Profa. Adalgisa Ferreira

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
ESCOLA DE ANÁLISES CLÍNICAS AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO. HEPÁTICA Prof
Advertisements

Por Victor Spinelli Balieiro
DISCIPLINA SAÚDE E TRABALHO 2008/2 Profa. Carmen Fróes Asmus
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO HEPÁTICA DE CAVALOS COM DUODENO-JEJUNITE PROXIMAL
Transplante Hepático Sumara Barral.
Prurido na gestação Papel da Colestase Intrahepática da Gestação Amanda Rodrigues De Morêto – 10º período.
Ac. André Hilario Lilian Eysink
Acompanhamento e conduta das Hepatites Virais B e C
Faculdade de Medicina de Itajubá Monitoria de Bioquímica e Laboratório Clínico CPK.
ESTRUTURA CELULAR Hepatócitos organizados em placas com a espessura de apenas uma célula e separadas entre si por espaços vasculares chamados sinusóides.
Gama-glutamiltransferase (Gama GT)
Monitoria de Bioquímica e Laboratório Clínico ALBUMINA
Cap. 100 Pancreatite aguda Mauricio Silva
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS PROF. DR. J. B. PICININI TEIXEIRA
Monitoria de Bioquímica e Laboratório Clínico TGO/AST
UMA CAUSA RARA DE COLESTASE HEPÁTICA
Aluna: Maria Paula Turma: 71 Professora: Mariluce
Monitoria de Bioquímica e Laboratório Clínico
ICTERÍCIA Rafael Fighera Laboratório de Patologia Veterinária
INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA EM CÃES E GATOS
HEPATITE COLESTÁTICA - UM DESAFIO DIAGNÓSTICO E TERAPÊUTICO –
ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E IDOSO Profª MARY R. QUIRINO POLLI ROSA
Hepatites virais.
Transplante Hepático Caso 4
Universidade Federal da Bahia Faculdade de Medicina-HUPES Serviço de Anatomia Patológica IMUNOPATOLOGIA I Transplante Hepático Caso 1.
Enzimas de uso clínico Aula 4 Perfil do estado metabólico
Bioquímica I 1º ano Mestrado Integrado em Medicina
Avaliação Nutricional
HEPATITES VIRAIS.
Diagnóstico Sinais e sintomas clínicos – colúria, acolia fecal, prurido cutâneo intenso Início súbito ou insidioso, febre (colangite), uso de drogas com.
Professora Ms. Maísa M. Silva
ENZIMAS DE DIAGNÓSTICO
Icterícia (Retenção Sistêmica de Bilirrubina)
MARCADORES CARDÍACOS.
Bioquímica e Imunologia
Fundação Bahiana para Desenvolvimento das Ciências Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública Liga acadêmica de Gastroenterologia e Hepatologia Esteatose.
DOENÇAS HEPÁTICAS Professor Manoel Ricardo Aguirre de Almeida
INFARTO E DISTÚRBIOS MUSCULARES PROF. DRA FERNANDA BORGES
Fimca – Curso de Farmácia
Doenças hepáticas Vívian Coura.
Os exames são baseados nas funções de excreção e detoxicação hepática
HEPATITES VIRAIS: ASPECTOS GERAIS Dia Mundial Prevenção das Hepatites
Clube de revista Etiologia, evolução e indicadores prognósticos da insuficiência hepática fulminante na infância no Reino Unido (Etiology, Outcome and.
FLUXOGRAMA DE INVESTIGAÇÃO LABORATORIAL DAS HEPATITES VIRAIS NA ATENÇÃO BÁSICA Elaborado por um grupo de profissionais das SMS de Londrina, Cambé, Rolândia.
ENZIMAS DE DIAGNÓSTICO
Diagnóstico das Hepatites Virais
ANÁLISE BIOQUÍMICA DE ENZIMAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CURSO DE MEDICINA ICTERÍCIA
Transaminase Glutâmico Pirúvico - TGP
C1 – Mariana Boratto Peixoto Oncologia Pediátrica
ABORDAGEM DIAGNÓSTICA DA ICTERÍCIA FEBRIL
INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA EM GATOS
DISCIPLINA CLINICA MÉDICA - GASTROENTEROLOGIA
Transplante Hepático Caso 3
SÍNDROMES COLESTÁTICAS
Padrões Arquiteturais lobular – acinar
Nutrição - Doenças Hepáticas
Transtornos Musculares
Provas de Função Hepática
Metabolismo de Proteínas
PROTEINOGRAMA.
Icterícia Obstrutiva Aline Bertoni Cecília Vidal Flávia Cappelli
Profa. Juliana Valente Patologias do Fígado.
Testes laboratoriais de avaliação da função hepática
Pancreatite Aguda e Crônica
 Cirrose alcoólica;  Hepatites virais;  Hepatite autoimune;  Esteatose hepática;  Hemocromatose;  Doença de Wilson;  Fibrose cística;  Hepatite.
PROVAS DE FUNÇÃO HEPÁTICA Profa. Msc. Joana D’arc Rozendo dos Santos Biomédica – Mestre em Biociências – Doutoranda em PPGBAS – LIKA – UFPE.
Transcrição da apresentação:

Profa. Adalgisa Ferreira O LABORATÓRIO NAS DOENÇAS DO FÍGADO Profa. Adalgisa Ferreira 2011

INTRODUÇÃO A AVALIAÇÃO LABORATORIAL HEPÁTICA TEM COMO FINALIDADE: - determinar a presença ou ausência de doença fazer o diagnóstico específico determinar a gravidade da doença monitorar o curso da doença

INTRODUÇÃO Principais testes laboratoriais empregados na prática para avaliação de dano hepático bilirrubinas enzimas hepáticas: ALT e AST, FA e GGT Para avaliação da síntese hepática albumina tempo de protrombina (TAP, INR)

INTRODUÇÃO O laboratório nas doenças hepáticas avalia Icterícia Bilirrubinas Necrose hepatocelular ALT (TGP), AST (TGO) Colestase FA, GGT Síntese protéica (função hepática) Albumina, TAP

Ciclo E-H

Bilirrubinas Provêm da degradação do heme BI – lipossolúvel, circula ligada à albumina BD – conjugada ao ácido glucurônico no fígado; hidrossolúvel; excretável pela bile/rins BI: Aumenta em hemólise e nas deficiências congênitas ou adquiridas de glicuronização BD: Aumenta nas doenças hepatocelulares e doenças biliares

BD>BI ? BI>BD ? Aumento isolado de BILIRRUBINAS (AST e ALT, GGT e FA normais) considerar a fração predominantemente alterada BD>BI ? BI>BD ?

Diagnóstico molecular Aumento isolado de B. INDIRETA BI>BD BT<6mg/dl BT>6mg/dl S.GILBERT ? HEMÓLISE ? Crigler-Najar II Diagnóstico molecular Mutação UGT1A1 Reticulócitos Haptoglobina

Aumento isolado de B. DIRETA BD>BI S.ROTTOR? S.DUBIN-JOHNSON ? BSP BIÓPSIA HEPÁTICA

ENZIMAS HEPÁTICAS Na prática, para fins de raciocínio clínico, é útil classificar a alteração laboratorial em: predominantemente hepatocelular (AST, ALT)* predominantemente colestática (FA, GGT)* * Com ou sem icterícia (predomínio de BD)

AST/ALT Coração Músculo esquelético Rins Cérebro Pâncreas Pulmões Fígado(mitocôndria/citosol) Coração Músculo esquelético Rins Cérebro Pâncreas Pulmões Leucócitos ALT Fígado Músculo estriado (pouco) Maior especificidade para lesão hepática

Mitocôndria

Aumento isolado de AST ou ALT (FA, GGT e BB normais) SE AUMENTO ISOLADO DE ALT Considerar doença hepática SE AUMENTO ISOLADO DE AST Considerar outras causas de elevação (DOENÇA MUSCULAR, HEMÓLISE, LESÃO CARDÍACA)

Aumento de AST e ALT> FA e GGT Sugere lesão hepatocelular Usar o seguinte critério para investigação: muita elevação de ALT e AST (> 10x LSN) pouca elevação (< 5x LSN) com ALT>AST pouca elevação (< 5x LSN) com AST>ALT

 AST e ALT>10xLSN Em geral são lesões agudas hepatites virais agudas hepatites medicamentosas isquemia aguda (choque, Budd-Chiari)

 AST e ALT< 5xLSN São as situações mais comuns na prática Em geral os pacientes são assintomáticos São situações onde a alteração laboratorial é um achado de exame: bancos de sangue, check-up, etc.

<5xLSN (ALT>AST) Esteatose EHNA Hepatites virais crônicas Fármacos Hemocromatose ALT>AST D. Celíaca D.Wilson Def. AAT Autoimune

<5xLSN (ALT>AST) A doença gordurosa hepática, secundária à obesidade é a causa mais comum 42% FGNA, 15% HCV, 8% álcool

<5xLSN (ALT>AST) Fármacos Medicamentos podem provocar qualquer tipo de lesão hepática. Relação com introdução da droga/ melhora após suspensão. Mais comuns: AINH, anti-convulsivantes, tuberculostáticos, statinas, drogas ilícitas (anabolizantes, cocaína, ecstasy). Investigar medicações alternativas.

<5xLSN (ALT>AST) Hepatites crônicas Hepatite crônica viral B – HBsAg Hepatite crônica viral C – anti-HCV Hepatite auto-imune – FAN, AAML

<5xLSN (ALT>AST) Hemocromatose Comum; 10% dos caucasóides são heterozigotos Triagem: saturação da transferrina Diagnóstico molecular (C282Y, H63D, S65C).

<5xLSN (ALT>AST) Doença de Wilson Triagem – ceruloplasmina Anéis de Kayser-Fleischer Cobre urinário e sérico Diagnóstico molecular – grande número de mutações

<5xLSN (AST>ALT) Cirrose Álcool Miopatias AST>ALT Exercícios D. Tiróide

<5xLSN (AST>ALT) >1,0 – cirrose de qualquer etiologia >2:1 – 90% álcool >3:1 – 96% álcool Causas de  AST x álcool: - lesão mitocondrial -  concomitante de GGT (indução enzima pelo etanol)

Algoritmo para ALT elevada aminotransferases AST ALT e AST causa não hepática Levar em consideração o quadro clínico investigar doença hepática

Enzimas de colestase Conceito de colestase Padrão:  FA e GGT

Fosfatase alcalina Presente em: Causas fisiológicas de aumento: Fígado (ductos biliares e próximo à membrana biliar dos hepatócitos) - Osso Intestino Causas fisiológicas de aumento: 3o trimestre gestação Adolescência Menopausa

Aumento isolado de F. ALCALINA (AST e ALT, GGT e BB normais) Considerar aumento da fração óssea Isoenzimas da fosfatase alcalina Determinação quantitativa imunoenzimática da fração óssea

Gama-GT Presente em: Útil para discriminar  de outras enzimas Fígado (epitélio biliar e hepatócitos) Pâncreas Rins Útil para discriminar  de outras enzimas

Aumento isolado de GAMA-GT (AST e ALT, FA e BB normais) Marcador muito sensível mas pouco específico Afastar lesão ocupando espaço: US E TC Considerar fatores indutores: ÁLCOOL, DROGAS Considerar doença hepática

Colestase (FA e GGT) FA e GGT * * Com ou sem BD  COM dilatação das vias biliares SEM dilatação das vias biliares Colestases extra-hepáticas (cálculos,tumores das vias biliares e pâncreas) Hepatopatias agudas (vírus,álcool,medicamentos) Hepatopatias colestáticas crônicas (CBP,CEP, medicamentos) Infiltrações hepáticas * Com ou sem BD 

Testes de Função Hepática Albumina Tempo e atividade de protrombina

Provas de Função Hepática - Albumina - Albumina < 3,5 g/dL Proteinúria Perda intestinal Desnutrição Insuficiência hepática

Provas de Função Hepática - Tempo e Atividade de Protrombina - TP > 3 seg AP < 70% Desnutrição Colestases crônicas pâncreas Má absorção Antibioticoterapia Deficiência Vitamina K Insuficiência Hepatocelular Agressões Hepatocelulares  Síntese > 80%

Resumo BD>BI ALT/AST FA/GGT Colestase Doença hepatocelular

Dilatação da Via biliar Resumo Colestase Sem dilatação Dilatação da Via biliar AMT, Biópsia hepática CT, CRNM,CPRE

CT

Colangioressonância

Métodos diagnósticos invasivos

CPRE