Considerações sobre o PITCE. Física Para um Brasil Competitivo encomendado pela Capes e realizado por Adalberto Fazzio Alaor Chaves Celso Pinto de Melo.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Física Para um Brasil Competitivo encomendado pela Capes e realizado por Adalberto Fazzio Alaor Chaves Celso Pinto de Melo Rita Maria de Almeida Roberto.
Advertisements

A ECONOMIA INDUSTRIAL DA UNIÃO EUROPEIA
Quem somos O SINAVAL é a instituição que representa os estaleiros brasileiros instalados em diversas regiões do país. A missão do SINAVAL é fomentar a.
Sistemas Nacionais de Inovação: a experiência internacional e alguns desafios para o Brasil Referência: Linsu Kim & Richard Nelson (2005) (Introdução)
São Paulo, 08 de fevereiro de 2006.
As políticas públicas setoriais: expectativas dos ministérios do Trabalho, da Educação, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Ciência.
Administração Estratégica
LEI DA INOVAÇÃO Lei n o de 2 de dezembro de 2004 Decreto n o de 11 de setembro de 2005 Dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica.
A TEORIA DO CICLO DO PRODUTO
A Promoção da Prática Baseada em Evidências em Nível Global através da Pesquisa: como eliminar lacunas no financiamento e na publicação Moisés Goldbaum.
1 O Papel do BNDES na Recuperação da Competitividade Industrial na Área de TICs Rafael Oliva Assessor da Presidência do BNDES 19 de setembro de 2007 Conferência.
POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO E INDUSTRIAL Manuel Lousada Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior CONFERÊNCIA NACIONAL PREPARATÓRIA.
C&T e Inovação: marco legal e reforma institucional Uma Agenda para São Paulo Carlos Américo Pacheco Campinas, 10 de maio de 2007.
Ciência, Tecnologia, Inovação e Defesa Nacional
Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional Guilherme Henrique Pereira Secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação Ministério.
Apresentação baseada no estudo Física Para um Brasil Competitivo encomendado pela Capes e realizado por Adalberto Fazzio Alaor Chaves Celso Pinto de Melo.
Novas Perspectivas de Apoio e de Avaliação de Políticas para MPEs em Arranjos Produtivos Locais Seminário RedeSist-SEBRAE Rio de Janeiro, 4 de julho de.
Diálogos de Futuro: Planejamento Estratégico da Indústria Farmacêutica Nacional O Poder de Compra do Estado como Instrumento para a Promoção do Desenvolvimento.
Inovar para sustentar o crescimento
Finalidade e Objetivos: Destina-se a apoiar o desenvolvimento de pesquisas inovadoras sobre problemas importantes em ciência e tecnologia, a serem executadas.
Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior
Case UNISINOS HT Micron: Impacto no Desenvolvimento Científico Regional Prof. Cristiano Richter Coordenador Executivo Projeto HT Micron
III CONGRESSO INTERNACIONAL BRASIL COMPETITIVO
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL, TECNOLÓGICO E DE COMÉRCIO EXTERIOR HORIZONTE 2008 Brasilia, 06 de julho de 2006 INICIATIVA NACIONAL DE INOVAÇÃO PROGRAMAS.
O IMPACTO DA PROPRIEDADE INTELECTUAL SOBRE FUSÕES E AQUISIÇÕES
16 de novembro de 2010, Rio de Janeiro
BRASIL MAIOR + BRASIL SEM MISÉRIA DESENVOLVIMENTO
SINDICATO NACIONAL DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO PESADA - SINICON
O Domínio da Tecnologia

Desenvolvimento e Capacitação: o papel da gestão de pessoas
A contribuição das exportações para o crescimento econômico do Brasil
Talentos para Inovação
Secretaria de Inovação Orientações Para Diagnóstico do Mercado de Nanotecnologias no Brasil: (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças)
Panorama da Saúde no Brasil
Ministério da Ciência e Tecnologia
POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO PRODUTIVO – PDP Realizações e renovação
Políticas Públicas para APLs de Base Mineral
Premissas Dados das Microrregiões.
Capítulo 22 – Os países emergentes
A NOVA AGENDA DA MEI Pedro Wongtschowski 15 de Agosto de 2014
Benefícios da participação em CGV
Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior 31 de Março de 2004 Construindo o Brasil do Futuro.
41 o Seminário de Aciaria – Internacional AMAN – Resende, 23-26/05/2010 Américo Bernardes Centro de Capacitação - Inmetro Formação.
INOVAÇÃO NA POLÍTICA INDUSTRIAL
Oportunidades e desafios no setor farmacêutico
Escola de Formação Política Miguel Arraes
INOVAÇÃO – O BRASIL E O MUNDO
O processo de Industrialização do Brasil
Setor Têxtil e de Confecção Brasileiro Balanço 2009 e Perspectivas 2010 Apresentação: Haroldo Silva Economista Chefe - ABIT São Paulo, 05 de março de 2010.
AGENDA 2020 O Rio Grande que queremos. Crescimento econômico Elevação da qualidade de vida Eqüidade social e regional Referência em inovação e tecnologia.
INI - NANO VIII REUNIÃO ORDINÁRIA CONSELHO DELIBERATIVO INICIATIVA NACIONAL DE INOVAÇÃO: NANOTECNOLOGIA Diretoria de Inovação 12/09/2006.
‘NÃO VAMOS REINVENTAR A RODA’
Planejamento da Divisão de tecnologia Balanços dos Meetings 2006 Aprovação da Proposta de Diretrizes Nacionais para TIC Divisão de Tecnologia Agenda.
OFICINA DE DIVULGAÇÃO DO GHS A implantação do GHS na Indústria Química
PLANO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO PNPG
República Federativa do República Federativa do BRASIL BRASIL ‘ FÓRUM DE COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA DE CARNES MDIC/SDP/DEORN.
BIOPIRATARIA.
INVISTA NO CANADÁ.
Por quê Competitividade Industrial? Jorge Arbache Universidade de Brasília FIEMG - Lançamento do Plano de Competitividade Industrial de Minas Gerais, 2.
GEOGRAFIA DO BRASIL - O TURISMO EM NUMEROS -. Panorama mundial De acordo com a Organização Mundial de Turismo – OMT (2013), as chegadas de turistas internacionais.
PROPOSTA DE METODOLOGIA PARA UMA MATRIZ ENERGÉTICA REGIONAL.
O ESPAÇO DA PRODUÇÃO E DO CONSUMO
Os pólos de competitividade franceses – Mazé Maria José Torquato Chotil – 26 de março de Os pólos de competitividade franceses - O contexto - A.
Acordo Mercosul – União Europeia Câmara dos Deputados Carlos Eduardo Abijaodi Diretor de Desenvolvimento Industrial 27 de maio de 2014.
Seminário Internacional: A Nova Geração de Políticas para o Desenvolvimento Produtivo: Sustentabilidade Social e Ambiental Brasil: o novo impulso de desenvolvimento.
Proposições para o Desenvolvimento da Ciência para a Saúde Senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC)
03/08/2009 Esta informação é para uso exclusivo da ABRAZPE. Nenhuma parte da mesma pode ser enviada ou copiada sem a devida autorização. HELSON BRAGA –
AUDIÊNCIA PÚBLICA NO SENADO FEDERAL TEMA “PARQUE TECNOLÓGICO E O DESENVOLVIMENTO DO DF” DATA: 19/04/2016 HORÁRIO: 8H45MIN.
O FUTURO DO SETOR BRASILEIRO DE REFRIGERANTES Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Câmara dos Deputados AUDIÊNCIA PÚBLICA: Audiência.
Transcrição da apresentação:

Considerações sobre o PITCE

Física Para um Brasil Competitivo encomendado pela Capes e realizado por Adalberto Fazzio Alaor Chaves Celso Pinto de Melo Rita Maria de Almeida Roberto Mendonça Faria Ronald Cintra Shellard

A Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior – PITCE foi elaborada em 2004 pelo governo brasileiro com o objetivo de impulsionar a atividade econômica e de difundir tecnologias que agreguem potencial competitivo à indústria do País e que melhorem seu desempenho no comércio internacional.

Porque inovar? Competitividade: Diferenciação de produtos Antecipação em relação aos concorrentes Otimização dos processos Aumento do valor agregado

Temos alternativas?

A ciência é a plataforma da tecnologia contemporânea, e sem ciência forte nenhum país pode ter tecnologia competitiva. Dentre as ciências, a física tem um papel de destaque como geradora de novas tecnologias. Um terço do PIB dos EUA é oriundo de tecnologias baseadas na mecânica quântica, e indústrias baseadas na física têm um avanço diferenciado nos países mais desenvolvidos. Vale ressaltar que o valor agregado de produtos cresce com o avanço da tecnologia necessária para produzí-lo.

Em 26 de janeiro de 2006, a então Líder da Minoria do Congresso dos EUA, deputada Nancy Pelosi, em discurso a seus pares, ressaltou a importância da pesquisa científica para a inovação e a tecnologias futuras, e opinou que isso justificava a duplicação de investimentos federais na pesquisa básica das ciências físicas. Cinco dias depois desse discurso, o presidente George Bush declarou o compromisso do governo americano de dobrar os recursos para pesquisas na área da física nos dez anos seguintes (ver Relatório Anual de 2007 da Semiconductor Industry Association dos EUA, ( )

Em todo o mundo amadurecido cientifica e tecnologicamente – vale dizer, em todos os países desenvolvidos – as universidades e as empresas se complementam para formar um organismo altamente adaptado à era do conhecimento, e o papel de cada um desses atores é muito claro: ciência e fromação de RHs na universidade, tecnologia e inovação na empresa. Isso não significa que tecnologia seja produzida só nas empresas, pois as universidades e o Estado também contribuem para sua geração. No caso das universidades, a tecnologia gerada é quase sempre um subproduto de sua pesquisa básica em ciências. Já o Estado, tem nesses países desenvolvidos um papel central e decisivo no desenvolvimento tecnológico.

A inclusão de ciência na vida dos países latino-americanos, e um desempenho mais satisfatório em tecnologia e inovação, requerem um conjunto de ações consistentes e até mesmo uma mudança de postura da sociedade e do Estado diante desse desafio. O esforço estatal na formação de quadros de cientistas e engenheiros altamente qualificados tem de ser continuado com vigor ainda maior. No caso do Brasil, deve-se salientar que, sendo a 9ª economia do mundo, ocupar o 15 o lugar na produção científica não pode ser tomado no sentido de dever cumprido. É também forçoso reconhecer que, apesar desses indicadores quantitativos positivos, o Brasil está longe de atingir a maturidade científica. O Brasil e seus vizinhos ainda não são capazes de formular sua própria agenda científica e, dentro dela empreender projetos altamente desafiadores.

Dinamizar a estrutura produtiva por meio da inovação tecnológica e da ampliação do comércio exterior Diretrizes da PITCE

Inovação e Desenvolvimento Tecnológico Desenvolver o Sistema Nacional de Inovação Lei de Inovação Lei do Bem Programa de modernização de institutos e centros de pesquisa Lei Rouanet para Ciência & Tecnologia

Compromisso pela Produção Foco Estímulo ao aumento da capacitação para inovação na indústria Desenvolvimento de novos produtos, processos e formas de uso (inovação e diferenciação) Expansão das exportações

Modernização industrial Crescimento econômico, aumento da eficiência e da competitividade e da competitividade Inovação e desenvolvimento tecnológico Alvo Eixos da Política Industrial

Modernização Industrial Visa ampliar a eficiência da indústria brasileira: Programa de extensão industrial exportadora Modermaq Redução do Imposto de Importação para máquinas sem similar nacional Desoneração do IPI de máquinas e equipamentos Comissão mista para modernização da política aduaneira (MDIC-MF-MAPA)

Opções Estratégicas Semicondutores Software Fármacos e Medicamentos Bens de capital Nanotecnologia Biotecnologia Biomassa Portadores de Futuro

No dia 5 de agosto de 2001 o colunista do Estado de São Paulo, do caderno de Economia, Ethevaldo Siqueira escreveu um artigo que causou um certo impacto na área da eletrônica industrial brasileira. Iniciou seu artigo fazendo uma previsão de colapso nesse setor devido à escassez de componentes eletrônicos. Sua previsão se baseava em dois fatos: 1 – a produção brasileira de componentes eletrônicos era praticamente nula; e 2- a demanda vinha e deveria continuar crescendo em ritmo acelerado. SEMICONDUTORES (MICROELETRÔNIA)

Por que insistir numa indústria de semicondutores? Em 2005, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), as importações do setor totalizaram 15 bilhões de dólares, crescimento de 20% sobre o ano anterior. E os componentes tiveram 65% de participação deste valor. Indústria que desenvolve e moderniza inúmeros outros setores industriais e é vital para a Segurança Nacional.

Governo anuncia fábrica de semicondutores no Brasil 10/08/ MDIC Foi anunciado hoje (terça-feira), em Brasília, o primeiro investimento no setor de semicondutores, considerado um dos quatro prioritários pela Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior. Depois de intensas negociações com o Governo Federal, a norte- americana Smart Modular Technologies, localizada em Guarulhos, afirmou que irá implantar uma fábrica de encapsulamento e montagem de memória (Back End) no Brasil, com investimento total de US$ 30 milhões em dois anos. Pela primeira vez será produzido no País este tipo de circuito integrado. Wilson Brumer Jornal Estado de Minas - 27/08/2006 O governo mineiro reservou um terreno de mais de 1 milhão de metros quadrados na região de Lagoa Santa, próximo ao aeroporto de Confins, na Grande Belo Horizonte, para investimento na instalação da fábrica, estimada em US$ 500 milhões. O montante já está sendo negociado no (BNDES).

Quais os entraves para uma fábrica de semicondutores no Brasil? Por Ralphe Manzoni Jr., editor executivo do IDG Now!Ralphe Manzoni Jr. Publicada em 27 de março de 2006 Carga tributária, logística e processo aduaneiro não adequado afugentam investimentos de uma indústria de semicondutores no Brasil. O estudo apontava cinco itens considerados críticos para que uma empresa de semicondutores se instalasse no Brasil: 1)Disponibilidade de mão-de-obra especializada.Em notas de 1 a 5, o Brasil estava no estágio 2, pois o país tem poucos doutores nesta área. 2)Demanda local elevada: nenhuma fábrica de semicondutores é construída pensando somente na demanda local, mas ela é um fator importante no processo de decisão. A demanda brasileira ainda é muita baixa. 3) Proteção ao capital intelectual e lei de patentes: muito se evolui a partir de 2002, mas ainda, este é um ponto crítico. 4) Disponibilidade e confiabilidade da infra-estrutura: inclui de porto a aeroportos à infra-estrutura de escoamentos dos produtos, como as estradas. 5) Eficiência da estrutura de importação e de exportação. Todo ano, há pelo menos duas greves da Receita Federal, diz Peres.

Pesquisa da KPMG mostra que os incentivos atraem o interesse a asiáticos e Estados Unidos. O mercado mundial de semicondutores está aquecido, mas, por enquanto, o Brasil e demais países da região estão fora dos planos de investimentos dos principais fabricantes do setor. Semicondutores mantêm Brasil fora de sua rota Carolina Saito e Carlos Eduardo Valim/ Gazeta Mercantil23/08/2007

Semicondutores (estratégia) Programa de recursos humanos Incentivo à produção de chips Projeto de lei da topografia de circuitos integrados Agenda de atração de investimentos Prospecção de áreas portadoras de futuro

Nichos da Microeletrônica de Silício Elementos III-V, II-VI, novas cerâmicas e óxidos, sistemas nanoestruturados. Sistemas orgânicos (moléculas pequenas e polímeros) Spintrônica Eletrônica Molecular Sugestões de foco do PITCE

Fármacos e Medicamentos A física pode contribuir muito para o desenvolvimento da indústria de fármacos e medicamentos por meio da determinação de estruturas de biomoléculas, de cálculos conformacionais e de dinâmica molecular que levam a simulações e modelagens moleculares e que auxiliam enormemente o desenho e o processo de síntese de novas substâncias. Com isso, é necessário montar grupos multidisciplinares de pesquisa (físicos, químicos, farmacêuticos e bioquímicos) que trabalhem em conjunto no desenvolvimento mais científico de fármacos, medicamento e vacinas.

Recomendações p/ política de governo O Governo deve gerar mecanismos que incentivem e estimulem as empresas a criar laboratórios de pesquisa e de inovação tecnológica. § O Governo deve incentivar as indústrias a contratar pesquisadores com nível de doutoramento. § O Governo federal e os governos estaduais devem fomentar ações que fortaleçam os parques tecnológicos temáticos.

MUITO OBRIGADO MUCHAS GRACIAS

Além desses semicondutores inorgânicos já consagrados, há uma variedade de novos compostos semicondutores orgânicos, e a exploração de suas propriedades e de suas possíveis aplicações ainda estão em fase embrionária. Mesmo assim, a eletrônica e optoeletrônica gerada por alguns desses compostos já mostra um sucesso extraordinário, e participa do avanço da tecnologia das telecomunicações, do contínuo avanço na área de lasers e de suas aplicações, da geração de novas tecnologias de imagens e de dispositivos de posicionamento, além de contribuir para a popularização e sofisticação ainda maior da informática.