Abordagem sobre as diferentes substâncias psicoativas

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Transcrição da apresentação:

Abordagem sobre as diferentes substâncias psicoativas Ministrante: Roney Oliveira

Abordagem em DQ Envolve anamnese detalhada Abordagem multidisciplinar Reestruturação de vida Avaliação das comorbidades

Critérios de Dependência em Psicofámacos Tolerância aos seus efeitos Sintomas de retirada Aumento da freqüência e quantidade utilizadas Dispêndio excessivo de tempo em busca da droga Interferência nas atividades cotidianas devidas ao uso Continuação do uso apesar de conhecer seus efeitos adversos

Dependência de opióides AA síndrome de dependência de opióides é caracterizada por um conjunto de sinais e sintomas associados ao uso patológico de opióides. Define-se como um padrão mal-adaptativo de uso da substância, levando a prejuízo ou sofrimento clinicamente significativos.

Abstinência de opióides Hiperalgesia Fotofobia Diarréia Taquicardia e hipertensão Câimbras Dores mio-articulares Distúrbios de ansiedade Humor deprimido

Enfoques ao tratamento da dependência de opióides Psicoterapias Grupos de auto-ajuda mútua (Narcóticos Anônimos) Tratamento hospitalar e ambulatorial Tratamento psicofarmacológico.

Intoxicação por opióides A intoxicação por opióides por si só não leva os indivíduos a procurar tratamento médico Overdoses de opióides geralmente ocorrem: Pessoas com baixa tolerância Dependentes que misturam o uso de opióides com outras drogas que deprimem o SNC Variação brusca na dosagem.

Manejo da Overdose de Opióides Estabelecimento de um suporte ventilatório adequado; Correção da hipotensão; Manejo de edema pulmonar (relacionado ao vazamento nos capilares pulmonares e não à sobrecarga de fluido). As drogas diuréticas são contra-indicadas;

Manejo da Overdose de Opióides O uso de naloxona é proposto em todos os casos suspeitos; Avaliação da temperatura corporal, infecções, inclusive pneumonia de aspiração; Crises epilépticas induzidas por meperidina são revertidas pelo uso de naloxona.

Síndrome de dependência de opióides As alterações adaptativas ocorrem com a ingestão da primeira dose de um opióide (denominada "dependência física aguda"). Sintomas leves ou moderados de abstinência de opióides podem ser observados após o uso regular de um opióide por somente alguns dias.

Enfoques farmacológicos na dependência de opióides Abstinência supervisionada: Isso pode variar tanto pela duração do tratamento quanto pelo tipo de medicações utilizadas (terapias de substituição x tratamentos sintomáticos). Manutenção - Em geral, essa forma de tratamento envolve administração de medicação contínua sem diminuição gradual da dose e pode durar anos.

Terapia de Substituição As medicações de substituição são farmacoterapias da mesma classe da substância abusada. Há atualmente duas medicações de substituição principais utilizadas para abstinência de opióides: metadona e buprenorfina.

Metadona É a medicação mais comumente utilizada para o tratamento de abstinência de opióides. Quando usada oralmente, o início dos efeitos é gradual e os níveis plasmáticos de pico ocorrem em 4 horas; 90% da metadona liga-se a proteínas.

Metadona Possui meia-vida longa Em doses suficientes produz tanto a supressão dos sintomas da abstinência de opióides como o bloqueio (ou tolerância cruzada) dos efeitos de outros opióides. Além disso, produz efeitos colaterais mínimos.

Uso da Metadona A dose inicial gira em torno de 20 a 50 mg; Quando utilizada de forma ambulatorial as doses são tipicamente reduzidas lentamente (em geral, semanalmente, ou até em intervalos de tempo maiores);

Uso da Metadona As reduções podem ocorrer em incrementos progressivamente menores quando as doses diárias chegam a 30 mg ou menos; Em geral, os pacientes têm melhores desfechos no longo prazo na manutenção com a metadona do que com sua retirada, mesmo quando essas abstinências ocorrem em vários meses.

Buprenorfina É um agonista parcial dos receptores de opióides tipo um; Demonstrou resultados promissores no manejo da síndrome de abstinência de opióides; É mais potente que a meperidina e pode ser administrada pela via sublingual ou parenteral;

Buprenorfina Possui uma meia-vida longa, e tem um risco de abuso potencialmente baixo; Dose Inicial de até 32 mg/dia. Na manutenção, a dosagem recomendada é de 8-16 mg/dia; É igualmente eficaz quando dada três vezes por semana, porque tem uma dissociação lenta dos receptores de opióides.

Buprenorfina Uma desvantagem é que não produz suficientes efeitos agonistas de opióides para compensar os pacientes com níveis mais altos de dependência física. Seu uso visa mais a substituição da medicação de manutenção do que induzir abstinência.

Terapias de não substituição: Envolvem a clonidina e os tratamentos sintomáticos;

Clonidina É um agonista de receptores alfa-2; É efetiva na redução de sinais e sintomas de abstinência de opióides, tais como sudorese, piloereção, formigamento, náusea e vômito; No entanto, possui pouco ou nenhum efeito em reduzir a fissura por opióides.

Clonidina As doses de clonidina variam de 0,6 a 1,2 mg/dia; Os dois principais efeitos colaterais são hipotensão e sedação; A clonidina não é recomendada para pacientes com histórico recente de acidente vascular cerebral, mulheres grávidas e pacientes com doenças cardíacas.

Tratamentos Sintomáticos Podem incluir: Drogas antiinflamatórias não esteróides (NSAIDs) para dores mioarticulares; Antieméticos para náusea e vômitos; Sedativos para distúrbios do sono.

Álcool Principal droga de abuso em todas as sociedades ocidentais. Alcoolistas crônicos têm sua vida abreviada em 20 anos em média. Entre 30 a 50% dos acidentes automobilísticos envolvem o álcool. Morbi-mortalidade por doença hepática, cardiovascular e câncer. Aumento da taxa de suicídio e homicídios.

Efeitos Farmacológicos do Álcool Efeitos Centrais Agudos Ansiolítico e euforizante em baixas doses; Prejuízo cognitivo e motor; Depressão de centros vitais; Estupor e coma. Efeitos Centrais Crônicos Amnésia; Demência; Encefalopatia.

Álcool Efeitos Periféricos Neuropatia; Hepatite e cirrose; Gastrite e úlcera péptica; Pancreatite; Miopatia; Impotência.

Tratamento do Alcoolismo Benzodiazepínicos Antipsicóticos Dissulfiram Naltrexona Acamprosato Outras drogas Psicoterapia

Nicotina É o principal alcalóide presente no tabaco. É um leve psicoestimulante, produzindo aumento da atenção e concentração, além de reduzir o apetite. Aumenta a salivação, a motilidade e a secreção ácida gástricas. O uso continuado induz tolerância e dependência, sendo a taxa de recaída em 1 ano de 70%.

Nicotina Fumantes pesados que interrompem abruptamente experimentam sintomas de retirada como: Compulsão Depressão Ansiedade Dificuldades de concentração Distúrbios do sono Hiperfagia Bradipnéia

Nicotina Os agentes utilizados para o tratamento do tabagismo são divididos em 2 grupos: Nicotina em formas menos tóxicas Bupropiona.

Crack em Nosso Meio Aumento da proporção de usuários. Estima-se uma taxa de mortalidade anual 10 vezes maior para estes usuários. Causas secundárias respondem por cerca de 70% das mortes.

Crack em Nosso Meio O Crack é obtido pela alcalinização da pasta de cocaína. Seu ponto de fusão e ebulição são mais baixos, permitindo sua queima em cachimbos improvisados.

Crack e seu Usuário Menor duração de efeitos. Elevados níveis séricos. Baixo custo.

Tratamento: e agora? Não há farmacoterapia específica. Avaliação de comorbidades. Descrições na literatura para o uso de carbamazepina, desipramina, agonistas dopaminérgicos e serotonérgicos...

Vacinação? Nova estratégia: Anticorpos anticocaína para prevenir sua entrada no SNC. Chamada de IPC-1010 ou de TA-CD liga-se perifericamente à cocaína. Aparentemente poucos efeitos adversos.

Vacinação? Não tem seu efeito prejudicado pelo uso de cocaína durante o período de imunoterapia. Efeito sustentado por cerca de 4 meses. Elevado custo. Estudos com baixo “n”.

O que fazer? Antecipar Dar alternativas Suporte social e de saúde.