Ética e formação profissional

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Profa. Gilvanete Correia Bezerra
Advertisements

Profª. Ms. Zilda Mendonça
FILOSOFIA E ÉTICA Prof. Rafael Lima.
Filosofia grega Ethos : morada do homem.
O QUE É ÉTICA?.
Dinâmica e Gênese dos Grupos
Ética. Conceitos e definições. Prof Betty Menzl, MPH
Psicologia Aplicada e Ética Profissional
PSICOLOGIA.
Estratégia para práticas de Educação em Saúde; Estratégia para construção de vínculos com a comunidade atendida;
I- Concepção de Educação
Q.V.T Fator 2. Condições de segurança e saúde no trabalho. Dimensões
Filosofia moderna Kant (Idealismo)
MORAL E ÉTICA MORAL: mos-mores
DEB – ITINERANTE Currículo em Ação.
Serão os valores morais universais?
Adaptador por Professor Marcelo Rocha Contin
Ética da Empresa, Ética na Empresa,
EXISTENCIALISMO Os existencialista não tem um pensamento unificado.
Concepção Construtivista *Mitos e verdades
Pedagogia Histórico-Crítica (Dermeval Saviani)
METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO NA CONCEPÇÃO DA PRÁXIS
RELAÇÕES: PEDAGOGIA, EDUCAÇÃO ESCOLAR E DIDÁTICA
Discentes: Ione Andrade Melina Raimundi Andrade
ÉTICA, MORAL E ENGENHARIA
TEORIA CONTINGENCIAL SEMINÁRIO ADMINISTRAÇÃO
A EXISTÊNCIA ÉTICA.
Currículo para Escola de Evangelização Espírita Infanto - Juvenil
Introdução ao conceito de ÉTICA
Escola Comum e Inclusão
Selma Garrido Profª. MSc. Eunice Nóbrega Portela
Educação.
ÉMILE DURKHEIM ( ): TEORIA DOS FATOS SOCIAIS
Para Refletir... “Os analfabetos do próximo século não são aqueles que não sabem ler ou escrever, mas aqueles que se recusam a aprender, reaprender e voltar.
O QUE É ÉTICA? Ética vem do grego ethiké, e que abarca dois ramos de definição. Filosoficamente quer dizer costume (um bom costume). O verbete ethíké.
Marco Doutrinal e Marco Operativo
Profa. MSc. Daniela Ferreira Suarez
Existencialismo – Parte II
Profª Drª Loredana Limoli Universidade Estadual de Londrina.
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI
OBJETO DA ÉTICA Nas relações cotidianas dos indivíduos entre si surgem continuamente problemas. Ex: Devo ou não devo falar a verdade! Desta forma faz se.
Amor e Sexualidade.
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
PERFEIÇÃO MORAL O BEM E O MAL
Emile Durkheim e o fato social
Ética e Responsabilidade social
Senso e consciência moral
A LIBERDADE Prof. Lucas Villar
COMO SER “PROATIVO” Antonio Lemos.
Capítulo 17 , UNIDADE 4 Entre o bem e o mal Páginas 212 – 216 ;
Maria Isabel de Almeida Fac. de Educação – USP GEPEFE/FEUSP
Profª. Taís Linassi Ruwer
No processo de aprendizagem
FORMAÇÃO PERMANENTE DO PROFESSOR NUMA PERSPECTIVA FREIREANA
ÉTICA.
VALQUÍRIA MARIA JORGE SANCHES
O que é ética? Aluna: Adriely Cristine Parré Marques
Immanuel Kant Critica da razão pura (teoria do conhecimento) e
A verdadeira moral Zomba da Moral (Pascal)
ÉTICA GERAL Profª. Ms. Lissandra Lopes Coelho Rocha.
Immanuel Kant Critica da razão pura (teoria do conhecimento) e
Capítulo 17 Entre o bem e o mal.
DIDÁTICA A inter-relação da Educação com a Licenciatura, a Pedagogia e a Didática Objetivos: Estabelecer relações entre Educação, Licenciatura e Pedagogia.
Entre o bem e o mal.
Ética Kantiana.
Ética.
LUDWIG FEUERBACH Deus é a essência do homem projetada em um imaginário ser transcendente. Também os predicados de Deus (sabedoria, potência,
A TEORIA ÉTICA DE KANT UMA ÉTICA DEONTOLÓGICA
A PESSOA: As ideias sobre os valores e sua hierarquia permitem: Refinadas análises críticas do subjetivismo ético no mundo moderno Delineamento agudo da.
Os constituintes do campo ético
Transcrição da apresentação:

Ética e formação profissional Por uma abordagem crítica

Palavras Chaves Ética e Moral, Valor e Normas, Liberdade e Determinismo, Autonomia e Heteronomia, Educação e Aprendizado.

Premissa O homem é um ser cultural, capaz de transformar a natureza conforme suas necessidades existenciais, por meio de uma ação intencional e planificada Tal ação acontece em função dos valores que presidem o agir humano

Premissa Na medida em que atendemos ou transgredimos certos padrões, nossos comportamentos são avaliados bons ou maus, e o que produzimos é julgado belo ou feio.

Premissa Como todas as ações humanas possuem um caráter de valor, podemos dizer que é impossível viver sem estes mesmos valores. São constitutivos da vida humana.

Juízos de realidade e valor Existem dois tipos de juízos: os juízos de realidade e os juízos de valor. Os primeiros, enquanto constatação da realidade (ex.: isto é uma mesa) e os últimos, enquanto qualidade do conteúdo, podendo ser atrativa ou repulsiva, boa ou má e assim por diante( ex: esta atitude é correta)

Juízos de realidade e valor Os valores não são, mas valem. Quando dizemos de algo que vale, não dizemos nado do seu ser, mas dizemos que não é indiferente. A não-indiferença constitui esta variedade ontológica (constitutiva do ser) que contrapõe o valor ao ser. A não indiferença é a essência do valor

Valorar é um ato humano O ato de valorar é uma tarefa humana e coletiva que nunca termina. Ele fundamentará o projeto comum de dar um sentido ao nosso mundo. O homem é responsável por si mesmo e por todos. Escolhendo-me, escolho o homem porque minha opção engaja todos os outros homens.

Moral: dimensão prática A moral é um conjunto de regras de conduta adotadas pelos indivíduos de um grupo social e tem a finalidade de organizar as relações interpessoais segundo os valores do bem e do mal. A moral é a aplicação da ética no cotidiano, é a prática concreta.

Moral: construção contínua O homem não nasce moral, mas torna-se moral. O convívio humano é o grande responsável pelo aprender-se moral do homem. Por conseguinte, podemos afirmar que a educação tem como tarefa formar pessoas capazes de bem viver, agir de maneira virtuosa ou segundo princípios aceitos pela coletividade.

Moral: o sujeito autônomo O verdadeiro homem moral não recebe passivamente as regras do grupo, mas as aceita (ou recusa) livre e conscientemente. Tornar-se moral é assumir livremente as regras propostas. Autonomia x Heteronomia.

Educação e liberdade O destaque conferido aos valores de caráter moral, político e estético trazem consigo a tentativa de compreender a intencionalidade dos atos humanos. Atos, em última instância, livres. A liberdade não é algo dado, mas resultado de uma conquista, de um aprendizado constante. Mas em suma, o que é a liberdade?

Determinismo x liberdade Determinismo: o homem, como as coisas, sofre constrangimentos externos e internos, tendo apenas a ilusão de escolher livremente. Autonomismo: o homem possui uma liberdade absoluta, podendo agir de uma forma ou de outra, independente das formas que o constrangem. Nesse caso, ser livre é ser incausado.

Determinismo x liberdade Admitimos inicialmente que o homem é, sim um ser situado e, portanto, sofre múltiplas determinações, mas como é também um ser consciente, quando toma conhecimento da situação em que se encontra inserido, e dos obstáculos a ele antepostos, é capaz de agir sobre a realidade, transformando-a.

Determinismo x liberdade Assim, fica clara a idéia de que a liberdade é algo construído a partir de uma situação dada e de condições históricas concretas. Em outras palavras, a liberdade é um ato por natureza humano, histórico-cultural, inserido no tempo e espaço.

Liberdade e autonomia Todo o processo de adquirir autonomia é um processo de aprendizado. Parafraseando George Gusdorf, “a liberdade adolescente é uma adolescência da liberdade”.

Educação Moral O exercício concreto da aprendizagem a partir da relação mestre e aluno sempre está circunscrito no binômio: relação hierárquica ou relação igualitária. Esta relação é assimétrica, pois parte de uma diferença no ponto de partida e busca uma igualdade no ponto de chegada.

Relação Professor / Aluno Assim, a autoridade do professor ao longo do processo educacional vai sendo exercida de forma decrescente, em relação simétrica com a maturidade do aprendiz adquirida ao longo do processo. É passar da assimetria e heterogenia para a homogenia e simetria.

Liberdade x Tirania O pressuposto aqui é a noção positiva de que o conflito é uma das condições principais para a existência de um mundo livre. Para não sucumbir à tentação da tirania, temos de aprender a ‘trabalhar’ o conflito.

Papel da Educação Pais e mestres precisam ser: Tolerantes o suficiente para reconhecer que nem sempre seus valores são tão universais quanto imaginam.

Papel da Educação Pais e mestres precisam ser: Humildes para admitir que eventualmente eles mesmos podem estar enganados.

Papel da Educação Pais e mestres precisam: Abandonar o desejo de onipotência, pois, se o homem é livre, não há como obrigá-lo a não errar. Isto implica que toda educação comporta um risco de malogro, pois os homens são reais e não abstratos. O erro é constitutivo de sua história.

Educação A práxis educativa está toda permeada por valores, sendo conscientes ou não por parte dos educadores. Daí a importância de um enfoque especial aos valores moral, político e estético.