Posição Depressiva.

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Transcrição da apresentação:

Posição Depressiva

Posição Depressiva Fase do desenvolvimento em que o bebê reconhece um objeto inteiro e se relaciona com esse objeto A confluência de ódio e amor na direção do objeto dá origem a uma tristeza que Klein chamou de “Ansiedade Depressiva” Expressa a forma de culpa mais arcaica em função dos sentimentos ambivalentes em relação ao objeto

Posição Depressiva O bebê (normalmente entre os 4 e 6 meses) encontra-se capaz de integrar suas percepções fragmentadas da mãe, reunindo as versões boas e más que experienciou anteriormente A ansiedade depressiva é o elemento decisivo dos relacionamentos maduros, fonte dos sentimentos generosos que são devotados ao bem estar do objeto

Posição Depressiva Quando o bebê sente que seu ego é forte e possui um objeto ideal forte, sente-se menos temeroso de seus impulsos maus e, portanto, menos impelido a projetá-los O ego se torna mais forte por estar menos empobrecido pela projeção O bebê tolera mais o instinto de morte dentro de si e diminuem seus medos paranóides Diminuem: cisão e projeção

Posição Depressiva Predomina a tendência para a integração do ego e do objeto, que procede simultaneamente Os objetos maus e ideais se aproximam e os processos introjetivos se intensificam Na Posição Depressiva as angústias brotam da Ambivalência Principal angústia: que os impulsos destrutivos destruam o objeto que ama e do qual depende

Posição Depressiva Na Posição Depressiva os objetos se tornam “totais”, a violência da perseguição é aliviada pela ajuda e pela preocupação provindas dos aspectos “bons” do objeto A principio a Culpa é persecutória e punitiva, no entanto, pela acumulação de experiências boas, a culpa modifica-se pelo impulso de reparar o objeto

Posição Depressiva O ego torna-se mais integrado, diminui a projeção, aumenta a percepção de dependência em relação a um objeto externo e a ambivalência de seus próprios instintos. O desenvolvimento do senso de realidade psíquica se liga ao senso de realidade externa, assim começando a diferenciação entre ambos A resolução gradual das angústias depressivas e a recuperação de bons objetos podem ser conseguidas por meio da reparação que faz a criança, na realidade e na fantasia onipotente, a seus objetos externos e internos

Posição Depressiva Nas primeiras fases da Posição Depressiva o superego é ainda sentido como muito severo e perseguidor, mas à proporção que se estabelece, mais plenamente, a relação de objeto inteiro, o superego perde alguns de seus aspectos monstruosos e se aproxima mais do aspecto de pais bons e amados

Posição Depressiva À medida que o ego se organiza e as projeções se enfraquecem, o recalcamento toma o lugar da cisão. Os mecanismos psicóticos dão lugar aos neuróticos: recalcamento, inibição e deslocamento As tendências reparadoras desenvolvidas para restaurar os objetos amados internos e externos são a base da criatividade e sublimação

Posição Depressiva Quando a Posição Depressiva não foi suficientemente elaborada, o ego fica ameaçado pela angústia da perda das boas situações internas, fica empobrecido e enfraquecido e sua relação com a realidade pode tornar-se tênue. O ponto de fixação das doenças psicóticas está na posição esquizoparanóide e no início da posição depressiva A Posição Depressiva não é jamais inteiramente elaborada. Estão sempre conosco as angústias pertinentes à ambivalência e culpa, bem como as situações de perda, que redespertam experiências depressivas.