Nurse Training Program

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Prof. Dr. Alexandre H. de Quadros
Advertisements

Nurse Training Program
O QUE FAZEM OS EXECUTIVOS
Residência Farmacêutica Visão Humanista
Método Clínico Centrado no Paciente
Definição do tratamento e de seus objetivos
Nurse Training Program
Simpósio de Enfermagem
UNIVERSIDADE DA HEMOFILIA
CHEFIA E LIDERANÇA CHEFIA
ÉTICA EM NEGOCIAÇÃO Profa.: Mayna Nogueira.
A INTERAÇÃO SIMBÓLICA George Mead.
FILOSOFIA DE ENFERMAGEM
Uma visão teórica de um Sistema de Vigilância
Professor Marco Antonio Vieira Modulo II
FUNÇÃO DESENVOLVER PESSOAS:
Andréa Menezes Cássio José Renata C. M. Silva
Avaliação Psicomotora
Identidade dos Indivíduos nas Organizações
PSICOLOGIA DA SAÚDE José A. Carvalho Teixeira
Papeis e funções do enfermeiro psiquiátrico para o cuidado competente
FORUM PERMANENTE E INTERDISCIPLINAR DA SAÚDE / UNICAMP
GT EMPRESAS SAUDÁVEIS - PRINCIPAIS QUESTÕES LEVANTADAS Ponto de partida: distinção dos modelos de atuação predominantemente centrados no indivíduo daqueles.
Livro: MODELAGEM MATEMÁTICA NO ENSINO
Desenvolvimento organizacional
A Rede Social.
- HIPERTENSÃO ARTERIAL-
Habilidades em Comunicação V
OS NOVOS DESAFIOS DA GESTÃO DE PESSOAS
Organização, Planejamento e Gestão De Projetos Educacionais
Manuel Agostinho Matos Fernandes
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
VISITA DOMICILIAR CONSULTA DE ENFERMAGEM
Processo de Enfermagem – Wanda Horta
Epidemiologia e Saúde Ambiental
Comportamento Organizacional
Ricardo Zaslavsky Médico de Família e Comunidade Novembro, 2012
Sensibilização das Famílias e Comunidades para o Desenvolvimento da Primeira Infância 1 1.
Curso de saúde mental para equipes da atenção primária (2) - Módulo II
A GESTÃO DOS SISTEMAS DE SERVIÇOS DE SAÚDE NO SÉCULO XXI
Acolhimento O que entendemos por acolhimento?
Marco Lógico Um método para elaboração e gestão de projetos sociais Luis Stephanou abril de 2004 (refeito em agosto de 2004)
Estratégia Organizacional
Curso “Doenças Crônicas nas Redes de Atenção à Saúde”
- ATENDIMENTO A CLIENTES - UMA QUESTÃO DE RELAÇÕES INTERPESSOAIS
Lipodistrofia Saúde Mental e Qualidade de Vida
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Projeto de Vivência na Integração Médico Paciente - PROVIMP Agressividade na Prática Médica Luziane Santiago Silva.
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
Empreendedorismo para Profissionais da Saúde
Questões envolvendo autoconceito, auto-estima e gênero
A GESTÃO COMO UM PROCESSO DE ESCOLHAS O universo da Tomada de Decisão
HOSPITALIZAÇÃO Profª. Enfª. Paula.
Universidade Paulista Instituto Ciências da Saúde Curso de Graduação em Enfermagem Campus Jundiaí Prof.ª Filomena Coser Gabriela Aleixo A0129C-0.
INDICADORES COMO FERRAMENTAS
Planejamento do Processo de enfermagem
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
Émile Durkheim: um dos pais da sociologia moderna
• Manejo – Formação – Professor.
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU
A SAÚDE MENTAL DO PACIENTE E DA FAMÍLIA NA DESCOBERTA DO DIAGNÓSTICO
“PROCESSO DE ENFERMAGEM”
1 1.
Profa.: MAYNA NOGUEIRA.  Os negociadores fazem antes de se sentarem à mesa.  Precursores para se alcançar uma negociação: planejamento e estratégia.
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE INTERVENÇÃO EM SAÚDE
Habilidades e características do líder
PSICODIAGNÓSTICO Jorge Luiz de Sales.
Avaliação de desempenho Como mensurar o desempenho humano nas organizações.
Processo Administrativo Prof. Alexandro Bernhardt UCS 2007.
Itinerários terapêuticos
A CONSTRUÇÃO DE UM RELACIONAMENTO COM O MÉDICO/OUTROS PRESTADORES DE CUIDADOS DE SAÚDE 1.
Transcrição da apresentação:

Nurse Training Program Simpósio de Enfermagem 1st Baxter Hemophilia University Brazil Nurse Training Program 15 e 16 de maio de 2010 São Paulo

Simpósio de Enfermagem UNIVERSIDADE DA HEMOFILIA Simpósio de Enfermagem 15 e 16 de maio de 2010 São Paulo

Carmen Cunha M Rodrigues ADESÃO DA PESSOA COM HEMOFILIA AO TRATAMENTO Carmen Cunha M Rodrigues enfermeira carmen@boldrini.org.br

O QUE É ADESÃO? Adesão, vista como um processo complexo, multifacetado e que envolve comportamento tanto individual quanto coletivo, pode também sofrer influência dos métodos utilizados para medi-la, do local onde é estudada e da definição adotada para “boa adesão”. Envolve comportamentos do indivíduo, da família e da comunidade. (Leite & Vasconcelos, 2003, Matsui,1997; Wright, 1993)

“COMPLIANCE”, ADESÃO (ADERÊNCIA) E CONCORDÂNCIA O termo “compliance” tem sido amplamente substituída pelo termo “aderência”, um conceito similar mas com menos conotações negativas relacionando a relação Médico/paciente. O uso do termo “compliance” tem sido fortemente criticado, pois ele foi pensado transmitir uma imagem negativa da relação entre o paciente e o prescritor, onde o papel do prescritor estava relacionado a questões de instruções o papel do paciente era o de seguir as ordens do médico. A “não compliance”, desta forma, poderia ser interpretada como a incompetência em ser capaz de seguir instruções, ou como um comportamento de auto-sabotagem deliberado. Aderência foi introduzido como uma tentativa de reconhecer o direito de escolha do paciente, e remover o conceito de culpa. Downloaded from chestjournal.chestpubs.org by guest on May 9, 2010

“COMPLIANCE”, ADESÃO (ADERÊNCIA) E CONCORDÂNCIA Concordância é um termo relativamente recente que é usado predominantemente no Reino Unido. Sua definição tem mudado ao longo do tempo de uma que focava na investigação do processo em que o médico e o paciente concordam com as decisões terapêuticas que incorporam suas respectivas visões, para um conceito mais amplo que estende-se da comunicação da prescrição ao suporte ao paciente em tomar a medicação. Reconhece a necessidade de pacientes e médicos trabalharem juntos para atingir um acordo, e reconhece que pacientes e médicos podem (potencialmente) terem visões opostas. Como nós lidamos com isto apresenta uma desafio maior para a medicina, particularmente no manejo de doenças crônicas. Concordância é algumas vezes usada, Incorretamente, como um sinônimo de aderência. Downloaded from chestjournal.chestpubs.org by guest on May 9, 2010

O QUE É ADESÃO? “Compliance” = obediência, pressupõe um papel passivo do paciente. “Adherence” = escolha livre do indivíduo em adotar, ou não, certa recomendação, podendo significar também, “seguir sem desviar”. (Leite & Vasconcelos, 2003; La Greca, 1990) Grau de concordância entre o comportamento do indivíduo em relação ao uso de medicamentos, prescrições dietéticas ou mudanças no estilo de vida, e as prescrições médicas. (Haynes, 1979) Processo ativo, intencional e responsável, no qual o indivíduo trabalha para manter sua saúde, tendo como colaboradores próximos os profissionais da área da saúde (Kingäs et al, 2000)

O QUE LEVA À NÃO ADESÃO? Já foi demonstrado que 50% das orientações médicas são esquecidas quase que imediatamente após a consulta (Shope, 1981; Tebbi, 1993) Em pessoas com diabete ou insuficiência cardíaca apenas 42% (Wright, 1993) e 50% das crianças com LLA (Oliveira,2002) tomavam corretamente seus medicamentos – nem a gravidade da doença nem a característica dos pacientes determinam a não adesão.

O QUE LEVA À NÃO ADESÃO? Os pacientes e seus familiares têm suas próprias concepções sobre o tratamento e somente uma parte dessa concepção vem do médico. As pessoas avaliam as orientações de acordo com o que eles sabem sobre sua doença e o tratamento, inclusive julgando alguns ineficazes quando o principal efeito terapêutico não é alcançado. A decisão, a partir daí, de interromper o tratamento é um método empírico racional para testar sua visão de eficácia da droga. A não adesão pode resultar, também, de uma incompatibilidade do regime terapêutico com o contexto de vida do paciente. Bitaraes BL, 2006

COMO SE MANIFESTA A NÃO ADESÃO? Pode manifestar-se de várias maneiras. As mais comuns são omissão de doses, uso de dosagens incorretas, intervalos inadequados entre as doses, resistência da criança, má compreensão das orientações médicas, interrupção precoce do tratamento, não reposição das doses, demora em procurar tratamento e recusa em participar de programas de cuidados à saúde. (Matsui, 1997, Shope, 1981; Tebbi, 1993; Dawson & Newell, 1994) Acondicionamento e/ou descarte incorreto do fator Sub-tratamento

Perspectiva centrada no paciente = significado da medicação no seu cotidiano “Interesses” da criança Ansiedade, defesa, rejeição e medo Nova “agenda”de cuidados, inesperada, desconhecida e não planejada Diagnóstico diferente daquilo que pensavam ou que gostariam de ouvir Tensão emocional dos pais

4 Coisas para Ensinar sobre Aderência Conhecer seu tratamento Ter um sistema de alerta ou um plano Conhecer o sistema de dose. Reconhecer os padrões de flutuação do nível de fatores, incluindo o entedimento de quanto tempo a droga permanece ativa no organismo ( chama-se “meia vida”) - Mantê-lo envolvido com seu tratamento. Regina B. Butler, RN and Karen Wulff, RN

ALGUNS FATORES DETERMINANTES “O fornecimento de informações necessárias, por si só, não garantirá subsequente cooperação. O conhecimento sobre a doença e o tratamento é essencial, mas não é suficiente, para a adesão, pois mudanças no comportamento possuem determinantes muito mais complexos do que a simples informação (Kingas et al, 2000) O tratamento correto e a explicação ao paciente nem sempre influenciarão o seu comportamento. Entretanto, os pacientes que se declaram insatisfeitos com as explicações sobre a doença e o tratamento tendem a ser menos aderentes. (Berman & Werner, 1963; Matsui, 2000)

ALGUNS FATORES DETERMINANTES O regime terapêutico Lembrança constante da deficiência Desejo de sentir-se normal Via de administração Horários fixos do CT Relação dos profissionais com pacientes e família Relacionados à família, escola, trabalho, vida social

MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE ADESÃO Entrevistas Monitoração dos resultados clínicos Conferência dos frascos vazios Trabalho multiprofissional Avaliação dos resultados

COMO O ENFERMEIRO PODE ATUAR NESTE CONTEXTO?

CONSIDERAÇÕES FINAIS A adesão é um tema complexo que não pode ser entendido apenas em termos de medidas diretas ou indiretas das taxas de adesão à prescrição médica. Devem ser devidamente levados em consideração o comportamento dos pacientes e de suas famílias em relação aos regimes prescritos, suas crenças e conhecimento sobre a doença em questão, sua vida cotidiana e os papéis sociais desempenhados pelos profissionais de saúde, pacientes e familiares no processo global de saúde-doença. Bitaraes EL, 2006

Adesão: um trabalho para muitas mãos carmen@boldrini.org.br