Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos

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Transcrição da apresentação:

Paleontologia e Geologia Mesozóico 248,2 a 65 milhões de anos Profa Ana Cristina Sanches Diniz

Caracterização da Era Duas grandes extinções em massa; Três períodos: Triássico, Jurássico e Cretáceo; Era dos dinossauros e das samambaias gigantes; Aumento na quantidade do dióxido de carbono na atmosfera provocou o aquecimento global; A abundância de CO2 fomentou um maior crescimento das plantas, com consequente aumento do seu tamanho.

GIGANTISMO E NANISMO: Por que este corpo tão grande? O TAMANHO de uma espécie, assim como outras características, pode representar uma ADAPTAÇÃO às condições ambientais. Dependendo das características do meio, indivíduos ou espécies maiores ou menores podem ter mais chances de sobrevivência, sendo assim selecionados pelo ambiente. O GIGANTISMO de muitos mamíferos durante a era do gelo pode ser interpretado como uma adaptação ao clima frio. Com o crescimento, o volume do corpo se torna proporcionalmente maior do que a área da superfície. Como o calor do corpo é perdido através da pele, um enorme mastodonte tem uma relação superfície/volume mais favorável do que um pequeno rato. Assim, o rato gasta relativamente mais energia e congela mais rápido do que um mastodonte.

GIGANTISMO E NANISMO: Por que este corpo tão grande? O gigantismo dos dinossauros foi um caso diferente: adaptação à proteção contra a predação. Animais como os saurópodes, que eram herbívoros e atingiram mais de 20 metros, eram inacessíveis aos seus inimigos predadores. Grandes tamanhos, maiores gastos! Em ambientes como as ilhas, a pequena diversidade de espécies, a existência de poucos predadores, aliados a pouca competição, pode ter estimulado o NANISMO em algumas espécies de herbívoros originalmente grandes. Em contraste, espécies primitivamente pequenas se tornaram maiores em razão da ausência de competição.

http://meso-zoico.blogspot.com.br/2009/12/tyrannosaurus-rex.html

Triássico (248 a 206 Ma) Dinossauros de pequeno a médio porte; Super continente Pangeia, formado ao final do Paleozóico, reunia, praticamente, todas as terras emersas; África e América do Sul unidos e com intensa atividade vulcânica no limite entre os dois continentes; Há aproximadamente 208Ma, inicia a separação de Pangeia em três blocos continentais: Eurásia-América do Norte, África-América do Sul e Antártida- Austrália-Índia (Gondwana); O clima era ameno nas bordas continentais e seco e árido no interior de Pangeia; Surgem os primeiros Sinapsidas (“répteis” mamaliformes), primeiros dinossauros bípedes e saurópodes; Vegetação: gimnospermas primitivas, cactáceas, coníferas, Gincáceas (Gingko biloba - fóssil vivo).

Tectônica do Triássico http://celestia.albacete.org/celestia/deriva/triasic.htm

Jurássico (206 a 144 Ma) Apogeu dos dinossauros: características adaptativas permitem a conquista dos diversos ambientes (ar, terra e água); Apogeu das coníferas (sequóias, ciprestes e pinos); Aparecem as primeiras aves ratitas; Fósseis de mamíferos são escassos; presença de fósseis brasileiros; secuoyas, cipreses y pinos: también había helechos arborescentes y equisetos.

Tectônica do Jurássico http://celestia.albacete.org/celestia/deriva/jurasic.htm

Tectônica do Jurássico

Cretáceo (144 a 65 Ma) O limite inicial do Cretáceo é marcado por uma grande regressão marinha; Época de grandes mudanças e instabilidades tectônicas; Formação das cadeias de montanhas, resultados dos choques entre placas (Ex: Andes e Himalaia); Amonites foram os invertebrados mais caracterìsticos dos mares do Cretáceo; No início do Cretáceo, os dinossauros herbívoros foram os dinossauros mais arangentes, provavelmente devido às grandes extensões e desenvolvimento da vegetação; Ao final do Cretáceo surgem os primeiros marsupiais e as aves voadoras; Extinção de pterossauros, dinossauros, amonites... Perda de grande parte de gincoláceas, coníferas, angiospermas...

Cretáceo (144 a 65 Ma) A datação do final deste Período é a mesma do final da Era Mesozóica; EVIDÊNCIAS DO CHOQUE COM METEORITO Presença de Irídio no limite entre camadas estratigráficas (limite K-T); Registros na península de Yucatán, México – Cratera de Chicxulub (mais de 10 Km de diâmetros; Rochas derretidas no fundo da cratera (evidência de elevação da temperatura; Meteorito causa tsunamis, terremotos, incêndios, extinções... Ao final, os continentes já estão configurados, praticamente, como os de hoje;

Tectônica do Cretáceo http://celestia.albacete.org/celestia/deriva/jurasic.htm

Da Taxonomia à Sistemática Filogenética

Da Taxonomia à Sistemática Filogenética Lepidosauria Archosauria (incluindo os Pterossauros)

A CHAVE PARA A CONQUISTA DO AMBIENTE TERRESTRE – CARBONÍFERO (354 Ma)

Archosauria Principais grupos: Crocodilia Pterosauria Dinosauria Fenestra pré-orbital entre a cavidade óptica e narinas; Mandíbula com abertura entre ossos dentários, angular e supra-angular; Dentes implantados em alvéolos; Alguns desenvolvem postura bípede (cauda como órgão de equilíbrio, reforço da pélvis, etc.); Archosauria no Brasil: em depósitos fossilíferos do Triássico e do Cretáceo. Mais antigos : Formação Santa Maria (coletas pela UFRGS, PUCRS e UFSM); A partir dos anos quarenta: grande quantidade de exemplares de arcossauros foram coletados no Grupo Bauru (Cretáceo Superior, Bacia do Bauru) em Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso (Museu Nacional); Restos de pterossauros (répteis voadores), são encontrados na Bacia do Araripe, localizada entre os estados do Ceará, Pernambuco e Piauí (Universidade Regional do Cariri em parceria com Museu Nacional);

Crocodilia Crânio com superfície esculturada e longo, geralmente achatado dorsoventralmente; Há duas vértebras sacrais, característica primitiva entre arcossauros; A morfologia da pélvis e dos membros pélvicos das ordens primitivas (esfenossúquios, protossúquios e formas afins) indica que possuíam adaptações para postura bípede; Não eram reptantes como os atuais representantes da ordem, que exibem aquisições secundárias para existência anfíbia, quase todos mostram cobertura de placas dérmicas dorsais (fossilizáveis); Ainda existe muito debate sobre qual é o crocodilomorfo mais primitivo, mas algumas formas encontradas na Argentina (como o Pseudhesperosuchus) têm sido listadas entre as mais antigas. No Brasil também temos uma forma muito primitiva: o Barberenasuchus brasiliensis, encontrado na Formação Santa Maria (RS), que tem cerca de 220 milhões de anos; As formas primitivas de crocodilomorfos eram tão diversificadas que algumas chegaram a viver no mar, como o Chenanisuchus, recentemente (2005) encontrado no Marrocos.

No Brasil, a maioria dos crocodilomorfos foi encontrada em sedimentos do Cretáceo; Mais interessantes: Susisuchus anatoceps, 100 Ma, Ceará; Baurusuchus salgadoensis, 90 Ma, São Paulo (Grupo Baúru). Media cerca de três metros de comprimento e pesava aproximadamente 400 kg.; Sarcosuchus imperator, encontrado em depósitos de 100 milhões de anos no Níger (África) e na Bahia; Purussaurus brasiliensis (veja na figura ao lado), cujo tamanho foi estimado por alguns pesquisadores como algo em torno de 15m.

Pterosauria Primeiros vertebrados com capacidade de voo e a evolução desta característica ocorreu de maneira independente das aves; As asas dos Pterossauros possuíam uma membrana resistente que era sustentada por um dedo apenas. Podiam ser esticadas e retraídas em diferentes direções, o que leva os cientistas a concluírem que os Pterossauros não somente planavam, mas possuíam absoluto controle sobre o voo; Os Pterossauros tinham o corpo coberto por pequenas fibras constituídas por queratina (substância  que forma os bicos e as penas das aves), denominadas picnofibras; A capacidade de controle do voo e a presença das picnofibras em alguns fósseis de Pterossauros sugerem que estes animais fossem endotérmicos (capazes de manter o calor corporal independentemente do meio ambiente).

Pterosauria As cristas na cabeça dos Pterossauros eram constituídas por osso, podendo apresentar revestimento de queratina ou serem associadas a membranas. Devido a sua forma aerodinâmica, elas poderiam ter função no voo. Por possuírem cores fortes e tamanhos variados, poderiam ser utilizadas para a atração sexual. Por possuírem muitos orifícios que indicam a presença de vasos sanguíneos, poderiam ser utilizadas para a dissipação de calor. Na verdade, nenhuma destas opções exclui a outra e, assim, as cristas podem ter tido diversas  funções.

Pterosauria DIVERSIDADE Os fósseis destes animais já foram encontrados em todos os continentes; Estudos indicam que existiam espécies adaptadas aos mais diversos ambientes como o mar aberto, ambientes costeiros, florestas tropicais e temperadas, savanas e desertos; A análise dos anéis esclerais (ossos dentro dos olhos) indica que algumas espécies tinham hábitos noturnos; A dieta variava bastante, incluindo espécies que se alimentavam de frutos, invertebrados marinhos, dentre  eles microcrustáceos e insetos, peixes, carcaças de animais mortos e até mesmo sangue de animais maiores.

Pterosauria DIVERSIDADE Alguns eram pequenos, como os menores beija-flores, tendo envergadura de menos de 10 centímetros e peso de pouco mais de dois gramas. Os maiores apresentavam em média quatro metros de envergadura. O maior animal voador conhecido foi um Pterosauro, o Quetzalcoatlus, que viveu no norte do México e sul dos Estados Unidos a cerca de 68 milhões de anos. Calcula-se que tivesse 11 metros de envergadura.

Na Chapada do Araripe (CE), temos, dentre outras, as espécies: Araripesaurus gomesii, Tapejara wellnhoferi, Anhanguera blittersdorffi, Anhanguera santanae, Thalassodromaeus sethi, Tapejara imperator

Conservação Total – partes moles Impressão

Conservação Parcial – partes duras

Reconstituições

Reconstituições

Reconstituições

Reconstituições

Quem são os dinossauros Os dinossauros atualmente são divididos em três grandes grupos: Sauropoda: grandes dinossauros de pescoço e cauda compridos, herbívoros e quadrúpedes; Theropoda: eram predadores e apresentavam uma grande variação de tamanho e, em geral, possuíam fortes mandíbulas, braços ou garras que eram usadas como armas contra suas presas; Ornisthischia: eram herbívoros e apresentavam maior diversidade de forma que os Sauropoda, podendo apresentar elaboradas cristas, bicos ou chifres que sugerem que o grupo apresentasse comportamento social elaborado.

A disponibilidade de uma maior quantidade de alimentos e o aumento das temperaturas ajudou os dinossauros a ficarem gigantes. Ainda não está claro se os dinossauros eram endotérmicos, como os mamíferos, ou exotérmicos. O que se sabe é que a rápida evolução dos primeiros arcossauros até os gigantes dinossauros atuou como uma força seletiva poderosa na qual foram favorecidos os corações adaptados para responder bem às demandas exigidas pelo gigantismo; Era necessário enviar às células quantidades suficientes de nutrientes e oxigênio. A solução do coração dotado de quatro câmaras seria ideal para a posterior aparição das aves, mas nos dinossauros não fez senão continuar favorecendo o gigantismo.

Archosauria

Ornitschia - Secernosauro

Saurópode – Uberabatitan ribeiroi

Saurópode – Patagosaurus

Terópodes – Tyranosaurus rex

Terópodes – Carnotaurus sastrei