Transtornos Psicóticos

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Esquizofrenia.
Transcrição da apresentação:

Transtornos Psicóticos Universidade Federal do Rio de Janeiro Faculdade de Medicina Departamento de Medicina/Saúde Mental Disciplina de Saúde Mental - MCM 481 Transtornos Psicóticos Prof. Esther Gonzaga Spiler

Esquizofrenia Emil Kraepelin (1856-1926) – delírio e retraimento emocional em idade precoce levando a maior probabilidade de curso crônico e deteriorante Trabalhou com Alzheimer Pacientes de pouca idade  dementia praecox Diferenciou da “doença maníaco-depressiva” – curso episódico e menos deteriorante

Esquizofrenia 1911 – Eugene Bleuler (1857-1939) rebatizou de esquizofrenia (esquizo = cisão; phrenia = mente) Anormalidade fundamental: comprometimento cognitivo caracterizado como divisão ou “afrouxamento da textura do pensamento”, que se torna concreto e desorganizado/desagregado Outros sintomas fundamentais: embotamento afetivo, pensamento peculiar e distorcido, abulia, comprometimento da atenção e indecisão conceitual (ambivalência) 4 As: associações, afeto, autismo e ambivalência Sintomas acessórios: delírios e alucinações

Esquizofrenia 1948 – Kurt Schneider Sintomas de 1ª ordem: percepção delirante, alucinações auditivas características (vozes que comentam/comandam a ação do paciente ou que dialogam entre si), eco ou sonorização do pensamento, difusão e roubo do pensamento e vivências de influência corporal ou sobre o pensamento Sintomas de 2ª ordem:  perplexidade, vivências de influência do campo dos sentimentos, impulsos ou vontade, intuição delirante, empobrecimento afetivo, alterações da sensopercepção, disposições do ânimo depressivas ou maníacas e outros

Esquizofrenia São Paulo (2002): 1,9% EUA:1% da população Incidência maior nas áreas urbanas de países industrializados, ocorrendo em todas as classes sociais Estreita correlação com ambientes pobres e violentos e com o uso de substâncias psicoativas (ilícitas) Cria imenso fardo econômico para a sociedade É uma das principais causas de incapacitação no mundo

Esquizofrenia 5% dos esquizofrênicos cometem atos de violência Cerca de 45% tentam suicídio e destes, 10% conseguem O número de homicidas entre os esquizofrênicos é muito menor que na população sem doença mental Está mais ligada ao suicídio O perigo está na falta do tratamento regular

Esquizofrenia A. Perplexidade B. Isolamento C. Ansiedade e Terror No início, os pacientes apresentam sentimento de estranheza (Trema) sobre o meio à sua volta e si mesmo, dúvida sobre a origem dos sintomas (geralmente alucinações) e se perguntam porque sua vida tem mudado tanto. B. Isolamento Há sensação intensa de ser diferente dos demais e de estar separado das outras pessoas. O isolamento social e a evitação de contatos tornam-se evidentes. C. Ansiedade e Terror A experiência cotidiana é invadida por uma sensação geral de mal estar e ansiedade. Evidenciam-se períodos de terror intenso, causados por um mundo onde tudo parece perigoso e incontrolável, atribuído a origens externas e mágicas.

Esquizofrenia Diagnóstico: precisa durar mais de 6 meses T. esquizofreniforme: duração entre 1 e 6 meses T. psicótico breve ou SOE: duração menor de 3 meses Diagnóstico diferencial: abuso de substâncias; intoxicação medicamentosa; t. infecciosos, metabólicos, endócrinos; tumores e epilepsia do lobo temporal

Esquizofrenia

Esquizofrenia Hebefrênica: pensamento desorganizado e empobrecido, comportamento bizarro, maneirismos, atitude pueril, afeto inapropriado ou superficial, com risos imotivados. Início precoce (15-25 anos) e prognóstico mais reservado Catatônica: excitação ou estupor/hipertonia e flexibilidade cerácea; alterações da vontade, como negativismo, mutismo e impulsividade, posturas bizarras, automatismos e perseveração de palavras ou frases Paranóide: alucinações e delírios, principalmente persecutórios, além de transtornos da percepção

Esquizofrenia Residual: estágio crônico da esquizofrenia, em que ocorrem predominantemente sintomas negativos Simples: lento e progressivo empobrecimento psíquico e comportamental, como negligência quanto ao auto-cuidado, embotamento afetivo e isolamento social Indiferenciada: o paciente não se enquadra em nenhum dos subtipos descritos anteriormente ou apresenta sintomas de mais de 1 deles (paranóide, hebefrênico, residual ou catatônico), sem predominância de nenhum

Esquizofrenia Tratamento: Antipsicóticos de 1ª geração (típicos): Haloperidol(5-20mg), Clorpromazina(300- 800mg), Levomepromazina(300-800mg) Antipsicóticos de 2ª geração (atípicos): Risperidona (2-6mg), Olanzapina (10-30mg), Quetiapina(300-800mg), Aripiprazol(10-30mg)

Família mantém chinês com doença mental em jaula por 11 anos (2013) Fonte: noticias.uol.com.br

Transtorno Esquizoafetivo Possui características tanto de Esquizofrenia quanto dos transtornos afetivos (do humor) Critérios: Um período de doença ininterrupto durante o qual existe um episódio depressivo, maníaco ou misto concomitante com sintomas de esquizofrenia Deve haver um “equilíbrio” aproximado entre o número, gravidade e duração dos sintomas esquizofrênicos e afetivos Tratamento: estabilizadores de humor e antipsicóticos

Transtorno Delirante Persistente Delírios persistentes, sistematizados (principalmente paranóides ou erotomaníacos), de longa duração (mínimo de 3 meses). Outros sintomas são ocasionais. Tratamento: Pouco efetivo Antipsicóticos

Transtorno Psicótico Agudo e Transitório Início abrupto e associado a um fator estressor Dura de poucas semanas a 3 meses O quadro é polimórfico, florido, com sintomatologia exuberante e instável, com delírios e alucinações Podem ocorrer sintomas de humor ou esquizofrênicos, mas que não chegam a preencher critérios para diagnóstico de nenhum deles Tratamento: Antipsicóticos Antidepressivos em caso de sintomas e humor