O Movimento em torno da Competência Experiências e Tendências Belo Horizonte 13 de abril de 2009.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Empreendedorismo e Mercado de Trabalho Componente Curricular:
Advertisements

Uso de álcool e drogas no ambiente de trabalho
Fernando Carvalho Faião
Extreme Programmig Programação em Duplas Dificuldades e Benefícios.
ESTUDOS PARA SISTEMAS CADnD EM PROJETOS INTEGRADOS DE EDIFICAÇÕES - ANÁLISE DE DESEMPENHO DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS Mariana Cassilha Stival PIBITI/CNPq.
Prof. Dr. Helder Anibal Hermini
Como Vender se o Cliente Está Fugindo de Nós? Como Vender se o Cliente Está Fugindo de Nós?
Economias de Escala e Comércio Internacional
Balanced Scorecard (BSC)
NBR ISO Gestão da Qualidade – Satisfação do Cliente – Diretrizes para o tratamento de reclamações nas organizações.
Sistemas de Gestão Integrados (SIGs)
1. Introdução A partir da década de 1990 o ambiente de negócios se tornou mais complexo. Fenômenos econômicos e sociais de alcance mundial estão reestruturando.
Qualidade da Educação, Gestão Democrática e Avaliação
Democratização do Acesso, Permanência e Sucesso Escolar
Governo do Estado do Tocantins Secretaria da Educação e Cultura
TEMA: Gestão Escolar PALESTRA: As funções do Coordenador Pedagógico MEDIADORAS: Odalea e Mara.
Governo do Estado do Tocantins Secretaria da Educação e Cultura
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ideb
Papel do Estado na garantia do direito à educação de qualidade: organização e regulação da Educação Nacional O Estado e a educação de qualidade: histórico;
O QUE DEVE CONTEMPLAR UM PROPOSTA CURRICULAR?
Formação Continuada DRE - Araguaína.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Sindrome de down Atividades físicas – benefícios Interação/companheirismo Promove socialização/ relações de convívio Melhoria na qualidade de vida Através.
Supply Chain Management
LIDERANÇA Exercícios.
Gestão Orientada para Resultado
Conectando pessoas, tecendo redes:
1 Evento Comemorativo ao Dia do Bibliotecário Brasília, 10 de março de 2006 Novos paradigmas: estamos preparados? Maria Carmen Romcy de Carvalho, PhD Diretora.
UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
A FUNÇÃO PRODUÇÃO O Processo de Transformação
Opções Estratégicas para o setor de portas, janelas e esquadrias de madeira de União da Vitória/Porto União: visões estratégicas para construção de uma.
Curso de Engenharia Industrial Madeireira – UFPR Prof. Umberto Klock
TEORIA CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO
Arquitetura de Sistemas de Informação
Ensino médio integrado aos cursos técnicos de nível médio Colóquio A Produção do Conhecimento em Educação Profissional IFRN, Natal, 19 e 20/05/2011 Prof.
Seminário 3 Direito e Gestão urbana: novas possibilidades e impasses; crise dos paradigmas de público e privado; gestão democrática; financiamento do desenvolvimento.
O primeiro passo para transformação social. "...O processo de conquistar e manter clientes".... De acordo com o Dicionário de Termos de Marketing, marketing.
Gledson Pompeu Corrêa da Costa
Atuação dos agentes de Controle Social Contribuindo para a participação responsável e efetiva de agentes municipais, conselheiros e cidadãos.
Políticas de gestão pública e ampliação do controle: questões a partir de experiências recentes e perspectivas futuras Seminário Avaliação da Gestão Pública.
- 1 - Instituto Serzedello Corrêa Resultados Globais.
1 CONHECENDO O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. 2 TCU Executivo Controle Interno Judiciário Controle Interno Legislativo Controle Interno O Modelo de Controle.
Ambiente Sustentável A partir da década de 1970, motivados pelos riscos ecológicos globais e pelas crises energéticas do petróleo, diferentes movimentos.
O CHAMADO “TERCEIRO SETOR” E O CONTROLE SOCIAL
Programa Reconhe-Ser Portaria-TCU nº 140/2009
Desenvolvimento e Capacitação A Experiência da Administração Pública Federal 4º encontro dos Gestores de Recursos Humanos do Governo do Estado do Rio de.
AUTO-ESTIMA E MOTIVAÇÃO NA RELAÇÃO PROFESSOR ALUNO.
ENCONTRO NACIONAL DE TECONOLOGIA DA INFORMAÇÃO PARA OS MUNICÍPIOS e do SOFTWARE PÚBLICO BRASILEIRO 1º Encontro Banco de Talentos.
Gestão Estratégica de Pessoas para Construção de Resultados.
“Novas Tecnologias para a Produção de Refeições Coletivas: Recomendações de Introdução para a Realidade Brasileira” Revista Nutr. Jan/Abr 1999 Estela Deyrmendjan.
REALINHAMENTO ESTRATÉGICO E RECOMENDAÇÕES AO ATUAL MODELO DE GESTÃO Conclusão do Projeto Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba.
Sistemas de Informação Capítulo 3
III – Uso Infraestrutura – Empresa Digital Escola Politécnica da USP MBA EPUSP em Gestão e Engenharia do Produto EP018 O Produto Internet e suas Aplicações.
ERU 520: Tecnologia da Informação Prof. José Luís Braga Doutor em Informática - PUC-Rio Pós-Doutorado em Tecnologias da Informação - University of Florida.
ANÁLISE AMBIENTAL EXTERNA Análise do Meio Ambiente
Empreendedorismo DRUCKER ROBBINS
LIDERANÇA.
ARQUITETURA ESTRATÉGICA CEFETES VALORES COMPARTILHADOS MISSÃO Promover educação profissional e tecnológica de excelência, por meio do ensino, pesquisa.
Marketing de Relacionamento
Boas Práticas Agropecuárias Bovinos de Corte
Administração de Sistemas de Informação
Proposta de critérios e procedimentos para a concessão da GDAR Matuzalém Batista Pereira Elisa Vieira Leonel Fábio Santos Lobão Ricardo de Holanda Melo.
Região Sul Coordenador: José Cezar Pereira - EPAGRI.
- Princípios, referencial teórico da integração pesquisa- ATER e Agricultores familiares. Princípios Garantir a todos os agentes a participação igualitária.
Desempenho A rápida taxa de melhoria na tecnologia de computadores veio em decorrência de dois fatores: avanços na tecnologia utilizada na construção.
VENDAS NO CONTEXTO DE MARKETING
Empreendedor Corporativo
Projetos pedagógicos e o planejamento da ação docente Curso de Atualização Pedagógica – Julho de 2010 Mediador: Adelardo Adelino Dantas de Medeiros (DCA/UFRN)
Empreendedorismo Prof. Dr. José Dornelas.
O RI e sua relação com a Responsabilidade Social e Ambiental O Caso da Sadia.
Transcrição da apresentação:

O Movimento em torno da Competência Experiências e Tendências Belo Horizonte 13 de abril de 2009

TRANSFORMAÇÕES NO CONTEXTO DOS NEGÓCIOS: IMPLICAÇÕES NOS MODELOS DE GESTÃO INDÚSTRIA DE BENS DE CONSUMO INDÚSTRIA DE BENS DE CAPITAL MERCADO DE CONSUMO CONSUMIDORES TRABALHADORES ESTADO SINDICATOS EFICIÊNCIA FLEXIBILIDADE INTENSIFICAÇÃO DA CONCORRÊNCIA COMPETIÇÃO GLOBAL TÔNICA NA DIFERENCIAÇÃO NOVOS ARRANJOS ORGANIZACIONAIS FLEXIBILIZAÇÃO DAS RT NOVOS VALORES EM RELAÇÃO AO TRABALHO NOVAS COMPETÊNCIAS CARREIRAS PROTEANAS ELEVADA DEMANDA MUNDIAL MERCADO DE MASSA PRODUÇÃO EM SÉRIE ESTRUTURAS HIERARQUIZADAS TAYLORISMO/FORDISMO INTENSA DIVISÃODO TRABALHO NOÇÃO DE QUALIFICAÇÃO CARREIRAS LINEARES

O NOVO CONTEXTO DOS NEGÓCIOS E O MOVIMENTO EM TORNO DA FLEXIBILIDADE Globalização da economia Ênfase nos princípios do livre comércio Abertura e des- regulamentação dos mercados Acirramento da competição Adoção sistemática de novas tecnologias Introdução de processos contínuos de reestruturação organizacional Necessidade de novas competências organizacionais Demanda por novos perfis profissionais

Desenvolvimento de lideranças (62%) Gestão de competências (51%) Atração e retenção de talentos (51%) Aumento da produtividade (35%) Condução e suporte a processos de mudança organizacional e cultural (32%) Disseminação de valores éticos e de responsabilidade social (26%) Promoção de ações direcionadas à qualidade de vida no trabalho (18%) Gestão do conhecimento (15%) Implementação de sistemas inovadores de avaliação de desempenho (11%) Redução dos custos de mão-de-obra (9%) Pesquisa realizada junto executivos de nível estratégico de grandes empresas atuantes no Brasil revelam como principais orientações estratégicas na dimensão de pessoas: PREOCUPAÇÕES ESTRATÉGICAS EM GESTÃO DE PESSOAS FONTE: Milagres et al. (2005)

Perspectiva Individual vs. Organizacional Até que ponto a demanda por profissionais dotados de competências cada vez mais abrangentes e sofisticados tem sido acompanhada por uma modernidade das políticas e práticas de gestão que favoreça o desenvolvimento e aplicação das competências requeridas? Como construir ambientes organizacionais favoráveis ao desenvolvimento e aplicação das competências requeridas? Compreensão da noção de Competência em nível Organizacional COMPETÊNCIA: EXPERIÊNCIAS, PRESENTE E TENDÊNCIAS

Desafios à Operacionalização do Construto Vinculação entre Estratégia, Competências Organizacionais e Individuais Experiências nos níveis Estratégico, Tático e Operacional Implicações Organizacionais e Pessoais Relações entre Competência e outros Construtos do Comportamento Humano nas Organizações Competência e Construção de uma Nova Ordem nas Relações Sujeito-Trabalho-Organizações COMPETÊNCIA: EXPERIÊNCIAS, PRESENTE E TENDÊNCIAS

COMPETÊNCIAS INDIVIDUAIS REQUERIDAS Capacidade de aprender rapidamente novos conceitos e tecnologias Capacidade de trabalhar em equipes Criatividade Visão de mundo ampla e global Capacidade de comprometimento com os objetivos da organização Capacidade de comunicação Capacidade de lidar com incertezas e ambigüidades Domínio de novos conhecimentos técnicos associados ao exercício do cargo ou função Capacidade de inovação Capacidade de relacionamento inter-pessoal Iniciativa de ação e decisão Capacidade de gerar resultados efetivos Auto-controle emocional Capacidade empreendedora Capacidade de lidar com situações novas e inusitadas COMPETÊNCIAS INDIVIDUAIS INVESTIGADAS

MODERNIDADE ORGANIZACIONAL Valoriza a iniciativa, responsabilidade e liberdade Favorece mudanças, a inovação e a aprendizagem Adota um regime democrático Possui processo decisório descentralizado Estimula autonomia e a iniciativa de ação e de decisão Encoraja a interação social Estimula a participação das pessoas nos processos organizacionais Favorece que as pessoas se mantenham informadas e atinjam seus objetivos, materiais ou psicológicos Define claramente sua missão, objetivos, estratégias e metas Dispõe de tecnologias, políticas e práticas que promovem a tomada de risco, a criatividade, a eficácia e o desempenho das pessoas Subordina os objetivos econômicos a objetivos sociais e princípios éticos Adota tecnologias que favorecem a interação entre pessoas e áreas Combina de forma equilibrada a utilização de tecnologias avançadas, com a criatividade das pessoas FATORES DE MODERNIDADE ORGANIZACIONAL INVESTIGADOS

SATISFAÇÃO NO TRABALHO Variedade de habilidades Identidade da Tarefa Significado da Tarefa Inter-relacionamento Autonomia Feedback Intrínseco e Extrínseco Possibilidade de crescimento Volume de trabalho Gerência Compensação Ambiente organizacional FATORES DE SATISFAÇÃO INVESTIGADOS

Elevado grau de demanda, por parte das organizações em que atuam os profissionais pesquisados, pelas competências individuais avaliadas, destacando-se: Ênfase em competências relacionais e comunicativas, bem como naquelas associadas à performance das organizações: capacidade de gerar resultados efetivos; capacidade de se comprometer com os objetivos da organização; capacidade de trabalhar em equipes; capacidade de comunicação; capacidade de relacionamento inter-pessoal. COMPETÊNCIAS INDIVIDUAIS

Percepção quanto a graus moderados de modernidade organizacional, destacando-se ênfase no estabelecimento de climas internos: favoráveis ao processo de aprendizagem contínuo; facilitadores do trabalho em equipe; encorajadores de iniciativas de ação e decisão. MODERNIDADE ORGANIZACIONAL

há um sistema de avaliação que permite diferenciar o bom e o mau desempenho; o sistema de remuneração da organização recompensa os atos de competência; as políticas e práticas de recursos humanos estimulam as pessoas a se preocuparem com a aprendizagem contínua; os processos de tomada de decisão são participativos e transparentes; o processo decisório na organização é descentralizado; a organização favorece a autonomia para tomar decisões. MODERNIDADE ORGANIZACIONAL Na prática, porém, observaram-se baixos escores quanto a afirmativas tais como:

a qualidade da gerência (em especial, a ausência de feedbacks); o modo como os conflitos são resolvidos na organização; a maneira como as mudanças e inovações são implementadas na empresa. SATISFAÇÃO NO TRABALHO Percepção quanto a graus moderados de satisfação no e com o trabalho, destacando-se a satisfação com fatores de conteúdo do trabalho: Por outro lado, evidenciaram-se baixos níveis de satisfação com: variedade de habilidades; significado do trabalho; inter-relacionamento.

CONCLUSÕES DO ESTUDO Elevado grau de demanda pelas competências individuais avaliadas Percepção quanto a graus moderados de modernidade organizacional e de satisfação com fatores de conteúdo e contexto do trabalho Ênfase em competências relacionais e comunicativas, bem como naquelas associadas à performance das organizações

CONCLUSÕES DO ESTUDO Ênfase das organizações no estabelecimento de climas internos favoráveis ao processo de aprendizagem contínuo, ao estabelecimento de ambientes de trabalho que facilitem o trabalho em equipe e iniciativas de ação e decisão. Na prática, porém, observou-se a prevalência de um caráter organizacional ainda autoritário, hierarquizado e centralizado Maior satisfação dos profissionais pesquisados quanto a fatores de conteúdo do trabalho. Por outro lado, evidenciaram-se baixos níveis de satisfação com a qualidade da gerência e com os fatores organizacionais pesquisados - em especial, o modo como os conflitos são resolvidos na organização e a maneira como as mudanças e inovações são implementadas na empresa - corroborando com teses de que a modernização em voga no país compreende um processo que, ainda hoje, pode ser definido como de modernização conservadora

Confirmação da adoção de uma lógica de via de mão dupla, em que os traços de modernidade e os ganhos em termos de trabalhos mais satisfatórios vêm acompanhados por um grau de exigência muito maior de seus trabalhadores Em suma, pelo conjunto de dados obtidos é possível concluir que as organizações têm demandado, de forma significativa, um elenco de competências cada vez mais abrangente e sofisticado. Concomitantemente, observa-se um movimento das organizações no fomento a climas organizacionais que estimulem a modernidade. Nesse sentido, fica a expectativa que desses movimentos resultem massa crítica indispensável a um salto qualitativo na direção de uma maior modernidade política e das práticas de gestão de pessoas, capazes de propiciar ambientes de trabalho efetivamente mais participativos, autônomos e satisfatórios CONCLUSÕES DO ESTUDO