A partir da década de 70, a Educação Permanente foi vista como Um conceito que pode descrever-se como um processo de desenvolvimento até à realização final da pessoa, no tempo, ao longo de todas as fases da existência – infância, juventude, vida adulta, etc. – e no espaço, em todos os lugares em que a vida ocorre

As consequências da Ed. Permanente Designa um projecto Não é um sistema fechado É global Não é sectorizada Procura desenvolver-se também fora do sistema educativo Ultrapassa o sistema educativo e as suas possibilidades de controlo O ser humano é sujeito da sua própria educação É participativo, descentralizado e englobado nas necessidades sociais Não se limita ao período escolaridade É trans-escolar Abarca diversos ramos de saber, e ex- periências adquiridas de várias formas É integral É total Articula todos os projectos educativos Adaptado de Nogueira, A. C. (1996). Para uma educação permanente à roda da vida (p. 38). Lisboa: Instituto de Inovação Educacional.

Educação de Adultos: as questões prévias O que é um adulto? Educar um adulto é equivalente a educar uma criança? Podemos efectivamente «educar alguém»? O que significa educar adultos?

Educação de Adultos: Características da Educação de Adultos: (Tokio, 1972) Instrumento de conscientização, mudança e socialização Instrumento de preparação para a actividade produtiva Instrumento de expansão das pessoas, tomadas na sua globalidade, trabalho, vida cívica e familiar, etc. Instrumento de luta contra alienações económicas e culturais, e de elaboração de una cultura libertadora

Educação de Adultos: A Declaração de Hamburgo (1997)

Educação de Adultos: A Ed. Permanente passou a apontar como finalidades da Educação de Adultos (De Natale, 2003): Preocupar-se pelas necessidades específicas das pessoas Ajudá-las a resolver os seus problemas Considerar de forma holística os factores que ajudam a essa resolução Recuperar a autonomia dos adultos, promover a sua participação no contexto global do desenvolvimento Enfrentar as situações no seu próprio contexto Criar situações onde os adultos possam assumir a responsabilidade da sua própria educação Desenvolver uma visão crítica da educação De Natale, Mª L. (2003). La edad adulta, una nueva etapa para educarse. Madrid: Narcea.

Da Ed. Permanente /Ed. de Adultos à Aprendizagem ao Longo da Vida Visão aberta da Aprendizagem ao Longo da Vida: Centra-se na aprendizagem e não no ensino Termina com a separação analítica entre os que ensinam e os que aprendem Centra-se nos factores educativos que contribuem para uma cidadania humanista Vê a aprendizagem não só como um valor individual, mas também como um valor colectivo Seria, em suma, uma perspectiva alternativa para uma educação global (Ettore Gelpi)

Da Ed. Permanente /Ed. de Adultos à Aprendizagem ao Longo da Vida A visão / realização mais corrente da A L V: Reduz-se a uma visão simplista de capital humano A retórica da competência social, na qual as pessoas são vistas na sua capacidade de adaptação a diversas posições / empregos/ funções Canalizam a formação para o vocacionalismo Dirigida para o mercado de trabalho e só para as competências relacionadas com a integração neste… A responsabilidade da formação como competência profissional é posta inteiramente no indivíduo, único responsável pelo sucesso / fracasso do seu percurso, escolhas, etc. É um conceito que não só reproduz as hierarquias e desigualdades existentes, como pode potencialmente criar e legitimar outras novas (Field, 2001). Field, J. (2001). Lifelong Education, International Journal of Lifelong Education, 20 (1/2), 3-15.

Educação de Adultos: A Educação de Adultos actua nas seguintes áreas: Como educação compensatória (alfabetização /EBA) No desenvolvimento local e comunitário Na animação sócio-cultural Como formação contínua da população activa, incluindo a formação profissional Como promoção humana dos sectores marginalizados

Alfabetização e Educação de Base dos Adultos Rejeita a Escola como única instituição capaz de a conseguir Da alfabetização à Literacia A literacia como uma forma de interpretação do mundo, e como a capacidade de navegar nesse mundo A importância de conhecer os direitos sociais das pessoas A importância de uma leitura crítica do mundo (o oprimido tem a consciência do mundo que lhe permite o opressor) As várias formas de literacia