“Nunca houve um método diagnóstico que eu não pudesse refutar” (Dr “Nunca houve um método diagnóstico que eu não pudesse refutar” (Dr. Gregory House, MD)
Semiologia Cardiovascular Profª Marcia Ladeira Departamento de Clínica Médica UERJ - HUPE
Anamnese Dispneia Dor torácica Cianose Síncope/lipotímia Palpitações Edema
Fatores de risco Fumo PA acima de 140 x 90 mmHg, ou uso de antihipertensivos Colesterol-HDL abaixo de 40 mg% Diabetes mellitus História familiar positiva (parentes de primeiro grau, mulheres <65 e homens < 55 anos) Idade (homens > 45 e mulheres > 55)
Fatores de risco IMC > 30 Sedentarismo Dieta aterogênica Síndrome metabólica
Síndrome metabólica Obesidade abdominal (mulheres > 88 e homens >102 cm) Triglicerídios > 150 mg% HDL-colesterol > 40 mg% em homens e 50 mg% em mulheres PA > 130 x 85 mmHg Glicemia de jejum > 110 mg%
Classificação funcional NYHA Classe I: sem limitação da atividade física, sem sintomas com esforço habitual Classe II: leve limitação da atividade funcional, sintomas com esforço habitual Classe III: limitação importante da atividade física, sintomas com esforços menores que os habituais Classe IV: inabilidade de realizar qualquer esforço, sintomas em repouso
Exame físico geral Ectoscopia Dispneia objetiva, taquipneia, ortopneia
Exame físico geral Cianose central, baqueteamento digital
Exame físico geral Cianose diferencial = PCA com inversão do fluxo
Endocardite infecciosa e seus sinais periféricos Nódulos de Osler Manchas de Roth Manchas de Janeway Hemorragias em splinter
Fatores de risco para doença cardiovascular
Fatores de risco para doença cardiovascular
Exame da retina Retinopatia diabética
Exame da retina Retinopatia hipertensiva
Exame da retina Placas de colesterol de Hollenhorst
Exame do abdomen Ascite Pulso hepático Sopros abdominais Insuficiência ventricular direita Pericardite constrictiva Pulso hepático Regurgitação tricúspide Sopros abdominais Aneurismas arteriais (aorta, esplênica...) Estenose de artéria renal
Pressão Arterial Pressão sistólica=volume sistólico Pressão diastólica=resistência vascular, elasticidade da aorta Diferença de pressão arterial entre os MMSS e entre MMSS/MMII
Pressão Arterial – Aferição nos MMSS
Pressão Arterial – Aferição nos MMII
Fases de Korotkoff 1-início dos sons 2-batimento seguido de sopro, com pressão de 10 a 15 mmHg menor 3-reaparece apenas o batimento 4-batimento desaparece e persiste apenas o sopro 5-desaparece todo o som
Erros na aferição da PA Tamanho correto do manguito Largura correspondendo a 40% da circunferência do braço!! Esvaziamento rápido Fumo, café, atividade física, stress Síndrome do jaleco branco Pseudo-hipertensão Manobra de Osler
Definição de hipertensão arterial (VII Joint Comitee) Classificação PA sist (mmHg) PA diast (mmHg) Normal <120 <80 Pré-hipertenso 120 a 139 80 a 89 Estágio 1 140 a 159 90 a 99 Estágio 2 > 160 > 100
Hipotensão postural > 20 mmHg PA sist OU >10 mmHg PA diast OU > 20% FC basal causas
Pulso paradoxal de Kussmaul
Pulso paradoxal de Kussmaul
Pulso Arterial
Palpação dos pulsos arteriais
Palpação dos pulsos arteriais
Pulso arterial
Exame dos pulsos arteriais Frequência Regularidade Simetria Intensidade 0+: impalpável 1+: filiforme 2+: reduzido 3+: normal 4+: amplo Frêmito (palpação) e sopro (ausculta)
TIPOS DE PULSOS
Alterações do pulso arterial Pulsus parvus = redução do volume sistólico, redução da pressão de pulso, aumento da resistência vascular periférica Pulsus tardus = aumento da resistência à ejeção ventricular Pulso hipercinético = aumento da pressão de pulso, aumento da pressão de pulso, redução da resistência vascular periférica
Alterações do pulso arterial Pulso célere ou em martelo d´água ou de Corrigan = insuficiência aórtica Pulso bisferiens = 2 picos sistólicos Pulso dicrótico = 1 pico sistólico e 1 pico diastólico Pulso alternante Pulso bigeminado Pulso paradoxal
Obstrução arterial periférica Claudicação intermitente Síndrome de Leriche = obstrução aorto-ilíaca Sintomas em repouso = predominantemente noturnos
Obstrução arterial periférica Ausência de pulsos Redução de temperatura Palidez e cianose Rubor de declive = hiperemia reativa Sopros arteriais Atrofia muscular Alterações tróficas, úlceras, gangrena
Síndrome do desfiladeiro torácico Compressão do feixe neurovascular Causas: costela cervical, hipertrofia do escaleno e/ou peitoral
Trombose venosa profunda Tríade de Wirchow Estase Hipercoagulabilidade Lesão endotelial
Trombose venosa profunda Phlegmasia alba dolens Phlegmasia cerulea dolens
Trombose venosa profunda
Trombose venosa superficial
Pulso venoso jugular Estimar pressão venosa central Inspecionar o formato das ondas Veia jugular interna direita
Pulso venoso jugular
Ondas do pulso venoso jugular
Ondas do pulso venoso jugular
Pulso venoso jugular Sinal de Kussmaul Refluxo hepato-jugular
Turgência jugular Pulsátil: ICC, hipertensão pulmonar, doenças pericárdicas Fixa e principalmente unilateral: SVCS
Exame do precórdio Inspeção Palpação Percussão Ausculta
Inspeção do precórdio
Inspeção do precordio
Inspeção do precórdio Tipo de tórax: excavatum, carinatum, em tonel... Pulsações Abaulamentos Cicatrizes Retrações ictus=hipertrofia biventricular ou pericardite constrictiva Batimentos epigástricos=VD x aorta
Palpação do precórdio
Palpação do precórdio
Palpação do ictus Tamanho Localização: tópica x ectópica Natureza (propulsivo x sustentado) Mobilidade com o DLE Bulhas acessórias Choques valvares Frêmitos
Crescimento de VD Causas de movimentos da parede torácica nas regiões: Paraesternal esquerda médio-inferior: normais (crianças, adultos magros com circulação hiperdinâmica como anemia, hipertireoidismo ou insuficiência aórtica), anormais (sobrecarga de VD, Insuficiência mitral grave, aneurisma de VD e pericardite constritiva) Técnicas: palpação com parte proximal da palma da mão realizando compressão discreta e/ou ponta dos dedos nos espaços intercostais; movimentos notados de melhor forma durante a apnéia pós expiratória.
Crescimento de VD Epigástrica: Técnica: mão espalmada sobre o epigástrio, com o dedo indicador insinuado na junção do apêndice xifóide e reborda costal direita e paciente em decúbito dorsal discretamente elevado. Possíveis achados: - pulsação vigorosa empurrando a ponta do dedo indicador no sentido craniocaudal, movimentos melhor notados durante apnéia pós-inspiratória = aumento de VD - impulsão notada na face palmar, mais evidente durante apnéia pós-expiratória = aneurisma de aorta
O ciclo cardíaco
Ritmo Cardíaco Regular Irregular: Fibrilação atrial Extrassistolia
1ª Bulha Fechamento das valvas atrioventriculares e início da sístole ventricular
Alterações da 1ª bulha Hipofonese Hiperfonese PR longo PR curto BAV Estenose mitral I Mitral, I Aórtica, CIV Mixoma atrial Depressão miocárdica Hipercinesia DPOC Jovens, magros Obesidade
2ª Bulha Fechamento das valvas aórtica e pulmonar Identifica o final da sístole mecânica e o início da diástole ventricular
Desdobramento de B2
Desdobramento de B2 Fisiológico: somente na INSPIRAÇÃO Persistente ou patológico, com variação respiratória normal: audível na INSPIRAÇÃO > EXPIRAÇÃO BRD Hipertensão pulmonar, estenose pulmonar, embolia pulmonar ICC
Desdobramento de B2 Persistente ou patológico, sem variação respiratória (desdobramento fixo): audível na INSPIRAÇÃO = EXPIRAÇÃO Comunicação interatrial Paradoxal: audível na EXPIRAÇÃO > INSPIRAÇÃO (retardo no fechamento da valva aórtica) BRE Estenose aórtica, CMP hipertrófica, IAM
3ª bulha (bulha ventricular) Protodiastólica Aumento da complacência ventricular, hipercinesia Fisiológica em crianças, grávidas
Depends on PR interval and rate Sound Location best heard Interval after A2 (sec) Pitch Miscellaneous Ventricular gallop Apex 0.10 to 0.20 (usually 0.14 to 0.16) Very low See text. Split S2 Upper left sternal border 0.02 to 0.06 Medium to high Split varies with respiration. Opening snap Lower left sternal border or apex 0.06 to 0.12 Associated murmur of mitral stenosis. Loud S1 usually present Mitral valve prolapse Lower left sternal border 0.06 to 0.08 Associated systolic click(s) and/or murmur. Pericardial knock 0.09 to 0.12 Usually loud and palpable. Associated jugular venous findings of constriction. Tumor plop 0.08 to 0.13 Low May vary with position. Associated loud S1. Diastolic murmur may be heard. Summation gallop Depends on PR interval and rate Often louder than S1 and S2. Cannot be distinguished from loud S3. Atrial gallop Close to S1. Often palpable. Higher pitch than S3.
4ª bulha (bulha atrial) Pre-sistólica Baixa frequência Campânula VE pouco complacente Sempre patológica??
Clicks sistólicos Ejeção protossistólicos focos da base Próximos a B1
Clicks sistólicos Não-ejeção Mesossistólicos Mitral ou tricúspide Acentuam e antecipam com redução do volume ventricular Síndrome de Barlow
Sopros cardíacos Sistólico x diastólico Localização (foco) Intensidade (1 até 4+ ou 1 até 6+) Frequência (timbre) Formato Irradiação Frêmito Manobras dinâmicas
Graduação dos sopros
Sopros sistólicos Entre B1 e B2 Regurgitantes e não- regurgitantes (ejetivos) Regurgitantes= holossistólicos Ejetivos= mesossistólicos
Sopros mesossistólicos Obstrução à ejeção ventricular Aceleração do fluxo sanguíneo através da aorta/tronco da pulmonar-hipercinesias Sopros inocentes
Estenose aórtica Formato em diamante (crescendo-decrescendo) Irradiação para segundo EIE e pescoço Pode ser precedido de click de ejeção e sucedido de B4
Dissociação de gallavardin
Cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva (estenose aórtica muscular ou subvalvar)
Estenose pulmonar Pricncipal diagnóstico diferencial: CIA
Sopros holossistólicos Esquerdo: insuficiência mitral Direita: insuficiência tricúspide Entre os ventrículos: CIV Entre a aorta e a pulmonar: PCA
Insuficiência mitral Sopro sistólico iniciando e apagando B1 Pode ser proto, protomeso ou holossistólico Folheto anterior=axila Folheto posterior=BEE
Insuficiência tricúspide Aumento inspiratório=manobra de Rivero- Carvallo Turgência jugular com aumento da v Ascite, pulso hepático
Prolapso de valva mitral (síndrome de Barlow, síndrome click-sopro) Sopro mesossistólico precedido de click Antecipa e mais suave com redução do volume intracardíaco
Sopros diastólicos Protodiastólicos: insuficiências aórtica e pulmonar Mesodiastólicos: estenoses mitral e tricúspide, mixoma atrial Telediastólicos: sopro de Austin- Flint
Insuficiência aórtica Inicia logo após B2 Melhor audível na expiração Doenças valvares-BEE Doenças de raiz de aorta- borda esternal direita
Insuficiência aórtica aguda x crônica
Sinais periféricos da IAo Aumento da pressão de pulso PA divergente Sinal de Muller Sinal de Musset Pistol shot (sinal de Traube) Duplo sopro femoral de Duroziez Sinal de Hill Pulso em martelo d`água (pulso célere, de Corrigan)
Sinais periféricos da IAo Sinal de Lighthouse (rubor/palidez da face) Sinal de Landolfi (pupila) Sinal de Becker (vasos retinianos) Sinal de Rosenbach (fígado) Sinal de Gehrardt (baço) Sinal de Ashrafian (globo ocular)
Sopro de insuficiência pulmonar de Graham-Steele Regurgitação valvar associada a hipertensão pulmonar P2 hiperfonética
Estenose Mitral Baixa frequência DLE Mais audível após exercícios leves
Estenose Mitral x sopro de Austin-FLint Na estenose mitral: Estalido de abertura B1 hiperfonética Melhor audível na taquicardia
Sopros contínuos PCA: mais audível à esquerda Fístula AV corornariana: BEE baixa Sopro venoso contínuo: Venous hum: cervical, em crinças e grávidas Anemia e tireotoxicose
Atrito Pericárdico 3 componentes: sistólico, protodiastólico e telediastólico Intensidade variável Mais audível na expiração e na posição sentada
Obrigada e bom dia!!