“iter criminis” (caminho do crime)

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Prof. Ms. José Nabuco Filho
Advertisements

Prof. Audálio Ferreira Sobrinho
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho
Quadrilha ou bando Bem Jurídico: paz pública Ato preparatório
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho
CULPABILIDADE - Reprovabilidade pessoal da conduta ilícita;
Iter Criminis Prof. Ms. José Nabuco Filho
FDUNL Teresa Pizarro Beleza 2007/2008
DIREITO PENAL II Formas especiais de cometimento da infracção FDUNL Teresa Pizarro Beleza 2006/2007.
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho
Inquérito Policial Militar
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho
Prof. Audálio Ferreira Sobrinho
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MESTRADO EM DIREITO
A LEI PENAL MILITAR E A JUSTIÇA MILITAR
Extorsão Capítulo II Arts. 158 a 160.
INJÚRIA.
Art CALÚNIA.
ART. 139 DIFAMAÇÃO.
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
O TIPO PENAL NOS CRIMES CULPOSOS
DIREITO PENAL 1) Conceito de direito penal: é o conjunto de normas que ligam ao crime, como fato, a pena como conseqüência, e disciplinam também as relações.
DIREITO PENAL I TEMA 03: QUANDO HÁ CRIME?
DIREITO PENAL I TEMA 03: QUANDO HÁ CRIME? PROF.: ANA PATRÍCIA E MAURÍCIO WEB-TUTORA: MAÍRA BOGO.
DIREITO PENAL I TEMA 03: QUANDO HÁ CRIME? PROF.: ANA PATRÍCIA E MAURÍCIO WEB-TUTORA: MAÍRA BOGO.
DIREITO PENAL I TEMA 03: QUANDO HÁ CRIME? PROF.: ANA PATRÍCIA E MAURÍCIO WEB-TUTORA: MAÍRA BOGO.
Curso de Formação de Soldados Parte 03
TEORIA CRIMINAL DA PENA
1. OS ÂMBITOS JURÍDICOS DA RESPONSABILIDADE
Profº Carmênio Barroso
Profº Carmênio Barroso
DIREITO PENAL I TEMA 02: O QUE É CRIME? (PÁG. 29 A 32)
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ
RELAÇÃO DE CAUSALIDADE
José causou a morte de Benerval Art 121. Matar alguém:
INTER CRIMINIS  Conceito:
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ APM
CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES PENAIS
Noções de Direito Penal
ASPECTO MATERIAL DO CRIME
POLÍCIA MILITAR DO PARÁ APM
Constrangimento ilegal
Profº Carmênio Barroso
Profº Carmênio Barroso
LEGISLAÇÃO APLICADA A INFORMÁTICA FACULDADE PITÁGORAS
PROF.ESP. CLODOVIL MOREIRA SOARES
Profº Carmênio Barroso
AÇÃO CIVIL EX-DELICT.
CRIMES A BARBÁRIE SOCIAL.
Profº Carmênio Barroso
DIREITO PENAL PARTE GERAL II
Profº Carmênio Barroso
Profº Carmênio Barroso
Profº Carmênio Barroso
(há corrente que defende que menor de 14 anos é homicídio – 217-A)
Monitoria – Direito Penal 3 Faculdade de Direito do Recife - UFPE
Profº Carmênio Barroso
DIREITO PENAL Professor: Yuri Nadaf Borges. PRESCRIÇÃO  Conceito: É a perda do direito de punir ou de executar a sanção imposta, em face do decurso de.
CONCURSO DE CRIME.
- CRIME IMPOSSÍVEL (CRIME OCO)
ATOS ILÍCITOS Os atos ilícitos- produzem obrigações para os agentes.
DIREITO PENAL - PARTE GERAL I. VALIDADE DA LEI PENAL NO TEMPO  INTRODUÇÃO  Em regra: a lei penal tem por objeto apenas comportamentos cometidos durante.
Qualificadoras (121, § 2º, V) Se o homicídio é cometido para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime. Matar alguém.
DIREITO PENAL 1 Professor(a): Daniele AULA 9: DO RESULTADO Data.
Profº Carmênio Barroso
Profº Carmênio Barroso
DISCIPLINA: TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL TEORIA GERAL DO DIREITO PENALTURMA: 1º. Ano Matutino MINISTRANTE: Prof. MSc. ALESSANDRO NEPOMOCENO UNIDADE 8.
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PROF. ANA PAULA MYSZCZUK, DR.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS CRIMES EM ESPÉCIE
Transcrição da apresentação:

“iter criminis” (caminho do crime) CRIME IMPOSSÍVEL Prof. Audálio Ferreira Sobrinho

OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1- Caracterizar as fases do crime. 2- Analisar tentativa, o arrependimento eficaz e a desistência voluntária. 3. Identificar o crime impossível. Prof. Audálio Ferreira Sobrinho

Prof. Audálio Ferreira Sobrinho SUMÁRIO 1. Introdução 2. Fases do crime 3. Tentativa 4. Desistência voluntária e o arrependimento eficaz 5. Crime impossível 6. Conclusão Prof. Audálio Ferreira Sobrinho

Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 2. FASES DO CRIME a- Cogitação. b- Atos Preparatórios. c- Atos de Execução. d- Consumação. Prof. Audálio Ferreira Sobrinho

Prof. Audálio Ferreira Sobrinho a. COGITAÇÃO Quando o crime está na mente da pessoa (não punível) EXCEÇÕES 1) art. 152 do CPM: Conspiração 2) art. 191 do CPM: Concerto para a deserção Prof. Audálio Ferreira Sobrinho

Prof. Audálio Ferreira Sobrinho b. Atos preparatórios Atos preliminares externos tendentes à consecução do objetivo criminoso. (normalmente não puníveis por não demonstrarem com precisão a intenção do agente) Prof. Audálio Ferreira Sobrinho

Atos preparatórios (exceções puníveis) 1) Crimes de perigo (Título VI, CPM); 2) Crimes contra o Estado; 3) Formação de quadrilha; 4) Posse de material p/falsificação de moeda. Prof. Audálio Ferreira Sobrinho

c. Atos de Execução (atos executórios) - Onde o comportamento do agente evidencia o início do tipo penal; - Quando começa a realização da conduta descrita no núcleo do tipo. (meta optata ou não) (PASSÍVEL DE PUNIÇÃO) Prof. Audálio Ferreira Sobrinho

Prof. Audálio Ferreira Sobrinho d. Consumação - Quando o tipo está inteiramente realizado; “Crime Consumado é aquele que reúne todos os elementos de sua definição legal” (art. 30,I do CPM) Prof. Audálio Ferreira Sobrinho

Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 3. Tentativa O crime é tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. (art. 30,II do CPM) Prof. Audálio Ferreira Sobrinho

Prof. Audálio Ferreira Sobrinho Tentativa perfeita Quando o agente faz tudo que lhe é possível para consumar o crime. Ex. : “A” descarrega seu revólver em “B”, mas este é encontrado por um terceiro, que o leva ao médico, que salva “B”. Prof. Audálio Ferreira Sobrinho

Prof. Audálio Ferreira Sobrinho Tentativa imperfeita Quando o agente não exaure todos os meios que estão à sua disposição, e o resultado não ocorre. Ex. : quando “A” vai desferir a segunda punhalada(fatal) em “B”, indefeso, um terceiro intervém e toma-lhe a arma Prof. Audálio Ferreira Sobrinho

Prof. Audálio Ferreira Sobrinho Pena de tentativa Pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime, diminuída de um a dois terços, podendo o juiz, no caso de excepcional gravidade, aplicar a pena do crime consumado. (Parágrafo único do art 30 do CPM) Prof. Audálio Ferreira Sobrinho

4. Desistência voluntária Quando o agente, não tendo exaurido todos os atos de execução, resolve por sua livre e espontânea vontade impedir a consumação. Ex. : “A”desiste de desferir o tiro fatal em “B”, embora o tivesse à sua mercê. Prof. Audálio Ferreira Sobrinho

Arrependimento EFICAZ Quando o agente TENDO EXAURIDO todos os atos de execução, impede, espontaneamente, que ocorra a consumação. Ex. : depois de fazer “B “beber todo o veneno suficiente para matá-lo, “A” ministra-lhe um antídoto. Prof. Audálio Ferreira Sobrinho

Prof. Audálio Ferreira Sobrinho Em ambos os casos o agente será punido pelos atos praticados até o momento em que evita o resultado (Art. 31 do CPM) Prof. Audálio Ferreira Sobrinho

Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 5. Crime impossível Aquele que não se consuma por ineficácia absoluta do meio empregado ou por absoluta impropriedade do objeto. (art. 32 do CPM) não existe punição para o agente Prof. Audálio Ferreira Sobrinho

Ineficácia absoluta do meio Quando o meio, por sua natureza e circunstâncias, não produzirá o resultado visado pelo agente. Ex : 1. ministrar açúcar supondo ser arsênico; 2. “cortar”com uma faca de papel. Prof. Audálio Ferreira Sobrinho

Ineficácia relativa do meio O meio pode ser eficaz, mas não funciona, não consegue atingir a meta optata. Ex.: 1. ministrar veneno insuficiente; 2. incidente de tiro na execução. (PUNE-SE A TENTATIVA) Prof. Audálio Ferreira Sobrinho

Impropriedade absoluta do objeto - Quando não existe o objeto material visado pelo agente, ou, - quando pela situação ou condição do objeto é impossível a produção do resultado Ex.: 1. “matar”cadáver; 2. furtar de si mesmo; 3. tentar abortar sem gravidez. Prof. Audálio Ferreira Sobrinho

Impropriedade relativa do objeto Quando o bem jurídico existe, mas por circunstância fortuita não é alcançado. Ex. : apunhalar manequim pensando ser o corpo de alguém. Prof. Audálio Ferreira Sobrinho

Prof. Audálio Ferreira Sobrinho 6. Conclusão 1- Caracterizar as fases do crime. 2- Analisar tentativa, o arrependimento eficaz e a desistência voluntária. 3. Identificar o crime impossível. Prof. Audálio Ferreira Sobrinho