Mateus Minuzzo Ruan Waldera Samuel Carneiro Wylliam Camera.

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Transcrição da apresentação:

Mateus Minuzzo Ruan Waldera Samuel Carneiro Wylliam Camera

Pesquisa empírica desenvolvida na Região Metropolitana de Curitiba e Litoral Norte do Paraná, por pesquisadores da UFPR em conjunto com pesquisadores franceses.

 O texto trata do meio ambiente rural a partir dos seguintes aspectos: ◦ Heterogeneidade do rural; ◦ O rural como espaço de interesses ambientais conflitantes; ◦ Como espaço do risco socialmente construído; ◦ Como espaço de reencontro com a natureza; ◦ Como espaço de surgimento de novos atores sociais.

 Rural e Meio Ambiente no Brasil implica em reconhecer vários rurais: ◦ Rural tradicional; ◦ Rural moderno; ◦ Rural moderno crítico.

 No rural a modernidade critica: ◦ O meio ambiente emerge relacionando a vida social e natural dos atores sociais; ◦ Incorporado no plano das políticas sociais; ◦ Nas estratégias de ações dos agricultores; ◦ Alternativas de ações sociais.

 No rural a modernidade critica: ◦ O avanço e o modo da racionalidade técnica no meio rural, é então questionada por movimentos sociais alternativos ou ambientalistas. ◦ Onde o conhecimento e a técnica industrial passaram a não ser os únicos instrumentos de medição homem-natureza.

 A industrialização dos processos produtivos na agricultura não exclui a gestão de recursos naturais de produção.  Desta forma a agricultura não caminha necessariamente para as condições de padronização absoluta da produção.

 A modernização da agricultura não levou a um processo de homogeneização do rural.  Assim o primeiro aspecto a ser considerado é a heterogeneidade do espaço sócio- geográfico. ◦ Sofrem evasão rural.

Estudos de mudança tecnológica já não apontam necessariamente para substituição de práticas tradicionais por práticas industriais, mas sim para mudanças socioambientais. A questão da propriedade da terra é considerada sob o novo prisma relativizado e coletivizado da função socioambiental. Heterogeneidade

 Segundo Costa, Os sistemas de produção agrícola são reorganizados de forma: ◦ A conservar a diversidade biológica considerando a reprodução da vida do agricultor e do sistema natural mesmo nos sistemas convencionais de produção agrícola.

 A função socioambiental da terra é, assim uma possibilidade de conciliação de direitos sobre o seu bem e de direitos da sociedade sobre o ambiente ecologicamente equilibrado e sadio.  A dimensão físico-biológica é muitas vezes determinante no uso e ocupação do espaço natural. Definição de Dimensões Socioambientais do Rural Contemporâneo

Casos dos munícipios da região metropolitana de Curitiba Casos dos munícipios da região metropolitana de Curitiba  São José dos Pinhais, Quatro Barras entre outros municípios, apesar de possuírem boa produção agrícola e alta tecnologia, existem restrições para o uso do solo, além da presença de unidades de conservação. ◦ Mesmo tendo essas restrições de uso do solo, eles conseguem ter boa produtividade agrícola.  Adrianópolis, Cerro Azul, etc., com produção agrícola extensiva, baixo nível tecnológico, existe restrições impostas pelo relevo entre outros fatores. ◦ Com essas restrições impostas pelo meio não conseguem obter boa produtividade.

 Nos exemplos apresentados podemos notar que existe um claro conflito entre natureza/ sociedade. ◦ São exemplos de municípios que possuem restrições impostas pela natureza, e que mesmo assim a agricultura está inserida nesse espaço.  Recentemente, há um processo de reconversão para a agricultura ecológica que implica em manejos mais adequados à realidade do meio físico da região. ◦ Reservas legais; ◦ Reformulação do código florestal,

 Os conflitos abrangiam a agricultura – indústria, empresários – trabalhadores, grandes proprietários x pequenos agricultores familiares.  Novas modalidades: Assumir funções sociais, tais como a de conservar a natureza. Proporcionar espaço de lazer. Promover o abastecimentos alimentar, entre outras (MALUF; CARNEIRO, 2002).

 Essas novas funções nem sempre são consensuais de interesse direto dos agricultores.  A água, quastão cruscial do século 21, é um dos problemas não somente para as cidades, mas também para o campo.

 Agricultor deve: Praticar agricultura não poluente. Conservar florestas e áreas ribeirinhas. Planejar matas ciliares. Desta forma é forçado a reduzir sua área destinada à produção agrícola para garantir o abastecimento das cidades, sem uma contrapartida que possa compensar economicamente.

 Áreas de preservação ambiental afetam diretamente os interesses dos agricultores.  Gerando conflitos de uso de recursos e de significados sobre o que é preservação, e abrindo caminho para um ambiente rural gerido por mecanismos de fiscalização e repressão.

 A industrialização dos processos produtivos gera riscos produzidos no meio urbano e rural.

 Impactos ambientais: ◦ Desmatamento descontrolado; ◦ Simplificação dos sistemas ecológicos; ◦ Poluição do solo, da água e do ar; ◦ Resíduo nos alimentos;

 Impactos sociais: ◦ Intoxicação; ◦ Stress social;  Estudos na região metropolitana de Curitiba.  Produtores dispostos a reorganizar o processo produtivos em base ecológica.  Abertura de mercado.

 A natureza é hoje cultivada de diferentes formas de gestão, tendo como base diferentes projetos de vida.  Neo-rurais: ◦ São críticos da modernidade e encontram no rural um meio de reconstruir sua vida. ◦ Protagonistas de movimentos sócio ambientalistas.

 Aqueles que articulam novas formas de relação com a natureza com novas formas de relação social. ◦ Se contrapõe a formatos hegemônicos de produção e organização; ◦ Preservação dos recursos ambientais; ◦ Organização social (associações, feiras e redes de comercialização;

 Podemos observar a importância do movimento alternativo e ambiental na agricultura na reconstrução de um rural ecológico e socioambiental.  Alguns exemplos desses atores emergentes na região estudada: ◦ Associação dos produtores agrícolas de Colombo (APAC). ◦ Associação de produtores orgânicos do Paraná (AOPA). ◦ Associação de turismo rural (Colombo). ◦ Associação de agricultores de assentamentos rurais.

 Assim há a necessidade de formar profissionais através de um olhar crítico, sistêmico, criativo e contextualizado, não descaracterizando os métodos e princípios convencionais, mas sabendo construir propostas alternativas, com critérios ecológicos e dentro de uma perspectiva economicamente viável.

BECK, Ulrich; GIDDENS, Anthony; LASH, Scott. Modernização Reflexiva. São Paulo: Unesp, RUCINSKI, Jeane. ACOPA: uma associação em construção. Curitiba, Dissertação – Universidade Federal do Paraná.