A sala de leitura e a formação de leitores e produtores de textos
A leitura, como queria Paulo Freire, essencialmente deve ter como finalidade a formação de sujeitos produtores de história e de cultura. A leitora - Fragonard (1876) A leitora - Fragonard (1876)
O que apontam as pesquisas: Em relação à competência leitora
Os jovens brasileiros não estão aptos a usar a leitura como instrumento de acesso a novos conhecimentos e lazer. (PISA 2000 e 2003; INAF 2005)
Charles James Lewis Charles James Lewis
Em relação ao acesso à cultura letrada A disponibilidade de livros no ambiente familiar, na escola, na comunidade é fator preponderante para o bom desempenho. (INAF 2005)
Políticas públicas da SEE: Dizziness - Iman Maleki (1998) projetos e programas para democratização do acesso ao livro e à leitura; formação de leitores, mediadores de leitura e produtores de textos. Dizziness - Iman Maleki (1998) Dizziness - Iman Maleki (1998)
Leitura e escrita na sociedade: práticas sociais resultantes da valorização da educação como critério para ingresso e participação do indivíduo na sociedade; escola – espaço de aprendizagem, valorização e consolidação da importância dessas práticas.
Leitura e escrita na escola: as relações entre leitura/escrita e escola ultrapassam as atividades que levam à aquisição do sistema de leitura e escrita; ler e escrever são atividades complexas que envolvem o pensamento em constante movimento para permitir a percepção das múltiplas possibilidades de relações entre o texto e o contexto; as situações escolares devem ser organizadas para que sejam oportunidades de produção e recepção de textos.
A escola e a juventude: os jovens são sujeitos sociais cuja diversidade se concretiza no conjunto das experiências construídas; a adolescência é social e histórica. Deadend - Morteza Katouzian Deadend Morteza Katouzian
Os jovens e as práticas sociais da cultura letrada. A leitora - Renoir (1875) Leitura – Renoir
O que dizem as pesquisas? Interesting story - Laura Muntzlyall Interesting story Laura Muntzlyall
Os primeiros contatos com os livros. William Adolphe Bouguereau The story Book - William Adolphe Bouguereau The story Book William Adolphe Bouguereau
Frederick Leighton Frederick Leighton
Homem lendo à luz do candeeiro atuação da família; a escola /sala de leitura; caráter didático versus caráter lúdico e prazeroso da leitura; espaços de leitura como espaços de expressão (condições de relacionar-se com a linguagem e suas significações). Homem lendo à luz do candeeiro - Kersting Homem lendo à luz do candeeiro Kersting
Os motivos para a leitura A leitura - Courbet A leitura – Courbet
necessidade de experimentar emoções e desejos; criar e materializar ideias realizáveis apenas no âmbito da fantasia; buscar novas formas de se relacionar com as questões humanas. Mulher com livro – Deineka (1934) Mulher com livro – Deineka (1934)
O acesso e o incentivo à leitura. Iman Maleki Iman Maleki
Moça lendo com cão - Charles Burton Barber
formas espontâneas de compartilhar leituras – caráter particular; atividades organizadas para estimular a pensar e se expressar sobre a leitura – podem favorecer o debate – caráter coletivo; percepção da experiência do outro; Salas de leitura– espaços para socialização de leitura. Katherine Streeter Katherine Streeter
Vilma lendo no sofá Simon O leitor escapa para outros cenários, ambientes, tempos, eventos, vive a ficção, experimenta sensações na imaginação. Vilma lendo no sofá - Simon Vilma lendo no sofá Simon
Mulher de azul lendo uma carta - Vermeer O que leem e por quê? Leitura - Renoir Mulher de azul lendo uma carta - Vermeer
Mulher lendo José Marques Campão Práticas culturais resultam de relações produzidas no universo social, cultural e econômico em que o jovem se constitui; as necessidades e os desejos – barreira entre o que disseram gostar de ler e aquilo que a escola pede que seja lido. Young woman reading- Mary Cassat (1876) Mulher lendo José Marques Campão
Menina escrevendo – Henriette Browne Para que leem?
relacionar as leituras com a vida pessoal na dimensão emocional; buscar bem-estar pessoal – modelos de comportamentos a seguir – tudo pode se resolver de forma subjetiva; relacionar-se com temáticas familiares; relacionar-se com palavras e frases sem dificuldade de entendimento. Mulher lendo - Botero Mulher lendo – Botero
Leitura - Liotard Etienne
Filósofo a ler – Rembrandt A importância da escola e dos espaços de socialização das práticas de leitura; a leitura solitária, obrigação, tarefa escolar; do exercício solitário de transgressão à abertura para novos caminhos – descoberta de si mesmo e do mundo; a abrangência das referências para a leitura restrita à formação inicial e às relações com os meios de comunicação e a cultura de massas; Filósofo a ler - Rembrandt Filósofo a ler – Rembrandt
Mãe e irmã do artista - Berthe Morisot (1869) o público feminino como foco do mercado editorial brasileiro; a formação do leitor acontece ao longo da vida – construção de um conjunto de atitudes e interesses, nas relações com os livros e os outros leitores; a constituição de uma comunidade de leitores. Mãe e irmã do artista - Berthe Morisot (1869) Mãe e irmã do artista - Berthe Morisot (1869)
O trabalho realizado na sala de leitura deve colaborar para ampliar os horizontes da percepção, as opções de leitura e a possibilidade de expressar-se sobre elas. Retrato de um homem segurando um livro –Van der Weyden (1437) Retrato de um homem segurando um livro –Van der Weyden (1437)
O responsável pela sala de leitura pode ser um mediador de leitura Arlesiana – Van Gogh (1888) Arlesiana – Van Gogh (1888)
O mediador de leitura pode propagar as inúmeras possibilidades de ampliar os horizontes de escolhas de leituras e desenvolver ações para estimular: a busca pelos livros e promover o diálogo sobre as leituras, com a exposição de opiniões sobre o que leram; uma relação prazerosa e agradável com a leitura;
Projetos – delineados e organizados em conformidade com os gestores da escola/ proposta pedagógica: Rodas de leitura – vários gêneros literários: contos, poesia, crônicas; Contação de histórias. Retrato de Julia Makoviskaya – Konstantin (1881) Retrato de Julia Makoviskaya – Konstantin (1881)
“Os livros têm o poder de transportar o leitor no tempo e no espaço, de levá-lo a penetrar em outros modos de vida, mostrar-lhe realidades desconhecidas. Permitem o acesso a uma maneira especificamente humana de ver e sentir o mundo.” Andar entre livros Teresa Colomer
Multiplicar e expandir as experiências do leitor