Educação Alimentar e Nutricional no Espaço Escolar como Promotora de Vida Saudável Comissão de Educação e Cultura da Câmara de Deputados 16 de outubro de 2007, Brasília-DF Profa Dra Ma Emilia Daudt von der Heyde Conselho Federal de Nutricionistas Universidade Federal do Paraná
Alimentação A alimentação e a nutrição constituem requisitos básicos para a promoção e a proteção da saúde. Alimentação inadequada aliada a maus hábitos de vida e fatores genéticos : Doenças Crônicas Não Transmissíveis
PESO DAS DCNT Efeito diretos: qualidade de vida; Causa de morte prematura; Efeitos econômicos adversos para as famílias, Estado e sociedade em geral.
Transição Nutricional Tendências da Alimentação Tendências positivas: Adequação do teor protéico; Participação crescente das gorduras vegetais. Tendências inadequadas: Consumo de açúcar e sal; Consumo insuficiente de frutas e hortaliças; Consumo de gorduras totais e saturadas Consumo de leguminosas, tubérculos e raízes. ENDEF; POFs (1963-2003)
Evolução do perfil antropométrico-nutricional da população adulta masculina e feminina no Brasil. masculino feminino Fonte: IBGE. Disponível em: www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia
Influência da mídia na alimentação
Influência da mídia na alimentação Uma exposição de apenas 30 segundos a comerciais de alimentos é capaz de influenciar a escolha de crianças para determinado produto. Diante da TV, uma criança pode aprender concepções incorretas sobre o que é um alimento saudável, uma vez que a maioria dos alimentos veiculados possui elevados teores de gorduras, açúcares e sal. Borzekowski & Robinson, 2001
Obesidade x Hábito de assistir TV O hábito de assistir à TV está diretamente relacionado a pedidos, compras e consumo de alimentos anunciados na TV. Almeida et al, 2002.
Regulação da venda de alimentos no ambiente escolar PAÍS CONTEÚDO Brasil A venda e distribuição de determinados alimentos é proibida. Portaria Interministerial n º 1.010/2006 - Institui as diretrizes para a Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas de educação infantil, fundamental e nível médio das redes públicas e privadas, em âmbito nacional. Brunei Cantinas públicas e privadas são proibidas de vender refrigerantes, doces, “snacks”, sorvetes. Malásia “Junk Food” não pode ser vendido em cantinas escolares. Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutrição UnB /NP3
Regulação da venda de alimentos no ambiente escolar PAÍS CONTEÚDO Japão O único alimento que pode ser consumido no ambiente escolar é o provido pelo Programa de Alimentação do Escolar. Arábia Saudita A venda de bebidas gaseificadas em todas as escolas é totalmente ou parcialmente proibida. EUA Alimentos com um baixo valor nutricional não devem ser vendidos em áreas de alimentos durante o período de almoço. Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e Nutrição UnB /NP3
Prevenção de DCNT na infância São mais eficazes do que na idade adulta pq: As crianças têm o crescimento ao seu favor São mais flexíveis na habilidade de mudanças comportamentais
Alimentação saudável esforço deve incluir vários componentes e cenários: casa, escola, comunidade para melhor resultado
mais educação nutricional? pais e crianças necessitam mais educação nutricional? pais acreditam que alimentam filhos com alimentos saudáveis mas, na prática, fornecem alimentos que eles pensam que criança gosta trabalhar como implementar o conhecimento nutricional
pais e crianças necessitam mais educação nutricional? precisam assistência para criar ambiente onde alimentos saudáveis estejam disponíveis como preparar alimentos saudáveis como evitar alimentos mto calóricos SCHWARTZ & PUHL, Obes Rev, 2003
Educação Nutricional O nível de conhecimento em nutrição é inversamente proporcional à incidência de obesidade em escolares e práticas alimentares saudáveis (Triches & Giugliani, 2005). Questões culturais e hábitos alimentares podem interferir na escolha adequada de alimentos para uma dieta balanceada (Ramalho & Saunders, 2000).
Educação nutricional Intervenções que visam modificar hábitos alimentares não desejáveis parte da estratégia para melhorar a qualidade de vida Escola: potencial de transmitir conhecimentos, habilidades, atitudes e valores Crianças: intermediários de mensagens para a família
Importante criar clima positivo sobre nutrição Importante criar clima positivo sobre nutrição saber mais por experimentar do que por ‘ensinar’ De que servem lições sobre dieta adequada se princípios não são observados??? Ensinamentos: traduzidos para a prática
Educação Nutricional Promoção de ambiente nutricional Melhoria das condições Alimentação adequada Escola: perspectiva de mudança
RESOLUÇÃO CFN Nº. 358/2005 18 de maio de 2005 Dispõe sobre as atribuições do Nutricionista no âmbito do Programa de Alimentação Escolar (PAE) e dá outras providências.
RESOLUÇÃO CFN Nº. 358/2005 CAPÍTULO I - DAS ATIVIDADES TÉCNICAS Art. 2º. “Os cardápios do Programa de Alimentação Escolar (PAE), sob a responsabilidade dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, serão elaborados por nutricionista habilitado na forma da Lei n° 8.234, de 17 de setembro de 1991.”
RESOLUÇÃO CFN Nº. 358/2005 18 de maio de 2005 CAPÍTULO I - DAS ATIVIDADES TÉCNICAS Art. 3º. Compete ao nutricionista no âmbito do Programa de Alimentação Escolar (PAE), programar, elaborar e avaliar os cardápios, observando : I - adequação às faixas etárias e aos perfis epidemiológicos das populações atendidas; II - respeito aos hábitos alimentares de cada localidade e à sua vocação agrícola; III - utilização de produtos da região, com preferência aos produtos básicos, semi-elaborados e aos in-natura.
RESOLUÇÃO CFN Nº. 358/2005 CAPÍTULO I - DAS ATIVIDADES TÉCNICAS Art. 3º. Na elaboração de cardápios, o nutricionista deverá : calcular os parâmetros nutricionais para atendimento com base em recomendações nutricionais, avaliação nutricional e necessidades nutricionais específicas, obedecendo aos Padrões de Identidade e Qualidade (PIQ); planejar, orientar e supervisionar as atividades de seleção, compra, armazenamento, produção e distribuição dos alimentos, zelando pela qualidade e conservação dos produtos, observadas as boas práticas higiênicas e sanitárias;
RESOLUÇÃO CFN Nº. 358/2005 - estimular a identificação de crianças portadoras de patologias e deficiências associadas à nutrição; - elaborar o Manual de Boas Práticas de Fabricação para o Serviço de Alimentação; - desenvolver projetos de educação alimentar e nutricional para a comunidade escolar, promovendo a consciência ecológica e ambiental; - interagir com o Conselho de Alimentação Escolar (CAE) no exercício de suas atividades.
mila@cfn.org.brmila@ufpr.br