Transplante de Pâncreas

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Transcrição da apresentação:

Transplante de Pâncreas Liga de Transplantes Transplante de Pâncreas Ac. Isabella Franco Bastos Ac. Renata Cristina

Modalidades de transplantes   Transplante de pâncreas isolado   Transplante duplo (pâncreas e rim)   Transplante de pâncreas após o rim

Esses procedimentos são realizados apenas nos estados: SP, MG, PR, RJ e mais recentemente no CE. O doador para o transplante de pâncreas é o dito doador em morte encefálica. Esse tipo de doação segue uma rotina e um protocolo nacional.

A cirurgia Anestesia geral; Laparotomia mediana; Para o implante do novo pâncreas, um espaço é criado logo acima e ao lado direito da bexiga, perto dos vasos onde o novo órgão será ligado (anastomosado); Nos casos em que o paciente receberá o rim simultaneamente, o rim será posicionado também acima e ao lado da bexiga, só que no lado esquerdo do abdome; O pâncreas nativo (original do paciente), não é retirado no momento da cirurgia, assim como o rim.

Perguntas Mais Freqüentes

Superior a 80% ao final do primeiro ano; Qual a chance de sucesso de um transplante de pâncreas? Superior a 80% ao final do primeiro ano; Fatores dependem de particularidades dos pacientes; Além dos riscos inerentes a uma cirurgia de grande porte; Riscos de infecção e rejeição;

Que fatores físicos podem contra-indicar um transplante? Insuficiência cardiopulmonar; Obesidade mórbida; Doença periférica e vascular cerebral; Fumo em excesso; Insuficiência hepática; Outros fatores que aumentam o risco de um grande procedimento cirúrgico.

Quem recebe os órgãos doados? Testes laboratoriais confirmam a compatibilidade entre doador e receptores. Após os exames, a triagem é feita com base em critérios como tempo de espera e urgência do procedimento. Nem o doador, nem a família podem escolher o receptor. Este será sempre indicado pela Central de Transplantes.

Uma pessoa em coma também pode ser doadora? Coma é um estado reversível. Morte encefálica, como o próprio nome sugere, não. Uma pessoa somente se torna potencial doadora após o correto diagnóstico de morte encefálica e da autorização dos familiares para a retirada dos órgãos.

O que é prova cruzada ou cross-match? É o exame no qual se mistura o sangue do receptor e do doador para ver se há possibilidade de rejeição nas primeiras horas pós-transplante. O teste tem como base a possibilidade de reação entre os anticorpos do receptor, existentes antes do transplante, contra as células (HLA) do doador. Se o teste for positivo, o transplante não pode ser realizado, pois a chance de rejeição imediata é de quase 100%.

Transplante de ilhotas pancreáticas é a nova esperança para diabéticos!!

As ilhotas pancreáticas (de Langerhans), são estruturas do pâncreas que contêm as células beta, responsáveis pela produção de insulina. Em pacientes com diabetes tipo 1, por motivos ainda não totalmente compreendidos, o sistema imunológico ataca e destrói as células pancreáticas, interrompendo completamente a produção do hormônio insulina

À direita, ilhotas purificadas Como é feito o transplante de ilhotas pancreáticas? Retira-se as ilhotas dos pâncreas de dois cadáveres; As ilhotas são purificadas, isoladas e permanecem no nitrogênio líquido a -190°C; As ilhotas são injetadas na veia porta, indo direto para o fígado do receptor. À direita, ilhotas purificadas

Por que as ilhotas devem permanecer no fígado? Porque: 1º) 50% da insulina produzida é utilizada pelo fígado; 2º) O fígado “aceita” melhor corpos estranhos; 3º) Evita de as ilhotas serem atacadas pela resposta auto-imune que levou ao diabetes tipo I.

Porque um transplante de ilhotas pancreáticas?    A medicina busca alternativas para promover algum tipo de produção endógena de insulina para evitar complicações crônicas do diabetes e episódios de hipoglicemia grave ocasionalmente causados pela insulinoterapia. Essa alternativa consiste no transplante das ilhotas isoladamente ou do órgão inteiro.

O transplante de ilhotas pancreáticas é mais simples que o transplante de pâncreas?    Considerando apenas o procedimento cirúrgico, é mais simples que o transplante de pâncreas. Entretanto não é isento de riscos.

com a função renal normal peso não superior a 60 kg  Quem tem indicação de realizar um transplante de ilhotas pancreáticas? ter diabetes tipo 1 há mais de 5 anos idade superior a 18 anos com a função renal normal peso não superior a 60 kg uso de menos de 30U de insulina por dia com freqüentes crises de hipoglicemia severa que passam despercebidas

Se o transplante de ilhotas proporciona a produção de insulina, porque não é indicado para todos os pacientes diabéticos do tipo I? Necessidade de medicação imunossupressora Diminuição da imunidade do paciente Aumento de riscos de infecções e de desenvolvimento de câncer Por esse motivo os benefícios do transplante devem superar os riscos da imunossupressão. Essa avaliação só pode ser conduzida por médicos capacitados.

Quais são as limitações do transplante de ilhotas pancreáticas?    Método trabalhoso e caro; Necessidade de dois pâncreas de doadores cadáveres para se obter a quantidade de células suficientes para um receptor;

Como saber se tenho indicação de realizar o procedimento? Conversando com o seu médico endocrinologista, ele realizará uma avaliação, se necessário realizará um encaminhamento para equipes que realizam o procedimento. Esse procedimento é realizado no Brasil? Sim. A Pontifícia Universidade Católica do Paraná, possui um programa de transplante de ilhotas pancreáticas, além disso a pesquisa inicialmente foi desenvolvida pelo Instituto de Química da USP.

O SUS cobre o transplante de ilhotas pancreáticas?     Não. O transplante de ilhotas pancreáticas ainda é considerado um procedimento experimental, ou seja, ainda em fase de estudos, e isso não é coberto por nenhum sistema de saúde, seja ele privado ou governamental.

Onde é realizado esse procedimento? Apenas os hospitais onde o procedimento foi aprovado pelas Comissões de Ética em Pesquisa, local e nacional, podem fazê-lo. Esse procedimento, embora promissor, ainda encontra-se em fase experimental.

O transplante de ilhotas pancreáticas cura o diabetes?    Não estamos falando em cura, é um tratamento para o diabetes. Se a pessoa parar de tomar a medicação imunossupressora as células transplantadas pararão de funcionar. Em alguns casos, mesmo com o transplante, seja de ilhotas isoladamente ou do órgão inteiro, o paciente continua dependente de insulina. Mas a depedência é bem menor.

Tenho que tomar medicamentos imunossupressores para o resto da vida? Sim, assim como os que recebem o transplante de pâncreas. É importante dizer que, quando se faz o transplante, tanto de ilhotas como de pâncreas, não se pode garantir que o paciente ficará independente das aplicações de insulina. Na grande maioria dos casos, a quantidade de insulina necessária fica, no mínimo, diminuída, o que já é um grande conforto para as pessoas que sofriam de hipoglicemias assintomáticas.

Lista de Espera A lista de espera para o transplante de pâncreas obedece uma ordem cronológica, isto é, o paciente que mais tempo está inscrito para ser transplantado é o que ocupa o topo da lista. Atualmente, existem em torno de 95 pacientes na lista de espera por um pãncreas no Brasil, segundo Sistema Nacional de Transplantes.

Obrigada!!