Duas Correntes Teóricas Economia ambiental (sustentabilidade fraca): Problema: alocação intertemporal de recursos entre consumo e investimento por agentes maximizadores Ação coletiva (Estado): corrige falhas de mercado Economia Ecológica (sustentabilidade forte): Problema de distribuição intertemporal de recursos finitos, o que supõem limites para seu uso Ação coletiva: é escolha pública realizada pelas organizações da sociedade civil baseada em valores morais e éticos Romeiro: I.1 May, Lustosa, Vinha: 2003
Perspectiva Histórica Fogo: insuficiente para mudar radicalmente inserção da espécie humana na natureza. Agricultura: diferencia inserção humana na natureza das demais espécies. Modificação radical nos ecossistemas Possível construir um ecossistema artificial equilibrado Revolução industrial: salto colossal na capacidade humana de intervir na natureza Ameaça a capacidade de carga do planeta. Romeiro: I.2 May, Lustosa, Vinha: 2003
O Conceito de Sustentabilidade Relatório de Roma: defende crescimento econômico zero para evitar catástrofe ambiental Desenvolvimento sustentável: conciliação Sachs: Progresso técnico não elimina limites ambientais Crescimento econômico não elimina pobreza Relatório Brundtland: desenvolvimento sustentável satisfaz necessidades atuais sem sacrificar a possibilidade de satisfação das necessidades no futuro Pegada Ecológica: Mede as implicações do consumo na demanda por recursos e dejetos. Romeiro: I.3 May, Lustosa, Vinha: 2003
Economia Ambiental: Sustentabilidade Fraca Substituição entre capital, trabalho, recursos naturais: escassez de um bem ambiental resulta no aumento do preço,o que estimula a introdução de inovações que permitem o uso mais eficiente do recurso e a substituição do recurso por outro mais abundante. Não existe risco de perdas irreversíveis: recursos naturais não são limite absoluto a expansão do sistema econômico Romeiro: I.3 May, Lustosa, Vinha: 2003
Economia Ambiental: Sustentabilidade Fraca Investimento compensa gerações futuras pelas perdas de ativos ecológicos. Ação coletiva (estado) necessária nos casos de falhas de mercado (bens públicos): Necessário intervir para que disposição a pagar aumente com escassez do recurso. Soluções: Eliminação do caráter público dos bens ambientais. Taxação de Pigou: internalizar as externalidades. Romeiro: I.3 May, Lustosa, Vinha: 2003
Economia Ecológica: Sustentabilidade Forte Sistema Econômico incluído em um sistema maior que impõem limite absoluto à sua expansão: Capital e Recursos Naturais são complementares: recursos naturais são insubstituíveis. Progresso técnico pode aumentar eficiência na utilização dos recursos naturais, mas é necessário estabilizar os níveis de consumo per-capita de acordo com capacidade de carga do planeta Romeiro: I.3 May, Lustosa, Vinha: 2003
Economia Ecológica: Sustentabilidade Forte Ação Coletiva: necessária para a decisão sobre o uso dos recursos, buscando evitar perdas irreversíveis. Critica à sustentabilidade fraca: desconsidera limites absolutos. Preços não refletem valor real dos recursos naturais: mecanismos de ajuste baseado nos cálculos custo/benefícios não levam em conta sustentabilidade. Ponto de poluição ótima da economia ambiental: equilíbrio econômico, não-equilíbrio ecológico Romeiro: I.3 May, Lustosa, Vinha: 2003
Economia Ecológica: Sustentabilidade Forte Sustentabilidade fraca: quantidade de bens e serviços ambientais utilizada se adapta as tecnologias e preferências. Sustentabilidade forte: Tecnologias e preferências se adaptam as utilização sustentável dos bens e serviços ambientais. Escala sustentável: definida por processos coletivos de tomada de decisão. Romeiro: I.3 May, Lustosa, Vinha: 2003
Capitalismo e Meio Ambiente Necessidade de estabilizar nível de consumo é contrária à lógica do capitalismo. Sociedade Feudal: restrições à racionalidade econômica Sociedade capitalista: Abole estas restrições. Restrições ao uso de recursos: exige altruísmo Sustentabilidade Fraca: racionalidade egoísta maximizadora de utilidade ignora consequencias ambientais que não afetam filhos/netos. Sustentabilidade Forte: admite a existencia de altruísmo, bem estar das gerações futuras exige ação coletiva. Romeiro: I.4 May, Lustosa, Vinha: 2003
Capitalismo e Meio Ambiente Ações que podem estimular altruísmo. Ações culturais e educacionais com apoio de instituições religiosas. Educação visando despertar sentimentos amigáveis ante a natureza geneticamente condicionados Fatores que podem mudar postura sem altruísmo. Risco de qualidade dos produtos essenciais: incerteza sobre as consequências das tecnologias. Percepção de que aumento da riqueza material não aumenta bem-estar. Percepção que sistema é eficiente na produção mas não produz justiça: Protestos contra globalização, terceiro setor. Romeiro: I.4 May, Lustosa, Vinha: 2003
Dinâmica da tomada de decisões sob incerteza Século XIX: Estado Liberal Indivíduo responsável por sua condição social Século XX: Estado de bem-estar social Sociedade responsável por bem-estar da população Solidariedade social baseada em risco social mensurável. Ultimo quarto do século XX: riscos ambientais não mensuráveis Noção de incerteza substitui probabilidade Sociedade adota principio da precaução. Romeiro: I.5 May, Lustosa, Vinha: 2003
Dinâmica da tomada de decisões sob incerteza Situações que exigem principio da precaução Não há certeza cientifica quanto a relação entre uma atividade e o dano temido. Singularidade e irreparabilidade Articulação das duas lógicas: cientifica e política Necessidade de basear as decisões políticas em todo conhecimento cientifico disponível Ciência incapaz de fornecer em tempo hábil bases para decisão política: necessidade de aumento da participação da sociedade nos assuntos científicos. Romeiro: I.5 May, Lustosa, Vinha: 2003
Dinâmica da tomada de decisões sob incerteza Efeito Estufa Incerteza: origem, possibilidade de reversão natural, necessidade de redução de emissão de carbono Redução de Risco: mudança imediata da matriz energética Político/econômico: mudança custos insuportáveis Atitude precavida: reduzir ao máximo as emissões. Níveis de incerteza Incerteza sistêmica: ciência não reduz incerteza Incerteza metodológica: exige arte além da ciência. Incerteza técnica: rotinas/técnicas desenvolvidas. Romeiro: I.5 May, Lustosa, Vinha: 2003
Considerações Finais Sustentabilidade fraca: Sustentabilidade forte: Não existem limites absolutos à expansão do sistema econômico se corrigidas falhas de mercado: não existe risco de perdas irreversiveis Escassez aumento do preço inovações: aumento da eficiência, substituição do recurso. Sustentabilidade forte: Existem limites absolutos a expansão do sistema: risco de perdas irreversíveis em condições de incerteza. Necessidade de estabelecimento coletivo de limites ao consumo de bens ambientais segundo o principio da precaução Conclusão May, Lustosa, Vinha: 2003
Considerações Finais Sociedade do consumo: capacidade de consumo material é fator de diferenciação social Sustentabilidade exige mudança da ordem civilizatória: Da civilização do ter para a civilização do ser. Introdução de restrições ambientais ao processo de acumulação de capital e ao padrão de consumo Necessidade de comportamento altruísta Fatores não-altruistas podem contribuir para restrições. Conclusão May, Lustosa, Vinha: 2003