LETRAMENTO Hoje já não é mais suficiente para responder adequadamente às demandas contemporâneas. É preciso ir além da simples aquisição do código lingüístico, é necessário fazer uso da leitura e da escrita no cotidiano, apropriando-se da função social dessas duas práticas, isto significa que é preciso que o sujeito seja letrado. O termo letramento vem da língua inglesa, da versão para o português da palavra literacy, que significa estado ou condição de quem não apenas sabe ler e escrever, mas cultiva e exerce práticas sociais que usam a escrita. Isto significa não apenas dominar a tecnologia da escrita, mas também fazer uso dela em seu dia-a-dia.

Podemos considerar o conceito de letramento como um processo sociointeracionista de apropriação da escrita como tecnologia e como processo discursivo de produção e leitura textuais Alfabetização é a ação de ensinar/aprender a ler e escrever, portanto uma pessoa considerada alfabetizada é aquela que domina a tecnologia de decodificação língua, mas não é, necessariamente, leitora. Letramento é o envolvimento do sujeito em práticas de leitura e escrita que circulam na sociedade em que vive: saber ler jornais, revistas, livros; ler e interpretar tabelas, quadros, formulários, contas de água, luz e telefone; redigir cartas, bilhetes, telegramas, formulários e requerimentos sem dificuldades

COMPROMISSO DE TODAS AS ÁREAS” “LER E ESCREVER COMPROMISSO DE TODAS AS ÁREAS” Ler e escrever são tarefas da escola, questões de todas as áreas, uma vez que são habilidades indispensáveis para a formação de um estudante. LINGUA ESTRANGEIRA:O autor sugere a adoção da chamada abordagem dos 4 Cs na educação de crianças: confiança, competências, chances e cuidados. Implicações para o ensino da leitura em língua estrangeira: visão holística (compreensão global do texto, organização de idéias, uso do vocabulário etc).

EDUCAÇÃO FÍSICA: Ler e escrever também com o corpo em movimento (Clézio J. S. Gonçalves)   Ferreiro resume os movimentos em “gestos de leitura”, provando que o corpo ocupa um lugar no conhecimento escolar, assim como, Foucault nos alerta para os efeitos de disciplinação do corpo por meio das relações de poder numa sociedade, incluindo-se aí a escola. E o que tudo isto tem a ver com a construção da linguagem escrita e falada na escola? O nosso cérebro desenvolve suas sinapses através das interações com o meio, e estas acontecem mediadas pelas nossas estruturas corporais/orgânicas, possibilitando através destas interações, a construção de novas abstrações.

MATEMÁTICA: Ler, escrever e compreender a matemática, ao invés de tropeçar nos símbolos (Renita Klüsener) Analfabetismo Matemático (Corbalán, 1997): Significa conhecer e distinguir os números e talvez as quatro operações aritméticas, mas se incapaz de uma análise crítica ou de tirar conclusões a partir das informações numéricas. Etnomatemática (D’Ambrosio, 1990): Educação matemática que personifica o valor e cultura da criança.

MATEMÁTICA: Leitura e escrita na matemática (Lúcia Helena Marques Carrasco) Alguns mitos que limitam a matemática ao ato mecânico de memorização (heranças do positivismo): - Só o conhecimento científico é verdadeiro e real; - A lógica e a linguagem da ciência têm total autonomia intelectual; A ciência visa atingir uma concepção mecanicista ou formalista de mundo; - O conhecimento deveser dividido em várias partes ou especialidades, tanto em seu desenvolvimento como em sua transmissão; - A razão é o fundamento do conhecimento científico.