Controle de Estímulos e Conhecimento: explicação científica sobre conhecimento sem recorrer ao mentalismo. Conhecer é comportar-se em contexto. (reflexo.

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Transcrição da apresentação:

Controle de Estímulos e Conhecimento: explicação científica sobre conhecimento sem recorrer ao mentalismo. Conhecer é comportar-se em contexto. (reflexo depende apenas do contexto, operante depende das consequências + contexto) Como explicar o conhecimento e o autoconhecimento? Conheço melhor meu mundo interno ou o externo? Mentalismo: o rato pressiona porque sabe, o sujeito exibe seu conhecimento de francês falando e entendendo francês. Conhecimento como coisa. Conhecimento explica comportamento? Tipos de conhecimento tradicionais: operacional (saber como) e declarativo (saber sobre) e autoconhecimento Conhecimento operacional “saber como” - O sujeito efetivamente se comporta. (eu ou outros). Sabe nadar, falar, namorar, dirigir, brincar, etc etc etc Visão pública e “visão” privada Conhecimento declarativo “saber sobre” - envolve controle de estímulos. O rato sabe “sobre” a luz? (responde) César sabe “sobre” aves? (nomeia, explica, imita etc). O que se “sabe”? – respostas apropriadas a estímulos discriminativos. Qual critério? História de reforçamento e punição. Pombos bicando fotos de seres humanos: “sabem sobre” seres humanos. Não falam, exibem seu “conhecimento” se comportando. O que fazer? Falar “saber sobre” (significando discriminação e reforço) ou falar de discriminação e reforço, controle de estímulos? - mais precisão técnica, menor chance de confusão por conta do mentalismo e teoria mais simples. Estímulo = contexto, Controle = mudar freqüência ou probabilidade de uma ou mais ações. Ex:discriminação no laboratório: PGE‏

Tipos de estimulação discriminativa (relacionada ao conhecimento): Simples, compostos, condicionais, presentes, “ausentes (já apresentados no passado e ainda com efeito)”. Em cadeia com reforçadores condicionados. Processo de discriminação: mudança de comportamento com mudança de estímulo resultante de história (evolutiva ou aprendida). - única explicação. Mentalismo: usa comportamento privado como explicação, usa “coisas” como explicação. (fiz porque sei, fiz porque tenho conhecimento, pois prestei “atenção”) Behavioristas analisam o conhecimento focalizando as condições em que ele ocorre. Controle de estímulo: estimulo controla comportamento (não organismo) Mentir? Mentalismo? Reforço/esquiva, inconsistência, história Autoconhecimento: o que é e como se aprende? Mentalismo, cultura popular: mundo interno subjetivo e mundo externo objetivo. (behaviorismo não faz essa distinção)‏ Conheço melhor meu mundo interno ou o mundo externo? Tradução: o que exerce mais controle sobre meu comportamento? Estímulos públicos ou privados? Ou, sob quais circunstâncias se diz que alguém tem autoconhecimento? Estímulos públicos versus Estímulos privados: Dificuldades para ensinar discriminação de eventos privados Dicas públicas colaterais: ex: dor – choro, ferimento, queda etc Sem dicas públicas – muito mais difícil: “entrar em contato com meus sentimentos”, zanga ou medo? Amor ou culpa? (como interpretar a informação ? (os Sds públicos, privados, passados e presentes)‏ Aprendizado do relato verbal baseado em SD privado acontece acompanhado de dicas públicas (sutis ou pouco confiáveis). Raiva, aperto no peito, engolir em seco, etc

Autoconhecimento depende dos mesmos tipos de observação pública que o conhecimento sobre os outros. (behaviorismo)‏ Não sobre informação privilegiada e inacessível aos outros (visão convencional, cultural ou mentalista)‏ Skinner: eventos privados são menos conhecidos que os públicos. Questão não é a falta de estimulação (pública, privada, passada e presente) mas falta de uma história de reforço para discriminação Pesquisas: “quem recebe menos tem maior credibilidade, independente de ser o próprio sujeito ou outra pessoa” Pessoas discriminam entre “pessoas que são pagas para dizer e as que não são pagas” - baseado em uma história de reforçamento Introspecção e autoconhecimento: Pessoa adquire autoconhecimento olhando o mundo interno da mente para ver pensamentos, idéias, sensações, etc ? Um problema lógico da instrospecção: observar externo e nos observar pensando – nos observar observando - regressão infinita (looping)‏ Skinner: sob quais circunstâncias se pode falar de instrospecção? – eventos privados são SD para falar sobre eles. Relato verbal sob controle de SD inteiramente público ou parcialmente privado: operantes sob controle de estímulos Discussão: Autoconhecimento na clínica comportamental? Como ocorre? Implicações da visão behaviorista sobre conhecimento para a educação.