Plano complexo (plano de Gauss)

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Conceitos iniciais de trigonometria e ângulos
Advertisements

MRU em um Relógio de Ponteiros Prof. Diego Fernandes.
Sistema de coordenadas utilizando a regra da mão direita
professor Dejahyr - CSDB
Conceitos trigonométricos básicos
Capítulo 2 - Derivadas No final do capítulo 1, já definimos o coeficiente angular de uma curva y = f(x) no ponto onde x = x0. Chamamos esse limite, quando.
Derivadas Já definimos o coeficiente angular de uma curva y = f(x) no ponto onde x = x0. Chamamos esse limite, quando ele existia, de derivada de f em.
Eletricidade A - ENG04474 AULA IX.
Adição e subtração de arcos
Desigualdades e inequações em R.
Trigonometria no Triângulo Retângulo
Ângulos no relógio.
Circunferência A B P r r r C r O r r E D.
Estudo da reta.
Posições relativas de duas retas
Funções trigonométricas
Ciclo Trigonométrico.
Ângulos Definição e elementos
Arcos complementares sen sen(/2 – x) = cos x cos cos(/2 – x) = sen x
Função afim: a função geral de 1º grau
Analise de Circuitos em Corrente Alternada - Ed. Erica
SEMI-EXTENSIVO Caderno 2 MATEMÁTICA C. SEMI-EXTENSIVO Caderno 2 MATEMÁTICA C.
Circunferência trigonométrica ou
Números complexos: aula
O que você deve saber sobre
O que você deve saber sobre
Números Complexos 1 Prof. Marlon.
Números Complexos 2 Prof. Marlon.
Conceito, formas algébrica e trigonométrica e operações.
Desenho Técnico e CAD – Prof. Dennis Coelho Cruz – INTRODUÇÃO AO C.A.D. AULA 1.
TRIGONOMETRIA CONCEITOS E APLICAÇÕES
Redução ao 1ºquadrante Caderno de Exercícios 4ª aula Nome:
Prof. Diego Maia VETORES
SENO E COSSENO NO CICLO TRIGONOMÉTRICO
UNIFESO – CURSO DE MATEMÁTICA
TRIGONOMETRIA CONCEITOS E APLICAÇÕES
Vetores no Plano e no Espaço
Números Complexos Definição: Um número complexo z pode ser definido como um par ordenado (x, y) de números reais x e y, z = (x, y) (1) sujeito.
Números Complexos Definição: Um número complexo z pode ser definido como um par ordenado (x, y) de números reais x e y, z = (x, y) (1) sujeito.
Chama-se nº. Complexo ao nº. na forma a+bi,em que a,b e i2=-1
Números Complexos Profª.: Juliana Santos.
Grandezas Físicas Prof. Climério Soares.
Revisão para a prova Bruno Baltazar Elói Fernandes
V E T O R E S b (2) a a + b = c Prof. Cesário.
Aula 13 Derivação Implícita, derivadas das funções trigonométricas inversas e derivadas de funções logarítmicas.
Introdução à Trigonometria
x2 + 4 = 0 COMPLEXOS x2 + 5 = 0 x2 + 5x +8 = 0 números
GEOMETRIA ANALÍTICA.
Números Complexos Colégio Integrado Jaó Prof. Paulo.
LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA COORDENADAS GEOGRÁFICAS
CICLO TRIGONOMÉTRICO MATEMÁTICA
Grandezas Escalares e Vetoriais
CICLO TRIGONOMÉTRICO.
Polinômios e equações algébricas
Tecnologias - Matemática Representação geométrica
FUNÇÃO SENO.
Tecnologias - Matemática Forma algébrica dos números complexos
Equações algébricas Professor Neilton.
CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROS
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
NÚMEROS COMPLEXOS.
Potenciação an = a . a . a a (a ≠ 0) n fatores onde: a: base
Professor Dejahyr Lopes Junior Quantas vezes, ao calcularmos o valor de Δ (b 2 - 4ac) na resolução da equação do 2º grau, nos deparamos com um valor negativo.
Definição, Classificação e Termo Geral da P. G.
Matéria: Matemática Professora: Mariane Krull Turma: 6º ano
A linguagem dos números
POLO MG_09 Encontro 7 – Polinômios Prof. Luciano.
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
TEMA: “NÚMEROS COMPLEXOS”. LINHA DO TEMPO: Descobriu uma fórmula geral para resolver equações do tipo x³ + px = p. Porém não publicou sua obra. Quebrando.
Profª Juliana Schivani
Transcrição da apresentação:

Plano complexo (plano de Gauss) Prof. Jorge

Plano de Gauss A cada número complexo z = a + bi podemos associar, um e somente um, par ordenado (a, b). (a, b) ⇒ a = Re(z) e b = Im(z) A partir dessa correspondência um a um, podemos representar o conjunto dos números complexos por meio de um sistema de coordenadas cartesianas. A esse sistema damos o nome de plano complexo ou plano de Gauss. Prof. Jorge

Plano de Gauss A cada complexo z = a + bi corresponde, no plano complexo, um ponto P(a, b). Eixo imaginário (Im) P(a, b) é o afixo de z. b P O a Eixo real (Re) Prof. Jorge

Plano de Gauss Veja os afixos de alguns complexos no plano complexo. Im 3 + 2i A(3, 2) A 2 –3 + i B(–3, 1) B 1 –2 2 E –2 – 4i C(–2, –4) –3 O 3 4 Re –1 2 – i D(2, –1) D 4 = 4 + 0i E(4, 0) –3 F –3i = 0 – 3i F(0, –3) –4 C 0 = 0 + 0i O(0, 0) Prof. Jorge

Módulo e argumento de um complexo Prof. Jorge

Módulo e argumento de um complexo A figura mostra o afixo P(a, b) de um complexo z = a + bi, sendo a e b reais. (Im) P b r = |z| → módulo de z (OP) r α = arg(z) → argumento de z α O a (Re) Prof. Jorge

Módulo e argumento de um complexo A figura mostra o afixo P(a, b) de um complexo z = a + bi, sendo a e b reais. (Im) Cálculo de r = |z|: P b r2 = a2 + b2 r α r = |z| = √a2 + b2 O a (Re) Prof. Jorge

Módulo e argumento de um complexo A figura mostra o afixo P(a, b) de um complexo z = a + bi, sendo a e b reais. (Im) Cálculo do arg(z): P b a cos α = r r α b O a sen α = (Re) r Prof. Jorge

Exemplos Obter o módulo r e o argumento principal α de cada um dos complexos z = a + bi a seguir. Representar seus afixos P no plano de Gauss. a) z = –2i ⇒ z = 0 – 2i ⇒ a = 0 e b = –2 r = |z| = √a2 + b2 = √02 + (–2)2 = 2 a cos α = = = 0 r 2 ⇒ arg(z) = α = 270º b –2 sen α = = = –1 r 2 Prof. Jorge

Exemplos Obter o módulo r e o argumento principal α de cada um dos complexos z = a + bi a seguir. Representar seus afixos P no plano de Gauss. a) z = –2i (Im) α = 270º O (Re) r = 2 –2 P Prof. Jorge

Exemplos Obter o módulo r e o argumento principal α de cada um dos complexos z = a + bi a seguir. Representar seus afixos P no plano de Gauss. a) z = –√3 + i ⇒ a = –√3 e b = 1 r = |z| = √a2 + b2 = √(–√3)2 + 12 = 2 a –√3 cos α = = r 2 ⇒ arg(z) = α = 150º b 1 sen α = = r 2 Prof. Jorge

Exemplos Obter o módulo r e o argumento principal α de cada um dos complexos z = a + bi a seguir. Representar seus afixos P no plano de Gauss. a) z = –√3 + i (Im) P 1 r = 2 α = 150º –√3 O (Re) Prof. Jorge

Exemplos Obter o módulo r e o argumento principal α de cada um dos complexos z = a + bi a seguir. Representar seus afixos P no plano de Gauss. a) z = 4 ⇒ z = 4 + 0i ⇒ a = 4 e b = 0 r = |z| = √a2 + b2 = √42 + 02 = 4 a 4 cos α = = = 1 r 4 ⇒ arg(z) = α = 0º b sen α = = = 0 r 4 Prof. Jorge

Exemplos Obter o módulo r e o argumento principal α de cada um dos complexos z = a + bi a seguir. Representar seus afixos P no plano de Gauss. a) z = 4 (Im) α = 0º P O r = 4 4 (Re) Prof. Jorge

Forma trigonométrica de um complexo Prof. Jorge

Forma trigonométrica Todo complexo não-nulo z = a + bi pode ser escrito em função de seu módulo r e de seu argumento principal α. Veja a cos α = ⇒ a = r cos α r b sen α = ⇒ b = r sen α r z = a + b.i ⇒ z = r cos α + r sen α . i z = r(cos α + i.sen α) Prof. Jorge

Exemplos Representar na forma trigonométrica, os números complexos x = 1 + √3.i, y = –3 + 3i e z = 2i. x = 1 + √3.i ⇒ a = 1 e b = √3 r = |z| = √a2 + b2 = √12 +(√3)2 = 2 a 1 cos α = = r 2 ⇒ arg(z) = α = 60º b √3 sen α = = r 2 z = 2(cos 60º + i sen 60º) Prof. Jorge

Exemplos Representar na forma trigonométrica, os números complexos x = 1 + √3.i, y = –3 + 3i e z = 2i. x = –3 + 3i ⇒ a = –3 e b = 3 r = |z| = √a2 + b2 = √(–3)2 + 32 = 3√2 a –3 –√2 cos α = = = r 3√2 2 ⇒ arg(z) = α = 135º b 3 √2 sen α = = = r 3√2 2 z = 3√2(cos 135º + i sen 135º) Prof. Jorge

Exemplos Representar na forma trigonométrica, os números complexos x = 1 + √3.i, y = –3 + 3i e z = 2i. z = 2i ⇒ a = 0 e b = 2 r = |z| = √a2 + b2 = √(0)2 + 22 = 2 a cos α = = = 0 r 2 ⇒ arg(z) = α = 90º b 2 sen α = = = 1 r 2 z = 2(cos 90º + i sen 90º) Prof. Jorge

Operações na forma trigonométrica Prof. Jorge

z.w = rs[cos (α + β) + i.sen (α + β)] Multiplicação Suponhamos dois complexos z e w, escritos na forma trigonométrica: z = r (cos α + i sen α) e w = s (cos β + i sen β) z.w = rs[cos (α + β) + i.sen (α + β)] Observe que: |z.w| = rs = |z|.|w| arg(z.w) = α + β = arg(z) + arg(w) Prof. Jorge

Exemplos O produto de z = 2(cos 112º + i sen 112º) por w = 3(cos 68º + i sen 68º) é z.w = 2.3 [cos (112º + 68º) + i sen (112º + 68º)] = 6 (cos 180º + i sen 180º) = 6 (–1 + 0i) = –6 Prof. Jorge

Exemplos O produto de x = 4(cos 80º + i sen 80º) por y = cos 40º + i sen 40º é x.y = 4.1 [cos (80º + 40º) + i sen (80º + 40º)] = 4 (cos 120º + i sen 120º) –1 √3 = 4 + i. = –2 + 2√3 i 2 2 Prof. Jorge

z/w = r/s[cos (α – β) + i.sen (α – β)] Divisão Suponhamos, novamente, dois complexos z e w, com w ≠ 0, escritos na forma trigonométrica: z = r (cos α + i sen α) e w = s (cos β + i sen β) z/w = r/s[cos (α – β) + i.sen (α – β)] Observe que: |z/w| = r/s = |z|/|w| arg(z/w) = α – β = arg(z) – arg(w) Prof. Jorge

Exemplos Na divisão de z = 6(cos 20º + i sen 20º) por w = 3(cos 65º + i sen 65º), o quociente é z/w = 6/3 [cos (20º – 65º) + i sen (20º – 65º)] = 2 [(cos (–45º) + i sen (– 45º)] = 2 (cos 315º + i sen 315º) √2 √2 = 2 – i. = √2 – √2 i 2 2 Prof. Jorge

Potenciação Sendo z = r(cos α + i sen α), vamos obter o módulo e o argumento da potência z3. z3 = z.z.z |z3| = |z.z.z| = |z|.|z|.|z| = r.r.r = r3 arg(z3) = arg(z.z.z) = arg(z) + arg(z) + arg(z) = α + α + α = 3α = 3arg(z) z3 = r3(cos 3α + i.sen 3α) Prof. Jorge

Potenciação – Regra geral Se z = r(cos α + i sen α) e k é inteiro, temos zk = rk(cos kα + i.sen kα) (1ª fórmula de De Moivre) Observe que: |zk| = rk = |z|k arg(zk) = k.α = k . arg(z) Prof. Jorge

Exemplos Se z = 2(cos 15º + i sen 15º), calcular z6. z6 = 64i Prof. Jorge

Exemplos Pela fórmula de De Moivre, calcular (1 – i)–9. Vamos escrever z = 1 – i na forma trigonométrica. z = 1 – i ⇒ a = 1 e b = –1 r = |z| = √a2 + b2 = √(1)2 + (–1)2 = √2 a 1 √2 cos α = = = r √2 2 ⇒ arg(z) = α = 315º b –1 –√2 sen α = = = r √2 2 z = √2(cos 315º + i sen 315º) Prof. Jorge

Exemplos Pela fórmula de De Moivre, calcular (1 – i)–9. z–9 = (√2 )–9[cos (–9.315º) + i sen (–9.315º)] = √2.2–5[cos (–2 835º) + i sen (–2 835º)] √2 z–9 = (cos 45º + i sen 45º) 32 √2 √2 1 1 √2 = + i. = + i 32 2 2 32 32 Prof. Jorge

Raízes de um complexo Prof. Jorge

Raízes de um complexo Considere os seguintes complexos, escritos na forma algébrica w1 = 3 w2 = –3 w3 = 3i w4 = –3i Vamos calcular a quarta potência de todos eles. (w1)4 = 34 = 81 (w2)4 = (–3)4 = 81 (w3)4 = (3i)4 = 81 . i4 = 81 (w3)4 = (–3i)4 = 81 . i4 = 81 Dizemos que cada um desses quatro números é uma raiz quarta de 81. Prof. Jorge

wn = z ⇒ w é uma raiz enésima de z Raízes de um complexo Generalizando: se z e w são dois complexos e n ≥ 2, n natural, wn = z ⇒ w é uma raiz enésima de z Prof. Jorge

Exemplo Utilizando a forma trigonométrica, obter as raízes cúbicas de z = 8. Vamos escrever z = 8 na forma trigonométrica. z = 8(cos 0º + i sen 0º) Devemos encontrar todos os complexos w; w3 = z = 8. w = s(cos β + i sen β) ⇒ w3 = s3(cos 3β + i sen 3β) w3 = z ⇒ s3(cos 3β + i sen 3β) = 8(cos 0o + i sen 0o) s3 = 8 ⇒ s = 2 cos 3β = cos 0o e sen 3β = sen 0o Prof. Jorge

Exemplo Utilizando a forma trigonométrica, obter as raízes cúbicas de z = 8. O co-seno é 1 e o seno é 0 na origem A do ciclo. cos 3β = 1 ⇒ 3β = k.360o ⇒ β = k.120o O A sen 3β = 0 1 k = 0 ⇒ β = 0o k = 1 ⇒ β = 120o k = 2 ⇒ β = 240o Prof. Jorge

Exemplo Utilizando a forma trigonométrica, obter as raízes cúbicas de z = 8. As três raízes cúbicas de z = 8 são Im w1 = 2(cos 0o + i sen 0o) W2 w2 = 2(cos 120o + i sen 120o) O W1 w3 = 2(cos 240o + i sen 240o) 2 Re W3 Prof. Jorge

Raízes de um complexo Veja a fórmula geral para o cálculo das rízes-enésimas de um complexo. Dado o complexo na forma polar z = r(cos α + i sen α) zn = √r n cos 360º. k + α + i sen Prof. Jorge