ESPLENECTOMIA INDICAçÕES E TÉCNICA CIRURGICA
Esplenectomia A cirurgia do baço usualmente delimita-se à retirada total do mesmo, apesar de algumas tentativas de preservação, desde que pequenas lesões sejam detectadas e que estrito controle pós-operatório seja mantido .
Anatomia O baço localiza-se no hipocôndrio esquerdo, sendo revestido por uma cápsula fibrosa; O órgão apresenta relações de fixação com o estômago, através do ligamento gastroesplênico, com o rim E, através do ligamento espleno-renal e com o cólon, através do ligamento esplenocólico.
Anatomia
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Anatomia O baço é irrigado pela artéria esplênica, ramo direto do Tronco Celíaco, correndo na borda cranial do pâncreas até atingir o órgão, onde divide-se em 2 ou 3 ramos; A drenagem venosa é realizada pela veia esplênica, através da confluência de diversos ramos e que posteriormente formará a veia Porta; As veias usualmente se localizam atrás das artérias.
Anatomia
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Funções do baço Função hematopoiética – sintetiza linfócitos, monócitos, células plasmáticas e reticulares; Funcão hemocaterética – retira e destrói elementos do sangue lesados, alterados ou simplesmente envelhecidos, como hemáceas e plaquetas.
Esplenectomia Inibidor da medula óssea – através da liberação de hormônios, o órgão pode frear a produção e maturação de hemáceas, granulócitos e plaquetas; Imunidade – O baço aumenta de tamanho nos processos infecciosos, sendo formador de anticorpos. Pacientes esplenectomizados são mais suscetíveis à infecções e septicemia por pneumococo; Pacientes com protozoonoses, como a malária, têm sua doença agravada com a retirada do baço.
Esplenectomia Atualmente indica-se a administração de vacina anti-pneumocóccica em todos os pacientes que serão submetidos à esplenectomia eletiva, 2 semanas antes do procedimento.
Funções do baço
Causas de aumento do baço
Esplenectomia Indicações: Traumatismos – trauma abdominal aberto ou fechado, que tenha atingido o órgão (lembrar da ruptura em 2 tempos) ou ainda trauma trans-operatório, com inadequado controle hemostático.
Esplenectomia Indicações: Rotura espontânea – leucemias especialmente; Hematopatias, cujo controle clínico, especialmente com corticóides, não tenha funcionado adequadamente, tais como: Anemia hemolítica congênita Neutropenia esplênica primária
Esplenectomia Púrpura trombocitopênica idiopática Hiperesplenismo secundário Leucemia linfocítica crônica Estadiamento da moléstia de Hodgkin Púrpura trombocitopênica trombótica
Esplenectomia Outras: Tumores do baço (raros), cistos parasitários (hidatidose), sarcoma; Complemento ou tempo obrigatório de outras intervenções cirúrgicas como tratamento de hipertensão portal, carcinoma gástrico, etc. Complemento de transplantes ou terapêutica imunossupressora.
Esplenectomia Observação: As roturas tardias ou em 2 tempos podem ocorrer dentro de 4 semanas.
Esplenectomia Técnica Cirúrgica: Vias de acesso – Laparotomia paramediana pararretal interna E; Laparotomia mediana supra-umbelical; Laparotomia sub-costal E; Laparoscópica.
Esplenectomia Técnica Cirúrgica: Recomenda-se a ligadura prévia da artéria esplênica, no tronco, antes de qualquer tentativa de liberar o órgão; esta manobra faz com que o baço diminua de volume, facilitando sua manipulação. Após secção dos ligamentos periféricos ao órgão, procede-se a luxação do mesmo, completando-se a ligadura vascular e a sua retirada.
Esplenectomia
Tratamento conservador
Esplenectomia No caso de esplenectomia por doença hematológica, deve-se proceder a pesquisa de baço acessório, presente em até 10% dos casos e cujas principais localizações encontram-se ao lado.
Esplenectomia Alguns momentos da esplenectomia videolaparoscópica: