobilidade com performance física e senso de autonomia foi menor. Os instrumentos de avaliação utilizados no estudo podem ter influenciado este resultado? De acordo com a faixa etária considerada diferentes aspectos da bateria de Guralnik mostraram maior associação com mobilidade, por exemplo o teste de equilíbrio no grupo de maior idade. Esses achados são compatíveis com a literatura? O estudo mostrou que em idosos menos funcionais a influência do senso de autonomia na mobilidade foi maior. De que forma a influência de fatores subjetivos poderia ser um facilitador da performance em idosos mais limitados? Não seria o senso de autonomia uma medida associada a resiliência? A sociedade brasileira é muito diferente da finlandesa. De que forma aspectos sociais e econômicos no nosso meio influenciariam a mobilidade dos idosos? De que maneira a medida e intervenções no senso de autonomia poderiam melhorar a mobilidade de idosos de comunidade?