FUNDAMENTO DA MORALIDADE, 1

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Governo do Estado do Espírito Santo
Advertisements

Deus é infinito e tem tudo
Filosofia grega Ethos : morada do homem.
“Cristianismo e Espiritismo”
RETROSPECTIVA Módulo I – Introdução ao Estudo do Espiritismo: contexto histórico; conceito; tríplice aspecto; Módulo II – A Codificação Espírita: Hydesville.
O QUE É ÉTICA?.
ÉTICA, MORAL E ENGENHARIA
01. A Origem do Universo (8 slides) 02. Filhos da nossa cultura, continuamos a pensar (8 slides) 03. As expressões eu creio que e sou da opinião que têm.
Estrutura moral especial
Serão os valores morais universais?
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Deus criou o homem para a felicidade,
Definição clássica: “Lei é a ordenação da razão ao bem comum,
A actividade moral é algo muito complexo.
O cristão não só crê, senão que vive.
A Ética Religiosa.
A história da humanidade é a do amor de Deus ao homem. Criado
CCE 1796: “A consciência moral é um juízo da razão pelo
Veritatis splendor 33: “Paralelamente à exaltação da liberdade,
No Baptismo comunica-se uma nova vida:
Curso Direito à Memória e à Verdade
Actos livres A actividade moral é algo muito complexo.
ÉTICA E MORAL.
Currículo para Escola de Evangelização Espírita Infanto - Juvenil
= A Revelação sobrenatural
Fim último Deus criou o homem para a felicidade,
Lei moral Definição clássica: “Lei é a ordenação da razão ao bem comum, promulgada por quem tem o cuidado da comunidade”. Desta definição derivam as qualidades.
Liberdade humana Veritatis splendor 33: “Paralelamente à exaltação da liberdade, e paradoxal- mente em contraste com ela, a cultura moderna põe radicalmente.
Consciência moral CCE 1796: “A consciência moral é um juízo da razão pelo qual a pessoa humana reconhece a qualidade moral de um acto concreto que pensa.
Virtudes No Baptismo comunica-se uma nova vida:
ETEC – BARUERI ÉTICA, MORAL E DIREITO NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS E OS CRITÉRIOS DE IMAGEM PESSOAL ORGANIZACIONAL.
O QUE É ÉTICA? Ética vem do grego ethiké, e que abarca dois ramos de definição. Filosoficamente quer dizer costume (um bom costume). O verbete ethíké.
A filosofia está na história e tem uma história!
DEUS CRISTO HOMEM IGREJA LIBERDADE
Documento de Aparecida
Frutos da Redenção A vontade salvífica universal de Deus centra-se em
OBJETO DA ÉTICA Nas relações cotidianas dos indivíduos entre si surgem continuamente problemas. Ex: Devo ou não devo falar a verdade! Desta forma faz se.
OS DEZ MANDAMENTOS, CAMINHO DE AMOR E LIBERDADE
JESUS CRISTO REI DO UNIVERSO.
Brasília – 409 sul
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Educação Cristã vs Relativismo
“Deus não sente amor, Deus não tem amor, Ele é amor, essa é a sua natureza, a sua essência”
O estudo das Doutrinas Bíblicas
Pecado A história da humanidade é a história do amor de Deus ao homem. Criado à imagem e semelhança de Deus, o homem rebelou-se contra Ele. Mas “tanto.
Marta/2007.    (Emmanuel: Emmanuel,cap. 15) Allan Kardec:A Gênese, I/1.
Escola Permanente de Formação Ministério de Formação
O que é a ética. A teoria subjectivista PARTE II
Elevação e queda CIC 375: O primeiro homem foi
Profª Karina Oliveira Bezerra
UMA ÉTICA DEONTOLÓGICA
Noção O cristão não crê apenas, mas também vive. Teologia Dogmática
A verdadeira moral Zomba da Moral (Pascal)
A TEORIA ÉTICA UTILITARISTA DE MILL
ÉTICA GERAL Profª. Ms. Lissandra Lopes Coelho Rocha.
DEUS CRISTO HOMEM IGREJA A SALVAÇÃO DE DEUS: A LEI E A GRAÇA
LIÇÃO 13 A IGREJA E A LEI DE DEUS
Doutrinas Éticas Conceito de Doutrina: Conjunto de princípios que servem de base a um sistema político, religioso, econômico, filosófico, científico, entre.
Ética Kantiana.
Ética.
O CAMPO DA RELIGIÃO Prof. Helder Salvador. É só com a filosofia moderna que se começa tratar a religião, e com isto também a fé cristã, filosoficamente,
A TEORIA ÉTICA DE KANT UMA ÉTICA DEONTOLÓGICA
A FUNDAMENTAÇÃO METAFÍSICA DOS COSTUMES. O Homem deve também acreditar no Homem Boa ideia…! Assim já posso ir de férias.
A vocação do cristão 37 CARAVAGGIO A vocação de São Mateus Capela Contarelli São Luís de França, Roma.
DIGNIDADE E DIREITOS DA PESSOA, 1 O ser humano tem a dignidade de pessoa, desde a sua concepção até à sua morte (cfr. CCE 357 y Evangelium vitae (1995)
01.Moral 01 – Introdução (8 slides) 10. Moral 10 – Conversão (8 slides) 02.Moral 02 – Fundamento da Moralidade (8 slides) 03. Moral 03 – Fim último (9.
01.Moral 01 – Introdução (8 slides) 10. Moral 10 – Conversão (8 slides) 02.Moral 02 – Fundamento da Moralidade (8 slides) 03. Moral 03 – Fim último (9.
Índice: 01. Desígnio de Deus (15 slides) 02. Obscurecimento actual (16 slides) 03. Identidade do matrimónio (23 slides) 04. Fins do matrimónio (13 slides)
02 – Moral – Fundamento da Moralidade
Transcrição da apresentação:

FUNDAMENTO DA MORALIDADE, 1 MF 8 de 97 FUNDAMENTO DA MORALIDADE, 1 Poderia haver uma ética não religiosa baseada numa concepção racional da dignidade da pessoa humana. Mas é difícil fundamentar valores universais válidos para todos os povos e que todos se sintam obrigados a praticá-los, sem recorrer a Deus. Pío XI não aceitou as tentativas de separar a moral da religião (nazismo) Pío XII: “Quando temerariamente se nega Deus, todo o princípio de moralidade fica a oscilar e perece, a voz da natureza cala-se ou pelo menos debilita-se paulatinamente” (Summi pontificatus 21). João XXIII: “A base dos preceitos morais é Deus. Se se nega a ideia de Deus, tais preceitos necessariamente se desintegram por completo” (Mater et magistra 208).

FUNDAMENTO DA MORALIDADE, 2 MF 9 de 97 O homem distingue-se dos outros animais porque pensa, é social e deve viver eticamente. Sendo um ser inteligente e livre, deve orientar os seus actos de modo racional, com pleno uso da sua inteligência e da sua liberdade responsável. Quando se considera que as normas morais estão impostas por agentes externos (família, sociedade, Estado, Religião, etc.) e ti- ram assim a liberdade, então ou se nega a ciência moral, ou se propõe uma doutrina ética que faz depender o juízo moral das circunstâncias, do fim que se tem ao actuar, das consequên- cias que advêm da acção, dos costumes de cada sociedade ou das valorações sociais de cada época histórica.

FUNDAMENTO DA MORALIDADE, 3 MF 10 de 97 FUNDAMENTO DA MORALIDADE, 3 Existe uma íntima relação entre Ética e Antropologia: a conduta que se proponha e exija ao homem depende do conceito que se tenha dele. Antropologia cristã: 1 O homem reflecte no seu próprio ser a “imagem” de Deus (criação). Tem de actuar em conformidade com esta dignidade. Novidade da graça baptismal: faz-nos filhos de Deus no Filho, participantes da natureza divina, identifi- ca-nos com Cristo. Por isso devemos actuar como Cristo actuou, seguir os seus passos. 2

FUNDAMENTO DA MORALIDADE, 4 MF 11 de 97 Outras características da antropologia cristã: Unidade da pessoa: o homem é pessoa na unidade de corpo e espírito. “A sua união constitui uma única na- tureza” (CCE 365). a A natureza humana foi ferida pelo pecado original. “Ignorar que o homem possui uma natureza ferida, inclinada para o mal, dá lugar a graves erros no domínio da educação, da política, da acção social e dos costumes“ (CCE 407). b O homem foi redimido e elevado à vida divina. A adopção filial torna o homem “capaz de actuar recta- mente e de praticar o bem. (...) O discípulo alcança a perfeição da caridade, a santidade. A vida moral, ama- durecida na graça, culmina em vida eterna” (CCE 1709). c

FUNDAMENTO DA MORALIDADE, 5 MF 12 de 97 FUNDAMENTO DA MORALIDADE, 5 Noções mestras da Moral Fundamental A liberdade: sem ela as acções não seriam ”morais”, pois não se poderiam imputar à pessoa. A consciência: ao modo como a razão elabora juízos teóricos sobre se algo é verdadeiro ou errado, de modo semelhante, a consciência emite “juízos práticos” acerca da bondade ou malícia de um acto. A norma moral: o cristão deve orientar a sua conduta em ordem a cumprir as normas morais que Deus ditou à huma- nidade (desde o Decálogo até ao mandamento novo do amor). A Moral tem que harmonizar libertade-consciência-norma.

FUNDAMENTO DA MORALIDADE, 6 MF 13 de 97 Para julgar da bondade ou malícia dos actos humanos há-de considerar-se, simultaneamente, um triplo critério: 1. A objectividade da acção que se realiza ou se omite; 2. O fim que persegue o sujeito ao actuar; 3. As condições em que se leva a cabo a acção ou as circunstâncias em que se encontra o sujeito. O objecto, o fim e as circunstâncias constituem-se em “fontes” da moralidade dos actos humanos.

FUNDAMENTO DA MORALIDADE, 7 MF 14 de 97 “Em qualquer campo da vida pes- soal, familiar, social e política, a moral, que se baseia na verdade e que através dela se abre à autêntica liberdade, oferece um serviço origi- nal insubstituível e de enorme valor, não só para a pessoa e para o seu crescimento no bem, mas também para a sociedade e seu verdadeiro desenvol- vimento” (Veritatis splendor 101).