O CONTO.

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Transcrição da apresentação:

O CONTO

O conto é a forma narrativa, em prosa, de menor extensão (no sentido estrito de tamanho), ainda que contenha os mesmos componentes do romance. Entre suas principais características, estão a concisão, a precisão, a densidade, a unidade de efeito ou impressão total . o conto precisa causar um efeito singular no leitor; muita excitação e emotividade

Afinal, o que é o conto? Conto é a designação que damos à forma narrativa de menor extensão e que se diferencia do romance e da novela não só pelo seu tamanho, mas também por possuir características estruturais próprias. Ele possui os mesmos componentes do romance, mas evita análises, complicações do enredo e o tempo e o espaço são muito bem delimitados.

“É uma narrativa linear, que não se aprofunda no estudo da psicologia das personagens nem nas motivações de suas ações.” “É uma narrativa breve; desenrolando um só incidente predominante e um só personagem principal, contém um só assunto, cujos detalhes são tão comprimidos e o conjunto do tratamento dado à temática é tão organizado, que produzem uma só impressão.”

Do que precisa o conto? Tensão, ritmo, o imprevisto dentro dos parâmetros previstos, unidade, compactação, concisão, conflito, início meio e fim; O passado e o futuro têm significado menor; o flashback pode acontecer, mas só se absolutamente necessário, mesmo assim da forma mais curta possível.

Qual o tamanho ideal do conto? Um dos pontos com que muita gente concorda diz respeito ao tamanho do conto: não deve ser muito longo – pois transforma- se numa novela; nem tão curto – porque corre-se o risco de transformá-lo em anedota. O ideal é que se possa, enfim, ler de uma assentada só.

Qual a linguagem? E o tempo? Linguagem: objetiva; utiliza metáforas de imediata compreensão para o leitor; sem abstrações nem rebuscamento. Os fatos devem estar presentes e predominantes. Ação antes da intenção. Tempo: linear, objetivo. A cronologia do conto é a do relógio, de modo que o leitor vê os fatos se sucederem numa continuidade semelhante à vida real.

Qual o papel da descrição? O conto não se preocupa em erguer um retrato completo das personagens, mas em centrar–se nos conflitos entre as personagens. A descrição do espaço ou do ambiente é modesta, pois o drama é expresso essencialmente pelo diálogo e dispensa o cenário. O drama mora nas pessoas, não nas coisas e nem na roupagem. A descrição completa-se com 2 ou 3 notas singelas, apenas para situar o conflito no espaço.

E o final enigmático, surpreendente? O final enigmático prevaleceu até fim do século XIX e era muito importante, pois trazia o desenlace surpreendente (o fechamento com “chave de ouro”, como se dizia). Hoje em dia tem pouca importância; alguns críticos e escritores acham-no perfeitamente dispensável; mesmo assim, não há como negar que o final no conto é sempre mais carregado de tensão do que no romance ou na novela e que um bom final é fundamental no gênero.

Final enigmático Em outras palavras: no geral o conto “se apresenta” com uma ordem. O conflito traz uma desordem e a solução desse conflito (favorável ou não) faz retornar à ordem – agora com ganhos e perdas, portanto essa ordem difere da primeira. “O conto é um problema e uma solução”, diz Enrique Aderson Imbert..

E os diálogos? Dentre os componentes da linguagem do conto, o diálogo é o mais importante de todos. Está em primeiro lugar; por ser dramático, o conto deve ser tanto quanto possível dialogado. Os conflitos, os dramas residem na fala das pessoas, nas palavras ditas, não no resto. Sem diálogos não há discórdia, desavença, e sem isso, não há conflito, nem ação. 1) Discurso Direto: As personagens conversam entre si; usam-se os travessões. Além de ser o mais conhecido é, também, predominante no conto. 2) Discurso Indireto: Quando o escritor resume a fala da personagem em forma narrativa, sem destacá-la. Vamos dizer que a personagem conta como aconteceu o diálogo, quase que reproduzindo-o.

3) Discurso Indireto livre: É a fusão entre autor e personagem (primeira e terceira pessoa narrativa); o narrador narra, mas no meio da narrativa surgem diálogos indiretos da personagem como que complementando o que disse o narrador. 4) Monólogo interior (ou fluxo de consciência: É o que se passa “dentro” do mundo psíquico da personagem; “falando” consigo mesma

Quais são os focos narrativos? FOCO INTERNO: É caracterizado pela visão dos acontecimentos de uma das personagens. Participando e narrando as ações, o narrador oferece um modo pessoal e particular de observar os fatos. Nesta perspectiva a história é contada em primeira pessoa pelo narrador- personagem. FOCO EXTERNO: Quando a história é contada por alguém que não participa diretamente dos fatos, temos uma perspectiva externa da narração. O enredo é marcado pela terceira pessoa e aí temos um narrador- observador que somente observa os fatos e nos relata. A visão do narrador-observador é objetiva e distante.

FOCO ONISCIENTE: A perspectiva onisciente marcada pela terceira pessoa do discurso, evidencia a presença de uma espécie de narrador- que sabe da história, dos fatos dos pensamentos e ações dos personagens; O narrador onisciente não apenas diz o que as personagens fazem ou falam, mas também traduz o que elas pensam ou sentem.

"Conselhos" para se escrever um bom conto 1) – Prender o interesse do leitor; evitar ser chato. Pense em Aristóteles, para quem a catarse, enquanto experiência vivida pelo espectador ou ouvinte, é condição fundamental para definir a qualidade de uma obra. 2) – Usar, se possível, frases curtas. A clareza vem do cuidado com a estruturação da frase: as intercalações excessivas prejudicam a compreensão da idéia.

3) – Capítulos e parágrafos curtos, para o leitor poder respirar 3) – Capítulos e parágrafos curtos, para o leitor poder respirar. Evitar muitas personagens, descrições longas, rebuscamentos, adjetivações, clichês, repetir palavras; 4) – Trama/enredo/tema ou estilo, original; 5) – Se possível usar ironia, humor, graça e ser verossímil. Ser verossímil é importante, mas não devemos confundir verossimilhança com verdade; a história não tem de ser obrigatoriamente verdadeira, mas parecer que o é.