UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

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Transcrição da apresentação:

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA - UFBA Departamento Saúde Coletiva I INFORMAÇÃO EM SAÚDE: DESAFIOS PARA SUA PLENA UTILIZAÇÃO NO SUS Brasil, 2007

A CONCEPÇÃO DO SNIS Todos os sistemas de informação em saúde dos estados e municípios se integram aos sistemas nacionais correspondentes, alimentando seus bancos de dados e utilizando formulários padronizados de registro que cobrem todos os serviços públicos de saúde

ETAPAS DO SIS Coleta de dados Processamento Análise Conhecer os passos de cada uma das etapas de um Sistema de Informações pode garantir a fidedignidade das bases de dados, a permanência e a plena utilização das mesmas. Coleta de dados Processamento Análise Transmissão da informação

COLETA PROCESSAMENTO DECISÃO E CONTROLE Origem e Registros dos Dados Recebimento e Controle (Avaliação) Análise Preliminar Ordenamento dos Documentos da Coleta Pedido de Informação Adicional Comparação com Parâmetros Controle da Quantidade e do Conteúdo Codificação Identificação e Análise das Discrepâncias Transmissão Opções de Decisão Digitação e Crítica Classificação e Tabulação Controle de Erros e Inconsistências Cálculos Básicos Apresentação (Moraes, 2004, adapt. SES-SC)

SIS: CENÁRIO ATUAL Produz fragmentação da realidade. Centralização dos Sistemas; Produção de dados descolada do processo decisório; Produção não atende às necessidades sociais. (Moraes, 2004)

PROBLEMAS IDENTIFICADOS Tecnologia Complexidade dos dados existentes e da estrutura dos bancos; Falta de padronização nos procedimentos de obtenção, análise e disseminação das informações; Ausência de um claro interesse epidemiológico quando da implantação dos bancos de dados;

PROBLEMAS IDENTIFICADOS Processo de trabalho Precário conhecimento dos técnicos sobre a grande diversidade de bancos de nacionais, estaduais e municipais; Tendência a multiplicar e sobrepor indicadores; Sub-utilização dos dados pelas equipes de saúde (gestão e assistência): reflexos no sub-registro; Os dados demoram a retornar para o nível local de modo a permitir o M&A e a tomada de decisão.

PROBLEMAS IDENTIFICADOS Gestão Inexistências de instâncias responsáveis pela análise dos dados; Disparidades regionais: oportunidade, qualidade e cobertura das informações variando de acordo com as áreas geográficas onde são produzidas;

PROBLEMAS IDENTIFICADOS Infra-estrutura Custo de manutenção e renovação tecnológica; Insuficiência de recursos, particularmente recursos humanos qualificados para apoiar o processo de desenvolvimento e análise do SIS;

ESTRATÉGIAS DE SUPERAÇÃO Fomento de desenvolvimento de sistemas de informação em saúde ascendente, compatíveis com a realidade local; Interligação dos diversos níveis de informação – REDES; Ampliação do espectro de usuários; Acompanhamento permanente das informações das bases de dados: subsídios para sua própria reformulação.

ORGANICIDADE: ESTRATÉGIAS Disponibilização pública do banco de dados em saúde; Exploração dos sistemas de informação e outras fontes de dados produzindo-se indicadores e analizando-os com vistas a publicações institucionais; Construção de instrumentos que permitam o uso mais sistemático da informação pelas equipes de saúde e gestores do sistema; Divulgação de experiências exitosas implementadas por estados e municípios; Realização de novos estudos e pesquisas como necessidade à complementação do monitoramento e avaliação; Identificação de fontes de financiamento e definição de orçamento para as ações de avaliação

DIFERENÇA ENTRE DADO E INFORMAÇÃO Dado: é uma descrição limitada do real, desvinculada de um referencial explicativo e difícil de ser utilizada como informação por ser ininteligível. Informação:é uma descrição mais completa do real associada a um referencial explicativo sistemático. Pode se dizer que é a representação de fatos da realidade com base em determinada visão de mundo. É portanto a ponte entre fatos da realidade ou as idéias de algumas pessoas e o exercício da cidadania. (Moraes, 1994, p.19-20)

TRANSFORMANDO DADO EM INFORMAÇÃO A transformação de um dado em informação exige, além da análise, a divulgação. Deve considerar possíveis recomendações para a ação.

A eficácia dos processos de coleta, processamento, análise e transmissão da informação é fundamental para o monitoramento e a avaliação do estado de saúde da população e para o planejamento, a organização e pleno funcionamento dos serviços de saúde.

Para compreender melhor... a pactuação e construção de indicadores

Critérios, normas, padrões e indicadores Critérios: conjunto de fenômenos que são atributos da estrutura, processo ou resultados. Norma: regra geral acerca do que é desejável Padrão: Modelo ou valor de referência para mensuração do fenômeno ou objeto, considerado como ideal, podendo ou não ser expresso numericamente. Indicador: razão entre variáveis ou critérios capaz de guardar relação com aquilo que se deseja medir.

Critérios, normas e padrões Pacto Pela Saúde 2007: alguns exemplos:

Critérios, normas e padrões Pacto Pela Saúde 2007: outros exemplos

Indicadores de saúde Os indicadores de saúde são medidas sintéticas que informam / refletem determinadas características do estado de saúde e do desempenho do sistema de saúde. Necessidade de definir/sistematizar um elenco mínimo de indicadores voltados para diferentes finalidades como gestão, monitoramento e avaliação para cada um dos níveis do sistema de saúde. (Costa, 2006)

Indicador é um índice/valor que reflete uma situação determinada, a partir da relação entre variáveis, que permite medir mudanças e determinar o grau de cumprimento das metas.

Desafios na construção de indicadores A qualidade de um indicador depende da qualidade dos componentes empregados na sua formulação. Constata-se dificuldades relativas a diferenças nos graus de desenvolvimento dos sistemas e informação nos diferentes níveis, não padronização de registro de dados, cobertura e confiabilidade dos mesmos. (Costa, 2006)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MORAES, I. H. S. . Informação em Saúde: Da Prática Fragmentada ao Exercício da Cidadania. São Paulo: HUCITEC, 1994. v. 1. OPAS/OMS. Indicadores básicos para a saúde no Brasil: conceitos e aplicações. OPAS, Brasília, 2002, p. 267-277. SANTA CATARINA. Governo estadual. Secretaria de estado da saúde. Sistema de informação. Salas de leitura: Documentos técnicos – trabalhos. Florianópolis. Disponível em: <http://www.saude.sc.gov.br> . Acesso em 3/08/2003 as 16:23h COSTA, MC. In: Sergipe - Proposta Metodológica de Monitoramento e Avaliação da Atenção Básica; SES/ISC/UFBA. Mimeo. 38 pp, 2006