AVALIAÇÃO: DA REFLEXÃO À AÇÃO

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Transcrição da apresentação:

AVALIAÇÃO: DA REFLEXÃO À AÇÃO OT - Professores Coordenadores Diretoria de Ensino – Região de Bragança Paulista Agosto de 2013

Objetivo da Apresentação Retomar as concepções e conceitos de avaliação Refletir a respeito do uso de resultados/ avaliações educacionais e institucionais – alcance e limitações Articular a atuação da equipe gestora na elaboração de um plano de ação para melhoria do aproveitamento escolar e, consequente, resultados educacionais e institucionais.

Todos os educandos, quaisquer que sejam as suas origens familiares, sociais, étnicas, têm igual direito ao desenvolvimento máximo que a sua personalidade implica. Henri Wallon

Avaliação como Reflexão: alguns pressupostos A Avaliação da Aprendizagem é um processo reflexivo A avaliação da aprendizagem como dimensão do currículo A avaliação da aprendizagem é um ato reflexivo que pressupõe mudança de postura do professor

Perspectiva da Avaliação na Escola: Em sala de aula Os estudantes são avaliados com base em exames / provas preparados por seus professores Os professores utilizam tais exames para determinar aqueles que possuem condições de avançar no sistema O baixo desempenho do estudante é, frequentemente, considerado de responsabilidade do estudante e de suas famílias

Desafio: A EDUCAÇÃO ESCOLAR TEM DE ASSEGURAR NOVAS APRENDIZAGENS, EMERGINDO A NECESSIDADE DE UMA AVALIAÇÃO CONSISTENTE COM OS DESAFIOS CURRICULARES DA EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA.

Para isso : Romper com a lógica da avaliação como medida (classificar, selecionar, certificar) Promover o caráter diagnóstico e formativo da avaliação Assegurar uma avaliação Reguladora do processo ensino aprendizagem Articular Avaliação Educacional e Institucional

Avaliação Formativa: Tem como função informar o aluno e o professor sobre os resultados que estão sendo alcançados durante o desenvolvimento das atividades; melhorar o ensino e a aprendizagem; localizar, apontar, discriminar deficiências, insuficiências, no desenvolvimento do ensino-aprendizagem para eliminá-las; proporcionar feedback de ação (leitura, explicações, exercícios) (SANT’ANNA, 2001, p. 34).

Como Avaliação Diagnóstica: É uma etapa do processo educacional que tem por objetivo verificar em que medida os conhecimentos anteriores ocorreram e o que se faz necessário planejar para selecionar dificuldades encontradas.

Relação ensino-aprendizagem A avaliação é uma questão de aprendizagem, mas primeiramente de ensino: avaliar o aluno é também avaliar o professor e suas estratégias de ensino; é aproximar-se do aluno, conhecê-lo e possibilitar suas condições de aprendizagem; Como dimensão do currículo, a avaliação pressupõe pensar as concepções que se tem de avaliação, principalmente entre aquelas adotadas pela escola e pelos professores, no que é adequado e ético para o processo que se deseja em relação aos alunos, sujeitos submetidos. Avaliar é permitir que ocorram transformações não apenas nas formas de aprender, mas também de redefinir concepções,objetivos e métodos para se ensinar!

Outra Perspectiva: Avaliação Externa Externas, com foco nos alunos, nas escolas, nas redes ou nos sistemas Metodologia e testes padronizados População de grande porte (em larga escala), representada por amostra, sub- populações Proporciona estudos que produzem macro informações

Avaliação Educacional e Institucional: uma necessidade de articulação Se, por um lado, evidencia-se a necessidade de que sejam redirecionadas as finalidades a que vem servindo a avaliação da aprendizagem; por outro, impõe-se que seja vivenciada a avaliação da escola, de forma sistemática, para além da avaliação do aluno (Sandra Zakia, 1995).

Avaliação Educacional e Institucional: uma necessidade de articulação Tal posição reflete o entendimento de que a escola deve ser avaliada em sua totalidade, na qual se integra a avaliação do desempenho do aluno, não sendo possível pensar-se em modificar a sistemática de avaliação vigente sem encarar uma transformação global da escola. É duplo o desafio que se coloca aos educadores: redirecionamento das práticas de avaliação da Aprendizagem, com vistas a superar os desserviços e as inadequações dessas práticas, quando se tem como propósito a democratização da escola; e a construção de uma sistemática da avaliação da escola como um todo.

Questões: Qual é o nosso projeto educacional? Quais os princípios que devem orientar a organização do trabalho escolar? Qual é o nosso compromisso com os alunos desta escola, e, para além desses, com a construção de uma escola pública de qualidade? O que entendemos por qualidade?

Projeto Pedagógico "A avaliação se constitui em um processo de busca de compreensão da realidade escolar, com o fim de subsidiar as tomadas de decisões quanto ao direcionamento das intervenções, visando ao aprimoramento do trabalho escolar. Como tal, a avaliação compreende a descrição, a interpretação e o julgamento das ações desenvolvidas, resultando na definição de prioridades a serem implementadas e rumos a serem seguidos, tendo como referências os princípios e as finalidades estabelecidos no Projeto da Escola, ao mesmo tempo em que subsidia a sua própria redefinição (Sousa, 1995, p. 63).”

Avaliação dialógica: uma possibilidade A avaliação da aprendizagem não pode ser separada de uma necessária avaliação institucional, mesmo que elas sejam de natureza diferente: enquanto esta diz respeito à instituição, aquela se refere mais especificamente ao rendimento escolar do aluno. São distintas, mas inseparáveis. O rendimento do aluno depende muito das condições institucionais e do projeto político-pedagógico da escola. Em ambos os casos a avaliação, numa perspectiva dialógica (ROMÃO, 1998), destina-se à emancipação das pessoas e não à sua punição, à inclusão e não à exclusão ou, como diz Cipriano C. Luckesi (1998:180) “à melhoria do ciclo de vida”. Por isso, o ato de avaliar é, por si, “um ato amoroso” (Idem, ibidem).

LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem escolar LUCKESI, Cipriano. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo, Cortez, 1998, 7ª edição. ROMÃO, José Eustáquio. Avaliação dialógica: desafios e perspectivas. São Paulo, IPF/Cortez, 1998. SOUSA, S.Z. Avaliação Escolar: constatações e perspectivas. Revista de Educação AEC, Brasília -DF, ano 24,nº 94, p.59-66, jan./mar.,1995. ________ . Avaliação Escolar e Democratização: o direito de errar. In: AQUINO, J. G. (coord.) Erro e Fracasso na Escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1997. (p.125-140) ________. Avaliação Institucional: elementos para discussão. In: O Ensino Municipal e a Educação Brasileira, Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. São Paulo:SME, 1999.