FRIEDRICH NIETZSCHE 15/10/ 1844 – 25/08/1900

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Transcrição da apresentação:

FRIEDRICH NIETZSCHE 15/10/ 1844 – 25/08/1900

BIOGRAFIA Friedrich Nietzsche nasceu numa família luterana em 1844 - em Röcken, Alemanha- destinado a ser pastor luterano como seu pai, que morreu jovem em 1849 aos 36 anos, e seu avô (também pastor luterano). Entretanto, Nietzsche perde a fé durante sua adolescência, e os seus estudos de filologia afastam-no da tentação teológica. Durante os seus estudos na universidade de Leipzig, a leitura de Schopenhauer (O Mundo como Vontade e Representação, 1818) vai constituir as premissas da sua vocação filosófica. Aluno brilhante, dotado de sólida formação clássica, Nietzsche é nomeado aos 25 anos professor de Filologia na universidade de Basiléia. Adota então a nacionalidade suíça.

BIOGRAFIA Desenvolve durante dez anos a sua acuidade filosófica no contacto com pensamento grego antigo - com predileção para os Pré-socráticos, em especial para Heráclito e Empédocles. Durante os seus anos de ensino, torna-se amigo de Richard Wagner- expoente do romantismo alemão. Em 1870, compromete-se como voluntário (enfermeiro) na guerra franco-prussiana. A experiência da violência e o sofrimento chocam-no profundamente.

BIOGRAFIA Em 1879 seu estado de saúde obriga-o a deixar o posto de professor. Sua voz, inaudível, afasta os alunos. Começa então uma vida errante em busca de um clima favorável tanto para sua saúde como para seu pensamento (Veneza, Gênova, Turim, Nice)  "Não somos como aqueles que chegam a formar pensamentos senão no meio dos livros - o nosso hábito é pensar ao ar livre, andando, saltando, escalando, dançando (...)."

BIOGRAFIA Nietzsche passou os últimos 11 anos da sua vida sob observação psiquiátrica, inicialmente num manicômio em Jena, depois na casa de sua mãe em Naumburg e finalmente na casa chamada Villa Silberblick em Weimar, onde, após a morte de sua mãe, foi cuidado por sua irmã. Morre em 25 de agosto de 1900 em Weimar-Alemanha- -

IDÉIAS Crítico da cultura ocidental e suas religiões e, conseqüentemente, da moral judaico-cristã. Considerado niilista e associado por alguns, equivocadamente, ao nazismo e anti-semitismo. Em suas próprias palavras: “Antes direi no ouvido dos psicólogos, supondo que desejem algum dia estudar de perto o ressentimento: hoje esta planta floresce do modo mais esplêndido entre os anarquistas e anti-semitas, aliás onde sempre floresceu, na sombra, como a violeta, embora com outro cheiro.” (in Genealogia da Moral )

IDÉIAS “... tampouco me agradam esses novos especuladores em idealismo, os anti-semitas, que hoje reviram os olhos de modo cristão-ariano-homem-de-bem, e, através do abuso exasperante do mais barato meio de agitação, a afetação moral, buscam incitar o gado de chifres que há no povo...” (in Genealogia da Moral )

NIILISMO O Niilismo é a desvalorização e a morte do sentido, a ausência de finalidade e de resposta ao “porquê”. Os valores tradicionais se depreciam e os "princípios e critérios absolutos dissolvem-se". "Tudo é sacudido, posto radicalmente em discussão. A superfície, antes congelada, das verdades e dos valores tradicionais está despedaçada e torna-se difícil prosseguir no caminho, avistar um ancoradouro". (Rossano Peccoraro)

NIETZSCHE: NIILISTA A moral não tem importância e os valores morais não têm qualquer validade, só são úteis ou inúteis consoante a situação"; "A verdade não tem importância; verdades indubitáveis, objectivas e eternas não são reconhecíveis. A verdade é sempre subjectiva"; "Deus está morto: não existe qualquer instância superior, eterna. O Homem depende apenas de si mesmo"; "O eterno retorno do mesmo: A história não é finalista, não há progresso nem objectivo".

NIETZSCHE: NIILISTA É com Nietzsche que a reflexão filosófica sobre o niilismo alcança o seu mais alto grau, com um pensamento radical que mostra as origens mais remotas do fenômeno, como o platonismo e o cristianismo. (Rossano Pecoraro, Niilismo, JZE, Rio, 2007.) Assim, não só diagnostica a doença do nosso tempo, como tenta indicar um remédio". O século XX é, como ele diz claramente, "o século do niilismo (...) que impregna a atmosfera cultural de toda uma época e transforma-se em uma “categoria” fundamental no laboratório filosófico contemporâneo".

CRÍTICA ÀS RELIGIÕES O mundo para Nietzsche não é ordem e racionalidade, mas desordem e irracionalidade. Seu princípio filosófico não era portanto Deus e razão, mas a vida que atua sem objetivo definido, ao acaso, e por isso se está dissolvendo e transformando-se em um constante devir. Nietzsche é um dos autores mais controversos na história da filosofia moderna. A única e verdadeira realidade sem máscaras, para Nietzsche, é a vida humana tomada e corroborada pela vivência do instante

CRÍTICA ÀS RELIGIÕES Nietzsche considera o Cristianismo e o Budismo como "as duas religiões da decadência",embora ele afirme haver uma grande diferença nessas duas concepções. O budismo para Nietzsche "é cem vezes mais realista que o cristianismo"(O anticristo) Religiões que aspiram ao Nada, cujos valores dissolveram a mesquinhez histórica. Se auto-intitula ateu: Para mim o ateísmo não é nem uma conseqüência, nem mesmo um fato novo: existe comigo por instinto" (Ecce Homo)

CRÍTICA ÀS RELIGIÕES Nietzsche quis ser o grande “desmascarador” de todos os preconceitos e ilusões do gênero humano Aquele que ousa olhar, sem temor, aquilo que se esconde por trás de valores universalmente aceitos, por trás das grandes e pequenas verdades melhor assentadas, por trás dos ideais que serviram de base para a civilização e nortearam o rumo dos acontecimentos históricos

CRÍTICA À MORAL E assim a moral tradicional, e principalmente esboçada por Kant (Moral do Dever), a religião e a política são máscaras que escondem uma realidade inquietante e ameaçadora, cuja visão é difícil de suportar. A moral, seja ela kantiana ou hegeliana, e até a catharsis aristotélica são caminhos mais fáceis de serem trilhados para se subtrair à plena visão autêntica da vida.

Nietzsche golpeou violentamente essa moral que impede a revolta dos indivíduos inferiores, das classes subalternas e escravas contra a classe superior e aristocrática que, por um lado, pelo influxo dessa mesma moral, sofre de má consciência e cria a ilusão de que mandar é por si mesmo uma forma de obediência. Essa traição ao “mundo da vida” é a moral que reduz a uma ilusão a realidade humana e tende asceticamente a uma fictícia racionalidade pura.

Nietzsche acreditava que a base racional da moral era uma ilusão e por isso, descartou a noção de homem racional, impregnada pela utópica promessa - mais uma máscara que a razão não-autêntica impôs à vida humana. O mundo para Nietzsche não é ordem e racionalidade, mas desordem e irracionalidade. Seu princípio filosófico não era portanto Deus e razão, mas a vida que atua sem objetivo definido, ao acaso, e por isso se está dissolvendo e transformando-se em um constante devir.

VONTADE DE PODER A vida só se pode conservar e manter-se através de imbricações incessantes entre os seres vivos, através da luta entre vencidos que gostariam de sair vencedores e vencedores que podem a cada instante ser vencidos e por vezes já se consideram como tais. Neste sentido a vida é vontade de poder ou de domínio ou de potência. Vontade essa que não conhece pausas, e por isso está sempre criando novas máscaras para se esconder do apelo constante e sempre renovado da vida; pois, para Nietzsche, a vida é tudo e tudo se esvai diante da vida humana. Porém as máscaras, segundo ele, tornam a vida mais suportável, ao mesmo tempo em que a deformam, mortificando-a à base de cicuta e, finalmente, ameaçam destruí-la.

O CREPÚSCULO DOS ÍDOLOS O título é uma paródia do título de uma opera de Wagner, Crepúsculo dos deuses. No subtítulo, a palavra "martelo" deve ser entendida como marreta, para destroçar os ídolos, e também como diapasão, para, ao tocar as estátuas dos ídolos, comprovar que são ocos.

CREPÚSCULO DOS ÍDOLOS "Crepúsculo dos ídolos" foi a penúltima obra de Nietzsche, escrita e impressa em 1888 . O próprio Nietzsche a caracterizou como um aperitivo, destinado a "abrir o apetite" dos leitores para a sua filosofia. Trata-se de uma síntese e introdução a toda a sua obra, e ao mesmo tempo uma "declaração de guerra".

CREPÚSCULO DOS ÍDOLOS Com espírito guerreiro ele se lança contra os "ídolos", as ilusões antigas e novas do Ocidente: a moral cristã, os grandes equívocos da filosofia, as idéias e tendências modernas e seus representantes. De tão variados e abrangentes, esses ataques compõem um mosaico dos temas e atitudes do autor: o perspectivismo, o aristocratismo, o realismo ante a sexualidade, o materialismo, a abordagem psicológica de artistas e pensadores, o antigermanismo, a misoginia.

OBRAS O Nascimento da Tragédia Sobre a Verdade e a Mentira em Sentido Extramoral  Considerações Extemporâneas Hymnus an das Leben  Humano, Demasiado Humano  Aurora  A Gaia Ciência  · Assim Falou Zaratustra  Além do Bem e do Mal  Genealogia da Moral O Caso de Wagner  · Crepúsculo dos Ídolos  O Anticristo  · Ecce Homo  Nietzsche contra Wagner  A Vontade de Poder (póstumo)

AFORISMOS Aforismo é uma sentença que em poucas palavras se compreende o princípio moral. Deus está morto. Viva Perigosamente. Qual o melhor remédio? - Vitória!". "Há homens que já nascem póstumos." "O Evangelho morreu na cruz." "A diferença fundamental entre as duas religiões da decadência: o budismo não promete, mas assegura. O cristianismo promete tudo, mas não cumpre nada." "Quando se coloca o centro de gravidade da vida não na vida mas no “além” - no nada -, tira-se da vida o seu centro de gravidade"

AFORISMOS Para ler o Novo Testamento é conveniente calçar luvas. Diante de tanta sujeira, tal atitude é necessária." "O cristianismo foi, até o momento, a maior desgraça da humanidade, por ter desprezado o Corpo." "A fé é querer ignorar tudo aquilo que é verdade." "As convicções são cárceres." "As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras." "Até os mais corajosos raramente têm a coragem para aquilo que realmente sabem."

AFORISMOS "Um político divide os seres humanos em duas classes: instrumentos e inimigos." "Quanto mais me elevo, menor eu pareço aos olhos de quem não sabe voar." "Se minhas loucuras tivessem explicações, não seriam loucuras." "O Homem evolui dos macacos? é existem macacos!" "Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal."

AFORISMOS "Aquilo que não me destrói fortalece-me" "Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura." "Torna-te quem tu és!" "O padre está mentindo." "Deus está morto mas o seu cadáver permanece insepulto" "Aquilo que não me destrói fortalece-me"

AFORISMOS "Sem música, a vida seria um erro." "E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a musica." "A moralidade é o instinto do rebanho no indivíduo." "O idealista é incorrigível: se é expulso do seu céu, faz um ideal do seu inferno." "Em qualquer lugar onde encontro uma criatura viva, encontro desejo de poder."

Pablo Picasso 25/10/1881 - 8/4/1973

Guernica Esta tela é uma manifestação pictórica de episódios violentos, numa atmosfera angustiante e trágica criada por entrecruzamentos abruptos de linhas. O trabalho mostra a reação de Picasso a um acontecimento específico, o bombardeio da antiga capital basca de Guernica pelos aliados alemães de Franco, em abril de 1937. Imagem da desumanidade do homem contra seus iguais, lembra em parte uma tourada, em parte o "Massacre dos Inocentes ".

Guernica

Picasso