ANESTESIA SUBARACNOÍDEA E PERIDURAL

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
COLUNA VERTEBRAL.
Advertisements

Paulo Rogério Mudrovitsch de Bittencourt Dimpna
Regulação Nervosa da Circulação
INFLUÊNCIA DA CONTRATILIDADE NA CURVA DE FUNÇÃO VENTRICULAR
RAÍZES, PLEXOS E NERVOS Nervos: emergem do neuro-eixo
ANESTESIA EM OBSTETRÍCIA
Sistema Nervoso Autônomo
Sitema esquelético ColégioINEDI Prof. Luiz Antônio Tomaz.
Recuperação Pós Anestésica
COLUNA VERTEBRAL E MEDULA ESPINHAL.
HIPERTENSÃO ARTERIAL DEFINIÇÃO
MEDULA ESPINHAL Parte do sistema nervoso central (SNC)
FUNÇÕES DO SISTEMA NERVOSO
POLINEUROPATIA PERIFÉRICA
ANATOMIA DIVISÃO DO CORPO HUMANO: CABEÇA PESCOÇO TRONCO MEMBROS.
ANESTÉSICOS LOCAIS Marcos Vinicius Mota Pires.
TRABALHO DE INSTRUÇÃO DE BOMBEIROS Noções basicas de anatomia
Lesão Medular Espinhal
RAÍZES, PLEXOS E NERVOS Nervos: emergem do neuro-eixo
CHOQUE Renatta Pontes.
Coluna Vertebral – LOMBAR II
Coluna Vertebral Luciana Cooper.
BIOLOGIA I.
Disciplina de anatomia
FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR
ANATOMIA MACROSCÓPICA E ENVOLTÓRIOS
Neuroanatomia aula 2 Larissa T Genaro.
ARTICULAÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL.
Coluna vertebral.
H i p e r t e n s ã o Intracraniana
SISTEMA NERVOSO 2- Tubérculo anterior 3-processo articular 4- corpo vertebral 5- espaço subarac: meio de contraste 7-ramo dorsal 11-multifido 12-pedículo.
COLUNA VERTEBRAL.
FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR
HIC Dr. José Bonifácio Carreira Alvin
SNC – morfologia interna e externa
Medula Espinhal Macroscopia
Músculos abdominais Prof: Erika Clemente.
Sitema esquelético.
ANESTESIA GERAL ANESTESIOLOGIA - UFPE.
Elizabeth Teixeira Noguera Servin
ANESTESIA GERAL ANESTESIOLOGIA - UFPE.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Emergência Neurológica
ESPINHA BÍFIDA OU MIELODISPLASIA
MEDULA ESPINAL NEUROANATOMIA 2009.
ANESTESIAS NO CANAL RAQUIDIANO
Peridural e Raquianestesia Prof.a: Fátima Carneiro Fernandes, TSA/SBA
Disciplina de Farmacologia
Colégio Maria Imaculada
EFEITOS FISIOLÓGICOS DA IMERSÃO
Regulação da Pressão Arterial Grupo de Monitores de Fisiologia Geral César Sebben Caxias do Sul, Abril de 2014.
COLUNA TORACICA PERFIL
Sistema Nervoso.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RAQUIANESTESIA CONCEITO-É a anestesia obtida pela injeção de pequena quantidade de Anestésico Local no espaço subdural.
Sistema Nervoso Aula 1 Profª. Sandra Castro.
Disciplina de Fisiologia
 LESÃO MEDULAR TRAUMÁTICA  FISIOPATOGENIA  TRATAMENTO PRÉ E INTRA HOSPITALAR  DISFUNÇÕES MICCIONAIS  FUNÇÃO INTESTINAL  SEXUALIDADE  DISCUSSÃO ADAURI.
Sistema Nervoso.
Anatomia e Fisiologia Aula 4.
Sistema Nervoso Profª Ana Gardênia 2. Sistema Nervoso Profª Ana Gardênia 2.
SISTEMA NERVOSO.
CURSO: BACHARELADO EM ENFERMAGEM Disciplina: Saúde do Adulto
Bloqueios Espinhais Alberto De Carli Jefferson Z. Costa
Alunos:Eduardo F. Sovrani, Luvas Ev, Mario Schepainski Junior.
Transcrição da apresentação:

ANESTESIA SUBARACNOÍDEA E PERIDURAL FACULDADE DE MEDICINA DE SÂO JOSÉ DO RIO PRETO DISCIPLINA DE ANESTESIOLOGIA Prof. Dra Eneida Maria Vieira

HISTÓRICO 1885- Corning realizou a 1ª anestesia subaracnóidea experimentalmente provavelmente uma peridural 1898- Sicard –efeitos tóxicos da cocaína injetada no espaço subaracnóideo 1901- primeira epissacra – França -1921- fidel Pagés- Espanha 1898- August Bier – 1ª punção lombar – 1ª anestesia subaracnoidea 1998 –Brasil – Paes Leme 1ª anestesia subaracnoidea Bier tambem descreveu a 1ª cefaléia por anest. subaracnóidea

COLUNA VERTEBRAL - ANATOMIA Vértebras cervicais – 7 8 nervos cervicais Vértebras torácicas – 12 12 nervos torácicos 33 VERTEBRAS 31 PARES DE NERVOS Vértebras lombares – 5 5 nervos lombares Vértebras sacrais – 5 5 nervos sacrais Vértebras coccígeas – 4 1 nervo coccígeo

COLUNA VERTEBRAL - ANATOMIA VÉRTEBRAS

COLUNA VERTEBRAL - ANATOMIA Referência anatômica C7-proeminente na base cervical posterior T3- espinha da escápula T7-borda inferior da escápula L4 ( TUFFIER ) borda superior da crista ilíaca S2- espinha ilíaca póstero-superior

COLUNA VERTEBRAL - ANATOMIA

COLUNA VERTEBRAL - ANATOMIA LIGAMENTOS Supra-espinhoso Interespinhoso Amarelo Longitudinal posterior Longitudinal anterior

COLUNA VERTEBRAL - ANATOMIA LIGAMENTOS Supra-espinhoso Interespinhoso Amarelo Espaço peridural Longitudinal posterior Longitudinal anterior

ANESTESIA SUB-ARACNÓIDE

COLUNA VERTEBRAL - ANATOMIA Espaços raquidianos Peridural – entre ligamento amarelo e a dura-máter Subdural – espaço “virtual” entre dura-máter e a aracnóide Sub-aracnóideo – entre a aracnóide e a pia-mater

COLUNA VERTEBRAL - ANATOMIA

COLUNA VERTEBRAL - ANATOMIA Nascimento: Se posiciona em L3 Adulto: 30% se posiciona em T12 60% se posiciona em L1 10% se posiciona em L2

Anestesia sub-aracnóidea Ação anestésica local – bloqueio da condução Essencialmente ao nível das raízes espinhais Fibras nervoss bloqueadas: 1- amielínicas C : dor, temperatura e nocicepção 2- mielínicas B: pré-gangflionares auntonômicas 3- mielínicas A dor, temperatura/ tonus muscular e reflexos/ tato e pressão/ propriocepção e motricidade

Distribuição do anestésico local no espaço peridural Injeção Peridural Deslocamento longitudinal do volume no espaço peridural Passagem pelos forames intervertebrais Captação pela gordura peridural Difusão através da bainha da dura-mater Absorção vascular Difusão através da dura-mater Bloqueio paravertebral efeitos sistêmicos Bloqueio de raizes espinhais LCR LCR Bloqueio superficiais da medula

Efeitos cardiovascular- fisiologia - Extensão rostral do bloqueio simpático Sinais : - ↓PA , ↓PVC, ↓VS, E ↓ DC; ↓FC: ↓retorno venoso ( reflexo de Bainbridge) alteração balanço ( simpático/ parassimpático)

Efeitos cardiovascular- fisiologia Fatores que influenciam na ↓ PA e ↓ FC Hipotensão arterial Bradicardia Bloqueio simpático acima de T5 FC inicial < 60bpm Estado físico ASA 1 Idade < 50 anos Uso de β -bloqueador Intervalo PR longo Bloqueio simpático acima de T5 PAS <120 mmHg Punção acima de L3-L4 Idade superior a 40 anos

Respiratório- fisiologia Apnéia - Isquemia bulbar Devido a ↓ PA ( bloqueio simpático ) Bloqueio torácico alto. Diafragma compensa Bloqueio do frênico é raro

Digestório- fisiologia Inervação dos órgãos abdominais: T6-L2 Bloqueio simpático -- predomina parassimpatico (VAGO): ↑ secreções relaxamento dos esfíncteres maior peistalse (tempo esvaziamento gástrico) melhor perfusão intestinal (em comparação a anestesia geral)

Genitourinário- fisiologia Inervação simpática renal : T10- L1 Filtração glomerular : altera em PAM < 60mmHg Retenção urinária : “realidade” Atonia vesical ↑ do tonus esfincteriano (comprometimento do PS pélvico)

Anestesia sub-aracnóidea - técnica

Anestesia sub-aracnóidea Vias de abordagem – espaços L2-L3 ; L3-L4 ; L4-L5 Botão anestésico – dérmico e interespinhoso Mediana / Para-mediana

Anestesia sub-aracnóidea CONTRA-INDICAÇÕES ABSOLUTA : recusa do paciente Hipovolemia: risco de hipotensão arterial grave Hipertensão intra-craniana: herniação cerebral Coagulopatias: risco de hematoma peridural Sepse: risco de meningite Infecção no sítio da punção: risco de meningite ou infecção no trajeto da punção

Eventos adversos Cefaléia pós-punção dural Lombalgia Retenção urinária Sintomas neurológicos transitórios Síndrome da cauda equina Processos inflamatórios/ infecciosos - meningite septica/ asséptica

Anestesia sub-aracnóidea Vantagens : Perpetuação da técnica Facilidade de execução Latência curta Bloqueio motor e relaxamento adequado Menor perda sanguínea intraoperatória Menores eventos tromboembólicos no pós-operatório Menor morbimortalidade em pacientes de alto risco Analgesia prolongada no pós-operatório