Administração Aula 02 Jorge Surian e-mail: jsurian@uol.com.br Administração Científica Aula 02
Administração Científica - Taylor FREDERICK TAYLOR (1856-1915) ORIGEM: nasceu na Pensilvânia, EUA. Família Quaker, educação básica rígida e disciplinada com conhecimentos de francês e alemão. FORMAÇÃO ESCOLAR: Com 18 anos aprovado em Direito (Harvard), mas começou a trabalhar como operário em uma metalúrgica da Filadélfia. CARREIRA (1878 a 1884): Operário a engenheiro chefe. Pode ser visto como: experimentador e pesquisador; autor e divulgador de experimentos; formador de uma equipe e linha de pensamento
Administração Científica - Taylor FREDERICK TAYLOR (1856-1915) Crença: Acreditava que cada operário produzia um terço do que poderia produzir chamando o processo de “vadiagem sistemática”. Razão atribuída por Taylor: Os trabalhadores acreditavam que trabalhando mais depressa, outros trabalhadores perderiam o emprego. Os sistemas administrativos falhos da época forçavam os operários a trabalhar mais lentamente para proteger seus próprios interesses. Métodos de trabalhos empíricos vinham passando de uma geração para outra de trabalhadores (regra do polegar). Sistema de trabalho: Análise do trabalho. padronização das ferramentas. seleção e treinamento dos trabalhadores. supervisão e planejamento. pagamento por produção. Considerado: Pai da administração científica
Administração Científica - Taylor ESTUDOS DE TAYLOR: Administração de Oficinas Livro: Administração de Oficinas (em 1903) Objetivo: Racionalização do trabalho do operário, por meio do estudo dos tempos e movimentos. Duas fases: Analítica (descarte de movimentos inúteis e observação de habilidosos). Construtiva (Arquivo de movimentos elementares e tempo). Essência: Boa administração = pagar altos salários e baixos custos de produção. Administração deve aplicar métodos científicos de pesquisa e experimento, para formular princípios e padrões de controle. Empregados precisam ser cientificamente colocados em postos com materiais e condições cientificamente selecionadas. Empregados cientificamente treinados para desenvolver aptidões. Alta administração devia desenvolver atmosfera de cooperação.
Administração Científica - Taylor ESTUDOS DE TAYLOR: Administração de Oficinas Livro: Princípios de Administração Científica (em 1911) Objetivo: Apresenta estudos sobre Administração Geral. Contexto: Vadiagem sistemática dos operários, desconhecimento das rotinas de trabalho por parte dos gerentes e do tempo necessário para sua realização e falta de uniformidade das técnicas e métodos de trabalho dos empregados. Objetivo básico: Incrementar a produtividade do trabalhador por meio de uma análise científica sistemática do trabalho do empregado, atingindo “uma maneira melhor” de realizar tal trabalho, assegurando a prosperidade para o empregador, conjugada com a máxima prosperidade para os trabalhadores. Princípio da exceção: Alta Administração=>concentração nas tarefas estratégicas. Pessoal operacional => concentração nas tarefas padronizadas e de rotina.
Características da Administração Científica Ciência em lugar do empirismo Harmonia em vez de discórdia Cooperação, não-individualismo Máxima produção e não-restrição de produção Desenvolvimento de cada indivíduo para sua máxima eficiência e prosperidade
Princípios da Administração Científica Planejamento Preparo Controle Execução
Seguidores e Colaboradores de Taylor Frank e Lilian Gilbreth (1916-1917): Estudos dos tempos e movimentos dos operários e o estudo da fadiga humana (e=p/r onde e=eficiência; p=produtos resultantes e r=recursos utilizados) Propuseram princípios relativos à economia de movimentos (therbligs): Relativos ao uso do corpo humano Relativos ao arranjo do local de trabalho Relativos ao desempenho dos equipamentos e ferramentas 11. Escolher 12. Pré-colocar em posição (preparar) 13. Pensar 14. Examinar 15. Atraso inevitável 16. Atraso evitável 17. Tempo de descanso A estes 17 elementos, um aluno de Gilbreth acrescentou mais um, posteriormente: 18. Segurar Alcançar Pegar Mover Colocar em posição Juntar (posicionar) Desmontar (separar) Usar Soltar Procurar Encontrar
Seguidores de Taylor Henry Gantt (1880-1901): Sistema de pagamento por incentivo “tarefa-bônus”
Seguidores de Taylor Carl Barth (discípulo mais ortodoxo de Taylor)(1860-1939): Complexos problemas matemáticos dos experimentos de corte de metais. Harrington Emerson (1853-1931): 12 princípios da eficiência: Ideais claramente definidos (objetivos); Senso comum (bom senso) Orientação competente; Disciplina; Tratamento justo; Registros confiáveis e imediatos; Prontidão, rapidez (nas rotinas); Padrões e programações; Condições padronizadas; operações padronizadas; Instruções escritas nas práticas-padrão Recompensas pela eficiência primeiros trabalhos de seleção e treinamento antecipando a APO
Seguidores de Taylor Morris Cooke (1872-1960): Aplicação da Administração Científica no governo e na educação. Em 1911 aplicação da teoria de Taylor na prefeitura da Filadélfia. Henry Ford (1863-1947): Grande empresário com visão prática. Seus princípios: Produtividade (máxima produção num período). Intensificação (giro capital com mínima imobilização do mesmo). Economicidade (mínimo matéria-prima). A política de Henry Ford se alicerçou na produção em massa, em série e em cadeia contínua; no pagamento de altos salários e na fixação de preços mínimos para os bens produzidos. Cria a linha de montagem (1913): 1 carro a cada 84 minutos
CRÍTICAS AO SISTEMA DE TAYLOR Dois grupos: Mecanização: que desestimula a iniciativa pessoal do operário, tornando-o “parte da máquina”, não considerando os seus aspectos psicossociais Esgotamento físico: freqüente da ânsia em realizar mais do que previsto, para aumentar pagamento Consequências: Especialização demasiada da produção do operário, tornando-o apêndice da máquina; Destruir a iniciativa própria e relacionamento interpessoal Atomizar o trabalho em demasia, minimizando as aptidões dos operários
Taylor x Administração Contemporânea
Taylor x Críticas
Referências Bibliográficas: Notas de aula: Profa. Dra. Maria Virginia Llatas CHIAVENATO, Idalberto. Princípios de Administração: 1ª ed. São Paulo: Elsevier, 2009. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2005, v.1. RIBEIRO, ANTONIO DE LIMA. Introdução à Teoria Geral da Administração: ed. Rio de Janeiro: Campus, 2004. Copyright © 2009 Prof. Jorge Surian Todos direitos reservados. Reprodução ou divulgação total ou parcial deste documento é expressamente proíbido sem o consentimento formal, por escrito, do Professor Jorge Surian.