Forum Regional Sul de Saúde do Trabalhador

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Transcrição da apresentação:

Forum Regional Sul de Saúde do Trabalhador Helder do Prado Sousa Fisioterapeuta/Ergonomista CEREST-PIRACICABA – SP helderprado@msn.com

Secretaria Municipal de Saúde CENTRO DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR DR. ALEXANDRE ALVES CEREST – Piracicaba - SP R. São Francisco de Assis, 983 F: (19 ) 3417-2030 www.cerest.piracicaba.sp.gov.br Secretaria Municipal de Saúde 2 2

Reabilitação Profissional (OIT, 1998) É um programa estruturado para desenvolver atividades terapêuticas e de profissionalização com a finalidade de fortalecer os indivíduos para lidar e superar as dificuldades impostas pela incapacidade.

Como se desenvolvem os programas de reabilitação profissional? Em dois níveis de atuação interdisciplinar: No trabalhador: avaliando e ampliando a sua capacidade laborativa por meio de programas terapêuticos de minimização/ superação da incapacidade e desenvolvimento de novas potencialidades Na demanda de trabalho: adequando as exigências do trabalho à capacidade laborativa do trabalhador (trabalho compatível).

Retorno ao trabalho Para qualquer trabalho? Intervenção nas empresas para a transformação do ambiente e da organização do trabalho patogênico Busca por um trabalho digno, seguro e saudável Atuação interinstitucional com o INSS, MTE, MPT e sindicatos das categorias de trabalhadores assistidos

Fundamentos do modelo social da incapacidade A incapacidade é um descompasso entre a capacidade da pessoa e as demandas sociais. A avaliação da capacidade laborativa deve estar centrada na atividade de trabalho (trabalho real) Aspecto relacional da incapacidade. Estar incapacitado é sempre em relação a alguma coisa Avaliação individual da capacidade laborativa pela psicóloga, fisioterapeuta e terapia ocupacional

Modelo Social da Incapacidade Desequilíbrio/ Descompasso entre capacidade e demanda => Incapacidade Readquirir o equilíbrio => Trabalho compatível Intervenção em reabilitação profissional => aumento da capacidade individual => redução das exigências das demandas (adaptações) Resgatar a capacidade laborativa apesar da permanência das limitações do trabalhador.

Grupo de Apoio – Assistente Social Re-significação das angústias e das necessidades emocionais e sociais Compreensão do adoecimento enquanto processo social Construção social do coletivo 8 encontros 2 meses

Grupo de cinesioterapia - Fisioterapeuta (1) auxiliar na compreensão das características estruturais e dinâmicas do próprio corpo, entendendo as sensações, limitações e as causas da convivência com a dor; (2) diminuir a tensão muscular pelo treinamento de técnicas de relaxamento, alongamento e consciência corporal (3) propiciar o controle da dor e de outros sintomas (4) implementar práticas de exercícios voltadas para o auto- cuidado 12 sessões 3 meses

Grupo conjunto de psicoterapia e terapia ocupacional – Psicóloga e Terapeuta Ocupacional Contribuir para a reelaboração da identidade de trabalhador Contribuir para a apropriação de novas formas do fazer nas atividades diárias e no trabalho Auxiliar nas angustias e duvidas que a tentativa produz Facilitar a auto-percepção e conhecimento das necessidades, aspirações, limitações e habilidades

Grupo PSICO e TO Reconhecer as habilidades existentes e descobrir novas potencialidades Experimentar estratégias para a diminuição da dor e prevenção no surgimento de novos agravos 10 sessões de 1.30 h a 2 horas. *Dossiê Temático da RBSO - Fundacentro. Incapacidade,Reabilitação Profissional e Saúde do Trabalhador Lançamento :19 de agosto de 2010 www.fundacentro.gov.br

Resultados Redução das queixas dolorosas Redução da prática medicamentosa Resgate da auto-estimativa Minimização dos sentimentos fóbicos em relação ao trabalho Empoderamento individual Ressignificação do futuro

Articulação com a vigilância em saúde do trabalhador Epidemiologia das empresas com maior incidência de casos: LER/DORT ACIDENTES DE TRABALHO SAÚDE MENTAL Intervenção planejada – análise ergonômica dos postos de trabalho – Diagnóstico (validação com os trabalhadores) Planejamento das adequações apresentado pela empresa Acompanhamento – controle social

Fluxo de retorno ao trabalho Empresa oferece função considerada compatível Equipe CEREST/INSS analisa – olhar ergonômico Aceitação: estágio pelo INSS acompanhado pela equipe Não aceitação: explicações à empresa do porquê e retorno ao fluxo Estágio de 60 dias bem sucedido: alta do INSS e retorno ao trabalho

Outros desfechos Avaliações para aposentadoria Avaliações para permanência em tratamento médico Demissão ou falência da empresa: profissionalização pelo Reabilita do INSS

Características gerais Enfoque teórico do modelo social da incapacidade Equipe interdisciplinar Atuação Interinstitucional Articulação com a Vigilância em Saúde do Trabalhador do CEREST-Piracicaba Pré-requisito dos profissionais da equipe – formação em ergonomia da atividade (linha francesa)

EQUIPE DE REABILITAÇÃO CEREST - PIRACICABA - SP Angela Paula Simonelli -Terapeuta Ocupacional Ecléa Bravo - Médica Helder do Prado Sousa -Fisioterapeuta Mara Alice Batista Conti Takahashi - Socióloga Maria Valéria de Andrade Alvarenga- Assistente Social Renata Letícia Bonequini – Terapeuta Ocupacional Renata Wey Berti Mendes- Psicóloga Tatiana Mendes – Psicóloga

OBRIGADO ! Helder do Prado Sousa – Fisioterapeuta/Ergonomista CEREST – PIRACICABA – SP helderprado@msn.com