CLUBE DA REVISTA 7 CARINA AZEVEDO DHIOGO CORREA DIRCEU TEIXEIRA PINTO

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Transcrição da apresentação:

CLUBE DA REVISTA 7 CARINA AZEVEDO DHIOGO CORREA DIRCEU TEIXEIRA PINTO FELIPE MARI GABRIEL F NEVES GUILHERME AUGUSTO STIRMA Professora Eliane Maluf

Márcia Abelin Vargas Maria de Lourdes Veronese Rodrigues Perfil da demanda em um serviço de Oftalmologia de atenção primária Demand profile in an Ophthalmologic primary care service Márcia Abelin Vargas Maria de Lourdes Veronese Rodrigues

Introdução Fatores pela procura por atendimento oftalmológico: Biológicos Físicos Psiquicos Sociais Ambientais No Brasil: Dados escassos em qualquer faixa etária.

Introdução Distúrbios Visuais Cegueira: Baixa procura por consultas; Cegueira: 80% dos casos são evitáveis. O autor considera que o número de pessoas vítimas de cegueira e distúrbios relacionados é muito maior do que se registra, devido à escassez de dados.

Introdução Segundo a OPAS: A oferta de serviços de atenção ocular deve ser planejada; Organizada como parte de um sistema na qual se identifiquem os problemas, se criem planos para resolvê-los, se definam os recursos necessários para executar suas atividades se programem as atividades e tarefas a serem realizadas, em diferentes níveis de complexidade

Objetivo CONHECER O PERFIL DA DEMANDA. 1) Identificar os principais motivos de procura por atendimento oftalmológico em Unidade de Atenção Primária; 2) Analisar as freqüências dos diagnósticos,bem como os motivos de encaminhamento de pacientes para outros serviços de Oftalmologia. PICO P – adultos saudáveis com sobrepeso e obesos I – exercício físico (dieta e terapia comportamental) C – ??? O – efeito do treinamento, perda de peso e melhora composição corporal

Metodologia ESTUDO DESCRITIVO E RETROSPECTIVO: Todos os prontuários médicos e fichas de atendimento de 1.010 pacientes atendidos em consulta oftalmológica; Local: Unidade Mista de Saúde de Luís Antônio-SP Período: Abril a Setembro de 2006. Todos os pacientes haviam sido examinados pela autora Márcia Abelin Vargas.

Metodologia Métodos: Estudo descritivo e retrospectivo de 1.010 pacientes atendidos durante o período de 6 meses. Parâmetros: Idade Sexo Motivo da consulta Diagnóstico (CID-10) Freqüência de encaminhamentos. Os dados: análise dos prontuários; fichas de atendimento com os registros do CID-10; Alguns pacientes, de ambos os gêneros, apresentavam alterações anatômico-funcionais que foram agrupadas em mais de um grupo de diagnóstico

Resultados

Resultados

Resultados

Conclusões Concluiu-se que os principais agravos que levam os pacientes a buscar atendimento oftalmológico na atenção primária são: baixa acuidade visual; cefaléia; prurido; ardência. O trabalho evidenciou a necessidade de maiores investimentos na qualidade do atendimento primário em oftalmologia. Exemplos: falta de equipamentos (tonômetro).

AVALIAÇÃO CRÍTICA DO ARTIGO: ESCOLHA DO ARTIGO: Avaliação bem estruturada; Métodos parecidos com o nosso artigo; Escassez de estudos semelhantes em oftalmologia na literatura.

AVALIAÇÃO CRÍTICA DO ARTIGO: Os critérios de inclusão e exclusão dos estudos foram definidos a priori? Não há referência aos critérios de exclusão. Critérios de inclusão: foram incluídos no estudo todos os prontuários do período estudado (abr-set 2006) – Universo. O autor não evidencia a origem dos pacientes, se é demanda espontânea, SUS ou sistema complementar, etc. Os autores realizaram um processo de extração de dados padronizado e sem vieses? Sim. Coleta feita por uma única pessoa.

AVALIAÇÃO CRÍTICA DO ARTIGO: Os resultados são importantes? Dentro do contexto daquele serviço, é importante conhecer a demanda para que se possa planejar melhor as estratégias de tratamento. O perfil dos agravos em oftalmologia é sazonal, e o fato do artigo ter descrito um período de 6 meses pode enviesar as conclusões.

AVALIAÇÃO CRÍTICA DO ARTIGO Congruência entre os resultados encontrados e os dados da literatura. Ex.: predominância do sexo feminino em afecções oftalmológicas. O autor justifica dados incongruentes. O trabalho evidenciou a possibilidade de resolução da maioria dos problemas em nível de atenção primário.

AVALIAÇÃO CRÍTICA DO ARTIGO: Os resultados são aplicáveis na prática? Os estudos da revisão incluem pacientes semelhantes ao meu? Não – nosso estudo engloba PS geral e população pediátrica. No entanto, o foco na oftalmologia é o mesmo. A intervenção em estudo está disponível no meu meio de trabalho? É de baixo risco de complicações e custo? SIM. O paciente (ou substituto legal) aceita receber a intervenção proposta? Não se aplica – Sujeitos da pesquisa são prontuários.

ANÁLISE CRÍTICA DO ARTIGO Validação interna e externa Pouco relevante. Queixas oftalmológicas são comumente sazonais. Não é citado o tipo de demanda – se espontânea ou referendada, e qual o perfil da população que atende. Extrapolável para outros serviços de oftalmologia geral, com ressalvas.

AVALIAÇÃO CRÍTICA DO ARTIGO: Revista Brasileira de Oftalmologia. 2010; 69 (2): 77-83 Qualis B2 Saúde coletiva B3 Medicina II

AUTORES Maria de Lourdes Veronese Rodrigues possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Maria (1969) , especialização em Oftalmologia Rib Preto pela Universidade de São Paulo (1972) , doutorado em Oftalmologia [Rib.Preto] pela Universidade de São Paulo (1975) e pós- doutorado pela International Centre For Eye Health (1988) . Atualmente é Professor Titular da Universidade de São Paulo, Membro de corpo editorial da Medicina (Ribeirão Preto), Membro de corpo editorial da International Journal of Molecular Medicine e Membro de corpo editorial da Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. Tem experiência na área de Saúde Coletiva , com ênfase em Epidemiologia. Atuando principalmente nos seguintes temas: HLA, AIDS, Retinite por citomegalovirus.

AUTORES Márcia Abelin Vargas Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Maria (1995), especialização em Oftalmologia pela Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) (2002) , Mestrado e Doutorado em Ciências Médicas pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo (FMRP- USP)(2006 e 2010). Atualmente é médica oftalmologista em consultório particular e no Serviço Social do Transporte (SEST).