Lucas Almeida Campagnaro Vitória-ES

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Casos Clínicos RM - Misto
Advertisements

DOENÇA DIVERTICULAR DO CÓLON
Caso da Semana Dr Timotheos Wu – E2.
Fibromyalgic rheumatoid arthritis and disease assessment Rheumatology 2010;49: Laurindo Rocha Clube de revista IAMSPE – 14/10/10.
EPIDEMIOLOGIA E RASTREAMENTO
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS INFECÇÕES HOSPITALARES
ABORDAGEM ENDOSCÓPICA DA LITÍASE DE COLÉDOCO
PANCREATITE AGUDA BILIAR
SERVIÇO DE CIRURGIA GERAL HOSPITAL FEDERAL CARDOSO FONTES
Abdome Agudo Inflamatório na Infância
HU-UFMA ABORTAMENTO Prof. Dr. Tarcísio Coelho.
Doença Diverticular.
HOSPITAL S. JOÃO SU 23 de Outubro de 2005
Choque tóxico: relato e caso
CANCRO DO COLO DO ÚTERO.
Diverticulite Aguda.
Pneumonia em institucionalizados
Cap. 100 Pancreatite aguda Mauricio Silva
ABDOME AGUDO GINECOLÓGICO
PAC: O que o clínico precisa saber?
Casos Clínicos Antibióticos
Apendicectomia Laparoscópica
Dhiogo Corrêa Jorge Roth
Abdome Agudo em Ginecologia
Cesariana Carlos Eduardo dos Santos
Doença Diverticular dos Cólons
Colecistite Aguda & Íleo Biliar
Centro Hospitalar de Leiria
HOSPITAL FEDERAL CARDOSO FONTES SERVIÇO DE CIRURGIA GERAL
IMAGINOLOGIA CERVICAL NO TRAUMA
Rodrigues J.; Barreiro P.; Chapim I.; Chagas C.. Espinha com 35 mm totalmente penetrada na parede gástrica removida endoscopicamente Serviço de Gastrenterologia,
Vila Franca de Xira, 22 e 23 de Novembro 2013
SISTEMA DIGESTÓRIO 5º PERÍODO MEDICINA UFOP
Abdome Agudo Hospital Central Coronel Pedro Germano
INFECÇÃO PUERPERAL Dr Cezar Angelo Alfredo Filho
Prof º Rafael Celestino
HRAS - DIP - Sylvia Freire R3 – Infectologia Pediátrica
TRICOMONÍASE Infecção causada pelo Trichomonas vaginalis (protozoário flagelado), tendo como reservatório a cérvice uterina, a vagina e a uretra. Sua principal.
Cancro Mole Agente: Haemophylus ducrey Incubação : 3 a 5 dias
Classificação dos Parasitas do Homem segundo seu
Atelectasia Derrame pleural Área focal com aumento de densidade
Apendicite.
ENDOSCOPIA GINECOLÓGICA
Osteomielite Diagnóstico e Encaminhamento.
Prof. Danilo Sergio Faustino
Acadêmico: Rafael Dangoni
Universidade de Caxias do Sul
Propedêutida de Tubas Uterinas e Ovários
Vulvovaginites Manifestação inflamatória e/ou infecciosa do TGI feminino – vulva, vagina e ectocérvice. QC geral: Assintomático OU leucorréia.
DOENÇA DIVERTICULAR DO CÓLON
Universidade Federal de Santa Catarina Disciplina de Cirurgia Pediátrica – DPT 5106 Prof. Maurício José Lopes Pereima, MD, PhD Apendicite Aguda.
Universidade de São Paulo
MIOMAS UTERINOS INTRODUÇÃO
PRÉ E PÓS OPERATÓRIO em ginecologia
Carcinoma de Endométrio: Cirurgia convencional para pacientes obesas e com comorbidades severas.
Dra Juliana Martins Pimenta
Universidade Católica de Brasília Liga da Mulher Reunião científica
GRUPO DE ESTUDOS DE NEURORRADIOLOGIA 10/09/2015
Doença Inflamatória Pélvica
Abdome Agudo em Ginecologia
Tumores benignos do útero
RINOSSINUSITE FÚNGICA
RINOSSINUSITE AGUDA Camila Brandão Camila Sampaio Crislaine Siston.
Transcrição da apresentação:

Lucas Almeida Campagnaro Vitória-ES Abscesso Pélvico Lucas Almeida Campagnaro Vitória-ES

Abscesso Pélvico Definição: Coleção de líquido contendo um grande número de bactérias aeróbicas e anaeróbicas com células inflamatórias e restos necróticos na cavidade pélvica.

ETIOLOGIA Apendicite; Diverticulite; Doença inflamatória intestinal; Cirurgia ginecológica e outras causas obstétricas; Abscesso tubo-ovariano (TOA); THE MANAGEMENT OF PELVIC ABSCESS, 2009.

Abscesso Tubo-ovariano (TOA)

TOA – Epidemiologia: Epidemiologia: 3° a 4° década de vida; 70 % são unilaterais; 2 % das internações em centros ginecológicos; Mulheres sexualmente ativas; 10-15 % de complicações de DIP hospitalizados; 25% das pacientes com TOA necessitam de intervenção cirúrgica. THE MANAGEMENT OF PELVIC ABSCESS, 2009.

TOA - Etiologia Princípios da patogênese: Importante: Alteração da microbiota normal da vagina; Etiologia polimicrobiana (anaeróbios+aeróbios+ microorganismos facultativos): Ressaltar a importância da Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoaea. Importante: Paciente em uso de DIU: Actinomyces israelii THE MANAGEMENT OF PELVIC ABSCESS, 2009.

TOA - Patogênese Patógeno Estruturas vizinhas Dano e necrose do epitélio da trompa Abscesso Pélvico Exsudato purulento Alteração do ambiente Peritonite THE MANAGEMENT OF PELVIC ABSCESS, 2009.

TOA - Fatores de risco Semelhantes aos da DIP, são eles: Múltiplos parceiros sexuais; História prévia de DST ou DIP; Imunossupressão; Uso de DIU; Baixo nível socioeconômico; Uso de anticoncepcional oral. THE MANAGEMENT OF PELVIC ABSCESS, 2009. JOURNAL OF THE NATIONAL MEDICAL ASSOCIATION, VOL. 78, NO. 10, 1986

TOA - Diagnóstico São 3 os pilares diagnósticos: Clínica; Laboratório; Imagem. THE MANAGEMENT OF PELVIC ABSCESS, 2009.

TOA - Diagnóstico Clínica: Laboratório: Dor abdominal ou dor pélvica - 98% Febre e calafrios - 50%, Corrimento vaginal - 28% Náuseas - 26% Sangramento vaginal anormal - 21% Laboratório: Leucocitose; PCR elevada; Achados inespecíficos. Landers DV & Sweet RL. Tubo-ovarian abscess: contemporary approach to management. Rev Infect Dis 1983; 5: 876–884.

TOA - Diagnóstico Exames de imagem: USG; TC; RNM; Laparoscopia. THE MANAGEMENT OF PELVIC ABSCESS, 2009.

TOA - Diagnóstico: USG- achados: Complexo anexial cística; Paredes com espessura irregular; Septações hiperecóicos; Sensibilidade (93%) e especificidade (98,6%) THE MANAGEMENT OF PELVIC ABSCESS, 2009.

TOA - Diagnóstico: TC – achados: Paredes espessas císticas; Massas anexiais com septações; Processos inflamatórios deslocando anexos. THE MANAGEMENT OF PELVIC ABSCESS, 2009.

TOA - Diagnóstico: RNM – achados: Massa pélvica com baixo sinal em T1 ; Imagens heterogêneas com alto sinal em T2. THE MANAGEMENT OF PELVIC ABSCESS, 2009.

DIAGNÓSTICO-USG THE MANAGEMENT OF PELVIC ABSCESS, 2009. A) Um abcesso cístico aderentes ao útero. B) O mesmo abscesso de A após drenagem guiada por USG. C) Um abscesso tubário unilocular, com pseudo-septos. À direita uma parte do abscesso contralateral tubária é visto. E) Um abscesso tubário multilocular com pseudo-septos. THE MANAGEMENT OF PELVIC ABSCESS, 2009.

DIAGNÓSTICO A) Imagem transvaginal mostrando um loculação intraovariana grande. B) Imagem após a aspiração transvaginal de material purulento. Uma pequena quantidade do material piogênico não podia ser aspirada como visto centralmente. TRANSVAGINAL ULTRASOUND - GUIDED ASPIRATION FOR TREATMENT OF TUBO-OVARIAN ABSCESS, 2005.

TOA - Diagnóstico Sonographic and Magnetic Resonance Imaging Findings of Pelvic Abscess Following Uterine Perforation Sustained During Office Endometrial Sampling. 2011.

DIAGNÓSTICO A) Imagem transvaginal mostrando 3 loculações intraovariana. B) Imagem após a aspiração transvaginal de material purulento. O material piogênico foi completamente aspirado. TRANSVAGINAL ULTRASOUND - GUIDED ASPIRATION FOR TREATMENT OF TUBO-OVARIAN ABSCESS, 2005.

TOA - Diagnóstico . TRANSVAGINAL ULTRASOUND - GUIDED ASPIRATION FOR TREATMENT OF TUBO-OVARIAN ABSCESS, 2005.

TOA - tratamento Formas de abordagem: Antibioticoterapia; Laparoscopia; Laparotomia; Drenagem via USG transvaginal. PREGNANCIES FOLLOWING ULTRASOUND-GUIDED DRAINAGE OF TUBO-OVARIAN ABSCESS, 2012.

TOA - Tratamento Antibioticoterapia isolada: Cobertura ampla para os microorganismos mais frequentes ( EX.: Bacteroides fragilis, peptostreptococci, gram-negativos aeróbios, Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae); Esquema terapêutico tríplice preferencialmente ( EX.: Cefalosporina + Gentamicina + metronidazol); Taxa de sucesso: 87,5%; Maior chance de recorrência. THE MANAGEMENT OF PELVIC ABSCESS, 2009.

TOA - Tratamento Drenagem via USG transvaginal: Vantagens: Minimamente invasivo; Baixo custo; Fácil manuseio e menor tempo de execução; Alta hospitalar e melhora sintomática precoce; Ausência de anestesia geral. THE MANAGEMENT OF PELVIC ABSCESS, 2009.

TOA - Tratamento Laparoscopia: Vantagens: Visualização direta da patologia; Permite decisão terapêutica imediata; Pouco agressiva. THE MANAGEMENT OF PELVIC ABSCESS, 2009.

TOA - Tratamento Laparotomia: Vantagens: Desvantagens: Maior campo operatório; Indicada em pacientes com instabilidade hemodinâmica. Desvantagens: Agressiva; Maior tempo de internação; Dor pós operatória. PREGNANCIES FOLLOWING ULTRASOUND-GUIDED DRAINAGE OF TUBO-OVARIAN ABSCESS, 2012.

Tratamento – Estudo prospectivo e randomizado com 40 mulheres ATB amplo espectro isoladamente: 50 % - obtiveram tratamento bem sucedido. ATB + drenagem guiada por USG: 85 % - obtiveram tratamento bem sucedido. Abordagem tipo I Abordagem tipo II THE MANAGEMENT OF PELVIC ABSCESS, 2009.

Tratamento – Estudo com 302 pacientes ATB + Drenagem guiada por USG: Bem sucedido em 282 pacientes (93,4%); As demais pacientes (20) foram submetidas a laparotomia ou laparoscopia. Causas de falha: Diagnóstico duvidoso. TRANSVAGINAL ULTRASOUND-GUIDED ASPIRATION FOR TREATMENT OF TUBO-OVARIAN ABSCESS: A STUDY OF 302 CASES, 2005.

TOA - Tratamento Critérios de sucesso: Critérios de alta hospitalar: Melhora da dor; Temperatura e leucometria tendendo à normalização. Critérios de alta hospitalar: Melhora clínica; Ausência de febre em 24 horas; USG inocente TRANSVAGINAL ULTRASOUND-GUIDED ASPIRATION FOR TREATMENT OF TUBO-OVARIAN ABSCESS, 2005.

TOA - Complicações Aguda: Tardia: Ruptura do abscesso tubo-ovariano: Emergência cirúrgica; Avaliar possibilidade de cirurgia conservadora; Tratamento: Histerectomia total + salpingooforectomia Tardia: Infertilidade; Dor pélvica crônica. PREGNANCIES FOLLOWING ULTRASOUND-GUIDED DRAINAGE OF TUBO-OVARIAN ABSCESS, 2012.

OBRIGADO

Referências: TRANSVAGINAL ULTRASOUND-GUIDED ASPIRATION FOR TREATMENT OF TUBO- OVARIAN ABSCESS: A STUDY OF 302 CASES; American journal of obstetrics and gynecology [0002-9378] Gjelland, Knut yr:2005 vol:193 iss:4 pg:1323 -1330. THE MANAGEMENT OF PELVIC ABSCESS; Baillière's best practice & research. Clinical obstetrics & gynaecology [1521-6934] Granberg, Seth yr:2009 vol:23 iss:5 pg:667 -678. PREGNANCIES FOLLOWING ULTRASOUND-GUIDED DRAINAGE OF TUBO-OVARIAN ABSCESS; Fertility and sterility [0015-0282] Gjelland, K yr:2012 vol:98 iss:1. OSBORNE N. G. Tubo ovarian abscess: Pathogenesis and management. Journal of the national medical association, New York, 10, nov. 1886. Vol. 78. ABU LAFIA O. et al. Sonographic and Magnetic Resonance Imaging Findings of Pelvic Abscess Following Uterine Perforation Sustained During Office Endometrial Sampling. JOURNAL OF CLINICAL ULTRASOUND, 11 june. 2011. Vol. 39. NO. 5.

Questões de residência médica

Espaço reservado para questões de residência médica