Clube de Revista Fatores de Risco para o Desenvolvimento de Apnéia Após Imunização na Unidade de Cuidado Intensivo Neonatal Andresa Melo Camila Farias.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
RN DE ALTO RISCO É aquele RN que independente da idade gestacional ou peso ao nascer tem maior chance de adoecer ou morrer devido a condições ou circunstâncias.
Advertisements

Intramuscular Midazolam vs Intravenous Diazepam for Acute Seizures
Hipercalemia não oligúrica nos neonatos: um estudo caso controle Non-oliguric Hypercalemia in neonates: A case controlled study Yaseen H United Arab Emirates.
Escola Superior de Ciências da Saúde– ESCS
Fatores de risco para anemia neonatal em placenta prévia
Impacto de Mudanças de Estilo de Vida e uso de Metformina nos fatores de risco cardiovasculares Felipe Antunes e Silva de Souza Lopes Muniz.
Sepse e neutropenia nos recém-nascidos de muito baixo peso de mães com pré-eclâmpsia Sepsis and Neutropenia in Very Low Birth Weight Infants Delivered.
CLUBE DE REVISTA Pedro C. Brandão Roberta T. Tallarico
Fatores prognósticos e sobrevida em recém-nascidos com hérnia diafragmática congênita(HDC) Prognostic factors and survival in neonates with congenital.
Apresentadora: Ana Virginia Lopes de Sousa UTI NEONATAL – HRAS/SES/DF
Luiz Alberto de Sousa Cunha Machado Pedro Carvalho Brandão
Crapetti MG, Lanari M et al
Coordenação: Paulo R. Margotto
Desenvolvimento neurológico de prematuros com insuficiência respiratória grave descrito em estudo randomizado de Óxido Nítrico Inalatório Hintz SR et.
Acta Pædiatrica/Acta Pædiatrica , pp. 1131–1134 ml donneborg, kb knudsen, f ebbesen Apresentação: Thales R.Teixeira Taveira, Vinicio N. Nascimento.
Internato 6º ano – Pediatria –2009
HEMORRAGIA INTRAVENTRICULAR NO RN PRÉ-TERMO
HEMORRAGIA INTRAVENTRICULAR NO RN PRÉ-TERMO
prático no cuidado do transporte do recém-nascido
Influência da idade gestacional na morte e neurodesenvolvimento em prematuros com severa hemorragia intracraniana Influence of gestational age on death.
MJ Sheffield, DK Lambert, E Henry and RD Christensen
Roberta Iglesias Bonfim Candelária R4 Medicina Intensiva Pediátrica/HRAS/HMIB/SES/DF Coordenação: Alexandre Serafim Brasília,
Escola Superior de Ciências da Saúde ESCS/FEPECS/SES-DF
Convulsões no recém-nascido de extremo baixo peso são associadas com
INDICADORES DE SAÚDE.
OS EFEITOS DO BARULHO EM RN PRÉ-TERMOS NA UTI NEONATAL
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva - UFMA
Refluxo Gastroesofágico aumenta o número de apnéias nos prematuros extremos Gastro-oesophageal reflux increases the number of apnoeas in very preterm infants.
Fatores associados à presença de sucção não-nutritiva em neonatos
Clube de Revista Internos: Marcelo O. Prata Nícolas Cayres Coordenador:Paulo R. Margotto Escola Superior de Ciências da Saúde/SES/DF.
Ana Paula d´Oliveira Gheti Kao Zelita Caldeira Ferreira Guedes
Pediatrics 2015 (january);135:e
Daniel G Lichtenthäler (R4) Orientador: Marcos D Saraiva
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva - UFMA
Posição do recém-nascido na Unidade de Cuidado Intensivo para a punção
Apresentação: Débora Matias-R3 UTI Pediátrica-HRAS/HMIB
Pré-eclâmpsia é um fator independente para perfuração intestinal espontânea nos recém-nascidos muito pré-termos Preeclampsia is an independent risk factor.
Infecção neonatal e neurodesenvolvimento em recém-nascidos muito pré-termo aos 5 anos de idade Neonatal Infection and 5-year Neurodevelopmental Outcome.
CONDUTA EXPECTANTE NO PNEUMOTÓRAX EM NEONATOS SOB VENTILAÇÃO
Eficácia do sulfato de magnésio no tratamento inicial da asma aguda grave em crianças, realizado em um Hospital Universitário de nível terciário. Um estudo.
Renata Rodrigues de Araújo Neves
Morbidade Neonatal e Patologia Placentária
Alvos de saturação de oxigênio em recém-nascidos pré-termos extremos
Antenatal Corticosteroids Promote Survival of Extremely Preterm Infants Born at 22 to 23 Weeks of Gestation Rintaro Mori, MD, PhD, Satoshi Kusuda, MD,
Fatores maternos e neonatais associados com baixo ganho de peso precoce e   retinopatia tardia da prematuridade Maternal and neonatal factors associated.
A epidemiologia da doença pulmonar crônica atípica nos recém-nascidos de extremo baixo peso (The epidemiology of atypical chronic lung disease in extremely.
Encontro em Fortaleza, 26 de março de 2015
Early amino acids and the metabolic response of ELBW infants (≤1000g) in three time periods PG Radmacher, SL Lewis and DH Adamkin Journal of Perinatology.
“Exposição à hiperoxia leva à morte celular no desenvolvimento cerebral” Hyperoxic exposure leads to cell death in the developing brain Uluc Yis a,*,
Introdução Aleitamento materno tem mostrado melhora do desenvolvimento neuropsicomotor(DNPM), redução da incidência de gastroenterites infecciosas e menor.
Orientadora: Dra Aline Thomaz Editorial: Dr Antonio Barreto Filho
Profª Gilmara Michel Turma 301
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA MESTRADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE SAÚDE PERINATAL PROF. DR. RICARDO GURGEL MESTRANDOS:
Clube de Revista Thiago Almendra Orientador: Dr. Paulo Roberto Margotto Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF.
Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF
Momento Científico 22/05/2014 Renata Borges Facury Arroyo
(quando usar?Quando suspender? Riscos!)
Escola Superior de Ciências da Saúde Internato-6a Série – (Neonatologia) - HRAS/HMIB/SES/DF Apresentação: Ana Luíza Diogo, Gabriela Berigo, Laise Valverde.
de gestação Apresentação: Gabriela Figueiredo Melara
Escola Superior de Ciências da Saúde - ESCS
Monografia apresentada como requisito para conclusão da Residência Médica em Pediatria Geral Estudo descritivo e coorte histórica de um surto de Candida.
XV Jornada Científica dos Médicos Residentes do HRAS/HMIB
Hyperglycemia and morbidity and mortality in extremely low birth weight infants Journal of Perinatology 2006;26: Kao LS et al Apresentação: Renata.
Efeito dos agentes anestésicos administrados às mães nos níveis transcutâneos de bilirrubina nos neonatos Effect of anaesthetic agents administered to.
contagem de plaquetas ≥ µ/l-1
Estudo clínico comparativo das convulsões neonatais entre recém-nascidos pré-termo e termo (Comparative clinical study preterm and full- term newborn neonatal.
Débora Cristiny e Roberta Rassi- R3 Neonatolgia Coordenação: Joseleide de Castro,Paulo R. Margotto Brasília 21 de setembro de 2011 A ventilação mecânica.
Obstetrics and Gynecology2008 (september);112(3):516-23
Isabel Paz Joaquim Bezerra Lucas Queiroz Dr. Paulo R. Margotto Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS) Internato 2010 Pediatria - HRAS/SES/DF
Transcrição da apresentação:

Clube de Revista Fatores de Risco para o Desenvolvimento de Apnéia Após Imunização na Unidade de Cuidado Intensivo Neonatal Andresa Melo Camila Farias Luisa Ciucci Coordenação: Paulo R. Margotto Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS)/SES/DF 18/3/2008

Introdução Imunização dos prematuros após 2 meses Apnéia pré-imunização e morbidades cardiorrespiratórias Dtp: 12% Dtp + Hib:17%- 20% Dtp + Salk + HBV + Hib: 30%

Objetivo Investigar os fatores de risco para desenvolvimento de apnéia pós-imunização em recém-nascidos (RN) internados em UTI sem história prévia de apnéia.

Métodos Base de dados: Unidade de Cuidados Intensivos Neonatal do Northern California Kaiser Permanente Medical Care Program Coorte retrospectivo (análise de prontuário) Período: 01/01/97 – 31/12/03 Critérios de inclusão: ≥ 53 dias , RN ≥1 vacina Critério de exclusão: Causas identificadas de apnéia

SNAP II Máximo número de pontos: 115 (alta severidade) Consultem: Escore de Avaliação da Severidade da Doença Neonatal SNAP II e SNAP-II-PE Autor(es): Dr. Paulo R. Margotto

Métodos Eventos cardiorrespiratórios: Métodos estatísticos: Apnéia: parada de respiração ≥ 20”- leve , moderada, grave. Bradicardia: frequência cardíaca.≤ 100 bpm, ≥ 20”- moderada < 40 bpm Dessaturação ≤ 88%- moderada < 60% Métodos estatísticos: Análise bivariada: ², t student Análise multivariada: regressão logística

Resultados 16.146 RN Critérios de inclusão 557 RN ≥ 1 vacina 60 excluídos 497 RN Critérios completos

Resultados

Resultados

Resultados

Resultados

Discussão Fatores de risco para apnéia 48 horas após a imunização nos RN com apnéia pré-imunização Apnéia pré-imunização (maior risco: odds ratio de 25,5);os RN com mais de 1 episódio de apnéia 24 horas antes da imunização eram mais prováveis de desenvolver apnéia pós-imunização em relação aos que tiveram apenas 1 episódio) Idade < 67 dias (odds ratio de 2,2) SNAP II: quanto pior o grau de gravidade, maior o risco (Odds ratio de 3,4)

Discussão Fatores de risco para apnéia 48 horas após a imunização nos RN SEM APNÉIA PRÉ-IMUNIZAÇÃO: SNAP II >10: odds ratio de 4,2 Peso <2000g:odds ratio de 2,3) Idade <67 dias:odds ratio de 2,3) É provável que estes RN apresentem apnéia em casa, uma vez que estes fatores podem não atrasar a alta hospitalar destes RN, DEVENDO SER CONSIDERADO NESTES RN A MONITORIZAÇÃO CARDIOPULMONAR APÓS A IMUNIZAÇÃO

Discussão Bradicardia e desaturação pré-imunização não aumentam o risco; Viés: Apnéia pode não ter relação direta com a imunização (PODE ESTAR RELACIONADA A UMA RESPOSTA INFLAMATÓRIA GERAL.Pourcyrous et al relataram relação temporal entre vacinação de prematuros e aumento da interleucina-6 proteína C reativa). (Pourcyrous M, Korones SB, Crouse D, Bada HS. Interleukin-6, C-reactive protein, and abnormal cardiorespiratory responses to immunization in premature infants. Pediatrics.1998; 101 (3). Available at: www.pediatrics.org/cgi/content/full/101/3/e3) Amostra viciada; O estudo baseou-se em anotações feitas por enfermeiras; Curto período de observação.

Conclusão Fator de risco mais importante em apnéia pós-imunização é a presença de apnéia pré-imunização (24h); Outros fatores de risco: doença grave ao nascimento, idade e baixo peso; Recomendação: observar os recém-nascidos até 48h após a vacinação, principalmente naqueles RN que não apresentam apnéia 24 horas antes, pois estes, já estão monitorizados na Unidade de Cuidados Intensivo.

Referências do artigo: Saari TN. Immunization of preterm and low birth weight infants: American Academy of Pediatrics, Committee on Infectious Diseases. Pediatrics.2003; 112 (1):193 –198[Abstract/Free Full Text] Botham SJ, Isaacs D. Incidence of apnoea and bradycardia in preterm infants following triple antigen immunization. J Paediatr Child Health.1994; 30 (6):533 –535[ISI][Medline] Botham SJ, Isaacs D, Henderson-Smart DJ. Incidence of apnoea and bradycardia in preterm infants following DTPw and Hib immunization: a prospective study. J Paediatr Child Health.1997; 33 (5):418 –421[ISI][Medline] Pfister RE, Aeschbach V, Niksic-Stuber V, Martin BC, Siegrist CA. Safety of DTaP-based combined immunization in very-low-birth-weight premature infants: frequent but mostly benign cardiorespiratory events. J Pediatr.2004; 145 (1):58 –66[CrossRef][ISI][Medline] Sanchez PJ, Laptook AR, Fisher L, Sumner J, Risser RC, Perlman JM. Apnea after immunization of preterm infants. J Pediatr.1997; 130 (5):746 –751[ISI][Medline]

Sen S, Cloete Y, Hassan K, Buss P Sen S, Cloete Y, Hassan K, Buss P. Adverse events following vaccination in premature infants. Acta Paediatr.2001; 90 (8):916 –920[CrossRef][Medline] Slack MH, Schapira C, Thwaites RJ, Andrews N, Schapira D. Acellular pertussis and meningococcal C vaccines: cardio-respiratory events in preterm infants. Eur J Pediatr.2003; 162 (6):436 –437[ISI][Medline] Slack MH, Schapira D. Severe apnoeas following immunisation in premature infants. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed.1999; 81 (1):F67 –F68[Abstract/Free Full Text] Pourcyrous M, Korones SB, Crouse D, Bada HS. Interleukin-6, C-reactive protein, and abnormal cardiorespiratory responses to immunization in premature infants. Pediatrics.1998; 101 (3). Available at: www.pediatrics.org/cgi/content/full/101/3/e3 Faldella G, Galletti S, Corvaglia L, Ancora G, Alessandroni R. Safety of DTaP-IPV-HIb-HBV hexavalent vaccine in very premature infants. Vaccine.2007; 25 (6):1036 –1042[CrossRef][Medline] Escobar GJ, Fischer A, Kremers R, Usatin MS, Macedo AM, Gardner MN. Rapid retrieval of neonatal outcomes data: the Kaiser Permanente Neonatal Minimum Data Set. Qual Manag Health Care.1997; 5 (4):19 –33[Medline]

Richardson DK, Corcoran JD, Escobar GJ, Lee SK Richardson DK, Corcoran JD, Escobar GJ, Lee SK. SNAP-II and SNAPPE-II: simplified newborn illness severity and mortality risk scores. J Pediatr.2001; 138 (1):92 –100[CrossRef][ISI][Medline] Zupancic JA, Richardson DK, Horbar JD, Carpenter JH, Lee SK, Escobar GJ. Revalidation of the Score for Neonatal Acute Physiology in the Vermont Oxford Network. Pediatrics.2007; 119 (1). Available at: www.pediatrics.org/cgi/content/full/119/1/e156 Render ML, Kim HM, Welsh DE, et al. Automated intensive care unit risk adjustment: results from a national Veterans Affairs study. Crit Care Med.2003; 31 (6):1638 –1646[CrossRef][ISI][Medline] Fine PE, Chen RT. Confounding in studies of adverse reactions to vaccines. Am J Epidemiol.1992; 136 (2):121 –135[Abstract/Free Full Text] Virtanen M, Peltola H, Paunio M, Heinonen OP. Day-to-day reactogenicity and the healthy vaccinee effect of measles-mumps-rubella vaccination. Pediatrics.2000; 106 (5):e62[Abstract/Free Full Text]

ABSTRACT   OBJECTIVES. Among hospitalized NICU infants, preimmunization apnea is a well-recognized predictor of postimmunization apnea. However, predictors for postimmunization apnea among NICU infants without preimmunization apnea have not been investigated. METHODS. Using a large NICU database in the Northern California Kaiser Permanente Medical Care Program, we abstracted NICU charts of infants who were hospitalized for 53 days and who were also immunized, capturing preimmunization (24 hours before immunization) and postimmunization (48 hours after immunization) events. We assessed factors associated with postimmunization apnea by using multivariate logistic regression. RESULTS. Of 16 146 infants admitted to the NICU, 557 received 1 vaccine and 497 met the criteria for study entry. All infants with preimmunization apnea (n = 27) and all except 3 infants with postimmunization apnea (n = 65) had gestational ages of <31 weeks. Multivariate analyses revealed preimmunization apnea as the most important predictor of postimmunization apnea, although higher 12-hour Score for Neonatal Acute Physiology II and age of <67 days (mean cohort age) were also associated. Multivariate analysis exclusively among infants without preimmunization apnea similarly found elevated Score for Neonatal Acute Physiology II, age of <67 days, and weight of <2000 g to be associated with postimmunization apnea. Forty-nine infants without preimmunization apnea and with 1 apnea predictor were discharged within 48 hours after immunization; 2 were subsequently readmitted because of apnea. CONCLUSIONS. For infants in the NICU without apnea during the 24 hours immediately before immunization, younger age, smaller size, and more severe illness at birth are important predictors of postimmunization apnea.

NOTA:Dr. Paulo R. Margotto Na avaliação da Severidade Clínica do RN sob assistência ventilatória na Unidade de Neonatologia do HRAS, usamos O CRIB (Critical Risk Index for Babies). Consultem: -Aplicação do escore crib para avaliar o risco de mortalidade neonatal. Autor(es): Ana Lúcia F. Sarquis, Mitsuru Miyabi, Mônica N. L. Cat -Escore de Avaliação da Severidade da Doença Neonatal SNAP II e SNAP-II-PE Autor(es): Dr. Paulo R. Margotto Avaliação da severidade clínica do recém-nascido sob assistência respiratória/escore predictivo de morbimortalidade Autor(es): Paulo R. Margotto

OBRIGADA! Dr. Paulo R. Margotto; Ddas Luisa, Camila e Andressa