Microcefalia em Pernambuco

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
INFLUENZA A (H1N1) REDUZIR RISCO DE TRANSMISSÃO
Advertisements

NORMAS TÉCNICAS DE CONTROLE DA TUBERCULOSE UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE
Taxa de Mortalidade Infantil por Macrorregião, Bahia 2006
16ª Dires – Jacobina 21ª Dires – Irecê
REUNIÃO TÉCNICA DE MONITORAMENTO
Óbitos Infantis e Fetais
Núcleo Municipal de Mobilização Social:
LOCAL: ASSOCIAÇÃO COMUNITARIA SETOR NH-5
FUNÇÕES DENTRO DA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Atribuições dos Profissionais da Atenção Básica
Leishmaniose Visceral
Mortalidade materna em adolescentes: epidemiologia e prevenção
FASE 1 Notificação, investigação e encerramento dos casos realizados semanalmente. Mapeamento dos casos: geocodificação e georeferenciamento. Busca ativa.
Programa de Controle da Dengue
Caderneta da Gestante MINISTÉRIO DA SAÚDE
DENGUE Proteja sua família, evite que o mosquito da dengue
Vigilância Epidemiológica
Salvador, 15 a 17 de outubro de 2014
DST/Aids e Rede Básica : Uma Integração Necessária
ATENÇÃO A SAÚDE DA CRIANÇA MUNICÍPIO DE CASCAVEL
OFICINA DE TRABALHO »Manual de Vigilância e Controle da
V Seminário de Mobilização Social em Saúde “Pensando e Agindo Coletivamente” Núcleo de Mobilização Social da Assessoria de Comunicação Social - SES/MG.
INTRODUÇÃO DO VÍRUS CHIKUNGUNYA NO ESTADO DA BAHIA:
A Rede Mãe Paranaense Em 2011 a SESA iniciou o processo de implantação da Rede Mãe Paranaense com a introdução da estratificação de Risco das gestantes.
A RAZÃO DE ESTARMOS AQUI
Proposta do Distrito Sanitário Leste Novembro 2007
TERRITORIALIZAÇÃO UBS Centro CAMBÉ-PR.
INFLUENZA A H1N1 Minas Gerais
Secretaria de Estado da Saúde do Paraná
Projeto Criança Exposta ao Vírus HIV em São José
VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL: Fatores Biológicos
Estratégia de Saúde da Família
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
OFICINA DE QUALIFICAÇÃO DE FACILITADORES DO NASF
GRUPO SÃO FRANCISCO. GRUPO SÃO FRANCISCO Grupo São Francisco: Sede Administrativa São Francisco Saúde, Fundação Waldemar Barnsley Pessoa, Hospital.
Secretaria de Estado da Saúde do Paraná
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL
VIGILÂNCIA EM SAÚDE.
Vigilância Epidemiológica
Situação de microcefalia em Goiás
SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE NOV/2015
Uma Abordagem Interdisciplinar no Tratamento à Dependência Química:
A SESA tem investido desde 2011 na melhoria da Atenção Primária em todos os municípios, em 2011 instituiu o Programa de Qualificação da APS.
Situação clínica – 1. Você é procurado(a) por JHN, 28 anos, sexo feminino, 4G3P1A. JHN é mãe de PONJ, sexo masculino, 3 meses. PONJ nasceu de parto cesáreo,
CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO: DOENÇAS TRANSMITIDAS PELO AEDES AEGYPTY
Aedes: criadouros e soluções
Por que o governo lançou Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia ?
Aedes aegypti Mosquito transmissor da dengue, vírus Zika e da febre de chikungunya
Quem é o Mosquito Aedes aegypti?
Redução da Mortalidade Infantil e do Componente Neonatal
Controle aedes na ufrgs
Boletim Epidemiológico No 14 – Semana Epidemiológica 07/2016 (notificações acumuladas até 20/fev/2016 a partir de 08/nov/2015) notificados
DENGUE CHIKUNGUNYA ZIKA
Fevereiro de 2016 Ação Emergencial de Controle do Aedes aegypti.
AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE NO PARANÁ O que é a Rede Mãe Paranaense É um conjunto de ações que envolve a captação precoce da gestante, o seu acompanhamento.
MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA COORDENAÇÃO-GERAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO Informe sobre as iniciativas.
Ministério da Saúde Sala Nacional de Coordenação e Controle e Secretaria de Vigilância em Saúde 19 de maio de 2016 Saneamento e a prevenção de doenças.
O que é o Aedes Aegypti? O Aedes aegypti é um mosquito diminuto de apenas 7 milímetros, mas é capaz de transmitir numerosas doenças diferentes. Entre.
VIGILÂNCIA DE AIDS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Entre 1982 e 2014, o ERJ registrou : casos de Aids, sendo: casos (SINAN) SISCEL/SICLOM.
DENGUEZIKA CHIKUNGUNYA Aedes aegypti Superintendência de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador Belo Horizonte, 29 de fevereiro de.
Diretor Geral de Controle de Doenças e Agravos
Resultados Goiás contra o Aedes Decidimos erradicar o Aedes Janeiro à Abril / 2016 Goiânia, 05 de Maio de 2016.
DENGUE CHIKUNGUNYA ZIKA
Medida Provisória nº /03/2016 Amanda Borges.
Linha Cuidado Saúde da Mulher
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA DENGUE Curitiba, 28 de Março de /2016 Semana epidemiológica 31/2015 a 12/2016.
Ações Necessárias Hospitais
Dengue Chikungunya Zika
Integrando Ações de Saúde do Trabalhador na Atenção Básica de Saúde de Itaberaba-BA Mariana Cardoso Psicóloga Cerest de Itaberaba - Ba Mestre em Saúde.
Transcrição da apresentação:

Microcefalia em Pernambuco 24 de novembro de 2015

ÍNDICE Microcefalia em Pernambuco Resultados preliminares (EpiSUS) Protocolo clínico e epidemiológico Recomendações

Caracterização dos casos notificados MICROCEFALIA EM PERNAMBUCO 487 casos notificados entre 27 de outubro e 22 de novembro 175 casos (35,9%) atendem aos critérios da OMS Caracterização dos casos notificados Sexo 294 feminino (60,4%) 192 masculino (39,4%) 01 ignorado Tempo de nascimento 419 bebês a termo (86%) 67 bebês pré-termos (13,8%) 01 pós-termo (0,2%) Unidades notificadoras 72 estabelecimentos de saúde, sendo os principais: Hospital Agamenon Magalhães (63) Hospital Barão de Lucena (43) Imip (41) Municípios notificadores 108 municípios pernambucanos, sendo a maior concentração na I Região de Saúde: Recife (20,6%) Jaboatão dos Guararapes (6,5%) 3

MICROCEFALIA EM PERNAMBUCO

RESULTADOS PRELIMINARES (EpiSUS) Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS (EPISUS)/ Ministério da Saúde Objetivos: Identificar o aumento da ocorrência de casos de microcefalia em nascidos vivos Descrever os casos Levantar hipóteses

RESULTADOS PRELIMINARES (EpiSUS) 60 RN notificados com microcefalia 47 RN investigados (Revisão prontuário e entrevista) 7 descartados 13 Perdas Não foi possível entrevistar 40 (85%) confirmados microcefalia

RESULTADOS PRELIMINARES (EpiSUS) Antecedentes maternos investigados N=40 EXPOSIÇÕES n % CONSANGUINIDADE - AGROTÓXICOS/PESTICIDAS MAL FORMAÇÃO CONGÊNITA MICROCEFALIA NA FAMÍLIA RADIOGRAFIA USO MEDICAMENTO CONTÍNUO 12 30 DOENCA PRÉ-EXISTENTE 6 15 PRODUTOS QUÍMICOS 5 13 USO DE ÁLCOOL TABAGISMO DROGAS 2 EXANTEMA 27 68 1° TRIMESTRE 20 71 2° TRIMESTRE 7 25

RESULTADOS PRELIMINARES (EpiSUS) Dos sugestivos de infecção congênita: 3 sífilis 1 citomegalovírus 1 herpes vírus *Maioria não teve causa etiológica definida

PROTOCOLO CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO ATENÇÃO À GESTANTE: Notificação imediata do caso para a SES-PE (grávidas que já tenham ultrassom indicativa de bebê com microcefalia ou grávidas com manchas vermelhas) Nas gestantes que estiverem com exantema (manchas vermelhas): será realizada coleta de sangue para diagnóstico laboratorial na unidade onde ela está realizando seu pré-natal ou na referência macrorregional; será realizada uma ultrassom entre a 32ª e 35ª semanas de gestação

PROTOCOLO CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO Para as gestantes que já têm ultrassom indicativa de bebê com microcefalia: - será realizada coleta de sangue para diagnóstico laboratorial na unidade onde ela está realizando seu pré-natal ou na referência macrorregional; será garantido acompanhamento psicológico pela SMS do município onde realiza o pré-natal ou pela referência macrorregional IMPORTANTE: O acompanhamento durante todo o pré-natal deverá ser mantido na rede municipal de saúde, salvo a existência de situações que classifiquem a gestante como de alto risco obstétrico

REFERÊNCIAS I MACRORREGIÃO (Recife) PROTOCOLO CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO REFERÊNCIAS I MACRORREGIÃO (Recife) Para as gestantes: IMIP Hospital Agamenon Magalhães Cisam Para os bebês: HUOC Hospital Barão de Lucena Acesso: da unidade solicitante para a Central de Regulação da I Gerência Regional de Saúde 11

REFERÊNCIAS II MACRORREGIÃO (Caruaru) PROTOCOLO CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO REFERÊNCIAS II MACRORREGIÃO (Caruaru) Para as gestantes: Hospital Jesus Nazareno Para os bebês: Hospital Mestre Vitalino Acesso: da unidade solicitante para a Central de Regulação da IV Gerência Regional de Saúde 12

REFERÊNCIAS III MACRORREGIÃO (Serra Talhada) PROTOCOLO CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO REFERÊNCIAS III MACRORREGIÃO (Serra Talhada) Para as gestantes: Hospital Regional Prof. Agamenon Magalhães (HOSPAM) Para os bebês: Acesso: da unidade solicitante para a regulação da XI Gerência Regional de Saúde 13

REFERÊNCIAS IV MACRORREGIÃO (Petrolina) PROTOCOLO CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO REFERÊNCIAS IV MACRORREGIÃO (Petrolina) Para as gestantes: Hospital Dom Malan Para os bebês: Acesso: da unidade solicitante para a regulação da VIII Gerência Regional de Saúde 14

RECOMENDAÇÕES As gestantes não devem consumir bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de drogas As gestantes não utilizar medicamentos sem a orientação médica As mulheres que planejam engravidar devem atualizar seu cartão vacinal Evitar contato com pessoas com febre, exantemas ou infecções Até que se esclarecem as causas desse aumento, as mulheres que planejam engravidar devem conversar com a equipe de saúde de sua confiança Não há uma recomendação para evitar a gravidez. A decisão de uma gestação é individual de cada mulher e sua família Adotar medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doenças 15

(dengue, chikungunya e zika) RECOMENDAÇÕES SES (dengue, chikungunya e zika) Controle do mosquito, sendo de extrema importância a manutenção do quadro de agentes de endemias no território, garantindo assim, a cobertura de visitas domiciliares; Articulação com outros setores (Educação, Saneamento, Limpeza Urbana, Habitação, Forças Armadas, entre outros) para ações de prevenção e mobilização social; Manutenção de locais públicos limpos (praças, parques, ruas) e coleta rotineira do lixo; Capacitação dos profissionais da rede de saúde para o correto diagnóstico e manejo dos casos, evitando óbitos; Atualização da situação epidemiológica, a partir das notificações, com elaboração semanal do boletim epidemiológico. 16

(dengue, chikungunya e zika) RECOMENDAÇÕES À POPULAÇÃO (dengue, chikungunya e zika) Adotar medidas para eliminar criadouros do mosquito transmissor Fazer inspeção na casa para identificar locais com acúmulo de água Retirar recipientes que tenham água parada Cobrir adequadamente locais de armazenamento de água Proteger-se de mosquitos Manter portas e janelas fechadas ou com telas, Usar calças e camisa de manga comprida, Uso de repelentes com recomendação médica Evitar o acúmulo de lixo: Deixar o lixo ensacado e fechado Retirar o lixo próximo a hora do recolhimento pelo serviço de limpeza municipal Não colocar lixo ou entulhos em terreno baldio, nem canais Denunciar focos de mosquito (0800.286.28.28) 17