DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GRAVIDEZ

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Transcrição da apresentação:

DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GRAVIDEZ ( D.H.E.G ) Dr. Adenilton P. Cruzeiro

DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GRAVIDEZ Incidência: 5 a 10% das gestantes Caracteriza-se: -Hipertensão Arterial -Edema -Proteinúria ( a partir da 20 semana de gestação) Amplo espectro: Quadros leves até insuficiência de múltiplos órgãos. É uma das principais causas de Mortalidade Materna no Brasil.

FISIOPATOLOGIA Agressão ao “Endotélio vascular” ( Mediada por Mecanismos Imunológicos) O Dano endotelial causa: Vasoconstricção Elevação da Resistência Periférica HIPERTENSÃO ARTERIAL

FISIOPATOLOGIA Alteração da Permeabilidade Vascular EDEMA Ativação do Sistema de Coagulação COAGULOPATIA

FISIOPATOLOGIA CÉREBRO: O comprometimento cerebral é a principal causa de morte materna. RINS: “ Glomeruloendoteliose”- Perde proteina ( redução progressiva da capacidade de depuração  falencia funcional total ). FÍGADO: Isquemia Periportal – Necrose hemorrágica Distensão capsular (edema) ou focos hemorrágicos: Dor epigástrica ou hipocôndrio direito – Ruptura hepática – Morte.

FISIOPATOLOGIA ÚTERO/PLACENTA: Diminuição do fluxo “Insuficiência Uteroplacentária” COAGULAÇÃO: Plaquetas diminuidas (  100.000 )

DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GRAVIDEZ D. H. E. G. ( PRÉ ECLÂMPSIA ) LEVE/MODERADA GRAVE ECLÂMPSIA SINDROME HELLP

DIAGNÓSTICO CRITÉRIOS: Elevação da PA – Edema – Proteinúria - 30 mmHG na PA diastólica 15mmHg na PA sistólica Ganho Ponderal acima de 1000g/semana Edema que não sede com o repouso 300mg/litro em urina de 24h 1g em amostra isolada, confirmada mais de uma vez

DIAGNÓSTICO CRITÉRIOS PARA DHEG GRAVE: PA diastólica >/= 110mmHg Cefaléia associada a hipertensão arterial Distúrbios visuais relacionados á hipert. arterial Dor epigástrica ou em hipocôndrio direito Proteinúria 1g/litro/24h ( ++ ou mais em fita) Oligúria ( Vol. Urinário 600ml/24h) Creatinina 1mg/dl Edema Pulmonar Plaquetas 100.000 Bilirrubinas Enzimas hepáticas

“SÍNDROME HELLP” É uma das formas clínicas da pré eclâmpsia grave, sendo causa frequente de morte materna. O termo Hellp é um acrômio: H = “hemolysis” EL = “elevated liver functions tests” LP = “low platelets count”

TRATAMENTO CLÍNICO D.H.E.G. LEVE/MODERADA - Diagnóstico antes do termo: Acompanhamento. - Se não puder internar: Ambulatório 2/2dias, orientando o problema. . Repouso DLE . Proteinúria 5/5dias . Afastar do trabalho . Avaliar semanal// o . PA diária ( + 1 x/dia) feto. . Peso ( valorizar ganho 1kg/semana) . Não usar diuréticos . Não usar hipotensores ( Exceto HAC – Metildopa )

TRATAMENTO OBSTÉTRICO D.H.E.G. LEVE/MODERADA O Tratamento obstétrico se impõe quando a gravidez alcança ou piora do quadro clínico. Via: Vaginal – PG ou Misoprostol e posteriomente induz com ocitocina Analgesia: Bloqueio Peri ou Raquianestesia.

TRATAMENTO D.H.E.G. GRAVE OBJETIVO: Reduzir a PA e evitar convulsão Administrar : “ Sulfato de Magnésio” – 24h Em seguida iniciar “terapêutica hipotensora”.

SULFATO DE MAGNÉSIO PRITCHARD: Ataque: 4g EV + 10g IM Manutencão: 5g IM 4/4h/ 24h EV EXCLUSIVO: Ataque: 4g EV Manutenção: 10g (2ampolas 10ml 50%) + 480ml SG5% na Bomba de Infusão a 100ml/h = 2g/h.

HIPOTENSORES HIDRALAZINA: 5mg EV 30/30m, até PA entre 90 e 100mmHg Repetir a dose a cada 4 ou 6h/24h NIFEDIPINA: 5mg SL 30/30m, até PA ente 90 e 100mmHg Repetir a cada 6 ou 8h.

DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GRAVIDEZ PREVENÇÃO Não existem formas efetivas de prevenção. AAs – Evidências não justifica seu uso. Cálcio – 2g/dia : Proporciona menor reatividade vascular, agindo no vasoespasmo. Usar de rotina em regiões pobre em cálcio.

obrigado!!!