AGROBIOTECNOLOGIA: MULTIPLICAÇÃO IN VITRO

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AGROBIOTECNOLOGIA: MULTIPLICAÇÃO IN VITRO . AGROBIOTECNOLOGIA: MULTIPLICAÇÃO IN VITRO E DOSEAMENTO DE SUSPENSÕES CELULARES NA CULTURA DE TECIDOS VEGETAIS . (PUIC) Ciências A grárias Gilmar Pezzopane Plá, Elisa Sorato Catâneo, Ismael Tonetto e Eulinor Pereira da Silva ( PUIC Continuado). Curso de Agronomia – Campus Tubarão. Introdução A aplicação da cultura de tecidos vegetais in vitro para a multiplicação e produção de mudas a partir de explantes vegetativos, representa um enorme potencial a ser explorado. Assim, o desenvolvimento de mudas de plantas, como as medicinais, que tenham capacidade de produzir quantidades adequadas de princípios ativos para aplicação na área da fitoterapia tradicional ou na produção de derivados como tinturas, extratos líquidos e extratos secos para utilização na produção de medicamentos fitoterápicos pela industria farmacêutica, é um espaço científico pouco explorado. Com a grande biodiversidade de plantas que a região sul de Santa Catarina possui existe a necessidade de explorarmos estas potencialidades, criando bancos de mudas que possam produzir matéria prima vegetal de qualidade aceitável no mercado nacional e internacional. Portanto, a continuidade dos trabalhos desenvolvidos nos dois últimos anos nesta área são muito importantes para a consolidação da área biotecnológica, mais especificamente no cultivo in vitro de espécies frutíferas, ornamentais e medicinais no curso de Agronomia da UNISUL. Para intensificar e diversificar os trabalhos de pesquisa na área de Agrobiotecnologia, estamos partindo para o estudo do doseamento de princípio ativos de determinadas plantas medicinais utilizadas em projetos desenvolvidos nos PUIC-individuais. Objetivo Proporcionar aos alunos o conhecimento das possibilidades de utilização e manipulação de espécies vegetais, trabalhando-se a técnica do cultivo in vitro de plantas.   Metodologia Os ensaios foram realizados Laboratório de Produção Vegetal no Centro Tecnológico – CENTEC, da Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. Foram utilizados como explantes segmentos nodais e apicais (1cm) das plantas de melissa . # Isolamento:  Após a desinfecção, as gemas foram inoculadas individualmente em tubos de ensaio (20 x150mm), contendo meio MS (Sigma Co., USA) (MURASHIGE & SKOOG, 1962), suplementado com 3% de sacarose e solidificado com 0,2% de Phytagel™ (Sigma Co., USA), adicionado ou não de 0,3% de carvão ativo. Todos os meios de cultura tiveram seu pH ajustado para 5,8 e serão auto-clavados por 30 minutos a 1.1 kgf/cm² e temperatura de 25º C. # Ambiente de cultivo:  As culturas foram mantidas em sala de crescimento apropriada, a temperatura de 25ºC +/- 2ºC, sob fotoperíodo de 16 horas, providos por lâmpadas fluorescentes Phillips TDL com intensidade luminosa de 22.3μmol.mֿ¹.sֿ¹, e umidade relativa em torno de 70%. # Multiplicação in vitro:  Os segmentos nodais resultantes das brotações das gemas isoladas, e contendo 2 gemas axilares, foram subculturados no meio de cultura (MS, 1/2MS e 1/3 MS), bem como variando o pH nos valores de 4.0, 4.5, 5.5, 6.5 e 7.0. # Doseamento do principio ativo  As plantas de melissa após o isolamento e multiplicação, com 90 dias de cultura in vitro foram avaliadas quanto ao número de folhas e de raízes, comprimento do caule e de raízes, medidos com um paquímetro manual. A determinação da biomassa seca foi realizada com a pesagem das partes da planta que permanecerão em estufa por 48 horas a 70 Cº. Cada unidade experimental foi constituída de 10 plantas e cinco repetições. Para os experimentos de desenvolvimento das plantas, foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado. Para o doseamento dos derivados do ácido rosmaríco foram utilizadas amostras (folhas) de todos os tratamentos em questão. A análise foi realizada por cromatografia líquida de alta eficiência ou espectrofotometria UV-Vis (CLAE), no Centro Tecnológico da UNISUL – CENTEC. Os resultados do doseamento foram cruzados com os dados de pH e nutrientes (meios) com o objetivo de avaliar as melhores características para o desenvolvimento das plantas associado a performance de produção de princípios ativos. Resultados As análises mostraram que o tratamento com o meio MS/2 foi o que proporcionou a maior produção de derivados do ácido rosmaríco entre os tratamentos estudados, tendo em média 0.244%. Já, o tratamento com o meio MS/3 resultou na menor produção de ácido rosmaríco, ficando com média de 0.128%. O meio MS padrão proporcionou uma produção de ácido rosmarínico médio de 0,169%. Em relação ao pH (no meio ½ de MS) as análises mostraram que o tratamento com o pH 4.0 foi o que proporcionou a maior produção de ácido rosmaríco entre os tratamentos estudados, tendo em média 0.385%. Já, o tratamento com o pH 7.0 resultou na menor produção de ácido rosmaríco, ficando com média de 0.90%. Observou-se que conforme o pH se direcionava a neutralidade, menor foi a produção de ácido rosmaríco, sendo que, para o tratamento com pH 5.5 a porcentagem de ácido rosmaríco foi 0.240% e quando o pH foi ajustado para 6.5 essa porcentagem caiu para 0.120%, mostrando que existe uma forte relação entre esses fatores. Gráfico 1- Relação teores de derivados do ácido rosmarico com o meio de cultura e o pH utilizado Conclusões As análises mostraram que o tratamento com o meio MS/2 foi o que proporcionou a maior produção de ácido rosmaríco entre os tratamentos estudados.   Observou-se que conforme o pH se direcionava a neutralidade, menor foi a produção de ácido rosmaríco, sendo que, para o tratamento com pH 5.5 a porcentagem de ácido rosmaríco foi a maior. Os resultados obtidos, sugerem que o ensaio realizado seja repetido em condições de campo, para verificar se a interação entre pH e produção de ácido rosmaríco se mantém. Bibliografia  CORRÊA JUNIOR, C., MING, L.C.; SCHEFFER, M.C. 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