Professor Ronaldo Rangel

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Transcrição da apresentação:

Professor Ronaldo Rangel Tosse Professor Ronaldo Rangel

Definição Mecanismo de defesa do organis -mo para retirar secreções e corpos estranhos da vias aéreas desen-cadeado pelo estímulo de rece-ptores localizados no aparelho respiratório

Classificação Tosse aguda Tosse crônica < 3 semanas > 3 semanas

Causas de Tosse Aguda Estimulo inflamatório Estímulos mecânicos extramurais Estímulos mecânicos intramurais Estímulos térmicos Estímulos químicos Estímulos reflexos

Estímulo inflamatório Causas de Tosse Aguda Estímulo inflamatório -rinofaringite (resfriado e gripe) -rinosinusite -laringite/traqueite -bronquite/bronquiolite -pneumonia/abscesso pulmonar

Anatomia do Nariz SEIO ESFENOIDAL SEIO FRONTAL CORNETOS VESTÍBULO ADENÓIDE FARINGE PALATO LÍNGUA

GRIPE

RESFRIADO

GOTEJAMENTO NASAL

Estímulo inflamatório Causas de Tosse Aguda Estímulo inflamatório -rinofaringite (resfriado e gripe) -rinosinusite -laringite/traqueite -bronquite/bronquiolite -pneumonia/abscesso pulmonar

SINUSITE

Estímulo inflamatório Causas de Tosse Aguda Estímulo inflamatório -rinofaringite (resfriado e gripe) -rinosinusite -laringite/traqueite -bronquite/bronquiolite -pneumonia/abscesso pulmonar

BRONQUITE

Estímulo inflamatório Causas de Tosse Aguda Estímulo inflamatório -rinofaringite (resfriado e gripe) -rinosinusite -laringite/traqueite -bronquite/bronquiolite -pneumonia/abscesso pulmonar

PNEUMONIA

Estímulo mecânicos extramurais Causas de Tosse Aguda Estímulo mecânicos extramurais -aneurisma da aorta -granulomas -neoplasias pulmonares/mediastinais -aspiração de corpo estranho -derrame pleural

Estímulo mecânicos intramurais Causas de Tosse Aguda Estímulo mecânicos intramurais -broncoespasmo -granulomatose endobrônquica -pneumonite intersticial aguda -edema pulmonar -atelectasia

-inalação de gases irritantes Causas de Tosse Aguda Estímulos químicos -inalação de gases irritantes -fumaça de cigarro -fumaças químicas -inibidores da ECA

Causas de Tosse Aguda Estímulos térmicos -ar frio -ar muito quente

-irritação do meato auditivo externo Causas de Tosse Aguda Estímulos reflexos -irritação do meato auditivo externo - irritação dos seios para nasais - irritação das paredes da faringe -refluxo gatroesofágico

Causas de Tosse Crônica -gotejamento pós nasal - asma - refluxo gastroesofágico -síndrome pós infecciosa

Tosse Crônica 41% 24% 21% 5% Gotejamento nasal posterior Asma (rinossinusite) Asma Refluxo gastroesofágico Bronquite crônica

Tratamento Tosse -Tratamento antitussígeno específico -Tratamento antitussígeno inespecífico - Tratamento pró-tussígeno

Professor Ronaldo Rangel Tuberculose Professor Ronaldo Rangel

Epidemiologia Um terço da população mundial infectada 8 milhões de casos por ano 2 milhões de mortes por ano 80 a 90 mil casos por ano no Brasil 6000 mortes por ano no Brasil

Patogenia Via linfohematogênica Aspiração via inalatória Primo infecção pulmonar Implantação extrapulmonar Via linfohematogênica Via hematogênica Contiguidade Excreção ductal

Número de partículas Ventilação Duração da exposição

Exames Diagnósticos para TB Bacteriológico - Baciloscopia Vantagens Simplicidade rapidez e baixo custo Desvantagens Necessita de grande quantidade de bacilos no material examinado Não permite diferencia o M. Tuberculosis

Exames Diagnósticos para TB Cultura Vantagens Permite identificar a micobacteria Pode ser positiva com poucos bacilos Permite avaliar a sensibilidade do BK aos quimioterápicos Desvantagens Resultado só é possível após um período de 2 a 4 semanas

Exames Diagnósticos para TB Radiológico Vantagens Permite suspeita diagnóstica quando da visualização de imagens sugestivas Desvantagens Não permite firmar o diagnóstico posto que não há imagem patognomônica da doença

Exames Diagnósticos para TB Prova Tuberculínica Vantagens Indica infecção pelo BK Desvantagens Não permite distinguir infecção de doença

Exames Diagnósticos para TB Bactec Desvantagens Necessita laboratório com equipamento mais complexo Vantagens Permite identificação mais rápida do BK

Exames Diagnósticos para TB Sorológicos Desvantagens Complexos e de sensibilidade muito variável Vantagens Detecta anticorpos contra o BK

Exames Diagnósticos para TB Sondas Genéticas - PCR Vantagens Detecção rápida de crescimento bacteriano Desvantagens Caro e pessoal treinado

Conduta na TB BAAR negativa

Conduta na TB BAAR negativa

Conduta na TB BAAR negativa

Conduta na TB BAAR negativa

Características do Bacilo importantes para a quimioterapia Anaerobiose estrita Subpopulações distintas Multiplicação lenta Alta proporção de mutantes resistentes

Esquema I Peso do doente R 10 300 450 600 H 200 400 Z 35 1000 1500 Fases do tratamento Drogas Até 20 kg Mais de 20 kg e até 35 kg Mais de 35 kg e até 45 kg Mais de 45 kg mg/kg/dia mg/dia 1ª fase (2 meses – RHZ) R 10 300 450 600 H 200 400 Z 35 1000 1500 2000 2ª fase (4 meses – RH) R = Rifampicina H = Isoniazida Z = Pirazinamida

Esquema IR Peso do doente R 10 300 450 600 H 200 400 Z /E 35/25 Fases do tratamento Drogas Até 20 kg Mais de 20 kg e até 35 kg Mais de 35 kg e até 45 kg Mais de 45 kg mg/kg/dia mg/dia 1ª fase (2 meses – RHZE) R 10 300 450 600 H 200 400 Z /E 35/25 1000/600 150/8000 2000/1200 2ª fase (4 meses – RHE) H /E 10/25 200/600 300/800 400/1200 EEEER = Rifampicina H = Isoniazida Z = Pirazinamida E=Etambutol

Efeitos adversos dos medicamentos antituberculose e conduta Rifampicina Efeito Adverso Irritação gástrica(náusea e vômitos) Epigastralgia e dor abdominal Suor e urina cor de laranja Conduta Reformular os horários de medicação Avaliar a função hepática Orientar

Efeitos adversos dos medicamentos antituberculose e conduta Rifampicina Efeito Adverso Exantemas Hepatotoxicidade Trombocitopenia leucopenia eosinofilia anemia hemolítica agranulocitose vasculite Conduta Reformular os horários de medicação Suspender o tratamento Dependendo da gravidade suspender o tratamento

Efeitos adversos dos medicamentos antituberculose e conduta Isoniazida Efeito Adverso Irritação gástrica(náusea e vômitos) Epigastralgia e dor abdominal Artralgia ou artrite Conduta Reformular os horários de medicação Avaliar a função hepática Medicar com AAS

Efeitos adversos dos medicamentos antituberculose e conduta Isoniazida Conduta Medicar com piridoxina ( Vit. B6) Suspender o tratamento Trocar por S+E Dependendo da gravidade suspender o tratamento Efeito Adverso Neuropatia periférica Hepatotoxicidade Psicose crise convulsiva Trombocitopenia leucopenia eosinofilia anemia hemolítica agranulocitose vasculite

Efeitos adversos dos medicamentos antituberculose e conduta Pirazinamida Efeito Adverso Irritação gástrica(náusea e vômitos) Epigastralgia e dor abdominal Artralgia ou artrite Conduta Reformular os horários de medicação Avaliar a função hepática Medicar com AAS

Efeitos adversos dos medicamentos antituberculose e conduta Pirazinamida Conduta Medicar com halopurinol Suspender o tratamento Efeito Adverso Hiperuricemia Hepatotoxicidade Nefrote intersticial rabdomiolise com mioglobinuria

Efeitos adversos dos medicamentos antituberculose e conduta Etambutol Conduta Medicar com halopurinol Suspender o tratamento temporariamente Substituir Medicar com piridoxina ( Vit. B6) Efeito Adverso Hiperuricemia Hepatotoxicidade Neurite ótica Neuropatia periférica

Incidência de TB Infecção em Profissional de Saúde (PS) Autor Período Local N Risco/ano Infecç.(%) População Geral(%) Berman et al 1971-1976 Baltimore 1900 1,4 0,05-0,2 Chan e Taba 1978-1981 Miami 221 4,0 0,03-0,1 Condos et al 1988-1992 Nova York 308 1,0 0,08-0,02 Edwood et al 1990-1992 900 10,0 Kritski et al 1994-1996 Rio de Janeiro 1289 11,0 1

Surto de TB em Profissional de Saúde em um Hospital Caso Index (2 h UE / 12 h UTI) 29 PS (HIV -) 17 PPD NR 13 (76%) Reator 4 (24%) NR 3 doentes 10 PPD Reator Fonte: Griffith et al, Am J Respir Crit Care Med, 1995

Viragem de PPD em PS HUCFF-UFRJ, 1995 a 1997 % n= 351 PPD NR

Viragem do PPD em Alunos de Medicina- 1999 % n= 284 Silva, V. AJCCM, 2000

Viragem de PPD - Estudos brasileiros Categoria % Muzy Souza, G, 2002 Prof saúde -UFRJ 8,7% Grupo risco 13,3% Silva, V, 2002 Alunos Medicina-UFRJ 4,4% Internato 7,2% Costa PA ,2001 Alunos Medicina-UFF Internato 7,8% Ferreira M, 1996 Internas em prisão- SP 29% Vale J, 1986 População favela- RJ 2,5% Ruffino-Netto, 1981 População Geral 0,8%

A medicina existe para curar o impossível Nunca desista

A recompensa virá