Dr GUSTAVO FRANCO CARVALHAL DR JORGE A PASTRO NORONHA

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
HTLV 1 Dr. Francisco Coutinho (TiSBU)
Advertisements

Denise Marques Mota Nefrologista pediátrica
INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO
ENFERMAGEM NA SAÚDE DO HOMEM
Disfunção miccional Bexiga Neurogênica.
Infecções do Trato Urinário
Enf. Saúde Mental e Psiquiatria II
Hiperplasia Prostática Benigna
Propedêutica das disfunções do assoalho pélvico: Exames Complementares
Acd: Adrianna Amaral de Aragão Preceptor: Dr. José Slaibi
Anamnese e exame físico em urologia
ONCOLOGIA DA PRÓSTATA - QUE INTERVENÇÕES?
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Lesão Medular Espinhal
Prof. Rodrigo Trigueiro Morais de Paiva DSGU Data: 22/03/2011
Incontinência Urinária
Exercícios terapêuticos em Grupo
DISFUNÇÃO NEUROGÊNICA
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Aluno: Everson Ricardo Bertacini Supervisora:
UNICEP-CENTRO UNIVERSITÁRIO CENTRAL PAULISTA
Incontinência Urinária no Idoso
Avaliação Prostática Anual
Prof. Dr. Carlos Alberto Fornasari
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Infecção urinária febril Maurícia Cammarota
Continência.
Terminologia Urológica
Conceitos atuais sobre Incontinência Urinária
Assistência Integral à Saúde da Mulher
SAÚDE PROSTÁTICA.
Infecção urinária na infância
URONEUROLOGIA ? ? ? Considerações: O trauma raqui medular (TRM)
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Nome: Glória Anastacia Cezarino
Fisioterapia para Incontinência Urinária
Infecção do trato urinário
Patologias do trato urinário
Incontinência Urinária Feminina
INCONTINÊNCIA FECAL MICHELLE FLORES.
Anatomia da Uretra.
Hiperplasia Prostática Benigna
Monitoria de Laboratório Clínico Patologias da Próstata
Faculdade de Ciências Médicas Disciplina de Urologia
INCONTINÊNCIA URINÁRIA
Hiperplasia Prostática Benigna
Faculdade de Ciências Médicas Disciplina de Urologia
Além da hipersonia diurna e distúrbios de sono noturno, os pacientes com AOS apresentam HAS, arritmia cardíaca durante o sono. Complicações sistêmicas.
Thaís Sciulli Provenza
Avaliação Clínica e Laboratorial da Função Renal
PREVENÇÃO NA SAÚDE DA MULHER
UNESC FACULDADES – ENFERMAGEM NEFROLOGIA PROFª FLÁVIA NUNES
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM CIRURGIAS UROLÓGICAS E GENITURINÁRIAS
AVALIAÇÃO Caroline Rodolfi.
PARTE URINÁRIA Caroline Rodolfi.
1 FISIOLOGIA MICCIONAL DA MULHER IDOSA Alexandre Fornari.
Elimination Disorders in children and adolescents
Caso clínico 2.
DEPARTAMENTO DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA DISCIPLINA DE GINECOLOGIA
Profa. Maria Luiza Barros Fernandes Bezerra
Tumores da Próstata Sociedade Brasileira de Urologia
Transcrição da apresentação:

Dr GUSTAVO FRANCO CARVALHAL DR JORGE A PASTRO NORONHA PRÁTICA DE SAÚDE DO ADULTO E DO IDOSO II - MÓDULO III Dr GUSTAVO FRANCO CARVALHAL DR JORGE A PASTRO NORONHA Março 2010

FUNÇÕES BÁSICAS COMPLEXO VÉSICO URETRAL Armazenar adequado volume de urina à baixa pressão: assegura a continência e protege o trato urinário superior. Evacuação vesical completa e voluntária de toda urina armazenada na bexiga.

DISFUNÇÕES MICCIONAIS: LUTD Terminologia atual SS - ICS – 2002 Sinais Sintomas Achados urodinâmicos (p/ todas as idades) UROLOGY 2003;62:37-4 NEUROUROLOGY URODYNAMICS - 2006

falha de esvaziamento; falha combinada. DISFUNÇÕES MICCIONAIS: disfunção vesical; disfunção infravesical; (colo vesical, uretra, esfíncter uretral) disfunção combinada. EFEITOS: falha de armazenamento; falha de esvaziamento; falha combinada. (Alain Wein)

 Armazenamento SINTOMAS DO TRATO URINÁRIO Freqüência urinária; Urgência miccional; Incontinência de urgência; Noctúria; Incontinência de esforço; Enurese; Dor vesical. Rovner ES, Wein AJ. Current Opinion Urol – 2003;13(4):273-277

URINÁRIO  Esvaziamento: Hesitação; SINTOMAS DO TRATO Jato intermitente; Redução de jato miccional; Sensação de esvaziamento incomp; Retenção urinária; Disúria; Gotejamento pós-miccional. Rovner ES, Wein AJ. Current Opinion Urol – 2003;13(4):273-277

Terminologia das funções e disfunções do trato urinário inferior: SINTOMAS HABITUALMENTE RELATADOS: MICCIONAIS; EVACUATÓRIOS; FUNÇÃO SEXUAL. * Podem ser acompanhados de queixas neurológicas específicas.

ANORMALIDADES VESICAIS: DISTÚRBIOS DE ARMAZENAMENTO; Hiperatividade detrusora; 1. Contração vesical involuntária: Neurogênica; Idiopática (sem etiologia); 2. Urgência sensorial; 3.Bexiga de baixa complacência (ml/cmH20).

Dificuldade em retardar o desejo miccional gera urgência miccional!

ANORMALIDADES ESFINCTERIANAS: ANORMALIDADES URETRAIS: Deficiência esfincteriana interna (ISD); Hipermobilidade uretral (UH).

DISTÚRBIOS DE ESVAZIAMENTO VESICAL:  contração detrusora; Medicamentos; Obstrução infravesical: Anatômica; Funcional.

SINAIS, SINTOMAS E CONDIÇÕES: Freqüência urinária; Urgência; Urgência-incontinência; Incont. esforço (genuína / stress); Incont. Desconh. (não identificada); Perda continua; Enurese noturna; Gotejamento pós-miccional; Incontinência paradoxal; Hesitação, jato fraco ou interrompido.

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA: História; Exame físico; Uro-análise; Diário miccional; Urofluxometria; Medida resíduo pós-miccional; Urodinâmica multicanal; Imagens e cistoscopia.

A urodinâmica dever ser realizada de rotina – IUS?

DE ACORDO COM ALAN WEIN: A urodinâmica deveria ser feita sempre que você pensar que ela poderá ser útil no manejo do paciente. Três situações: 1. Para determinar a precisa etiologia da disfunção miccional; 2. Na identificação de processos e fatores de risco que possam compromete a função do trato urinário superior e inferior; 3. Para determinar fatores que possam afetar o sucesso da terapêutica.

INTERNACIONAL DE CONTINÊNCIA 2002 CONSENSO DO COMITÊ INTERNACIONAL DE CONTINÊNCIA 2002 RECOMENDA: Investigação inicial para pacientes com incontinência urinária: Urofluxometria; RPM; Cistometria de enchimento. (provocativos) ViDEOURODINAMICA: Indicada quando a história e os teste urodinâmicos simples não levarem a um diagnóstico definitivo ou após falha da terapêutica inicial.

INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA MULHER: Incontinência de esforço: Enfraquecimento dos mecanismos de contenção; Forma mais comum de incontinência na mulher; Maior incidência nas de idade mais avançada; Impacto social e emocional.

Incontinência de esforço ocorre na ausência de atividade detrusora. Falha em manter a uretra fechada durante o armazenamento. Anatômica – uretra ainda possuí função de esfíncter Intrínseca – perda da função uretral Combinada

Teste de Marshall Sintomas IUS X exame físico + >90% de probabilidade de IUS. Jarvis GJ, Stamps S. Br J Obst Gyn 1980;87:893-896

O enfraquecimento das estruturas do assoalho pélvico ocasiona hipermobilidade do colo vesical e da uretra, acompanhado ou não de prolapso vesical levando a perda urinária por aumento da pressão abdominal, mesmo na ausência de relaxamento da unidade esfincteriana uretral, característica da incontinência urinária de esforço. * lesão intrínseca esfincteriana

A continência urinária não depende exclusivamente da integridade do trato urinário inferior mas, também, de status mental, motivação, habilidade manual e mobilidade adequados.

O colo vesical e o complexo uretral mantém a zona de continência com pressões superiores as da bexiga durante o repouso, mantendo-se assim também durante o esforço físico.

Pinv = Pabd + Pdet Pabd = zero Pinv = Pdet Pdet = zero Pinv = Pabd Gudziak, M.R. Pinv = Pabd + Pdet Pabd = zero Pinv = Pdet Pdet = zero Pinv = Pabd

TRATAMENTO: (OPÇÕES) Terapia comportamental; Fisioterapia; Drogas; Injeções periuretrais; Cirurgia. Combinações.

Estrogênio tópico: DROGAS QUE ATUAM NA URETRA: estimulantes alfa adrenérgicos; imipramina, duloxetina (serotonerg) fenilefrina, pseudoefedrina. Estrogênio tópico: efeitos adversos; aumento da atividade vascular na submucosa; trofismo; aumenta a elasticidade das estruturas de sustentação.

DROGAS QUE AGEM NO DETRUSOR: Anticolinérgicos (antimuscarínicos); Relaxantes musculares (oxibutinina, tolterodina e darifenacina); Agonistas beta adrenérgicos; Bloqueadores tricíclicos (inibidores recapt nora e serotonina); Bloqueadores de canais de cálcio; Neurotoxina botulínica - sorotipo A.