Manejo do SCIH em Ortopedia Buscando a Cirurgia Segura

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Transcrição da apresentação:

Manejo do SCIH em Ortopedia Buscando a Cirurgia Segura Dra Cristine Pilati Pileggi Castro Mestre em Pesquisa Clínica Coordenadora da CCIH - IOT Coordenadora da UTI - IOT Infectologista e Intensivista

Conflitos de Interesse Não presentes nesta apresentação

PROBLEMÁTICA Pacientes jovens Pacientes funcionais Maioria das cirurgias são limpas Sequelas graves Número crescente de processos médicos Perfil dos médicos ortopedistas Falta de infectologistas que conheçam as particularidades das especialidades ortopédicas

OBJETIVOS Identificar as melhores estratégias para o manejo do Controle de Infecção em Ortopedia Discutir algoritmo do tratamento da infecção protética

UMA LUTA CONTÍNUA!

DOIS DESFECHOS!

ORTOPÉDICO

INFECTOLÓGICO

TIPOS DE INFECÇÕES EM ORTOPEDIA COMUNITÁRIA OU HOSPITALAR PACIENTES INFECÇÕES SUPERFICIAIS: ERISIPELAS CELULITES ABSCESSOS INFECÇÕES DE PRÓTESES GANGRENAS FRATURAS EXPOSTAS

PROTOCOLO PRÉ OPERATÓRIO EXPERIÊNCIA IOT PASSO FUNDO PRESENÇA DE CLÍNICO NA EQUIPE PRÉ OPERATÓRIO E PÓS OPERATÓRIO ACOMPANHADO PELO CLÍNICO DA EQUIPE MANEJO DOS FATORES DE RISCO TRIAGEM PARA INFECÇÕES URINÁRIAS, DENTÁRIAS E CUTÂNEAS TRIAGEM PARA PRESENÇA DE MRSA

PROTOCOLO PRÉ OPERATÓRIO EXPERIÊNCIA IOT PASSO FUNDO DESCOLONIZAÇÃO DOS PACIENTES S AUREUS POSITIVO MUDANÇA DA PROFILÁXIA HABITUAL – CEFAZOLINA PARA CEFUROXIMA OU TEICOPLAMINA ATENDIMENTO FISIOTERÁPICO NA SALA DE RECUPERAÇÃO E NA ENFERMARIA DE CLÍNICA PARA PACIENTE PÓS PRÓTESE

Escolha do Antimicrobiano DEPENDE DE VARIÁVEIS EPIDEMIOLOGIA AGENTE PROVÁVEL SITIO DE INFECÇÃO PENETRAÇÃO NOS TECIDOS TOXICIDADE – CUSTO - POSOLOGIA

TRANSOPERATÓRIO EVITAR HIPOTENSÃO EVITAR HIPOTERMIA EVITAR HIPERGLICEMIA OU HIPOGLICEMIA TEMPO CURTO DE PROCEDIMENTO NÚMERO MINIMO NECESSÁRIO DE PESSOAS EM SALA ANTIBIÓTICO PROFILÁTICO ANTES DA COLOCAÇÃO DO GARROTE

TRANSOPERATÓRIO 14

PÓS OPERATÓRIO REABILITAÇAO PRECOCE ENFERMAGEM TREINADA RETIRADA DA SVD O MAIS PRECOCE POSSÍVEL EVITAR EXCESSO DE OPIÓIDES FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA ACOMPANHAMENTO CLÍNICO BUSCA FONADA

APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE CIRURIA SEGURA! ANTES DA INDUÇÃO ANESTÉSICA ANTES DA INCISÃO CIRURGICA ANTES DO PACIENTE SAIR DE SALA

APLICAÇÃO DO PROTOCOLO DE CIRURIA SEGURA!

1. Antes da Indução Anestésica • Confirmação Sobre o Paciente - Identificação do paciente - Local da cirurgia a ser feita - Procedimento a ser realizado - Consentimento Informado realizado • Sítio Cirúrgico do Lado Correto (ou não se aplica) • Checagem do Equipamento Anestésico • Oxímetro de Pulso Instalado e Funcionando • O Paciente Tem Alguma Alergia? - Não - Sim __________________________________ • Há Risco de Via Aérea Difícil e/ou Broncoaspiração? - Não - Sim e há equipamento disponível • Há Risco de Perda Sanguínea > 500mL (7mL/Kg em Crianças)? - Não - Sim e há acesso venoso e planejamento para reposição

ANESTESIA SEGURA

2. Antes de Iniciar a Cirurgia • Todos os Profissionais da Equipe Confirmam Nomes e Profissões • Cirurgião, Anestesista e Enfermagem Confirmam Verbalmente - Identificação do paciente - Local da cirurgia a ser feita - Procedimento a ser realizado • Antecipação de Eventos Críticos - Revisão do Cirurgião: Há passos críticos na cirurgia? Qual sua duração estimada? Há possíveis perdas sanguíneas? - Revisão do Anestesista: Há alguma preocupação em relação ao paciente? - Revisão da Enfermagem: Houve correta esterilização do instrumental cirúrgico? Há alguma preocupação em relação aos equipamentos? • O Antibiótico Profilático Foi Administrado nos Últimos 60 Minutos? - Sim - Não se aplica • Exames de Imagem Estão Disponíveis? - Sim - Não se aplica

3. Antes do Paciente Sair da Sala de Cirurgia • Enfermagem Confirma Verbalmente com a Equipe - Nome do procedimento realizado - Se a contagem de compressas, instrumentos e agulhas está correta (ou não se aplica) - Biópsias estão identificadas e com nome do paciente - Se houve algum problema com equipamentos que deve ser resolvido - Cirurgião, anestesista e enfermagem analisam os pontos mais importantes na recuperação pós-anestésica e pós-operatória do paciente

POR QUE APLICAR O PROTOCOLO? Em seu site, a OMS apresenta dez tópicos que embasam a Cirurgia Segura Mundialmente 234 milhões de grandes intervenções cirúrgicas são realizadas por ano. Isso equivale a cerca de uma cirurgia para cada 25 pessoas. Anualmente, 63 milhões de pessoas são submetidas a cirurgias para tratar lesões traumáticas, 10 milhões de pessoas são submetidas a cirurgias para tratar complicações relacionadas à gravidez e 31 milhões de pessoas são submetidas a cirurgias para o tratamento de câncer. 2. Estudos sugerem que complicações pós-operatórias resultam em deficiência ou internação prolongada em 03% a 25% dos pacientes internados, dependendo da complexidade do procedimento cirúrgico e do tipo de hospital. Essas taxas significam que, anualmente, pelo menos 7 milhões de pacientes podem ter complicações pós-operatórias. Fonte: http://www.who.int/features/factfiles/safe_surgery/facts/en/index.html

POR QUE APLICAR O PROTOCOLO? As taxas de mortalidade relatadas após grandes cirurgias são entre 0,4% e 10%, dependendo das circunstâncias. A estimativa do impacto dessas taxas é que pelo menos um milhão de pacientes morrem por ano, durante ou após uma cirurgia. Informações relativas aos cuidados cirúrgicos foram padronizadas ou sistematicamente recolhidas apenas em alguns estudos de investigação em âmbito mundial. Sendo assim, a maior parte das intervenções cirúrgicas no mundo não são registradas. É essencial medir os cuidados cirúrgicos em uma estimativa global para promover a segurança em cirurgias, prevenir doenças e melhorar o atendimento. No mundo desenvolvido, quase metade de todos os eventos prejudiciais (como erros de comunicação, uso de medicação errada, e erros técnicos) que afetam os doentes nos hospitais estão relacionados com cuidados cirúrgicos. A evidência sugere que pelo menos metade desses eventos é evitável se as normas relacionadas a cuidados forem respeitadas, e ferramentas de segurança, tais como listas de verificação (Checklists), forem utilizados.

POR QUE APLICAR O PROTOCOLO? 6. Os cuidados cirúrgicos demonstram custo-efetividade em países em desenvolvimento. Garantir a prestação de cuidados seguros só irá melhorar a sua eficácia. 7. Melhorias dramáticas foram feitas na administração de anestesia ao longo dos últimos 30 anos, mas não em todas as partes do mundo. Em algumas regiões, a mortalidade relacionada à anestesia é tão elevada quanto 1 em 150 pacientes que receberam anestesia geral. 8. Medidas de segurança são aplicadas de forma inconsistente em cirurgias, mesmo em locais de referência. Passos simples podem reduzir as taxas de complicações. Por exemplo, melhorar o momento certo de administração e a seleção de antibióticos antes da incisão da pele podem reduzir a taxa de infecções do sítio cirúrgico em até 50%.

POR QUE APLICAR O PROTOCOLO? 9. A OMS desenvolveu orientações para a segurança em cirurgias, e uma lista de verificação de segurança cirúrgica com normas aplicáveis para qualquer país ou realidade de saúde. Os resultados preliminares de uma avaliação em oito locais pilotos espalhados pelo mundo mostram que a lista quase duplicou a probabilidade de o paciente receber o tratamento cirúrgico com padrões de cuidado - como um antibiótico antes da incisão cirúrgica e confirmação de que a equipe está fazendo a cirurgia correta no paciente correto. 10. A iniciativa “Cirurgia Segura Salva Vidas” está colaborando com mais de 200 Ministérios de Saúde, sociedades médicas nacionais e internacionais e as organizações profissionais para reduzir a mortalidade e as complicações no tratamento cirúrgico

INFECÇÕES Acontecimento terrível! Tentativa de isolamento do agente Exames de imagem Decisão estratégica

SONIFICAÇÃO Aumento da positividade das culturas por soltura do biofilme Coletar apenas se suspeita de infecção Coletar no mínimo 3 fragmentos Pensar em anaeróbio Cultivar implante se disponível

ALGORITMO DE TRATAMENTO DE INFECÇÃO DE PROTESES

ALGORITMO DE TRATAMENTO DE INFECÇÃO DE PROTESES

EM RESUMO OBRIGADA!