Neoplasia.

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Neoplasia.
Transcrição da apresentação:

Neoplasia

Neoplasia Atualmente, o câncer é considerado uma doença crônica, pois tem uma evolução relativamente lenta, e é hoje a mais curável de todas as doenças crônicas, quando detectado precocemente. Os dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) revelam que, para o ano de 2008, há um decréscimo dos casos novos. Porém, ainda é alta essa estimativa, uma vez que ocorrerão mais de 400 mil casos novos, sendo estes distribuídos entre homens e mulheres (aproximadamente 50% cada). Texto contexto - enferm. vol.18 no.1 Florianópolis jan./mar. 2009

O câncer é uma doença relativamente comum no mundo O câncer é uma doença relativamente comum no mundo. Nos países desenvolvidos, atualmente e em média, cerca de uma pessoa em cinco morre de câncer. Esta proporção nos países em desenvolvimento é de uma morte para cada 15 indivíduos, porém deve-se considerar a estrutura etária mais jovem das populações destes países. Como decorrência da constante queda da mortalidade por doenças cardiovasculares observada em diferentes partes do mundo desde os anos 60, o câncer já assumiu em alguns países o papel de principal causa de morte na população. O Brasil deverá seguir esta tendência, talvez mais tardiamente e na dependência de mudanças estruturais que alterem o quadro das desigualdades sociais e influam na redução dos fatores responsáveis pelas mortes decorrentes de causas externas. Rev. Assoc. Med. Bras. v.48 n.3 São Paulo jul./set. 2002

Atualmente, o câncer representa a terceira mais importante causa de morte na população masculina brasileira, após as doenças cardiovasculares e as causas externas. Entre as mulheres e homens com mais de 40 anos, a doença constitui-se na segunda mais importante causa de morte, seguindo-se aquelas decorrentes por doenças cardiovasculares. Rev. Assoc. Med. Bras. v.48 n.3 São Paulo jul./set. 2002

No Brasil, o câncer representa a segunda causa de óbito na população adulta, sendo que, de acordo com as previsões do Instituto Nacional do Câncer, a incidência da doença no ano de 2003 atingiria de 186.155 casos novos em homens e 216.035 em mulheres, com mortalidade de 68.350 e 58.610 casos, respectivamente. Quanto à distribuição geográfica, estima-se que 8,21% dos casos ocorram na Região Nordeste, 9,11% no Norte, 12,3% no Centro-Oeste; 13,96% no Sudeste e 17,07% no Sul. Rev Assoc Med Bras 2004; 50(1): 1-20

Em relação ao tipo de câncer, o de maior incidência é o de pele do tipo não-melanoma, com previsão em 2003 de 39.000 casos novos em homens e 43.155 em mulheres. Entretanto, o câncer de maior mortalidade em homens é o de vias aéreas inferiores, responsável por 3.475 óbitos previstos para 2003 e em mulheres é o de mama, com estimativas de 41.610 novos casos e 9.335 óbitos, também em 2003. Rev Assoc Med Bras 2004; 50(1): 1-20

Neoplasia "Proliferações locais de clones celulares cuja reprodução foge ao controle normal, e que tendem para um tipo de crescimento autônomo e progressivo, e para a perda de diferenciação."

Neoplasia O conceito indica bem a origem da palavra "neoplasia": "neo"= novo; "plasia" = formação. O crescimento autônomo de uma população celular, bem como a liberdade de diferenciação (a perda da diferenciação pode ser entendida como uma ação que a célula adquire de se especializar segundo novas regras) indicam que há um novo tecido se formando no local.

Carcinoma epidermóide, uma neoplasia maligna epitelial. As células apresentam um comportamento diferente (veja a variabilidade de formas e tamanhos - setas) e estão alteradas geneticamente, sendo essa alteração transmitida por intermédio das divisões celulares mitóticas. Vemos ao centro uma mitose no tecido neoplásico, um forte indicativo de proliferação das células neoplásicas. (HE, 1000X).

Um melhor conhecimento da biologia molecular possibilitou o entendimento de alterações celulares que levam à formação e disseminação dos tumores. Diversos fatores estimulam a proliferação e a diferenciação celulares (genes estimuladores); outros são inibidores desta proliferação (genes supressores). Do inter-relacionamento adequado destes fatores resulta o funcionamento normal de órgãos e tecidos.

Oncogenes e genes supressores Diversos genes agem no controle do crescimento celular e são chamados proto-oncogenes. Mutações genéticas dos proto-oncogenes provocam a perda do poder regulador da proliferação celular, nesta situação os proto-oncogenes são chamados oncogenes. A mutação de apenas um dos alelos do gene estimulante é suficiente para a formação do oncogene. Já nos genes supressores, a perda de seu poder inibidor exige inativação dos dois alelos (anti-oncogenes). Os oncogenes e anti-oncogenes são responsáveis pela formação dos tumores.

Oncogenes O gene c-myc humano está localizado na região 8q24, no braço longo do cromossomo 8.  O proto-oncogene myc (c-myc) codifica uma proteina nuclear que está envolvida no metabolismo de ácidos nucleicos e na mediação da resposta celular a fatores de crescimento.

GENES SUPRESSORES (ANTIONCOGENES) Antioncogenes p53 - O gene p53 codifica uma fosfoproteína nuclear supressiva, no cromossoma 17, controla o ciclo celular normal e inicia a apoptose, quando ocorre injúria severa do DNA. Mutações deste gene modificam sua capacidade supressora e são encontradas em vários cânceres humanos.