Diálogo Social na Indústria Química

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Desenvolvimento Local & Territórios
Advertisements

Instituto Nacional de Saúde no Trabalho – CURSO SINDICAL DE FORMAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA.
INSTRUMENTOS PARA A TRANSPARÊNCIA DAS QUALIFICAÇÕES
Gabrielle Selani Cicarelli
CAMPANHA “Igualdade de Oportunidades na Vida, no Trabalho e no Movimento Sindical” REALIZAÇÃO Central Única dos Trabalhadores Secretaria Nacional Sobre.
SEMINÁRIO: POLÍTICAS PÚBLICAS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA
DESENVOLVIMENTO REGIONAL
São Paulo, 08 de fevereiro de 2006.
A Gestão Social pode ser vista como...
Igrejinha Parobé Riozinho Rolante Taquara Três Coroas.
Capacitação de Comitês de Educação em Direitos Humanos 30 e 31 de agosto 01 e 02 de setembro.
Saúde e Segurança no Trabalho
Seminário SANTA CATARINA ECONOMIA E MEIO AMBIENTE Macro diretriz: Aumentar, de forma sustentável, a competitividade sistêmica do estado Áreas de.
PLANO NACIONAL DE EMPREGO E TRABALHO DECENTE
APOIO INTEGRADO À GESTÃO DESCENTRALIZADA DO SUS – SANTA CATARINA
GT EMPRESAS SAUDÁVEIS - PRINCIPAIS QUESTÕES LEVANTADAS Ponto de partida: distinção dos modelos de atuação predominantemente centrados no indivíduo daqueles.
Brasília, 29/11 a 1º/12/ NEGÓCIO NORMATIZAÇÃO, ORIENTAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DO EXERCÍCIO E DAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS EM DEFESA DA SOCIEDADE, CONCESSÃO.
Novas Perspectivas de Apoio e de Avaliação de Políticas para MPEs em Arranjos Produtivos Locais Seminário RedeSist-SEBRAE Rio de Janeiro, 4 de julho de.
Cúpula Social do Mercosul Brasília 13 a 15 de dezembro de 2006 SECRETARIA-GERAL DA PRESIDÊNCIA REPÚBLICA.
Os desafios de nossa realidade exigem uma nova articulação dos espaços e dos atores para construir o futuro. O conceito de poder local :protagonismo,
Contexto Acidentes do trabalho em 2004: Diversas formas de vínculo
2012 A ERRADICAÇÃO DA POBREZA NOS MUN ICÍPIOS CEARENSES
Plano Brasil Maior 2011/2014 Inovar para competir
Instituto Nacional de Saúde no Trabalho – CURSO SINDICAL DE FORMAÇÃO SOBRE SAÚDE E SEGURANÇA.
1 3ª Reunião do Comitê Temático de 2ª Geração de Políticas para APLs Brasília, 28 de junho de 2012.
II OFICINA DE EDUCAÇÃO CORPORATIVA Oportunidades / Desafios Brasília – 18 e Ministério do Trabalho e Emprego.
Desafios e Propostas para o Desenvolvimento
1ª Jornada Internacional da Gestão Pública “O caso MDIC”
Recife, 31 de julho de Secretaria de Gestão do Trabalho
Objetivos do Trabalho Mapa Estratégico - Senado Federal
Presidente: Deputado Federal Vanderlei Siraque PT/SP SEMINÁRIO DO SETOR QUÍMICO DO BRASIL FRENTE PARLAMENTAR EM DEFESA DA COMPETITIVIDADE DA CADEIA PRODUTIVA.
ISO A NORMA INTERNACIONAL DE RESPONSABILIDADE E O MOVIMENTO SINDICAL
COMPETE ES A proposta para a construção do Espírito Santo Competitivo – COMPETE-ES - tem como fulcro principal o conceito de COMPETITIVIDADE SISTÊMICA,
I CONFERÊNCIA ESTADUAL DE EMPREGO E TRABALHO DECENTE
Desenvolvimento e Capacitação: o papel da gestão de pessoas
Marcelo Viana Estevão de Moraes Secretário de Gestão Maio de 2008
Talentos para Inovação
Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT.
Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
Cidade em Rede Visão 2030 Curitiba: referência internacional de cidade onde pessoas, empresas e governo estão organizados e conectados em redes sustentando.
DOCUMENTOS UTILIZADOS
Políticas Públicas para APLs de Base Mineral
1 Inovação na Gestão e Desenvolvimento Regional 2. Congresso Internacional de Inovação Margarete Maria Gandini Coordenadora-Geral de APLs – DECOI/SDP Porto.
Brasília, 27/06/2012 Trabalho Decente Adolescentes e Jovens.
Premissas Dados das Microrregiões.
PLANEJAMENTO MDA Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Luciene Burlandy Universidade Federal Fluminense 2006 Forum Brasileiro de Segurança Alimentar e Nutricional.
* TRABALHO DECENTE * ARAXA – 04/10/ O compromisso do governo brasileiro com a promoção do trabalho decente inicia-se formalmente com a assinatura.
Menu inicial 23º Congresso da CACB Porto de Galinhas/PE 11, 12 e 13 de setembro de 2013 Edna Cesetti Assessora Técnica – Analista.
Plano Nacional de Trabalho Decente - PNTD
SEMINÁRIO SOBRE DEMOCRATIZAÇÃO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO NO SUS REGIÃO NORDESTE. Recife 30 e 31 de julho de 2013 Recife, 30 e 31 de julho de 2013.
INOVAÇÃO – O BRASIL E O MUNDO
Gestão Descentralizada e Compartilhada A NOVA GOVERNANÇA Salão Nacional- JULHO 2009 Silvana Parente Consultora do MTUR - IADH Com respeito ao Plano Operativo,
FÓRUNS DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA ESTRATÉGIA DE FORTALECIMENTO DA GESTÃO DO SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA NO SUS AVANÇOS: O Pacto de Gestão comprometeu.
AGENDA 2020 O Rio Grande que queremos. Crescimento econômico Elevação da qualidade de vida Eqüidade social e regional Referência em inovação e tecnologia.
CONAPREV Conselho Nacional dos Dirigentes de Regimes Próprios de Previdência Social.
‘NÃO VAMOS REINVENTAR A RODA’
Planejamento da Divisão de tecnologia Balanços dos Meetings 2006 Aprovação da Proposta de Diretrizes Nacionais para TIC Divisão de Tecnologia Agenda.
PROGRAMA PETROBRAS AGENDA 21
TRABALHO, MOBILIDADE E NOVOS CONTEXTOS DE VULNERABILIDADE IVO BRITO DEPARTMENTO DE DST E AIDS MINISTÉRIO DA SAÚDE.
Composição dos Conselhos de Assistência Social
PRODUTOS PNUD PARA PARCERIA COM O CONACI Iniciativas Anticorrupção.
FÓRUNS DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA ESTRATÉGIA DE FORTALECIMENTO DA GESTÃO DO SISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA NO SUS AVANÇOS: Maior integração entre.
2014 Ministério do Turismo. Missão Desenvolver o turismo como uma atividade econômica sustentável, com papel relevante na geração de empregos e divisas,
CONTEXTO PROBLEMAS Necessidade de uma urgente e profunda reestruturação sindical frente aos novos objetivos do Mov. Sindical da A.L. 1. Ampliar a representatividade.
PLAN DE TRABAJO BRASIL Martinho Conceição Coordenador da Secretaria Nacional de Formação da CUT Ana Paula Melli Coordenadora Pedagógica da Esc.Sindical.
AGENDA CURITIBA DE TRABALHO DECENTE - ACTD. Agenda Curitiba de Trabalho Decente.
Saneamento Básico um Direito de Todos 46ª Assembleia Nacional da Assemae.
OIT – 90 ANOS A visão da indústria brasileira Câmara dos Deputados Comissão 28 - abril
A AGENDA 21 Profª MS. Milena Beatrice Lykouropoulos.
Transcrição da apresentação:

Diálogo Social na Indústria Química Seminário do Setor Químico do Brasil Diálogo Social na Indústria Química Paulo Lage Sindicato dos Químicos do ABC 5 de dezembro de 2012

Momento oportuno para avançar A partir de 2003, o Brasil entrou em novo tempo histórico e nova agenda política, econômica e social, baseada em crescimento, inclusão e soberania A viabilização do crescimento sustentável exige mais proteção social, mais diálogo dentro da fábrica, jornada de trabalho equilibrada com a vida social e familiar, com locais de trabalho mais seguros e saudáveis e mais segurança no emprego contra a demissão imotivada Não haverá crescimento econômico que não seja sustentado em termos trabalhistas, sociais e ambientais. Esta é a inovação que a indústria química deve desenvolver, em diálogo com os trabalhadores e à serviço do Brasil

O que entendemos por Diálogo Social? Método de trabalho para análise e superação de desafios referentes ao processo de desenvolvimento social e econômico Processo permanente em que os atores sociais, especialmente os envolvidos na relação entre capital e trabalho, legítima e mutuamente reconhecidos, engajam-se institucionalmente para debater temas de interesse comum, na busca por ações consensualmente elaboradas Quando exitoso, deve resultar em alinhamento de objetivos, intercâmbio de informações, novas agendas e temas de trabalho conjunto

O que entendemos por Diálogo Social? Processo de promoção da governabilidade democrática e do planejamento participativo do Estado Método de democratização da gestão empresarial a partir da liberdade de organização dos trabalhadores no local de trabalho Diferentes esferas em que o processo pode ser realizado: Macro/Nacional, por exemplo: CDES Macro/Setorial, por exemplo: Conselhos do Brasil Maior; Frente Parlamentar Indústria Química; Frente Parlamentar do Gás; “Indústria Química em 2020” Setorial, por exemplo: Redes Sindicais de Trabalhadores

Diálogo Social na Indústria Química Pioneirismo e vanguarda marcam as experiências de Diálogo Social na Indústria Química Seminário “Indústria Química no ano 2000” (1992, ABC) Câmara Setorial na década de 1990 Grupos Tripartites sobre Saúde, Segurança e Meio Ambiente (NR’s; Benzeno; Acordos de Prensas do Setor Plástico) Grupos de Trabalho específicos, como o GT Petroquímico-Plástico no ABC Seminário “Indústria Química em 2020 – Um novo rumo é possível” Conselhos de Competitividade do Brasil Maior (Química, HPPC, entre outros)

Indústria Química em 2020 Iniciativa dos Químicos do ABC inspirada na estratégia dos Governos Lula e Dilma de buscar a governabilidade democrática e o diálogo entre as partes para elaborar agenda de desenvolvimento de longo-prazo para o Brasil Realizado entre junho e setembro de 2011, no ABC Mais de 50 horas de formação de alto nível destinada principalmente aos integrantes de Comissão de Fábrica, Sistema Único de Representação (SUR), CIPA e direção sindical Participação de grande número de empresários e executivos de empresas do Setor, estudantes, trabalhadores químicos da região do ABC, de São Paulo e de outros Estados, autoridades e especialistas do setor público

Indústria Química em 2020 O ciclo de debates e o seminário internacional colocaram em discussão as conclusões do estudo “Reestruturação e Diálogo Social na Indústria Química no Brasil”, realizado para a OIT por assessores dos Químicos do ABC Diálogos sobre as dimensões Econômicas, Sociais e Ambientais de uma Agenda de Desenvolvimento para a Indústria Química Participação ativa da ABIQUIM e de importantes empresas do setor, além de BNDES, MDIC, Fundacentro-MTE, INMETRO, Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e, no plano internacional, da OIT-Genebra e da INDUSTRIALL

Indústria Química em 2020 Algumas conclusões e recomendações As Empresas devem considerar a participação dos trabalhadores na elaboração de suas políticas de responsabilidade social e ambiental, além de difundir e qualificar a informação para os trabalhadores e para a sociedade sobre estas políticas Ampliar a organização de Redes em empresas transnacionais e grupos empresariais brasileiros, para nivelar os padrões de SST em todas as unidades produtivas e administrativas Avançar para Acordos Nacional e Global com auditoria conjunta nos locais de trabalho, em particular sobre SST e meio ambiente

Indústria Química em 2020 Fortalecer a negociação coletiva de cláusulas de SSTMA em Acordos e Convenções Coletiva s de Trabalho Elaborar Mapa de Risco na cadeia produtiva: empresas de maior porte podem e devem compartilhar conhecimento e capacidades com as empresas de menor porte Avançar para o conceito e a prática da CIPA Ambiental, inserindo meio ambiente entre as atribuições da CIPA Debater com Associações Empresariais e Governo Federal a oportunidade de constituir uma Agencia Executiva de Segurança Química, com o objetivo de implementar a gestão de substâncias químicas no Brasil

Desafios ao Diálogo Social Destacamos aqui pontos para o debate que podem contribuir com ações tripartites para uma Agenda de Desenvolvimento da Indústria Química no Brasil Organização no Local de Trabalho Sindicatos precisam efetivar, aprofundar e ampliar esta prática Empresas precisam superar infundados temores que obstruem ação sindical no local de trabalho e reconhecer a Organização no Local de Trabalho como base para o Diálogo Social, a Negociação Coletiva permanente e o desenvolvimento produtivo Estado deve mediar e estimular melhorias na legislação que incentivem a organização no local de trabalho

Desafios ao Diálogo Social Propostas de temas para Diálogo Social na Indústria Química Monopólio e desenvolvimento: estrutura de mercado, geração de emprego e condições de competitividade e inovação em contexto de extrema concentração de capital na petroquímica Como elaborar e aperfeiçoar processos de formação e qualificação profissional que levem em conta a realidade dos trabalhadores, especificamente a rápida elevação da escolarização formal, a média etária elevada e a necessidade de se fortalecer oportunidades de carreira profissional na indústria química? Como construir mecanismos bipartites que possibilitem medidas voluntárias para redução da rotatividade de trabalhadores na indústria química?

Sindicato dos Químicos do ABC Agradeço a atenção Paulo Antonio Lage Sindicato dos Químicos do ABC www.quimicosabc.org.br