DEPLEÇÃO DA MASSA MAGRA DO CORPO E CAPACIDADE FUNCIONAL DE EXERCÍCIO EM PACIENTES COM DPOC Suzana E Tanni, Fernanda F Sanchez, Paulo A Lucheta, Márcia.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Perfil do Índice BODE no Ambulatório de DPOC e mortalidade em 4 anos.
Advertisements

NOVO GOLD 2011 LÊDA MARIA RABELO.
Sobre a morte e o morrer Carlos Fernando Francisconi ©Francisconi/2000.
RUPTURA DO TENDÃO FIBULAR TERCEIRO DURANTE MONTA NATURAL
SERVIÇO DE ARQUIVO MÉDICO
PARCERIA DA AVENTIS COM A DISCIPLINA DE CLÍNICA GERAL DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO.
O Papel do Exercício no Controle de Peso
Departamento dos distúrbios do sono São Paulo- fevereiro 2011.
Departamento dos distúrbios do sono
COMISSÃO DE ASMA Marcia MM Pizzichini – Santa Catarina
DEPARTAMENTO DE FUNÇÃO PULMONAR
Comissão de Epidemiologia George Matos. Comitê científico George Matos (CE) – Coordenador Ana Maria Menezes (RS) Ana Luisa Godoy Fernandes (SP) Marcus.
“OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA E A NUTRIÇÃO”
A Obesidade Obesidade, nediez ou pimelose (tecnicamente, do grego pimelē = gordura e ose = processo mórbido) é uma condição na qual a reserva natural de.
Matemática e Hábitos Saudáveis
Faculdade de Medicina de Itajubá Monitoria de Bioquímica e Laboratório Clínico CPK.
Monitoria de Semiologia
Companhia Energética do Rio Grande do Norte COSERN
Proteínas e Aminoácidos
Introdução à Fisiologia
Pedro Lopes. CARDIOLOGIAALERGOLOGIA PNEUMOLOGIAENDOCRINOLOGIA INFECCIOLOGIA.
ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE Profº Alesson Belo
Dra Silvana de Araújo Geriatria - UFMG Julho/2007
Suzana E Tanni, Paula A B de Camargo, Nathalie I Iritsu, Massaki Tani e Irma Godoy A divulgação sobre os riscos do tabagismo mudou o conhecimento dos fumantes.
Alberto Cukier Divisão de Pneumologia InCor/Hospital das Clínicas
Determinação da Capacidade Funcional de Exercício
Impacto do estado nutricional e sua abordagem na DPOC
AULA 6 DIABETES E DESNUTRIÇÃO 3º MEDICINA 2003.
XII Curso Nacional de Atualização em Pneumologia
Professor :João Galdino
Alterações musculoesqueléticas: Diagnóstico e manejo
Índice BODE e ocorrência de exacerbações em pacientes com DPOC Suzana E Tanni, Fernanda F Sanchez, Paulo A Lucheta, Márcia M Faganello, Nilva G Pelegrino,
DPOC como doença sistêmica: uma visão clínica
O IMPACTO DA FUNÇÃO PULMONAR NA AVALIAÇÃO PROGNÓSTICA EM DPOC
Márcia Gonçalves de Oliveira Médica Pneumologista
A ASSOCIA Ç ÃO DE CO-MORBIDADES INTERFERE NA SOBREVIDA DE PACIENTES COM DPOC AVAN Ç ADA HIPOXÊMICA? Maria Enedina Scuarlialupi, Fernando Queiroga-Jr, Maria.
DPOC E HIPOXEMIA NOTURNA
Exacerbações da DPOC Uso do suporte ventilatório não-invasivo
CORRELAÇÃO CLÍNICA DA ESCALA DE BORG NO TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS EM PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA   Autores: GOMES, L.O.R.S.;
PROFESSOR: DEMETRIUS LEÃO
Disciplina de Pneumologia Faculdade de Medicina de Botucatu
Terapia de reposição de nicotina
Patologia Endócrina Anatomo-Clínica IV Universidade Federal da Bahia Faculdade de Medicina-HUPES Patologia Cirúrgica I.
EXEMPLOS DO CÂMBIO EURO R$ 3,20 R$ 80,00 R$ 4.800,00R$ 1.600,00R$ 480,00.
Fisioterapia Preventiva para o Idoso
CHAPA “ EXCELÊNCIA NA FORMAÇÃO”
Creatina no Esporte e na Terapêutica de Doenças Leonardo Kenji Hirao Residente de Medicina Esportiva Orientador: Guilherme Artioli.
Eduardo de Melo C. Rocha Disciplina de Reabilitação FCMSCSP
Conhecimento sobre o corpo: noções de fisiologia
ENERGIA DISCIPLINA: FÍSICA 1 PROFESSOR: DEMETRIUS SÉRIE: 1º ANO.
Avaliação dos distúrbios nutricionais e condutas na DPOC
Relato de Experiência Psicologia do Esporte – Vivência Terapêutica com o Paciente Obeso Denise Gersen Pinto Coelho – Psicóloga Fernanda Teixeira Carneiro.
SEGUIMENTO DAS PNEUMOPATIAS INTERSTICIAIS DIFUSAS
Calor sensível calor específico capacidade térmica
Avaliação Dermato Funcional
Exercícios terapêuticos Conceitos Básicos
SÍNDROME NEFRÓTICA.
Avaliando a aptidão física
Aptidão músculo-esquelética
Monitorização da DPOC. Quais são os melhores parâmetros de seguimento?
Testes Cardiopulmonares de Campo
Casos Clínicos Prof. Luciene Rabelo.
Geraldo Rolim Rodrigues Junior
Avaliação do estado nutricional e consumo alimentar de idosos institucionalizados e não institucionalizados e a relação com a presença de sarcopenia Estela.
Rodrigo de Souza, Rafael Baptista, Leonardo Pinto, Matias Epifanio, João Paulo Filho, Márcio Donadio, Paulo José Cauduro Faculdades de Educação Física,
MANEJO CLÍNICO DE PACIENTES COM HIV/AIDS MÉDICOS E ENFERMEIROS CLÍNICA DIGESTIVA BELÉM, 22/04 A 26/04/2003.
AVALIAÇÃO CLÍNICA NUTRICIONAL
Investimento: Até 14/11: R$150,00 - Após 15/11: R$250,00
 PESO  IMC  GORDURA TOTAL  MÚSCULOS  VISCERAL  METABOLISMO  IDADE CORPORAL Nossa Missão: “Eliminar a preocupação dos maus Hábitos alimentares e.
Transcrição da apresentação:

DEPLEÇÃO DA MASSA MAGRA DO CORPO E CAPACIDADE FUNCIONAL DE EXERCÍCIO EM PACIENTES COM DPOC Suzana E Tanni, Fernanda F Sanchez, Paulo A Lucheta, Márcia M Faganello, Nilva G Pelegrino, Irma Godoy Disciplina de Pneumologia Departamento de Clínica Médica Faculdade de Medicina de Botucatu Unesp Clínica Médica

Pinto-Plata, Eur Respir J 2004 Tolerância ao Exercício na DPOC  Diminuição da tolerância ao exercício  Limita o desempenho durante as atividades da vida diária  Está associada com menor sobrevida

Depleção nutricional na DPOC  IMC < 21 kg/m 2 ocorre em aproximadamente 14% dos pacientes  Depleção muscular: índice de massa magra do corpo (IMMC) <16 kg/m 2 (homens) e 15 kg/m 2 (mulheres) 25% dos pacientes com estádio GOLD 2 e 3 e em mais de 40% dos pacientes com GOLD IV 25% dos pacientes com estádio GOLD 2 e 3 e em mais de 40% dos pacientes com GOLD IV Anker, Clínical Nutrition 2006

 Diminuição de massa magra sistêmica (MMC) - (bioimpedância)  Valores área muscular do braço (AMB)<P25 (antropometria)  Valores área muscular da coxa < 70 cm 2 (TC) e VEF 1 <50% Desnutrição e mortalidade em DPOC Soler-Cataluna, Chest 2005 Marquis, Am J Respir Crit Care Med 2002 Schols, Am J Clin 2005

Tolerância ao Exercício e Desnutrição  Maioria dos estudos com cicloergometria (VO 2 max)  A capacidade máxima de exercício está reduzida em pacientes com depleção nutricional Baarends, Eur Respir J Palange, Chest 1998 Yoshikawa, Chest 1999

 Ausência de associação entre o IMC e a porcentagem do peso ideal a DP6  Acúmulo de gordura e não perda de MMC associada com limitação funcional (DP6) Tolerância ao Exercício e Desnutrição Eisner, Respir Res 2006 Gray-Donald, Am J Respir Dis 1989 Oga, Heart & Lung 2002

Palange, J Appl Phys 2000 Man, Am J Respir Crit Care Med 2004 Pepin, Am J Respir Crit Care Med 2005  Resposta ventilatória, dispnéia e fadiga muscular durante a caminhada e o exercício no ciclogergômetro Diferenças entre caminhar e pedalar

Hipótese As diferenças fisiológicas e de sintomas entre o caminhar e o pedalar podem modular a influência da depleção da MMC na distância caminhada em 6 minutos

OBJETIVO Avaliar a influência da depleção de MMC sistêmica na capacidade funcional de exercício avaliada pelo teste de caminhada de seis minutos (TC6) em pacientes com DPOC

CASUÍSTICA 62 Pacientes 36 pacientes sem depleção de MMC 26 pacientes com depleção de MMC  DEPLEÇÃO: IMMC <15 kg/m2 (mulheres) e <16 kg/m2 (homens) Schols, Am J Clin Nutr 2005

MÉTODOS  Espirometria: pré e pós-broncodilatador  Oximetria de pulso  Dispnéia: MMRC e BDI  Composição do corpo (antrop e BI)  Qualidade de vida: Saint George´s Respiratory Questionnaire (SGRQ)  Teste de caminhada de seis minutos  Índice BODE  Índice de Comorbidades de Charlson

MÉTODOS Heymsfield, Annals Inter Med 1979 Lukaski, Am J Clin Nutr 1987 Área muscular do membro superior e inferior - TC

Força muscular periférica Bíceps Tríceps Powers & Howley, 2000 Leg Press Uma repetição máxima –1RM

Análise estatística  Comparação entre grupos: Teste t ou Mann-Whitney  Correlação: Pearson ou Spearman  Regressão múltipla: Forward Stepwise Regression

Características dos pacientes com DPOC

Força e massa musculares de MMII e MMSS

Força muscular ajustada para massa

Distância percorrida em seis minutos

Associação entre a DP6 e massa muscular de MMII e sensação de dispnéia *p< 0,05

Coeficiente de regressão ajustado e intervalo de confiança de 95% para a associação entre a distância percorrida em seis minutos, VEF 1, MMRC

Conclusão Os resultados indicam que a MMC é a principal determinante da força muscular periférica; entretanto, a capacidade funcional de exercício parece ser limitada principalmente pela sensação de dispnéia em pacientes com DPOCOs resultados indicam que a MMC é a principal determinante da força muscular periférica; entretanto, a capacidade funcional de exercício parece ser limitada principalmente pela sensação de dispnéia em pacientes com DPOC