Políticas Públicas sobre drogas Rafael Franzini Representante do Escritório de Ligação e Parceria do UNODC Políticas Públicas sobre drogas Rafael Franzini.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Gestão de Tecnologias em Saúde
Advertisements

Residência Farmacêutica Visão Humanista
1.
CAPÍTULO 5 ALUNO SÔNIA MARÍLIA MATSUDA LESSA
DIRETRIZES OPERACIONAIS PARA EDUCAÇÃO BÁSICA NAS ESCOLAS DO CAMPO
ÉTICA EM PESQUISA.
REDUÇÃO DE DANOS E POLÍTICAS PÚBLICAS
Seminário SANTA CATARINA ECONOMIA E MEIO AMBIENTE Macro diretriz: Aumentar, de forma sustentável, a competitividade sistêmica do estado Áreas de.
Seminário Brasil-Europa de Prevenção da Corrupção
CORTES DE TRATAMENTO DE DROGAS O que são e porque tê-las?
Meio Ambiente e Desenvolvimento
Pacto pela Saúde Consolidação do SUS
Contexto Atual e Visão Futura do Hoje Novas Perspectivas de Atuação
Tuberculose e comunicação
Programa Internacional para Eliminação do Trabalho Infantil
Bo Mathiasen Representante Regional do UNODC para o Brasil e Cone Sul
Qual o papel do Estado, da sociedade e, em particular, de cada um de nós na reinserção social dos indivíduos dependentes de drogas?
POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL, ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS
Bianca Pedroso Acordo CONACI/ Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime – UNODC.
I Fórum Sobre Drogas do Vale do Paranhana
Código de Conduta Associação Paulista dos Produtores de Sementes e mudas.
Organizações não governamentais e Sociedades transnacionais
Estoril, 21 de Setembro de º Congresso Lusófono sobre Ambiente e Energia Rede das ONG de Ambiente da CPLP.
POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL, ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS
TECNOLOGIAS DE GESTÃO DO CUIDADO EM SAÚDE
CURSO DE MEDICINA UFRR-IESC-2007
Centro Colaborador em Crack e Outras Drogas IPq-HC-FMUSP Núcleo de Pesquisas Dra. Camila Magalhães Silveira Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool.
Conceitos de Criminologia Clínica e suas implicações na Execução Penal

REGULAÇÃO EM SAÚDE SUPLEMENTAR E OS MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE
Medicina Baseada em Evidências O que é isso?
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO CRAS/SUAS
Redução de Danos como Política de cuidado
Políticas de Atenção Integral a Usuários de Álcool e Drogas LVII Fórum Permanente de Conselhos Tutelares do Estado do Rio de Janeiro - setembro de 2014.
OS PRINCÍPIOS DAS POLÍTICAS PÚBLICAS E O EXEMPLO SUECO Marcos Zaleski
Perfil e Deveres do Biomédico(a):
Nome do Apresentador Titulação Cargo que ocupa na Gestão da ABEn.
Programa Ligue-se na Vida Programa de manejo de álcool e outras drogas Mônica Lupion Pezzi Michele Indianara Mendes Gramado, Abril de 2011.
Escritório Internacional do Trabalho Departamento de Empresas Multinacionais DECLARAÇÃO TRIPARTITE DE PRINCÍPIOS RELATIVOS ÀS EMPRESAS MULTINACIONAIS E.
PESQUISA QUALITATIVA OBJETIVO: Coletar dados nos campos econômico, ambiental e organizacional sobre a população beneficiária do Programa Pós Morar para.
Vulnerabilidade na Saúde Pública
Resultados do exercício de categorização dos mandatos.
Governo do Estado do Ceará Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social Conselho Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas-CEPOD I ENCONTRO DE GESTORES.
EFICÁCIA DE PROGRAMA DE PROMOÇÃO DA SAÚDE REALIZADO EM CONDIÇÕES MACROESTRUTURAIS ADVERSAS UIPES / ORLA / Sub-Região Brasil 1ª Vara da Infância e.
Buenos Aires, Argentina Prefeitura Municipal de Campinas
Faça parte desse ideal Ações promovidas pela Entidade em prol de Crianças e Adolescentes em situação de Risco.
CUIDADOS PALIATIVOS PROF. LUCIA.
Realidade, Desenvolvimento e Desafio na Enfermagem Sul-Mato-grossense: Uma Visão ao Futuro.
DROGAS LEGALIZAR OU NÃO
DROGAS ILÍCITAS  .
OTTAWA CARTA DE INTENÇÕES - SAÚDE PARA TODOS NO ANO 2000 E APÓS.
Atendimento humanizado
Audiência Pública: Projeto de Lei n /2014 Paulo Cesar Marques da Silva 25 de agosto de 2015.
O Assistente Social, como profissional de Saúde, tem como competências intervir junto aos fenômenos sócios-culturais e econômicos, que reduzem a eficácia.
Ana Lucia Monteiro IV encontro da Rede Nacional de Pessoas vivendo com HIV/Aids Atibaia, 06 de agosto de 2011.
Drogas, Economia, Tributação e a Ética Liberal Luís Fernando Moreira.
Política de álcool e drogas na FMUSP 25/09/2015. Repercussão.
Uma Abordagem Interdisciplinar no Tratamento à Dependência Química:
RESUMO A Liga Acadêmica em Saúde da Família, Comunidade e Educação Popular, LASFCE, surgiu na perspectiva de mostrar a importância e as potencialidades.
Terapia Familiar.
“A Importância da formação acadêmica na Gestão em Saúde e Vida Associativa” 11 de junho de 2011 “A Importância da formação acadêmica na Gestão em Saúde.
DIALOGANDO COM O PLANO DE ENFRENTAMENTO DO CRACK E OUTRAS DROGAS. Departamento de proteção social especial, apresentado por De Julinana M. fernandes Pessoa/
Extensão do HOSPED: formando estudantes mais humanizados Principais projetos: Cuidado integral - LASFACE CD: crescimento e desenvolvimento - Casa de Passagem.
NUTRIÇÃO E SAUDE PUBLICA PAULA CAMPOS
OFICINA SOBRE A ISO – DIRETRIZES PARA RESPONSABILIDADE SOCIAL 17 e 18 de maio – 2012 Brasília.
Ensaios clínicos em países em desenvolvimento: a falácia da urgência ou a ética do mercado Encontro Nacional dos Comitês de Ética em Pesquisa Brasília,
Criado a partir dos acordos de Bretton Woods, entra em operação em 1947; Principal instituição financeira internacional; Entre os objetivos, destacam-se.
Política Nacional de Promoção da Saúde
PROMOÇÃO DA SAÚDE: CONCEITOS E PRINCÍPIOS
Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social 3ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 16 a 18 de novembro de 2005 Brasília.
Transcrição da apresentação:

Políticas Públicas sobre drogas Rafael Franzini Representante do Escritório de Ligação e Parceria do UNODC Políticas Públicas sobre drogas Rafael Franzini Representante do Escritório de Ligação e Parceria do UNODC Brasília, 24 de setembro de 2015

UNGASS 2016 Sessão Especial sobre drogas a ser realizada pela Assembleia Geral das Naçoes Unidas em abril de 2016; O resultado dessa sessão pautará as políticas sobre drogas a serem implementadas pelos países membros das Nações Unidas nos próximos anos; UNODC está organizando uma série de eventos preparatórios pelo mundo e incentivando os países membros a organizarem reuniões preparatórias em nível nacional.

Convenções sobre drogas 1961: Convenção Internacional sobre Narcóticos 1971: Convenção Internacional sobre Substâncias Psicotrópicas 1988: Convenção sobre Tráfico Ilícito de Narcóticos e Substâncias Psicotrópicas

O que dizem as Convenções? Artigo 38 da Convenção de 1961: “as Partes devem dar especial atenção e tomar todas as medidas possíveis para a prevenção do abuso de drogas e para a identificação precoce, tratamento, educação, pós- tratamento, reabilitação e reintegração social das pessoas envolvidas” Artigo 14 (4) da Convenção de 1988: “... as Partes adotarão as medidas apropriadas para eliminar ou reduzir a procura ilícita por entorpecentes e por substâncias psicotrópicas, com vistas a reduzir o sofrimento humano e eliminar os incentivos financeiros ao tráfico ilícito

Como se dá a implementação das convenções?  O uso não medicinal de narcóticos e psicotrópicos específicos é proibido, mas a severidade da punição varia consideravelmente entre os países  Todos os países punem severamente o tráfico de grandes quantidades de drogas e crimes violentos relacionados às drogas.  Há grande variação na forma de punir o uso e o porte de drogas para uso pessoal.  As convenções não colocam COMO se deve punir, mas colocam princípios como o da proporcionalidade.  Não há uso da expressão “Guerra às drogas”.

Encarceramento Degradação das condições de vida que já são problemáticas Ficha criminal Dificuldades no acesso a emprego e renda Perda de vida produtiva Facilita o vínculo com organizações criminosas Consequências do encarceramento

Como deve ser o tipo de assistência oferecida?  Acesso voluntário; forma humanizada não viole os direitos das pessoas  Disponibilizada de forma humanizada e que não viole os direitos das pessoas, respeite os padrões de ética do cuidado em saúde, tais como o respeito a autonomia e a dignidade do indivíduo;  Corroborada por diretrizes clínicas baseadas em evidências científicas. Na falta de evidências, novas abordagens devem ser rigorosamente avaliadas;  As pessoas que usam drogas devem ter o direito de escolher a forma de tratamento que receberão;  Deve incluir intervenções clínicas e sociais sob os auspícios do sistema de saúde  Deve incluir intervenções clínicas e sociais (tanto psicossociais como farmacológicas) ofertado por uma equipe multiprofissional, sob os auspícios do sistema de saúde; acompanhadas por intervenções de subsistência sustentável  Precisam ser acompanhadas por intervenções de subsistência sustentável que permitam aos participantes ter uma perspectiva de vida satisfatória e autossustentável no futuro.

Diretrizes Internacionais sobre Prevenção do uso de Drogas  Consolidarevidência científica prevenção do uso de drogas  Consolidar o que há de evidência científica no campo da prevenção do uso de drogas, descrevendo intervenções e políticas efetivas e suas características;  Identificarcomponentes sistema nacional de prevenção  Identificar os principais componentes para o desenvolvimento de um sistema nacional de prevenção do uso de drogas;  Auxiliar desenvolvimento de programas, políticas e sistemas  Auxiliar formadores de políticas no desenvolvimento de programas, políticas e sistemas que representem um investimento verdadeiramente efetivo.

Sistema Nacional de Prevenção Eficaz (Diretrizes Internacionais para Prevenção do uso de Drogas)

Sobre o UNODC  Sede: Viena, Austria  Estabelecido em 1997, a partir da fusão do United Nations International Drug Control Program (UNDCP) and the Crime Prevention and Criminal Justice Division.  Opera em todas as regiões do mundo, em mais de 150 países.

Rafael Franzini Representante Escritório de Ligação e Parceria do UNODC em Brasília