Psicologia no início do Séc. XX

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Transcrição da apresentação:

Psicologia no início do Séc. XX Aula 25

Períodos do séc. XX 1900-1935 - Grandes sistemas 1935-1955 Estruturalismos – Wundt, Titchener Funcionalismos – James, Thorndike, Dewey Behaviorismos – Pavlov, Watson Gestalt – Wertheimer, Kofka, Köhler Psicanálise – Freud, seguidores e dissidentes 1935-1955 Método e operacionalismo lógico 1955-presente Redescoberta da consciência e retorno ao cognitivismo

Matrizes no séc. XX Nomotética – quantificadora Atomista – mecanicista Funcionalista e organicista Ambientalismo vs. nativismo Idiográfica – qualitativa (compreensão) Estruturalismo, fenomenologia, existencialismo

Trilogias em Psicologia Trilogia Geral Afeto Cognição Conação Trilogia Funcionalista Ambiente Organismo Interação Trilogia Compreensiva Sentido Linguagem

Reducionismo em Psicologia Percepção Expressão Sentido Organismo Linguagem Experiência Consciência Comportamento Ambiente Adaptação Interação Estímulo Resposta

Inserção Social das Teorias Psicológicas Matrizes Cientificistas: - Produção de conhecimento útil; - Legitimação de práticas sociais de controle e dominação. Matrizes Românticas: - Culto da experiência única, irredutível, intransferível e incomunicável; - Apesar dos controles sociais, a liberdade humana é indestrutível.

Kant Impossível estabelecer uma ciência própria dos sentidos internos Quantificação é a marca da verdadeira ciência Sentidos internos não podem ser quantificados nem submetidos à análise experimental  a introspecção está confinada ao senso interno, alterando o que está sendo observado. Assim, a psicologia não poderia ser mais que uma ciência histórica e descritiva, e não uma ciência em seu verdadeiro sentido.

Kant Toda a experiência, isto é, o mundo fenomenal que constitui nossa consciência, é uma construção sintética. O conhecimento humano está confinado em um mundo fenomenal – o mundo sinteticamente construído que experenciamos. Composição fenomenal do mundo da experiência é uma realidade noumenal desconhecida. Há um elemento subjetivo inevitável no conhecimento do mundo externo. Igualmente é impossível estudar a consciência per se sem considerar sua relação com o mundo externo.

Revolta histórico-romântica Ênfase na história Natureza humana como produto nem natural nem racional, mas de forças históricas Escola Romântica Ênfase na imaginação livre e criativa do homem e sua espontaneidade de sentimentos em oposição aos cânones e regras rígidos do classicismo. Palavras-chave: Tempo, processo, criatividade e espontaneidade.

Psicologia no final do século XIX e início do século XX Iluminismo Romantismo Período circunscrito ao séc. XVIII “...otimismo quanto ao poder da razão e à possibilidade de reorganizar a fundo a sociedade com base em princípios racionais” (Ferrater Mora, 1994) Emancipação do homem liberto das superstições e das autoridades Livre para pensar com a própria cabeça Agir segundo os ditames da razão Senhor de si e da natureza Reação ao Iluminismo nos séc. XVIII e XIX, na Alemanha “...recusa das noções de proporção e de medida e a acentuação do incomensurável e, às vezes, do infinito (...) aspiração à identificação de contrários, à fusão, ao rompimento de barreiras e limites” (Ferrater Mora, 1994) Matriz Vitalista e Naturista René Descartes Henri Bergson

Filosofia moderna – defesa da racionalidade Reação: defesa da irracionalidade Lógica humana irracional: Contexto histórico e do Direito. Índices tempo de vida de Giambattista Vico (1688-1744) Pensamento humano é uma poesia Expressão e organização em linguagem O homem é mais sentimentos que pensamentos Retrospecto histórico em oposição ao classicismo Objeto: mundo subjetivo ao qual só o sujeito tem acesso. Classifica os objetos percebidos pelos dados imediatos da consciência

Historicismo Estruturalismos Matrizes Românticas e Pós-Românticas Matriz Matrizes Matriz Vitalista Compreensivas Fenomenológica e e Naturista Existencialista Bergson Husserl Historicismo Estruturalismos Idiográfico Dilthey Gestalt Antropologia Linguística Matrizes Cientificistas Matriz Matriz Matriz Nomotética Atomicista Funcionalista e e e Quantificadora Mecanicista Organicista

Matriz Vitalista e Naturista Henri Bergson (1859-1941) Ensaio sobre os dados imediatos da consciência (1889) estados de consciência como continuidade qualitativa “eu profundo” romântico x “eu exterior” positivista duração espaço (contexto) inteligência instinto (intuição) “...orientações intelectuais e afetivas presentes no pensamento psicológico atual e em formulações ecléticas e de senso comum...” (Figueiredo, 1994)

Dados Imediatos da Consciência Henri Bergson “Não se trata de elementos quantitativos que possamos separar e enumerar e, sim, de uma continuidade cuja aparente multiplicidade é toda qualitativa”. “No momento em que escrevo estas linhas, soa a hora num relógio vizinho; mas o meu ouvido, distraído, não se apercebe dela até que já soaram vários toques; mas no entanto não as contei.(...). Se, entrando em mim mesmo, me interrogo então cuidadosamente sobre o que acaba de ocorrer, dou-me conta que os primeiros quatro sons haviam alcançado o meu ouvido (...). Para avaliar retrospectivamente o números de toques, (...) a minha imaginação fez soar um toque, logo dois, logo três e quando cheguei ao número exato de quatro, a sensibilidade, consultada, respondeu que o efeito diferia qualitativamente. Havia comprovado, portanto, a sucessão dos quatro toques dados (...). Em poucas palavras, o número de toques foi percebido como qualidade, e não como quantidade; a duração apresenta-se assim à consciência imediata e conserva esta forma enquanto não cede o lugar a uma representação simbólica, extraída de extensão” (Essai sur les données inmédiates de la conscience, 1889).

Como ter acesso aos dados imediatos? Método intuitivo Inteligência Compreende X esquematiza, classificatória Tempo concreto Duração Justaposição Irredutível Qualidade Quantidade Criação perpétua Liberdade Determinismo

Qual o objetivo do método intuitivo de Bergson? Dirigir-se ao real em movimento em contraposição à ciência natural, que ao espacializar paralisa o dado. Inversão do pensamento habitual.

Críticas Ressaltou a importância dos dados imediatos da consciência Estudo destes dados em tempo real Método não consegue dar conta Preocupações abordadas em seguimentos marginais da psicologia