Cultivo de Solanáceas Biodinâmicas

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Transcrição da apresentação:

Cultivo de Solanáceas Biodinâmicas Palestrante: Júlio César Soraggi Consultor da ABD Associação Biodinâmica

Origem Beringela: originária da Índia, Birmânia e China, sendo seu cultivo antiqüíssimo. Foi introduzida pelos árabes na Europa, durante a Idade Média. Jiló: originária da Índia ou da África; no Brasil, foi introduzida por escravos. Pimentão: É tipicamente de origem americana, ocorrendo formas silvestres desde o sul dos Estados Unidos até o Norte do Chile. Antes da colonização espanhola, o pimentão já era cultivado pelos indígenas.

Clima e cultivares Berinjela: A berinjela é planta tipicamente tropical, e uma das culturas mais exigentes em temperatura, sendo favorecida pelo calor. Devido a sua origem, a berinjela se adapta melhor aos climas tropicais e subtropcais, com temperaturas entre 18º e 26ºC, não suportando frio excessivo e geadas.

Variedades  Ciça: híbrido resistente à antracnose e ácaro nos frutos, excelente padrão comercial, alta produtividade. Diamante Negro: híbrido com bom padrão comercial e produtividade Napoli: híbrido com bom padrão comercial e produvidade. Outros cultivares utilizados são: baronesa, comprida, nagaoka, ônix, ryoma ( conserva) e super F-100.  

Produção de mudas Semeio: preferencialmente em dia de fruto e na lua crescente. Substrato: 7 a 10 litros de húmus de minhoca ou composto biodinâmico peneirado, 3 litros de vermiculita ou casca de arroz queimada, 100 gramas de cinzas, 100 gramas de torta de mamona, 100 gramas de farinho de osso ou yoorin ( termofosfato) e 10 gramas de trichoderma. Usar bandejas de 128 células Transplante: As sementes de berinjela apresentam germinação mais demorada em relação ás outras espécies, ocorrendo aos 10-25 dias após a semeadura, e vão para o campo de 40 a 60 dias após a semeadura. ( quando as mudas atingirem de 10 a 15 cm)

Preparo de solo e plantio A berinjela prefere solos areno-argilosos, bem drenados e com ph entre 5,5 e 6,0. Em caso de necessidade , pode- se realizar o preparo mecânico ou, preferencialmente, optar pelo plantio direto em covas aberta sobre a palhada. O plantio é efetuado no início da primavera, na maioria das regiões. Entretanto, em regiões baixas e com inverno suave, pode-se plantar ao longo do ano. Não tolera geada

Espaçamento: 1.2 m a 1,5 m entre linhas e 80cm entre plantas. Adubação de plantio: 1 kg de composto+ 50 g de bokashi por planta

Tratos culturais Irrigação: é uma cultura que apresenta boa resistência a seca e, portanto, as irrigações podem ser dispensadas nos plantios de primavera-verão. Atenção especial deve ser dada para o excesso de água no solo, pois essa espécie não tolera umidade excessiva. Uso de cobertura morta: a cultura da berinjela pode ser muito beneficiada pelo uso de cobertura morta no solo, mantendo a temperatura em níveis mais baixos, retendo umidade e ativando e vida do solo, proporcionando melhor sanidade das plantas.

Capinas: as capinas podem ser realizadas manualmente, lateralmente ás plantas, mantendo-se uma faixa de mato nativo nas entre linhas de plantio. A conservação do mato entre as plantas, promove a proteção do solo e o abrigo de inimigos naturais de pragas na área de plantio. Tutoramento e desbrota:    As plantas devem ser conduzidas com duas hastes, retirando os brotos até a forquilha da primeira flor. A primeira flor deve ser eliminada, porque forma frutos muito grandes que tiram o vigor da planta e reduz seu potencial produtivo

A partir da primeira forquilha, só é necessário a desbrota se houver formação excessiva de brotos laterais.. Um trato cultural peculiar da berinjela é a retirada das pétalas da flor, aderidas ao fruto em formação. Evita-se assim, que o fruto apresente o local manchado, destoando da coloração escura. Fazer as podas e desbrotas na lua minguante

Adubação de cobertura:  A adubação de cobertura deverá ser realizada após a identificação da sua necessidade depois de uma avaliação a campo. Aplicar 100 g de bokashi ou 500 g de composto por planta. ( fazer adubação na lua minguante)

Aplicação de preparados biodinâmicos Preparado 500 chifre- esterco: Aplicar no final da tarde, antes ou logo após o transplante das mudas. Favorece o desenvolvimento radicular e ativa a vida do solo trabalhando a polaridade terrestre.( aplicar na lua minguante) Preparado chifre- sílica: Aplicar ao amanhecer do dia antes da floração e durante a frutificação. Favorece as propriedades organolépticas, ajuda na resistência a doenças, além de ser essencial para estruturação externa da planta. Este preparado trabalha a polaridade cósmica da planta. ( aplicar nas luas claras: crescente e cheia)

Fladem: aplicar sobre o solo após uma capina e roçada. Obs: Quem faz compostagem usar os preparados de composto.

Principais doenças causadas por fungos em solanáceas

Principais doenças causadas por bactérias em solanáceas

Principais doenças causadas por vírus em solanáceas

Principais pragas e doenças da berinjela. pinta preta, atracnose, seca dos ramos e as viroses que são transmitidas pelos mosca branca, pulgões e trips, portanto para controlar as viroses, controle desses vetores. A queda de flores e frutinhos pode ocorrer sob baixas temperaturas. Estas também podem originar frutos deformados e coloridos desigualmente. ( problemas fisiológicos)

Principais pragas da berinjela: vaquinhas, pulgões, mosca branca, trips e ácaros. Pulgões, mosca branca e trips são responsáveis pela transmissão de viroses.

Controle da pragas e doenças da berinjela Doenças fúngicas: calda bordaleza 100 gramas em 20 litros de água Rockssil 60 a 80 gramas em 20 litros de água Vaquinha: plantar cucurbitáceas atrativas e aplicar nozódios Pulgão: aplicar cinzas (200gramas em 20litros de água)

Ácaro: Enxofre molhável (Kumulus – 60 g) + Extrato de pimenta do reino (200 ml) + Extrato de alho (200 ml) / 20 litros de água ou 30 g de enxogre+60g de cal hidratada em 20 litros de água.

Colheita: A colheita de berinjela é realizada cerca de 100 dias após o transplante, quando os frutos estão brilhantes e com cerca de 18 a 20 cm de comprimento. A média de produção e de 3 a 6kg por planta.

Cultivo biodinâmico do Pimentão Climas e cultivares: A planta é de origem tropical, desenvolvendo-se e produzindo melhor sob temperaturas relativamente elevadas ou amenas, sendo intolerante a baixas temperaturas e à geada. A termoperiodicidade diária – uma diferença em torno de 6 ° C entre as temperaturas diurnas e noturnas – beneficia a cultura.

Amarelo: Amanda (cônico): Híbrido ideal para cultivo em estufa, com estaqueamento. O fruto pode ser colhido verde ou amarelo. Luana (block): Híbrido ótimo para condução em ambiente protegido, ciclo precoce e ótimo pegamento de frutos. Fruto de coloração amarelo intenso. Alta tolerância ao rachamento de frutos.

Verde: Magali R (cônico): Cultivar líder em padrão de mercado, plantas vigorosas e produtivas, sua rusticidade permite adaptação a diferentes locais e formas de cultivo. O fruto pode ser colhido verde ou vermelho escuro, possui resistência ao vírus Y da batata e vírus do mosaico do tomateiro. Vermelho: Nice: Fruto de excelente uniformidade de formato e tamanho, muito homogênea e de paredes grossas. Resistência ao Tm2.   Rubia R (cônico): Cultivar de frutos com formato retangular, pode ser colhido verde ou vermelho. Ideal para plantio em estufa. Resistente ao vírus Y da batata e ao vírus do mosaico do tomateiro

Observação: Os materiais genéticos que têm apresentado melhor padrão de fruto no cultivo orgânico, apesar de sua elevada exigência em nutrientes têm sido os híbridos, especialmente o Magali e Magali R.

Produção de mudas: seguir recomendação da berinjela. Deve colocar 2 sementes por célula. As mudas estarão prontas para serem transplantadas quando estiverem com 15 cm de altura e de 6 a 8 folhas definitivas.(30 a 45 dias após a semaedura) Plantio e espaçamento: As covas devem ser irrigadas antes do transplante das mudas, dispensando a irrigação no primeiro dia. Não enterrar muito a muda e evitar fazer amontoa para evitar o problema da podridão do colo. O espaçamento varia de 1,5 x 1,0m- 1,0x0,5m- 1,20x0,60m.

Tratos culturais: As plantas devem ser conduzidas com duas hastes, retirando os brotos até a forquilha da primeira flor. A primeira flor deve ser eliminada, porque forma frutos muito grandes que tiram o vigor da planta e reduz seu potencial produtivo. A partir da primeira forquilha, só é necessário desbrota se houver formação excessiva de brotos laterais. Pode-se fazer estaqueamento com bambu, a fim de não deixar os galhos quebrarem permitindo colheita longa quando a planta está bem nutrida.

Capina: semelhante a da berinjela. Adubação de cobertura: 500g de composto+ 100g de cinzas ou 100g de bokashi por planta Observação: fazer a desbrota na lua minguante

Principais pragas e doenças do Pimentão Pragas: lagarta da rosca- A lagarta rosca é responsável pelo corte de plântulas recém transplantadas e assim a ocorrência de falhas no plantio. Para o controle, coroe as plantas com 10g de calcário de conchas, e no dia do transplante e uma semana após, faça uma pulverização com: Dipel – 60 g em uma bomba de 20 litros.

vaquinha, pulgão e ácaros: seguir recomendações anteriores Micro - ácaros   Os ponteiros das plantas ficam engruvinhados e avermelhados, prejudicando o desenvolvimento de folhas e frutos. Normalmente ocorre em condições de clima seco e em condições de deficiência de nitrogênio, pode-se inicialmente reduzir seu ataque com a irrigação por aspersão, para elevar a umidade do ar. Em seguida fazer adubação de cobertura nitrogenada (torta de mamona, cama de frango, bokashi

Principais doenças da cultura do pimentão Podridão do colo ( murcha de phytophtora) Caracteriza-se pela podridão escura do colo, ao redor do caule e ao nível do solo; há podridão de raízes; e ocorre murcha repentina da planta. Os meios de controle são: Uso de cultivares resistentes; Utilizar sementes sadias; Utilizar trichoderma no substrato; Manter a mesma profundidade após o transplante das mudas; Controlar a irrigação e a drenagem Pulverizar o colo da muda, após o transplante com 100 gramas de trichoderma/20 litros de água. Rotação de culturas

Antracnose (Colletotrichum) Cercosporiose (Cercospora)

A Antracnose e a Cercosporiose são doenças que ocorrem em condições de umidade elevada e temperatura amena a quente. Ocorrem danos em toda parte aérea da planta. Os meios de controle são:   Utilização de sementes sadias Rotação de culturas Cultivo protegido Irrigação por gotejamento Equilíbrio nutricional da planta e Pulverização de:   Calda Bordaleza (100 g)+ Enxofre molhável (Kumulus – 60 g)/ 20 litros de água

Víros: Entre as viroses mais comuns temos o Mosaico, causada pelo vírus Y da batata, para a qual temos várias cultivares resistentes. As viroses são transmitidas pelos mosca branca, pulgões e trips, portanto para controlar as viroses, controle desses vetores, com os tratamentos já indicados anteriormente.

Problemas fisiológicos Queda de flores e frutos: A queda de flores e frutinhos pode ocorrer sob baixas temperaturas. Estas também podem originar frutos deformados e coloridos desigualmente. Podridão apical: É causada pela deficiência localizada de Cálcio no tecido da extremidade apical dos frutos. Dessa forma, medidas preventivas objetivando aumentar a concentração de Cálcio no solo e sua disponibilidade para a planta deve ser adotada. Entre elas temos: Fazer a correção do solo com calcário antes do plantio; Fazer adubação equilibrada; Manter um teor adequado de água junto às raízes, controlando a irrigação;   Medidas curativas consistem em fazer pulverização foliar com 30 gramas/bomba de Quelato de Cálcio dirigido aos frutos.

Colheita: A colheita do pimentão verde se inicia aos 105 a 130 dias da semeadura, e os pimentões coloridos 125 a 150 dias após a semeadura. Fazer a colheita no final do dia. Média de produção: Pimentão verde: 4,5 a 6 kg/m² Pimentões coloridos: 6 kg/m²