Projeto “Conhecendo Mato Grosso do Sul”

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Divisão do Estado de Mato Grosso
Advertisements

Os rumos da economia do MS frente a globalização.
As regiões geoeconômicas do Brasil
A AGRICULTURA BRASILEIRA
REGIÕES BRASILEIRAS..
A ECONOMIA INDUSTRIAL DA UNIÃO EUROPEIA
DIFERENTES PAISAGENS E INTERESSES NA ORGANIZAÇÃO DO CAMPO
Subdesenvolvimento.
Historia do pantanal A origem do Pantanal é resultado da separação do oceano há milhões de anos. Animais que estão presentes no mar também existem no pantanal,
Trabalho de Geografia REGIÕES GEOECONÔMICAS Estudantes: Dany e Giseli
Regiões do Brasil.
2º Reinado O governo de D. Pedro II Unidade 8 (temas 3 a 6)
A Ocupação do Território Brasileiro.
AMÉRICA PLATINA E BRASIL
AMÉRICA PLATINA PAÍSES DO PRATA.
PARAGUAI A TRÍPLICE FRONTEIRA.
Os lugares que formam o mundo
O futuro das regiões rurais – implicações para projetos alternativos de desenvolvimento rural sustentável Arilson Favareto.
Complexo regional do Centro-Sul
COMPLEXO DO CENTRO - SUL.
Os principais Produtos
Antecedentes D. Pedro II havia garantido a unidade do Império e lutava para exercer influência no sul da América Latina. Por quê? Para controlar a navegação.
Geografia Região Sudeste (I): a construção de espaços geográficos
PROFESSOR LEONAM JUNIOR
A POPULAÇÃO BRASILEIRA
A atividade agrícola e o espaço agrário
América.
Capítulo 6 Natureza e espaços geoeconômicos da América Latina
O BRASIL NO MUNDO.
REGIÃO CENTRO OESTE.
Brasil ! Terra de muitas histórias, só falta ter quem as conte. Escritor: Fernando Morais O fato de ser um país econômica e culturalmente esmagado, a pobreza.
Tema: Agroindústria no Mato Grosso do Sul
Região Centro-Oeste Cap. 37.
UMA VIAGEM PELO BRASIL REGIONAL LINDOMAR CLAÚDIA PAULO.
Região Nordeste.
A Guerra do Paraguai.
OCUPAÇÃO E POVOAMENTO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO
B. Que fatores explicam a distribuição da população em Portugal?
OS PRIMEIROS DESBRAVADORES DO ESTADO DO PARANÁ
Causas e consequências
Paraguai Fernanda Costa – 7 Isabella Lupinari – 14 8°A.
“ ” Nós devemos ser a mudança que queremos ver no mundo. (Gandhi)
AGRICULTURA E PECUÁRIA
Fluxos Migratórios.
MATO GROSSO DO SUL CAPITAL: CAMPO GRANDE.
AMÉRICA PLATINA PAÍSES DO PRATA.
U RUGUAI História E GEOGRAFIA Guilherme Abrahabibs 11° Gabriel Alencar Diáz 8° Caio vinícius pesseti 29°
PLANÍCIE CENTRAL APALACHES ROCHOSAS. PLANÍCIE CENTRAL APALACHES ROCHOSAS.
América Platina.
EXÉRCITO BRASILEIRO DECEx – DEPA – CMF DISCIPLINA: HISTÓRIA 2º ANO DO ENSINO MÉDIO ASSUNTO: A GUERRA DA TRÍPLICE ALIANÇA OBJETIVOS.
O PROCESSO DE COLONIZAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ E DO OESTE PARANAENSE
América latina América Platina.
BIOMAS DO BRASIL.
A MARCHA DA COLONIZAÇÃO NA AMÉRICA PORTUGUESA
RIO GRANDE DO SUL.
Formação do Território Brasileiro
Formação territorial brasileira
Cultura Cafeeira e economia brasileira
Imigração Alemã no Brasil
REDES HIDROGRÁFICAS SÃO TODOS OS RECURSOS HIDROGRÁFICAS DE UM PAÍS, COMPOSTOS GERALMENTE PELOS RIOS , LAGOS E REPRESAS.
FLUXOS MIGRATÓRIOS NO BRASIL
Cap Crise do 2º Reinado.
sub – regiões nordestinas
O ENFRENTAMENTO DE MUNDOS QUE OCORRE EM 1492 NA AMÉRICA ESPANHOLA E EM 1500 NA AMÉRICA PORTUGUESA, É MAIS DO QUE UM CHOQUE DE CIVILIZAÇÕES É UM EMBATE.
Los impactos del Cambio Climático en el Pantanal Alcides Faria
O BRASIL E A AMÉRICA DO SUL
Ocupação e formação do espaço brasileiro – G2
Trabalho de Geografia Regiões geoeconômicas
O Complexo Centro-Sul.
Espaço Agrário 2º EM – 2016 Jeferson.
Transcrição da apresentação:

Projeto “Conhecendo Mato Grosso do Sul”

Projeto realizado pelos alunos da 2º fase da EJA na disciplina de Geografia, sob orientação do Profº Sévem Veloso.

Primórdios da ocupação Sul-Matogrossense

A ocupação humana do estado de Mato Grosso do Sul iniciou-se por volta de 10.000 A.C. através dos primeiros habitantes indígenas, ancestrais dos ameríndios contemporâneos Guaranis, Terenas, Caiouás e Caiapós, tendo, através dos anos, novos povos se estabelecido na região, como por exemplo os Ofaiés.

Nos anos de 1537 e 1538, o espanhol Juan Ayolas e seu acompanhante Domingos Martínez de Irala estiveram na região de Corumbá, navegando pelo rio Paraguai, e denominaram Puerto de los Reyes à lagoa Gayva. Outro visitante foi o governador de Assunção, Domingos Martínez de Irala, que marchou até os Andes.

Em 1579, foi fundada a comunidade de Xerez, nas proximidades dos rios Miranda e Aquidauana. Esse povoamento, no entanto, foi destruído pelos índios Guaicurus.

A região leste sul-matogrossense recebe visitas de bandeirantes paulistas, e em 8 de abril de 1719 foi criada a cidade de Cuiabá. O sul matogrossense era uma área de difícil acesso, para não se dizer isolada, e suas cidades do período colonial foram se fundando lentamente.

Em 1778, efetuou-se a ocupação da área onde hoje se localiza Corumbá Em 1778, efetuou-se a ocupação da área onde hoje se localiza Corumbá. A história colonial sul-matogrossense, entretanto, permanecia muito ligada à busca pela prata no Peru.

A Guerra do Paraguai

O ditador paraguaio Solano López tinha em mente uma política expansionista, e pretendia criar o "Paraguai Maior", anexando regiões da Argentina, do Uruguai e do Brasil, como Rio Grande do Sul e Mato Grosso, e ganhar acesso ao Oceano Atlântico, fator tido como imprescindível para a continuação do progresso econômico do Paraguai.

Assim, em dezembro de 1864, o sul de Mato Grosso, na colônia de Dourados, foi invadido pelos Paraguaios.

Foi de Requim, conhecedor do valor das tropas brasileiras desde seus trabalhos de espionagem, a seguinte frase: "Si todos los brasileiros son valientes así, mía no és un simples paseo militar".

Sob o comando do herói Antônio João Ribeiro à espera das tropas invasoras. Os brasileiros lutaram até o último soldado ter perdido a vida, só então tendo sido possível às tropas paraguaias avançarem.

Durante a guerra da Tríplice Aliança, quando o Brasil se uniu à Argentina e ao Uruguai para combater o Paraguai, o sul matogrossense foi palco de alguns de seus mais dramáticos episódios.

Retirada da Laguna

A retirada da Laguna, foi o episódio no qual a atuação do Guia Lopes foi vital para impedir um total massacre, mostrou os caminhos aos soldados brasileiros por terras sul-matogrossenses e despistou o inimigo em um terreno difícil.

No centro, oeste e sul do atual estado de Mato Grosso do Sul, encontravam-se propriedades e povoados abandonados ou destruídos, estando as populações dispersas e abatidas pela fome, miséria e doenças.

Quando terminou a Guerra do Paraguai em 1 de março de 1870, o sul matogrossense se encontrava chacoalhado pela convulsão social. O processo de povoamento, que começava a se acelerar na primeira metade do século XIX, havia em muitos locais cessado.

Contrastes da colonização no pós-guerra

Uma vez terminada a Guerra do Paraguai, aqueles soldados que no sul matogrossense haviam estado passaram a relatar, ao retornarem a suas províncias de origem, as gigantescas terras devolutas de vacarias existentes em Mato Grosso. Iniciou-se, assim, um massivo processo de migração regional para a área, com povoadores sobretudo oriundos de províncias como Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo e Bahia.

Datam deste período a ocupação, por exemplo, de municípios como Campo Grande e Sidrolândia, assim como a reocupação da área de Dourados.

A Companhia Matte Larangeira e a República Velha Fazenda Campanário

No ano de 1872, a uma comissão mista formada por brasileiros e paraguaios coube re-desenhar os limites entre os dois países, tarefa que nunca havia sido completada anteriormente à guerra.

Thomás Larangeira, Gaúcho, por conhecer bem a área de fronteira, onde, em meio a terras indígenas e devolutas, recebeu concessão do governo imperial para explorar os extensos ervais nativos de Ilex paraguariensis, a erva-mate.

A autorização deu-se pelo Decreto nº 8,799 do Governo Imperial, datando de 9 de setembro de 1884 e assinado por Dom Pedro II. Dada a facilidade em se encontrar mercados consumidores, principalmente o Uruguai e a Argentina, e a inexistência de grandes dispêndios na lida da erva-mate, o negócio mostrou-se, desde o começo, muito lucrativo.

No ano de 1892, por fim, Thomás Larangeira associou-se aos Murtinho, uma família tradicional de políticos do sul de Mato Grosso, e criou a Companhia Matte Larangeira.

Os coronéis da região sul do atual Mato Grosso do Sul passaram a desejar, já durante a República Velha, o reconhecimento de posse da terra ocupada por eles nas vizinhanças dos ervais, terras por um motivo ou outro não exploradas pela Companhia Matte Larangeira, que, no entanto, continuava a ter licença de exploração sobre elas.

Neste complexo conflito de interesses iniciaram-se, por fim, as idéias divisionistas no sul matogrossense. Os coronéis do sul de Mato Grosso do Sul passaram, a partir da formação da aliança com a oligarquia do norte, a fazer oposição armada ao governo estadual e à Matte Larangeira.

A Divisão

Já na década de 1950, era inquestionável o aumento da importância do leste do estado, uma vez que o Bolsão Sul-Matogrossense já começava a exercer influência política ao nível estadual, tanto no norte, quanto no sul.

O governo federal com base na lei complementar nº 20, estabeleceu, em 1974, a legislação básica do período da ditadura militar para a criação dos estados e territórios brasileiros, reascendendo, assim, a campanha pela autonomia do sul matogrossense.

De fato, em 11 de outubro de 1977, o presidente Ernesto Geisel assinou a Lei Complementar 31, que criou o Estado de Mato Grosso do Sul, em área desmembrada do estado de Mato Grosso.

O primeiro governador, o engenheiro gaúcho Harry Amorim da Costa, servidor público do Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS), autarquia federal hoje extinta, foi nomeado pelo presidente Geisel, de acordo com a mesma Lei Complementar.

Economia do Mato Grosso do Sul

A economia de Mato Grosso do Sul está baseada na produção rural (animal, vegetal, extrativa vegetal e indústria rural), indústria, extração mineral, turismo e prestação de serviços. Mato Grosso do Sul possui um dos maiores rebanhos bovinos do país.

A localização geográfica permite ao estado exercer o papel de centro de redistribuição de produtos oriundos dos grandes centros consumidores para o restante da região Centro-Oeste e a região Norte do Brasil.

Setor primário   A maior produção agropecuária concentra-se na região de Dourados. Desenvolve-se uma agricultura diversificada, com culturas de soja, arroz, café, trigo, milho, feijão, mandioca, algodão, amendoim e cana-de-açúcar.

Setor Secundário A principal atividade industrial do Mato Grosso do Sul é a produção de gêneros alimentícios, seguida da transformação de minerais não-metálicos e da indústria de madeira. Os beneficiamentos de carne bovina e de arroz têm seu centro na capital.

Setor terciário O turismo ecológico também representa uma importante fonte de receita para o estado. A região do pantanal sul mato-grossense atrai visitantes do resto do país e do mundo, interessados em conhecer a beleza natural na região.  

Mato Grosso do Sul está entre as unidades da federação que apresentam as maiores taxas de urbanização do país, com 85,4 A população urbana do estado, a partir dos anos 1980, apresenta um acentuado crescimento.

No estado 44,77% da população residente compõe a população economicamente ativa (PEA). Quanto ao rendimento médio das pessoas de dez anos ou mais (1.366.871 habitantes), 55,85% (763.293 habitantes) têm como renda média mensal até um salário-mínimo.

Turismo

O Mato Grosso do Sul possui atrativos naturais e culturais que podem ser vistos ao participar de passeios turísticos. Os cenários são distintos e com belezas peculiares, sendo rico em flora, fauna e exuberância da natureza.

Pantanal

O complexo do Pantanal é a mais extensa área úmida contínua do Planeta e um santuário ecológico que abriga a maior diversidade mundial de fauna e flora.

Durante os meses da seca, de maio a outubro, aproximadamente, a paisagem sofre mudanças radicais: no baixar das águas, são descobertos campos, bancos de areia, ilhas... A cada 24 horas, cerca de 178 milhões de litros de água entram na planície pantaneira no período das cheias.