Avaliação do desempenho pelo EVA

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Transcrição da apresentação:

Avaliação do desempenho pelo EVA

Perspectivas sobre o valor da empresa para o accionista Cotação da acção no mercado de capitais É necessário a empresa estar cotada Não aplicável a divisões Assume mercado eficiente – Na realidade, os preços podem cair mesmo com decisões que criam valor Shareholder Value Analysis (Rappaport, 1986) O valor depende dos fluxos de caixa previsionais e do custo do capital Valor depende das perspectivas futuras Difícil de ligar a um sistema de incentivos – variáveis de fluxos de caixa estimadas (e, por isso, subjectivas) © JCNeves

Métricas internas mais usadas para estimar o valor criado para o accionista Cash Flow Return On Investment (Holt Value Associates e Boston Consulting Group) Resultado Residual (vários académicos), Resultado Económico (Mckinsey) ou Economic Value Added (Stern Stewart) Residual Cash Flow ou Cash Value Added (Boston Consulting Group) © JCNeves

Resultado Residual e Economic Value Added (EVA©) Perspectiva dos capitais próprios Perspectiva dos capitais totais DEFINIÇÕES: RR – Resultado Residual RL – Resultado líquido Km – Custo médio do capital Ke – Custo do capital próprio Kd – Custo do capital alheio CP – Capital Próprio CA – Capital Alheio CI – Capital Investido = CP+CA EVA – Economic Value Added EVA: Mais de 200 ajustamentos aos dados contabilísticos EVA© - Stern Stewart & Co. © JCNeves

Exemplo: Resultado Residual ou EVA © JCNeves

EVA e Valor da empresa ROLI deve ser igual em ambos os modelos Market Value Added (Goodwill) ROLI deve ser igual em ambos os modelos A taxa de crescimento deve ser coerente em ambos os modelos: Então: taxa de crescimento = Taxa de reinvestimento * ROIC O capital investido no EVA deve assumir-se ser realizado no inicio do período; O valor residual deve ser consistente em ambos os modelos. Então: O capital investido no inicio do período de valor residual deve corresponder ao valor residual do modelo dos fluxos de caixa © JCNeves

O EVA e a Capitalização Bolsista © JCNeves

A estimativa do custo do capital

Comportamentos face ao risco Avesso ao risco Rendibilidade Indiferente ao risco Jogador Risco © JCNeves

Custo do capital próprio: Modelos mais usados na prática CAPM Modelo dos dividendos Modelo de Modigliani e Miller Modelo dos práticos rf = Rendibilidade sem risco  = Beta rm= Rendibilidade de mercado d1 = dividendo por acção no ano 1 P0 = Preço de cotação no ano de avaliação g = taxa de crescimento dos dividendos ku - custo de capital económico D - Dívidas E - Capital próprio t - impostos sobre lucros kd = Custo do capital alheio  = Prémio de risco sobre o capital alheio © JCNeves

A aversão ao risco: Mercado de capitais português1990-2000 Fonte: Neves, J.C. (2002) Risco_Portugal.xls © JCNeves

Características ideais para um modelo de avaliação de risco e rendibilidade Deve criar uma medida de risco relativa para todos os activos e não apenas para um grupo particular Deve delinear claramente que tipos de risco remunera e ter uma racionalidade associada Deve ser normalizado, i.e. saber se está acima ou abaixo da média Deve permitir relacionar risco e rendibilidade Deve explicar as rendibilidades históricas e ter capacidade previsional © JCNeves

Rendibilidade e risco em Portugal: Dados contabilísticos 1994-99 As mais atractivas Fabricação de: Joalharia e ourivesaria Telecomunicações, rádio e televisão Automóveis Aparelhos e instrumentos médico-cirúrgicos As menos atractivas: Fabricação de motas e bicicletas Pesca Agricultura e produção animal Fonte: Elaborado por J.C. Neves a partir da Central de Balanços do BPA/BCP 1994-96 e 1997-99 © JCNeves

Mensuração do risco de mercado CAPM Carteira eficiente: Markowitz; CAPM: Sharpe, Lintner e Mossin ARBITRAGE PRICING MODEL Ross (1976) MODELOS MULTIFACTOR procuram identificar variáveis macroeconómicos que expliquem o risco de mercado MODELOS DE REGRESSÃO usam variáveis da empresa como proxies do risco de mercado (Ex: PER; Market to Book Value). © JCNeves

Tipos de risco Risco sistemático, diversificável ou de mercado taxas de juro, inflação, e economia em geral Risco não sistemático, não diversificável ou especifico: Específico do projecto - afecta apenas o projecto em causa. Ex.: erros de calculo Concorrência - afectado pelas acções da concorrência Específico da industria - tecnológico, legal, produto Internacional - político, cambial © JCNeves

Efeito da diversificação © JCNeves

CAPM © JCNeves Markowitz.xls

Prémio de risco histórico Estados Unidos da América Portugal Prémio de risco 1926-1998 1964-1998 1974-1998 1990-2000 Média aritmética 7,50% 4,10% 5,50% 7,82% Média geométrica 5,90% 3,60% 4,90% 5,38% CAPM - 3º momento 6,23% Gordon - 1999 5,27% Gordon - 2000 5,46% Merton (1993-2001)* 6,38% Fonte: Neves, J.C (2001) * Neves, J.C. e P.Pimentel (2002) © JCNeves Risco_Portugal.xls

Exemplo de estimativa do custo do capital próprio para a TAP (2001) negócio = 0,52 t = 0% CA = 990,6 m€ CP (inclui IM e outros ajustamentos) = 258,6 m€ endividado = 2,49 © JCNeves

Críticas ao CAPM Problemas de escolha na prática: Anomalias: Escolha do índice de mercado Efeito do período de intervalo das rendibilidades Número de períodos da amostra Taxa de juro sem risco Prémio de risco Anomalias: Tendência para a unidade (Blume, 1971) Merryl Linch e Bloomberg usam k=0,67 Ajustamento ao caso PT: Dimensão (Banz, 1981) Efeito da falta de liquidez (Roll, 1981) Risco financeiro não totalmente captado pelo beta (Bhandari, 1988) © JCNeves

Risco e custo do capital alheio Se tiver obrigações cotadas: Estimar a taxa de rendibilidade até à maturidade Se tiver rating: Estimar por comparação Outros casos: Taxa de juro do próximo empréstimo Taxa de juro de empréstimos recentes estimar um rating sintético com o rácio cobertura dos encargos financeiros Custo médio histórico © JCNeves

Default spreads Fonte: www.bondsonline.com, 2001/04/04 © JCNeves

Determinantes do nível de rating Cobertura dos custos financeiros Cobertura dos custos financeiros pelo EBE Capacidade de reembolso da dívida financeira Endividamento Estrutura do endividamento Rendibilidade operacional das vendas Rendibilidade do capital investido © JCNeves

Prémios de risco das obrigações For large manufacturing firms If interest coverage ratio is > <= Rating is Spread is 0,20 D 14,00% 0,20 0,65 C 12,70% 0,65 0,80 CC 11,50% 0,80 1,25 CCC 10,00% 1,25 1,50 B- 8,00% 1,50 1,75 B 6,50% 1,75 2,00 B+ 4,75% 2,00 2,50 BB 3,50% 2,50 3,00 BBB 2,25% 3,00 4,25 A- 2,00% 4,25 5,50 A 1,80% 5,50 6,50 A+ 1,50% 6,50 8,50 AA 1,00% 8,50 AAA 0,75% Fonte:Damodaran: http://pages.stern.nyu.edu/~adamodar (2003-04-05) © JCNeves

Custo médio do capital Custo de oportunidade do capital: Representa o custo médio de financiamento para a empresa tendo em consideração a rendibilidade exigida pelos diversos tipos de investidores tendo em consideração o seu grau de risco. Nota: CA= Passivo m/l prazo + Tesouraria passiva © JCNeves

O custo do capital sem dívidas ou custo do capital económico O CAPM ajustado Modelo de Modigliani e Miller © JCNeves

Análise de um caso A empresa tem criado valor para os accionistas? Estimativa do custo do capital Calculo do capital investido Calculo do EVA Análise © JCNeves

Bibliografia base: Anthony, R., e V. Govindarajan (2002), Management Control Systems, 10ª Ed., N.Y.: Irwin McGraw-Hill Copeland, T., T. Koller e J. Murrin, (2000), Valuation: Measuring and Managing the Value of Companies, 3ª Ed., N.Y.: John Wiley & Sons. Damodaran, A. (2002), Investment Valuation, 2ª Ed., N.Y.: John Wiley & Sons. Ehrbar, E. (1998), EVA: The Real Key to Creating Wealth, N.Y.: John Wiley & Sons. Fruham, W. (1979), Financial Strategy: Studies in the Creation, Transfer and Destruction of Shareholder Value, Homewwod, III: Richard Irwin. Jordan, H., J. C. Neves e J. A. Rodrigues (2002), O Controlo de Gestão: Ao Serviço da Estratégia e dos Gestores, 4ª Ed., Lisboa: Areas Editora. Madden, B (1999), CFROITM: A Total System Approach to Valuing the Firm, Oxford: Butterworth-Heinemann. Neves, J.C. (2000), Análise financeira I – Técnicas fundamentais, Lisboa: Texto Editora. Neves, J.C. (2000), Análise financeira II – Avaliação do desempenho baseada no valor, Lisboa: Texto Editora. Neves, J.C. (2002), Avaliação de empresas e negócios, Lisboa: McGraw-Hill. Knight, J. (1998), Value Based Management: Developing a Systematic Approach to Creating Shareholder Value, N.Y.: McGraw-Hill. Rappaport, A. (1998), Creating Shareholder Value: A Guide for Managers and Investors, 2ª Ed., N.Y.: The Free Press. Solomons, D. (1965), Divisional Performance: Measurement and Control, Homewood, Ill.: Richard D. Irwin Inc. Stern, J. e J. Shiely ( 2001), The EVA Challenge: Implementing Value-Added Change in an organization, N.Y.: John Wiley & Sons. Stewart III, G. (1991), The Quest for Value, Harper Business. Young, S. e S. O’Byrne (2000), EVA and Value Based Management, N.Y.: McGraw-Hill © JCNeves