Medicina II R Palma Reis

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Síndrome Nefrótico Síndrome NEFRÍTICO
Advertisements

CLASSIFICAÇÃO DA HIPERTENSÃO E ATUALIZAÇÃO TERAPÊUTICA
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
O Envelhecimento do SNC
Complicações e tratamento da hipertensão arterial.
Programa Educação Continuada C R E M E S P
HIPERTENSÃO E PRESSÃO ARTERIAL
INSUFICIENCIA CORONARIANA
HIPERTENSÃO ARTERIAL Medicina Interna José Pimenta da Graça
Hipertensão Arterial Designa-se por hipertensão arterial todas as situações em que se verificam valores de tensão arterial aumentados.
Prevenindo a Hipertensão
Tratamento ambulatorial da Hipertensão Arterial Sistêmica
Hipertensão na Infância (CRM)
Diabetes Mellitus Diabetes Mellitus.
CASO CLÍNICO CONGRESSO MINEIRO DE NEFROLOGIA 2009
CONGRESSO MINEIRO DE NEFROLOGIA APRESENTAÇÃO DE CASO CLÍNICO
HIPERTENSÃO ARTERIAL DEFINIÇÃO
DIABETES MELLITUS DEFINIÇÃO GRUPO DE DOENÇAS METABÓLICAS , COM
Dor torácica de origens cardíacas
Triagem para Formas Secundárias de Hipertensão
FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES
Crise Hipertensiva Enfª Renata Flavia
O que é a doença renal crónica?
Saúde e Exercício Físico
The New England Journal of Medicine (04 janeiro de 2001)
Tratamento anti-hipertensivo
Hipertensão Arterial Sistêmica
Hipertensão Arterial Sistêmica
Como controlar hipertensão arterial?
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA AGUDA
Ariane Borgonovo São José dos Pinhais, PR
Laurence Santana Vacaro
HAS no exercício e no atleta
Anahy Wilde R1 Medicina Esportiva HC-FMUSP
CARDIOPATIAS NO IDOSO José Ricardo.
HIPERTENSÃO.
ALEXANDRE BITTENCOURT PEDREIRA Disciplina de Nefrologia - HCFMUSP
Complicações e tratamento da hipertensão arterial.
HGEB Laurence Santana Vacaro
Prevenção Cardiovascular
Emergência Hipertensiva ?
HAS Tratamento Medicamentoso
Hipertensão arterial: riscos imediatos e tardios
Amanda Barros R1 Endocrinologia 07/05/13
Professora: Cíntia Fontes Alves
C.M. é uma mulher de 24 anos de idade com DM1 desde os 10 anos de idade, quando teve cetoacidose diabética. À época do diagnóstico, observou-se que a paciente.
Quais são as funções do rim?
Curso “Doenças Crônicas nas Redes de Atenção à Saúde”
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
PREVENÇÃO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA NA INFÂNCIA
CRISE HIPERTENSIVA Francisco Monteiro Júnior
1 U.S. Department of Health and Human Services National Institutes of Health National Heart, Lung, and Blood Institute Major Outcomes in High Risk Hypertensive.
Fibrilação Auricular - atualização para Medicina Geral e Familiar
Programa Nacional de Telessaúde Professora Rosália Morais Torres
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA.
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA.
CRISE HIPERTENSIVA HAS/PAS/PAD
Fábio Ribeiro Fulanetto 5° ano – Medicina 2011 Cirurgia Endócrina
Eclâmpsia Tarcisio Mota Coelho.
ANTIHIPERTENSIVOS.
ICC TRATAMENTO NÃO FARMACOLOGICO
EMERGÊNCIA HIPERTENSIVA
“CASO CLÍNICO” MONITORIA DE CLÍNICA MÉDICA
Programando o Atendimento das Pessoas com Diabetes Mellitus
HAS: Tratamento Medicamentoso. INÍCIO DO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO  As recomendações para o início do tratamento medicamentoso estão bem estabelecidas.
DISCUSSÃO DE CASO CLÍNICO 3 Monitoria de CM II 2010.
Sexta-Feira 15/11/13 9:00-9:10 SESSÃO DE ABERTURA 9:10-10:00 PROBLEMAS DA PRÁTICA CLÍNICA Moderação: José Carmona. 1-IMPORTÂNCIA DA CELERIDADE COM QUE.
V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão
CASOS CLÍNICOS Regras desta atividade científica:
Caso clínico de hipertensão...
Transcrição da apresentação:

Medicina II R Palma Reis HIPERTENSÃO ARTERIAL Medicina II R Palma Reis

HTA - Abordaremos Definição de HTA Prevalência e controlo da HTA em Portugal As repercussões por órgãos – alvo Causas de HTA Quando investigar o D. Hipertenso Como investigar o D. Hipertenso Quando tratar o D. Hipertenso Como tratar o D. Hipertenso

Prevalência de HTA por valor-limite

Definição de HTA Difícil pela variabilidade da PA de momento a momento HTA se PA > 140 / 90 mm Hg na média de 2 ou mais medições em 2 ou mais visitas Mais significativa – se há sofrimento nos órgãos - alvo

Prevalência, conhecimento & controlo da HTA em Portugal

Prevalência da Hipertensão em Portugal (PA > 140 / 90 mm Hg) Total 42,1 % Espiga Macedo et al, J Hypertension 2005

Hipertensão em Portugal Conhecimento, Tratamento e Controlo % - Total Idade Conhecimento Tratados Controlados Tratados Controlados Total 45,7(11,1) 39,9 (1,0) 11,2 (0,7) 28,6 (1,5) < 35 anos 12,1 (0,7) 5,2 (0,5) 2,0 (0,8) 37,5 (1,7) 35-64 y 44,6 (1,1) 36,5 (1,0) 13,0 (1,0) 35,6 (1,6) > 64 y 63,3 (1,0) 58,0 (1,1) 12,1 (1,2) 20,8 (1,4) Espiga Macedo et al, J Hypertension 2005

HTA REPERCUSSÕES nos ORGÃOS ALVO  Retina  Rim  Coração  Sistema Nervoso Central RRCN

HTA REPERCUSSÕES nos ORGÃOS ALVO Retina 1. Fundo normal: Artérias estreitadas 2. Cruzamentos arteriovenosos 3. Hemorragias/exsudados 4. Edema da papila

HTA REPERCUSSÕES nos ORGÃOS ALVO  Rim 1. Normal 2. Proteinúria persistente; infecções urinárias repetidas 3. Insuf. Renal compensada 4. Insuf. Renal descompensada

HTA REPERCUSSÕES nos ORGÃOS ALVO  Coração 1. Normal 2. HVE 3. S3; Enfarte do miocárdio antigo 4. Enfarte agudo do miocárdio

HTA REPERCUSSÕES nos ORGÃOS ALVO  Sistema Nervoso Central (SNC) 1. Normal 2. AVC sem sequelas; cefaleias 3. AVC com sequelas 4. AVC agudo

HTA REPERCUSSÕES nos ORGÃOS ALVO RRCN 2114 R-2: Retina 2. - Cruzamentos arteriovenosos R-1: Rim 1. - Normal C-1: Coração1. - Normal N 4: SNC4. - AVC agudo

Causas de HTA

Frequência das formas de hipertensão secundária Diagnósticos Rudnik e colab. Sinclair e colab. Anderson e col. HTA essencial 94.0 92.1 89.5 D. renal crónica 5.0 5.6 1.8 D. renovascular 0.2 0.7 3.3 S. Cushing 0.1 0.6 Contraceptivos orais 1.0 Hiperaldosteronismo primário 0.3 1.5 Feocromocitoma Coartação da aorta

Quando investigar um hipertenso Hipertensão inapropriada Início HTA >30 ou >50 anos Valores muito elevados (>180/110mm Hg) Grande repercussão nos O. Alvo (Grau>2) Clínica sugestiva Sopro abdominal Pulsos assimétricos Hipocaliémia História de surtos, tremores e sudorese Não controlo com terapêutica (e adesão)

Como investigar o D. Hipertenso A Todos Anamnese Fármacos Adesão à terapêutica Exame objectivo Pulsos Sopros Abdominais Órgãos- Alvo Exames complementares ECG; Rx Tótrax; Ecocardiograma; Labº: Hemograma, ureia, creat., glic, ionograma, colesterol total, Urina II

Como investigar o D. Hipertenso A Alguns – exames orientados Suspeita Ex. Iniciais Ex. Adicionais D Renal Ecografia Renal Renograma isotópico Biópsia renal HTA Renovas. Doppler art. Renais Arteriografia renal Aldosteron. 1º K plasmático baixo TAC supra-renais K urinário alto Cintigrafia de s-renais S. Cushing Cortisol plasmático TAC supra-renais pós dexametasona Cintigrafia de s-renais Feocromocitoma Metanefrinas Catecolaminas urin urinárias TAC Cintigrafia s-renais

Quando tratar o D. Hipertenso Medidas gerais – sempre Terapêutica farmacológica Depende do risco prévio

Estratificação – risco total ESH-ESC Guidelines for the Management of Hypertension. J Hypertens 2007; 25: 1105-87

HTA – Início da terapêutica

HTA – Objectivos da terapêutica Diminuir o risco cardiovascular total Reduzir a PA e controlar outros F. Risco PA deve ficar < 140 / 90 mm Hg Nos D. de alto risco PA < 130 / 80 mm Hg (Pós AVC, E Miocárdio, D renal, proteinúria) A terapêutica deve ser iniciada antes do desenvolvimento de lesão vascular ESH-ESC Guidelines for the Management of Hypertension. J Hypertens 2007; 25: 1105-87

Como tratar o Doente Hipertenso

TERAPÊUTICA NÃO FARMACOLÓGICA DA HIPERTENSÃO  CONTROLO DO SAL  CONTROLO DO PESO  EXERCÍCIO FÍSICO  CONTROLO DE OUTROS FACTORES DE RISCO

Dieta e HTA

A TERAPÊUTICA FARMACOLÓGICA DA HIPERTENSÃO  DIURÉTICOS  ß-BLOQUEANTES  BLOQ. CANAIS DE CÁLCIO  IECA  ANTAGONISTAS AII ESH-ESC Guidelines for the Management of Hypertension. J Hypertens 2007; 25: 1105-87

Que terapêutica para a HTA?

ESCOLHA DO ANTI-HTA (1) Os benefícios da terapêutica anti-HTA devem-se à descida da PA per se São indicados para terapêutica da HTA de início ou de manutenção: Diuréticos tiazídicos Antagonistas de Cálcio I ECAS ARA Bloqueadores beta (Bloqueadores beta, especialmente se combinados com diuréticos não devem ser usados em doentes com S metabólico ou alto risco de diabetes) Guidelines de HTA 2007, J Hypertens 2007; 25: 1105-87

A escolha de um fármaco deve depender: ESCOLHA DO ANTI-HTA (2) Muitos d. precisarão de mais de um fármaco para o controlo da sua PA – a definição de 1ª linha torna-se fútil. A escolha de um fármaco deve depender: Da experiência prévia do doente com o fármaco Do efeito do fármaco nos Factores de Risco Da existência de lesão nos órgãos-alvo Da presença de outras doenças Da possível interacção com outros fármacos Do custo, mas não acima do bem-estar dos doentes (eficácia, tolerabilidade e protecção) Guidelines de HTA 2007, J Hypertens 2007; 25: 1105-87

O efeito antihipertensivo deve durar pelo menos 24 h ESCOLHA DO ANTI-HTA (3) Deve prestar-se particular atenção aos efeitos secundários dos fármacos, principal causa de não adesão à terapêutica Fármacos não são todos iguais em termos de efeitos 2ºs, particularmente no doente individual O efeito antihipertensivo deve durar pelo menos 24 h Avaliado por medições no domicílio ou MAPA Devem preferir-se os fármacos que cobrem as 24 h com toma única diária Porque favorece a compliance Guidelines de HTA 2007, J Hypertens 2007; 25: 1105-87

MONOTERAPIA VERSUS COMBINAÇÃO Guidelines de HTA 2007, J Hypertens 2007; 25: 1105-87

Possibilidades de Associação Diuréticos Beta-Bloq. ARA II Antagonistas do Cálcio Alfa-Bloq. IECA ESH-ESC Guidelines for the Management of Hypertension. J Hypertens 2007; 25: 1105-87

Abordagem prática da HTA? Depende: Características do doente Doenças associadas

Características do doente VELHOS, NEGROS, OBESOS RENINAS BAIXAS Diuréticos e Antagonistas do Ca++ NOVOS, DOENTES RENAIS RENINAS ALTAS B-bloqueantes e Inibidores da ECA

Terapêutica da Hipertensão por Doenças Associadas

Escolha terapêutica - PATOLOGIA PREFERIR EVITAR DPCO Antag Ca+ -Bloqueantes IECA -Bloqueante - D. Renal Antag Ca+ IECA -Bloqueantes D. Arterial Periférica

Escolha terapêutica PATOLOGIA PREFERIR EVITAR Dislipidémia IECA Antag Ca+ Diurético -Bloqueantes Anginoso -Bloqueantes Antag Ca+ Hidralazina IECA Antag Ca+ Diurético -Bloqueantes Diabético

Escolha terapêutica PATOLOGIA PREFERIR EVITAR IECA Dihidropiridinas Hidralazina -Bloqueantes Verapamil Diltiazem Bradicardica Taquicárdia Palpitações Fib. Auricular rápida -Bloqueantes Verapamil Diltiazem Dihidropiridinas Hidralazina Minoxidil ICC Diurético IECA -Bloqueantes Verapamil

Resultado da terapêutica ? 1 FÁRMACO RESPOSTA ? Adequada Parcial Reduzida AU/Dose Associa Substitui

Desafio na Terapêutica da HTA HTA - Não dá sintomas Terapêutica - Por vezes tem efeitos secundários Difícil na terapêutica HTA ADESÃO À TERAPÊUTICA

Desafio Terapêutica HTA ADESÃO À TERAPÊUTICA Boa relação Médico-Doente Toma única diária Fármaco(s) com poucos efeitos secundários

HTA - Abordámos Definição de HTA Prevalência e controlo da HTA em Portugal As repercussões por órgãos – alvo Causas de HTA Quando investigar o D. Hipertenso Como investigar o D. Hipertenso Quando tratar o D. Hipertenso Como tratar o D. Hipertenso