FÁRMACOS ANTIFÚNGICOS Tania Tano
CONSIDERAÇÕES GERAIS Fungos – Presente no meio ambiente – Flora microbiana normal Infecções fúngicas superficiais leves por dermatomicose (pé-de-atleta; tinha da pele, unha, cabelo) e candidíase (pele, boca, vagina e muco-cutânea) Infecções fúngicas sistêmicas secundárias graves: candidíase sistêmica, criptococose (meningite), blastomicose, histoplasmose, coccidiomicose, esporotricose disseminada. Fatores que favoreceram as infecções fúngicas graves: Uso disseminado de antibióticos de amplo espectro Alta incidência de pacientes imunocomprometidos e imunodeprimidos.
ESTRUTURA DO FUNGO
INFECÇÕES FÚNGICAS (MICOSES) Infecções sistêmicas: Infecções superficiais: Candidíase sistêmica Criptococose (meningite) Aspergilose (pulmonar) Blastomicose (retina) Histoplasmose (pulmão, TGI, ossos) Coccidiomicose (pulmão) Mucormicose (rinocerebral) Esporotricose disseminada (lesões cutâneas) Dermatomicoses: Tinea pedis (pé-de-atleta) Tinea corporis (de pele) Tinea cruris (virrilha) Tinea capitis (couro-cabeludo) Tinia unguium (unha) Candidíase: Pele Boca Vagina Candidíase mucocutânea
DERMATOMICOSES Tinea de unhas Tinea pedis (Pé-de-atleta) Tinea capitis Tinea corporis
CANDIDÍASE (Candida albicans) Candidíase cutânea CANDIDÍASE: oral, cutânea e vaginal
Micoses Oportunísticas Candida albicans Aspergillus sp Cryptococcus Lesões cutaneas Presente na flora normal Infecções sistêmicas Ouvido, pele, ossos e meninges
ANTIFÚNGICOS Equinocandinas Flucitosina Ex. capsofungina Azóis Acetil-Co-A (-) síntese do DNA (-) a síntese da parede Membrana plasmática Esqualeno Parede celular Núcleo Azóis 3A(CYP3A) Lanosina 14-desmetilase Lanosterol Íons, Ptns Ergosterol Griseofulvina Incorporado na Membrana celular Anfoterinicina Nistatina Interagem com os microtúbulos e inibe a mitose Formam poros., permitindo O extravazamento - Lise
CLASSES DE ANTIFÚNGICOS ANTIBIÓTICOS ANTIFÚNGICOS ANFOTERICINA NISTATINA GRISEOFULVINA 2. ANTIFÚNGICOS SINTÉTICOS AZÓIS: CETOCONAZOL / FLUCONAZOL / ITRACONAZOL MICONAZOL Outros Azóis: Clotrimazol, econazol, tioconazol, sulconazol FLUCITOSINA TERBINAFINA EQUINOCANDINAS
ANTIFÚNGICO DE ESCOLHA NO TRATAMENTO DAS MICOSES SISTÊMICAS ANFOTERICINA Steptomyces nodosus – Antibiótico Macrolídeo ANTIFÚNGICO DE ESCOLHA NO TRATAMENTO DAS MICOSES SISTÊMICAS Espectro: Fungicida ou Fungiostático (Dose) Candida albicans, Cryptococcus, Histoplasma, Aspergillus e Blastomyces
Anfotericina - Indicações TRATAMENTO DAS INFECÇOES FÚNGICAS SISTÊMICAS GRAVES PNEUMONIA GRAVE - (iv) histoplasma, Aspergillus, coccidioides MENINGITE por Cryptociccus (intratecal) SEPTICEMIA POR INF. FÚNGICA USO TÓPICO: Úlceras de córnea por fungos (oftálmica) Artrite fúngica (inta-articular) Candidúria (irrigação da bexiga)
Aspectos Farmacocinéticos ANFOTERICINA B ORAL Convencional (suspensão coloidal) Anfotericina Liposomal (F. lipídicas) IV ANFOTERICINA+ Pnts (90%) Amplamente distribuída para os líquidos corporais 2-3% LCR Excreção lenta T1/2 = 15 d
Anfotericina: Efeitos Adversos Sintomas comuns: Cefaléia, Náuseas, Vômitos Perda de peso, febre, Tromboflebite Importante: Febre e Calafrios Antipirético, Glicocort Moderado: Hiperpnéia e hipotensão Raro – Importante: Broncoespasmo - Anafilaxia Comprometimento renal (FG e secreção) – perda de K e Na, nefrotoxicidade Suspensão do fármaco Hepatotoxicidade: Anemia
FLUCITOSINA Espectro: Fungiostático de espectro pequeno Candida albicans Cryptococcus Farmacocinética: Oral – 100-150mg/d (dividida em 4 doses) Biodisponibilidade > 90% Distribuição ampla – SNC e humor aquoso T1/2 = 3-6 h Indicações: Associada a Anfotericina B – Infecções sistêmicas Meningite fúngica Infecções urinárias fúngicas
Flucitosina: Efeitos Adversos DEPRESSÃO DA MEDULA ÓSSEA Anemia, Leucopenia e Trombocitopenia TOXICIDADE HEPÁTICA Enzimas microssomais hepáticas DISTÚRBIOS GI Náuseas, Vômitos e Diarréia
AZÓIS: Imidazois e Triazois Inibem a síntese do Ergosterol Acetil-Co-A IMIDAZÓIS: Cetoconazol (T; O) Miconazol (T) Clotrimazol (T) TRIAZÓIS: Itraconazol (O, IV) Fluconazol (O, IV) Voriconazol (O. IV) POUCOS EFEITOS ADVERSOS Esqualeno Azóis 3A(CYP3A) Lanosina 14-desmetilase Lanosterol Ergosterol Incorporado na membrana celular do fungo
CETOCONAZOL Oral – 200 – 400 – 800 mg (Nizoral) INDICAÇÕES EFEITOS ADVERSOS Ativo contra Candida sp Mas não é ativo contra Aspergillus, Cryptococcus ou Mucor sp. Candidíase: Vulvovaginal: 5 dias Esofagial: 2 semanas Micoses profundas: 6-12meses Distúrbios GI (20%) Alergias com prurido (4%) Alopecia Hepatotoxicidade (raro) Irregularidade menstrual (10%) Ginecomastia e redução da libido
INDICAÇÕES CLÍNICAS ITRACONAZOL FLUCONAZOL Tratamento de micoses sistêmicas (candida, aspergillus e Mucor sp, Cryptococcus, Histomasma e blastomyces) Tratamento das micoses superficiais (200mg/d) Candidíase (orofaringeal, esofageal e vaginal) Micose subcutâneas (tinea versicolor) (criptococose, histoplasmose e blastomicose) Não é efetiva na aspergilose e mucomicose Candidíase: Orofaringeal: 50-100mg/d Esofagial: 100-200 mg/d Vaginal: 150 mg (D. única) Sistêmica: 400mg/d
EFEITOS ADVERSOS ITRACONAZOL FLUCONAZOL ITRACONAZOL FLUCONAZOL Náuseas e vômitos (10%) Hipocalemia (6%) Raro – hepatite e impotência Alergias cutâneas Inibição P450 Náuseas, cefaléia e dor abdominal (1,7-3,7%) Raro - hepatite Não provoca inibição P450 Aspectos Farmacocinéticos ITRACONAZOL FLUCONAZOL Abs. Facilitada pelo pH ácido pH ácido não modifica abs. Distribuída pulmão, fígado e pele (queratina) - Baixos níveis SNC Ampla distribuição: pulmão, fígado, pele e SNC
EQUINOCANDINAS INIBE A SÍNTESE DA PAREDE CELULAR CASPOFUNGINA – MICAFUNGINA - ANIDULAFUNGINA INIBE A SÍNTESE DA PAREDE CELULAR -Disponível somente para administração iv -Dose inicial 70 mg – Dose de Manutenção 50 mg -Ativo contra Candida e Aspergillus, mas não contra Cryptococcus.
EQUINOCANDINAS Indicação: Infecções sistêmicas disseminadas por candida Profilaxia de infecção por Candida em paciente transplantado de medula óssea. Aspergilose invasiva que não responde à Anfotericina B Efeitos Adversos: Bem tolerado Efeitos GI Rubor Elevação das enzimas hepáticas
NISTATINA AZÓIS TÓPICOS GLISEOFULVINA TERBINAFINA ANTIFÚNGICOS TÓPICOS NISTATINA AZÓIS TÓPICOS GLISEOFULVINA TERBINAFINA
NISTATINA Antibiótico macrolídeo poliênico Streptomyces noursei USO TÓPICO Candidíase de pele e mucosa (boca e TGI)
GRISEOFULVINA Origem: Penicillium griseofulvum Indicações: Infecção de pele e de unha por dermatófitos (tratam. Prolongado) Farmacocinética: Oral e Tópica – depósitos em cels queratinizadas – T1/2 plasmática = 24h Tópica Efeitos adversos: indução enzimática, distúrbios GI, cefaléia e fotosensibilidade, alergias
Outros azóis: Uso Tópico MICONAZOL (Daktarin) Micose por dermatófitos Tópica – Creme vaginal 2% CLOTRIMAZOL (Canesten) Tinea e Candidíase Tópica– Creme vaginal CETOCONAZOL Tópico ECONAZOL Candidíase cutânea TIOCONAZOL Candida vulvovaginal (D. única) TERCONAZOL Candida vaginal (1 sem)
TERBINAFINA “1 ano” “Antes” “3 sem” Composto fungicida ceratofílico e altamente lipofílico. Administração Oral (250 mg/d) ou Tópica Interfere com a biosíntese do Ergosterol Indicação: tratamento das infecções fúngicas por dermatófitos. Efeitos adversos: Distúrbios GI, exantemas, prurido e cefaléia. “1 ano” “Antes” “3 sem”